Mas um turno no hospital encerrado, e eu  estava destruída de corpo e mente, nunca me senti tão cansada assim, e enquanto voltava para casa, numa noite estrelada e fria,  avistei uma senhora sentada próxima a uma árvore.

—Está perdida Senhora? . Indaguei à mesma que me encarava, me aproximei  quando a vi  sorrindo para mim, eu sorri de volta, mas fiquei em alerta caso fosse algum inimigo disfarçado.

— Olá Sakura,  lembra se de mim? A olhei desconfiada.

— Me desculpe mas não.

—Ah claro. Sorriu sem graça.

 —Você salvou tantas vidas naquele dia na guerra, não teria como se lembra apenas de uma pessoa, mas não tem problema querida, eu vim aqui para lhe agradecer,  você salvou a minha vida e a do meu filho, e como agradecimento lhe trouxe esse diário.

—Não precisa senhora, ah...agora me lembro da senhora, Karu-san, certo?

—Isso mesmo.   Sorriu pelo fato de me lembrar dela.

—Olha, Não fiz mas que a minha obrigação como médica.

—Eu insisto, esse é um diário especial, para uma pessoa especial,  você é merecedora de te-lo.

—Mas...

—Sem mas querida.

Ela me respondeu  entregando o Diário, peguei meio sem graça, acenei me despedindo dela com a promessa de que faria bom uso do presente, caminhei  para casa um pouco mais animada,  afinal era bom ser reconhecida como médica, com pensamentos a mil nem percebi quando cheguei em casa, abri a porta adentrando o cômodo, tirei os sapatos indo direto para o banheiro, estava acaba e exausta, após tomar um banho quente recuperando meu ânimo, sai me secando e vestindo uma bermuda e uma camisa larga, sai do quarto indo a cozinha, preparei um sanduiche rápido o comendo em seguida,  após vasculhar minha sala, ver um pouco de televisão, resolvi ir novamente para o quarto.

Sentei na escrivaninha pegando o diário na bolsa passei a mão na capa olhando atentamente o presente, abrir o mesmo as páginas estavam todas em branco, a capa era dourada com uns símbolos que nunca vi, e tive que admitir ele era realmente lindo.

—Será que devo usa - lo?

Passei a mão na capa

"Eu nunca fui de escrever em diários,  mas quem sabe não acho uma utilidade para ele."  Pensei sobre essa possibilidade, deixei ele sobre a mesa e levantei me espreguiçando e caminhei para cama indo deitar, a cada dia virava rotina olhar para o teto pensativa "Por onde será que ele anda?", virei para o lado fechando os olhos e adormecendo.

No dia seguinte,  acordei bem disposta e de muito bom humor,  motivo  um sonho maravilhoso com o Sasuke.

— E se eu...

Mas é claro! Pensei ao me sentar na cama.

 Porque não usar o diário para escrever sobre as histórias que imagino com o Sasuke?  Ninguém iria saber e além disso, essa será a forma de poder te-lo um pouco que seja mesmo em sonho, Sasuke-kun ... olhei o relógio do criado mudo levantando em um pulo.

—Mas isso terá que ficar pra mais tarde, já que agora tenho que ir para o hospital.

♢ Quebra de tempo.♢

Após um dia exaustivo, cheguei em casa tomei um banho relaxante e comer algo,  sentei na escrivaninha abrindo o diário 

—Tomara que der certo eu não sou boa em contar histórias. 

Ainda me sentando, sorri pegando uma caneta e começando a escrever algumas palavras, no Diário. 

....

Era Uma Vez ...

—Vamos Sakura!  Que coisa!  Por que demora tanto? O Sai não vai ficar nos esperando para sempre! Que saco! 

—Essa Ino sempre assanhada e impaciente.  Resmunga Sakura baixinho.

—Vamos! Eu quero ver o casamento da Temari com o Príncipe Nara, ela deve estar com uma cara hilária.

—A festa nem começou ainda Ino, se acalma um pouco. 

—E daí? Vai que seu pai chega hoje e resolve te impedir de ir?

— Sakura se calou na hora, a loira tivera razão,  desde a morte de sua esposa,  o seu pai entrou em tristeza profunda não querendo saber de mais nada, então após alguns anos ele passou a  viajar, sempre a deixando sozinha.

—Já terminei Ino. Sakura suspirou  triste.

— Ei Sakura não fica assim, esquece o que eu disse,  vem! Vamos nos divertir encontrar nossos príncipes e seremos felizes para sempre!

  Ambas riram e foram  para festa de casamento da sua amiga  Temari.  E como ela estava radiante com seu vestido,  porém com uma cara de desgosto enorme, assim como o Príncipe Nara também estava, havia amor entre eles só que eles nunca admitiriam isso, e após o casamento, teve a festa mais linda que Sakura tinha visto. Ao chegar em casa naquela noite, Sakura foi Surpreendida pelo seu pai

 O que a deixou tensa e assustada.

—Onde estava? indagou à menina.

—Estava no casamento da Temari com o príncipe Nara, Papai.

— Como permite que sua filha vá sem o comunicar querido?

 "Querido"? Pensou Sakura vendo uma mulher loira adentrou no recinto onde estava ela e seu pai, acompanhada de duas garotas, uma de Cabelos Loiros e olhos azuis, outra Ruiva.

 —Essa é a Harumi. Ele apontou para a loira de olhos castanhos. e essas são suas filhas,  Karin e Saya. —E  apartir de hoje elas vão morar aqui, Harumi será sua nova mãe e as suas filhas serão suas irmãs.

Sakura mal podia acreditar.

—A mamãe mal morreu e o senhor já coloca outra em seu lugar?  Ela não será minha mãe merda nenhuma!  Que absurdo!

 — Sakura explodiu, nunca foi de ficar calada para nada e não seria agora  diante de seu pai, furioso por estar sendo contrariado.

— Oras! Me respeite! Que linguajar é esse? Isso que dá ficar saindo com aquela garota loira, sua malcriada!

—Sou malcriada mesmo! Por que você nunca ficou em casa para me educar!

Lágrimas nos olhos escorriam,  jamais  abaixaria a cabeça, ela prometeu a sua mãe que não seria fraca novamente nem mesmo diante do seu pai, e ainda mais agora que que estava sob o olhares das mulheres a sua frente. 

— Faça algo com essa malcriada Kizashi!. 

O homem suspirou insatisfeito com a atitude da sua filha, ordenou que ela iria para o seu quarto, lhe fazendo promessas silenciosas, assim que Sakura chegou ao local, viu seu pai adentrar o cômodo com o chicote e começou a lhe bater como nunca havia feito antes, tudo que Sakura fazia era chorar, após ficar satisfeito,  ouviu a voz da mulher na porta a encarando.

—A partir de amanhã você não irá mais dormir neste quarto,  seu quarto será o da antiga empregada,  já que você será a nova de agora em diante,  e as suas coisas ficaram aqui neste quarto para uso das meninas,  só leve uma peça de roupa.

—Por quê está fazendo Isso? Papai como pode deixar isso ocorrer,  o que lhe fiz pra merecer essa humilhação?  O senhor não me ama mais,  não sou mais a sua querida Flor? Quando a mamãe estava viva não era Assim? Então por que?  Fale Papai!

— Filha somente obedeça a Harumi, ela será sua nova mãe e sabe o que faz ! E virou de costas saindo do cômodo.

Sakura mal podia acreditar,  como a sua vida havia se transformado, e ela nem sabia a causa de tanto sofrimento.  A cada dia a sua vida se complicava mais, com sua madrasta nojenta na ausência do seu pai,  junto de suas filhas que não ficavam pra trás, ela infernizava a vida da pobre garota.

— Mais rápido! Que lesma!  Dizia Saya á Sakura.

—Lesma rosa! Hahaha Que nojo, limpe isso logo, não temos o dia todo. Karin concluiu

—Ei não tá ouvindo garota?.

 Disse dando um puxão no cabelo de Sakura que virou se e lhe deu um tapa.

— AIIII. Gritou pelo tapa.

— Quem você pensa que é sua merda Rosa!?

—A dona desta casa! E não pense vocês que só porque meu pai não está aqui que eu vou ficar aguentando todo tipo de desaforos seus! Posso Ficar sem quarto,  sem as minhas roupas, sem as minhas coisas, e posso até limpar esta casa para vocês,  mas não pensa que eu  irei tolerar mais do que isso porque eu não vou suas vagabundas!

—Eu irei contar...

—Contar tudo ao meu Pai?  Hahaha Não tô nem Aí!   A minha vida já é uma merda Mesmo!  Meu aviso está dado!  O único que pode encostar em mim ainda é meu pai e somente ele!

 As duas olharam para Sakura com ódio e mesmo não admitindo elas se calaram e resolveram não mexer com Sakura, por enquanto.

CONTINUA....