Missão Dupla escrita por teffy-chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Heey~ pessoinhas que estão lendo a fic! o/
Bom, eu ainda não acredito que escrevi mesmo isso... sério, não acredito. Enfrentei muitas dificuldades para conseguir escrever essa história,desde uma queda de luz com duração de três dias até a minha família inteira querendo conversar comigo enquanto eu escrevia (quem nunca, né?) Mas finalmente, conseguir superar todos os obstáculos e postar essa fic! *canção da vitória*
Tudo por causa da Kaline que me fez shippar esses dois, história dedicada a ela, espero que goste, viu moça =D
Boa leitura^^



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Aquela era mais uma missão como outra qualquer. Ou pelo menos era para ser. Shino e Kiba tinham conseguido derrotar seus oponentes, porém demoraram mais do que o esperado. Na verdade a luta foi rápida, nenhum desafio de verdade, o que deixou Kiba desapontado, mas os inimigos eram bons em se esconder, então os dois garotos demoraram a encontrá-los e, quando finalmente conseguiram e os derrotaram, já estava escurecendo. Os dois decidiram passar a noite na floresta e voltar para a vila quando amanhecesse.

Montaram uma espécie de acampamento improvisado. Acenderam uma fogueira e encontraram cogumelos comestíveis perto dali. Apesar da luta não ter sido um grande desafio, toda aquela perseguição tinha deixado os garotos cansados e famintos. Enquanto terminava de comer o seu jantar, Kiba perguntou:

— Ei Shino, você tem certeza de que está bem? — quando o outro rapaz o encarou confuso, ele acrescentou — Não se faça de desentendido. Um deles te acertou no ombro, não foi?
— Ah, isso — Shino ficou surpreso que o amigo ainda estivesse preocupado com isso — Estou bem, foi só de raspão.
— Tem certeza? — Kiba insistiu, jogando fora o graveto que antes sustentava os cogumelos que tinha devorado — Você geralmente não reclama de dor. Deixe eu dar uma olhada.
— Já disse que não foi nada.
— Então deixe eu ver!
— Às vezes você é tão teimoso… — Shino reclamou, dando-se por vencido.

Shino abriu o casaco longo até a metade, revelando a pele pálida e também um corte fino em um dos ombros. Ele tinha razão, era tão superficial quanto o corte de uma faca feito por uma mulher comum que está aprendendo a cozinhar. Ainda assim, Kiba encarava preocupado.

E Shino encarava o garoto de volta, com pensamentos completamente diferentes passando por sua cabeça. Pensamentos sobre se deveria dizer a Kiba o que ele realmente significava para Shino. Ultimamente andava meio difícil os dois ficarem sozinhos. Mesmo sendo colegas de time, parecia que sempre tinha alguém por perto, fosse um amigo ou um parente deles. E mesmo quando não tinha, sempre que Shino começava a reunir coragem para falar, alguém brotava do nada ao lado deles e estragava tudo.

Mas não tinha como isso acontecer agora. Não ali. Não enquanto estavam sozinhos, isolados no meio de uma floresta, e já tinham derrotado todos os seus inimigos. Não havia a menor chance de serem interrompidos.

Por outro lado, também havia a chance de Shino ser rejeitado. De Kiba não sentir o mesmo por ele, ou até pior, de achar estranho ele sentir esse tipo de coisa por outro garoto. Se isso acontecesse, ele teria que passar o resto da noite sozinho com um Kiba furioso. E Shino não queria isso de jeito nenhum.

Shino foi despertado de seu dilema quando sentiu algo comprido e molhado deslizando pelo seu ombro. Ao olhar para baixo, viu que Kiba estava lambendo a área ao redor do seu ferimento.

— Mas o que você pensa que está fazendo? — Shino indagou, quase pulando para trás. Kiba podia estar fazendo de tudo, menos pensando naquele momento.
— Lambendo o seu ferimento — ele respondeu o óbvio.
— Isso eu estou vendo — Shino fez o possível para manter a voz controlada — Quero saber por quê.
— Bem, sempre que eu me machuco o Akamaru lambe a minha ferida e eu me sinto melhor, com mais energia, então pensei…
— Kiba, eu entendo o laço que o seu Clã tem com os cães, mas você não pode… hm… — Shino interrompeu a frase pela metade. Kiba tinha voltado a lamber o ombro dele ao mesmo tempo em que Shino virou-se para falar com ele, e o resultado foi que agora Kiba estava lambendo seu pescoço.
Kiba pareceu demorar um instante para perceber o que estava fazendo e se afastou lentamente. Ele encarou Shino, sem saber como reagir.
Mas Shino sim sabia exatamente qual reação deveria ter.
Bom, na verdade não devia. Mas não conseguia mais se segurar. Não depois daquilo. Ele segurou Kiba pelos cabelos, trazendo-o para perto de si e o beijou.
A sensação era centenas de vezes melhor do que ele imaginava. Os lábios de Kiba eram quentes e ainda estavam úmidos, o que de alguma forma deixou o beijo ainda melhor. Shino temeu que o garoto fosse empurrá-lo para longe de si, que fosse afastá-lo, gritar com ele, mas Kiba não esboçou nenhuma reação. Nem mesmo quando Shino o abraçou pela cintura com uma das mãos, aproximando seus corpos, a outra mão ainda afagando distraidamente os cabelos rebeldes do garoto.
E, por mais que desejasse continuar com aquilo pelo resto da noite, Shino achou melhor parar por ali, tanto por estar ficando sem ar devido à falta de experiência no assunto quanto ao receio de finalmente cair a ficha na cabeça de Kiba e ele resolver bater nele ou coisa parecida.
A ficha ainda não tinha caído. Kiba parecia fora do ar. Os olhos estavam arregalados e o rosto inteiramente rubro, a boca anda entreaberta. Devagar, ergueu a mão e tocou os lábios com a ponta dos dedos. Finalmente encarou Shino e disse:
— Por que fez isso?
— Hã? Kiba, de todas as reações que você poderia ter, essa é a última que eu poderia ter imaginado… — Shino falou, ajeitando os óculos — E você? Por que estava lambendo o meu pescoço?
— Foi sem querer. Eu estava lambendo seu machucado, esqueceu? Foi você quem virou a cabeça de repente e mudou de ângulo, eu acabei lambendo o seu pescoço por causa disso – Kiba explicou.
Droga, ele parecia estar sendo completamente sincero. E mesmo que estivesse mentindo, Kiba era péssimo em contar mentiras, Shino perceberia facilmente. O fato era que Kiba o tinha provocado sem sequer saber e Shino se deixou levar. Como pôde perder o controle desse jeito? Veja o que sua impulsividade tinha causado! Logo ele, que era sempre tão discreto… depois do que tinha feito, ele devia no mínimo uma explicação para Kiba.
— Shino? Está me ouvindo? — Kiba chamou, e parece que estava fazendo isso já tinha algum tempo.
— Não… desculpe, eu não ouvi. O que você disse?
— Disse que lambi seu pescoço sem querer e, naquela hora que fiquei te encarando foi por que… bom, eu fiquei sem graça por causa disso. Eu ia pedir desculpas, mas aí você me agarrou do nada e… me beijou… — Kiba praticamente sussurrou o final da frase – Por que você fez isso, Shino?
Shino não tinha alternativa a não ser contar a verdade para Kiba. Depois do que tinha feito, devia isso a ele. Não apenas uma explicação, mas a verdade. E ele queria dizer isso há tanto tempo… esse era o empurrão do qual estava precisando, embora nesse caso estivesse mais para uma voadora. Teria que dizer, nem que fosse por livre e espontânea pressão.
— Fiz isso porque gosto de você. Estou apaixonado por você — Shino deixou bem claro para que Kiba não confundisse o que ele dizia com amor maternal ou fraternal. Seria bem a cara dele – Já faz algum tempo… meses, na verdade… que estou pensando em te contar isso. Mas, ultimamente, parece que nunca estamos sozinhos. E quando isso raramente acontece não consigo reunir coragem suficiente. Não tinha a menor ideia de como você poderia reagir. Eu estava pensando em aproveitar que estávamos sozinhos aqui hoje para te contar de qualquer maneira, mas quando você começou a… bem, a imitar o Akamaru, eu meio que perdi o controle. Desculpe por te beijar sem permissão.
— É, bom… você me pegou desprevenido. E também… eu nunca tinha beijado ninguém antes, então… b-bem, você não deveria ter feito aquilo daquela forma! Não se pode roubar o primeiro beijo dos outros desse jeito. Não foi nada legal, sabia? — Kiba cruzou os braços, virando o rosto corado para o lado, emburrado.
— Se serve de consolo, foi o meu primeiro beijo também — Shino contou, encolhendo os ombros.
— É, serve um pouquinho sim — Kiba descruzou os braços, parecendo um pouquinho mais animado — E, quanto ao resto… eu preciso confessar uma coisa.
— O que?
— Naquela hora, quando você se virou e eu lambi o seu pescoço… eu não quis parar. Quero dizer, sei que geralmente sou meio lerdo e demoro a perceber que estou fazendo besteira e, caramba, naquela hora eu estava fazendo uma enorme besteira. Eu percebi logo de cara, mas mesmo assim continuei — Kiba contou, balançando-se para frente e para trás por causa do nervosismo — Isso por que… porque eu gosto de você, Shino. Quero dizer, eu também gosto. Você falou primeiro.
— Kiba — Shino falou sem conseguir acreditar no que estava ouvindo — Você disse que tinha feito aquilo acidentalmente. Kiba, você é um péssimo mentiroso. Como conseguiu mentir sobre uma coisa dessas?
— Eu não menti! — Kiba exclamou ofendido – Foi mesmo um acidente no início, só depois que eu continuei de propósito. Isso não é mentir, é ocultar a verdade.
— Kiba… às vezes você m surpreende — Shino conteve um sorriso com alguma dificuldade — Você é mais esperto do que parece.
— Sou mesmo… ei, o que quer dizer com isso?!
— Nada de mais — Shino falou, tocando o rosto dele de leve com uma das mãos — Então, você também gosta e mim?
— Gosto. Muito — Kiba confessou, encostando a própria testa na dele e fechando os olhos. Sentiu Shino acariciar seu rosto e selar seus lábios nos dele outra vez.
Dessa vez Kiba estava preparado. Ele abraçou Shino, uma das mãos deslizando por suas costas, enquanto enlaçava seu pescoço com a outra. Sentiu o garoto abraçá-lo de volta enquanto o beijava, um tanto desajeitado, por falta de experiência de ambas as partes. Kiba sentiu sua pele arrepiar-se quando as mãos do rapaz adentraram a barra de sua camisa sorrateiramente. Seu rosto queimava tanto que podia jurar que poderia fritar um ovo em sua testa agora. Ele não podia deixar aquilo barato. Querendo devolver a provocação, decidiu desabotoar o casaco de Shino, já aberto pela metade pelo mesmo alguns minutos atrás. Sentiu o garoto ofegar, o que o deixou satisfeito.
E eles teriam continuado com aquele jogo de provocação pelo resto da noite se não fosse pelo oxigênio que estava começando a fazer falta. Maldito oxigênio que impedia os beijos de durarem para sempre! À contragosto, os dois tiveram que se separar.
— Não pensei que você gostasse tanto assim de mim. A ponto de já querer tirar a minha roupa quando mal acabou de se declarar, quero dizer — Shino comentou como quem fala do tempo, enquanto abotoava o casaco de volta.
— Foi você quem começou! — Kiba rebateu — Levantando a minha camisa daquele jeito… — ele abraçou o próprio corpo, corando.
Shino entendeu facilmente a linha de raciocínio dele. Kiba estava agindo como uma criança que tinha sido provocada e quis devolver a provocação. Provavelmente nem tinha prestado muita atenção no que estava fazendo. Ele precisaria tomar mais cuidado dali para frente, pelos dois.
— Certo, certo… — Shino ergueu as mãos como quem se rende — Então… depois disso tudo, posso considerar que estamos namorando?
— Hã? Que pergunta idiota é essa? — Kiba exclamou — Lógico que estamos! Porque sinceramente, se você fez isso tudo só para se aproveitar de mim, eu vou te arrebentar de porrada, ouviu?
Shino realmente imaginou que Kiba ficaria furioso com aquilo em algum momento. Mas não pensou que teria vontade de rir por causa disso.
— Eu jamais me aproveitaria de você.
— Acho bom mesmo! — Kiba sentou-se ao lado dele, cruzando os braços — E nem eu de você, só para constar.
— Bom saber.
Àquela altura, a lua já estava alta no céu. Já devia ser muito tarde, a fogueira que tinham feito já estava quase apagando. E, apesar de tudo que tinha acabado de acontecer, os dois estavam exaustos. Eles precisariam recuperar as energias para retornar para a vila quando amanhecesse. Kiba deu um longo bocejo, evidenciando seu cansaço.
— Boa noite, Shino — ele apoiou a cabeça no ombro que não estava ferido do garoto.
— Boa noite — ele respondeu, apoiando a cabeça na de Kiba, enquanto pensava que às vezes não era tão ruim que Kiba seguisse os exemplos de Akamaru. Se ele não tivesse imitado seu cachorro e lambido o machucado dele, os dois não estariam juntos agora. Cachorros eram mesmo ótimos.

 


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Notas finais do capítulo

Antes de mais nada, que fique claro que essa é a primeira fic de Naruto que eu escrevo e que eu acho que viajei um pouco na maionese ao longo da história, então deem um desconto, por favor XD
E eu tenho certeza que, se você shippa esses dois, deve ter passado a gostar pelo menos um pouquinho mais de cachorros depois de terem lido essa fic! hahuashaha
Enfim, eu espero que vocês tenham gostado da história, principalmente você, viu dona Kaline? Descobri que é divertido zoar o Shino também, pra variar XD
Deixem reviews por favor e façam uma autora feliz! *-*