They just don't know you - Draco Malfoy escrita por LadyCandy


Capítulo 1
Capítulo 1 - Memórias


Notas iniciais do capítulo

Me deixem saber se gostarem, criticas construtivas são sempre bem vindas ♥



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"O Expresso Hogwarts irá partir dentro de cinco minutos."

A voz de um dos monitores ecoou por todo o trem.

Me espreguiço soltando um bocejo e me ajeito no banco do trem. Estava caindo de sono, tudo por que deixei para fazer as malas na madrugada da véspera de volta as aulas e eu ainda enrolei mais ainda para fazer a mala porque fiquei conversando com Draco pelo pergaminho encantado que fizemos no final do primeiro ano. Eu até dormiria no trem, mas meus amigos estão muito agitados, falando alto e rindo para eu conseguir dormir.

Pansy Parkisson, minha melhor amiga, está sentada ao meu lado folheando uma revista e resmunga quando Zabini relembra a vez que ela comeu uns chocolates suspeitos que a fizeram ficar verde. Barry Fletcher, um garoto magricela de cabelos e olhos castanhos, solta uma gargalhada quando Pansy lembra de quando Zabini caiu no lago negro; Karen Smith, uma garota asiática de longos cabelos negros, soltava alguns comentários e lembrava de alguns detalhes sem tirar os olhos do seu livro; E alheio dessa bagunça toda, tinha o garoto de cabelos quase brancos, ao lado de Barry, com a cabeça tombada pro lado, seus olhos frios e cinzentos estavam fechados, ele devia estar tão cansado quanto. Mas eu sabia que ele não estava dormindo, já que de vez em quando ele abria um pouco os olhos e pelo canto do olho me olhava, depois dava um sorrisinho de leve e voltava a fechar os olhos. Ele devia estar tão cansado quanto eu, nós dois fomos dormir tarde.

Suspiro e encosto minha cabeça na janela, observo os outros alunos que estão fora do trem se despedindo de suas famílias, a maioria são do primeiro ano, alguns animados e outros nervosos pelo seu primeiro ano em Hogwarts. Não consigo conter um sorriso ao me lembrar de quando estava embarcando no expresso Hogwarts pela primeira vez há quatro anos.

[Quatro anos atrás; 1º ano em Hogwarts, estação 9 ¾]

"Você ficará bem, querida." Mamãe beijo na minha bochecha e colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. "Irá fazer amigos rápido, não se preocupe." Ela sorriu e se levantou, abraçando meu pai pela cintura.

"Estude e não deixe matéria acumular." Meu pai disse passando a mão pelo meu cabelo e colocando a outra em volta da cintura de minha mãe. "Iremos escrever toda semana, está bem?" Concordo com a cabeça e ele me puxou para um abraço.

"Já estou sentindo saudades." Minha mãe sorriu, fazendo carinho no meu cabelo. "Eu te amo."

"Também amo vocês." Murmurei ainda abraçada com meu pai.

"Não se preocupe em que casa você entrar." Meu pai disse e eu me afastei, rindo. Meu pai foi da Sonserina e minha mãe da Corvinal, e desde sempre eles competem entre si falando que eu vou para suas respectivas casas. Brincando, é claro. Mas a partir do momento que eu comecei a ficar realmente preocupada de não entrar para nenhuma das duas eles começaram a tentar me tranquilizar. "Mas talvez eu vá te amar mais ainda se você entrar na Sonserina." Ele deu uma piscadinha e eu ri, junto com ele.

"Pare com isso, nós dois sabemos que ela irá entrar na Corvinal!" Mamãe deu um tapa leve no peito do meu pai, mas acabou rindo. Ela me olhou e sorriu meiga. "Agora vá, logo o trem irá partir!"

Abracei-os novamente, me controlando para não chorar, e depois de muitos beijos e “eu te amo” eu fui em direção ao Expresso Hogwarts, assim que entrei dei de cara com dois garotos altos e ruivos, eles jogavam alguma coisa fedorenta na mochila de um garoto que começou a gritar com eles assim que viu o que estavam fazendo; Torci meu nariz e comecei a procura um compartimento vazio. Já estava ficando desesperada, já estava quase no final do trem e todos os compartimentos estavam cheios; e os que estavam mais vazios tinha gente bem mais velha. Agradeci aos céus assim que cheguei ao fundo do corredor e achei um compartimento que havia apenas um garoto.

Dei três batidas na porta e abri.

"Hm, oi... Eu posso ficar aqui? As outras estão cheias." Falei e o garoto me olhou. Ele tinha pele quase tão branca quanto a neve, olhos cinzentos inexpressivos e cabelos cor de limão. Já estava com as vestes da escola e pude perceber que eram de primeira mão.

Ele me olhou dos pés à cabeça antes de concordar com um aceno. Sorri e entrei, fechando a porta atrás de mim. Me sentei de frente para ele e o encarei.

"Você é do primeiro ano, certo?" Perguntei e ele assentiu, sem tirar os olhos da janela. "Percebi pelas vestes, eu também sou." Sorri, mas ele não se virou para mim. Engoli seco, e continuei falando. "Hm... Você sabe em qual casa você quer ir? Eu acho que vou ir para Corvinal, minha mãe sempre disse que..."

"Sonserina." Ele falou pela primeira vez e olhou pra mim. "Todos da minha família foram para Sonserina e tenho certeza que eu não vou ser diferente."

"Sério? O meu pai é da Sonserina." Abri um sorriso e ele deu um pequeno sorriso de lado.

"Sou Draco Malfoy." Ele estendeu a mão para mim e eu alarguei ainda mais meu sorriso.

"Diana. Diana CampBell." Falei e apertando sua mão.

X

Mesmo Draco falando pouco, eu já o considerava meu amigo. Depois que o trem partiu entrou mais quatro pessoas na cabine: Pansy Parkisson, Blásio Zabini e dois garotos grandes chamados Crabbe e Goyle. Me dei bem com Blásio logo de cara e Pansy era legal, apesar de eu achar ela um pouco... Invasiva. E metida. Já Crabbe e Goyle eu não fui muito com a cara deles, mas eu não me importei muito já que eles não falaram quase nada durante a viagem inteira.

Quando chegamos em Hogwarts, dividi o bote com Draco e mais duas garotas – Parvati e Padma Patil. Gêmeas. De longe, a parte mais assustadora, foi o chapéu seletor. Draco foi primeiro que eu, e antes mesmo que o chapéu encostasse-se à sua cabeça ele anunciou em alto e bom som: Sonserina. Quando foi a minha vez eu já estava tremendo inteira, a professora McGonalga colocou o chapéu na minha cabeça e eu dei um pulinho quando o chapéu começou a falar.

"Interessante, você se daria muito bem em todas as quatro casas... Você é inteligente, ousada, ambiciosa, mas também é gentil..." Ele falou e eu mordi os lábios, nervosa e ansiosa. Todos do salão me encaravam, curiosos. Passei os olhos na mesa da Sonserina à procura de Draco, e quando eu cruzei meu olhar com o dele ele sorriu para mim, como se quisesse me encorajar. O chapéu ficou longos dois minutos em silêncio, às vezes murmurando coisas que eu não conseguia entender. Meu Jesus, eu vou ficar aqui por quanto tempo? "Você é determinada e encontraria amigos leais na Grifinória" Eu já estava mais nervosa ainda com a demora, ninguém até agora demorou tanto pra ser selecionado como eu; alguns alunos mais velhos começaram a conversar baixinho e eu percebi que os alunos que ainda seriam selecionados estavam impacientes. "Vejo que é impaciente, quer tudo na hora e quando não consegue vai atrás.” Voltou a resmungar e depois começou a murmurar coisas que eu não conseguia entender. Meus dedos já estavam doendo de tanto que eu apertava o banquinho em que eu estava sentada. “Eu já fiz minha decisão: SONSERINA!"

A mesa da Sonserina vibrou, batendo palmas e assobiando. Sorri e fui até lá em passos largos, me sentando ao lado de Draco. Todos apertavam minha mão e me desejavam boas vindas, sorria para todos e olhei para Draco, animada.

"Tenho a sensação que seremos bons amigos." Ele sorriu e eu sorri de volta. Eu tinha a mesma sensação.

 [Dias atuais. Expresso Hogwarts.]

"Última chamada para o Expresso Hogwarts, o trem já irá partir."

A voz do monitor soou novamente, me tirando do meu 'transe'.

"Você está tão distraída hoje, Di" Disse Pansy, sem tirar os olhos da revista que estava lendo.

"Hm? Oh, eu só estava me lembrando do meu primeiro ano em Hogwarts." Falo e bocejo.

"Foi um bom ano..." Ela disse, ainda sem tirar os olhos da revista. "O segundo até que foi legal."

Legal não é algo que possa definir o segundo ano. Não respondi e me deixei levar pelos meus pensamentos.

 [Dois anos atrás. 2º ano em Hogwarts, Ala Hospitalar]

 "Água..." Tento falar, mas minha garganta está tão seca que dói.

Minha cabeça está latejando de tanta dor e o sol está incomodando os meus olhos. Abro meus olhos devagar, me acostumando com a claridade do local, e assim que os abro por completo pude perceber que estava na ala hospitalar. Já está explicado o cheiro enjoativo de remédio.

"Aqui está" escuto uma voz conhecida. Draco.

Ele está em pé, ao lado da maca que estou deitada, segurando um copo cheia de água; ele parecia estar tenso.

Faço um esforço para me sentar e pego o copo de sua mão, tomando tudo de uma vez. Tento me lembrar de como eu vi parar aqui, mas minha cabeça dói demais. A única coisa que eu me lembro é de dois faróis grandes e amarelos.

"Você está bem?" Draco pergunta pegando o copo de volta e colocando em cima do criado mudo. Confirmo com um movimento na cabeça e ele suspira aliviado, puxando a cadeira para ficar mais perto de mim. "Tem certeza? Posso chamar a Madame Promfey"

"Eu estou bem, de verdade" o tranquilizo "Mas... O que aconteceu?

"Você não se lembra de nada?" Draco suspira quando eu faço que não. "Você foi atacada pelo monstro da câmara secreta. Descobriram que foi era um basilisco, longa história. Te encontraram petrificada no banheiro da Murta-Que-Geme."

Franzo o cenho em confusão e de repente consigo me lembrar de tudo; Dois grandes olhos amarelos como dois faróis e gritos da Murta. Balanço a cabeça e olho novamente à minha volta, Hermione estava sentada em uma maca com Rony e Harry ao seu lado, ela também foi atacada. Colin também estava acordado, com alguns amigos do primeiro anos o enchendo de perguntas.

"Todos estavam preocupados com você." Draco disse me entregando um sapo de chocolate. "Pansy e Blásio foram embora pouco antes de você acordar, Barry e Karen ficaram aqui com você ontem durante a tarde."

Dou um sorriso pequeno, feliz pelos meus amigos virem me visitar sempre que podiam.

Antes que ele pudesse falar alguma coisa, Madame Pomfrey apareceu com uma bandeja.

"Já ficou aqui tempo o suficiente, Malfoy! Vá andando, a senhorita CampBell precisa descansar." Ela disse fazendo um gesto rápido com a mão e se vira em direção a Rony e Harry. "E vocês também! Potter, Weasley: Saiam e deixem a senhorita Granger em paz!" Ela grita e escuto os garotos resmungarem.

Draco olhou para mim e trocamos olhares cúmplices, segurando a risada. Logo ele se foi, junto dos outros alunos.

"Esse garoto... Não adianta quantas vezes eu fale para ele." Madame Pomfrey resmungou, chamando minha atenção. "Ele ficou aqui o tempo todo com você, aposto que se eu não o retirasse da enfermaria pelas orelhas ele passaria a noite aqui com você, nessa cadeira velha." Ela balançou a cabeça indicando a cadeira que ficava ao lado da maca e suspirou.

E eu não pude conter o sorriso.

[Dias atuais. Expresso Hogwarts.]

"Diana!" Escutei Blásio de repente grita meu nome me fazendo dar um pulo no banco.

Olhei para ele, assustada, e ele apontou com a cabeça para a senhora dos carrinhos de doces, que estava parada na porta da cabine, com um sorriso amigável. "Você vai querer alguma coisa, querida?"

"Hm, sim. Uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores e dois sapos de chocolates" Falo e ela assente, pegando o que eu pedi.

"Dois galeões" Ela diz e eu começo a procurar nas minhas vestes pelo dinheiro.

"Aqui" Draco saca dois galeões de seu bolso e entrega para a senhora dos doces.

Ela o entrega os doces para ele e vai embora pelo corredor anunciando para os outros alunos seus doces. Encaro Draco confusa.

"Obrigada, mas não precisava" Draco revira os olhos e me entrega a sacola com os doces dentro.

"Deixa de ser chata CampBell" Ele fala e encosta a cabeça no banco e fecha os olhos voltando a 'dormir'

Ninguém prestou atenção no que tinha acontecido pois estavam muito entretidos na conversa. Bom, todos menos Pansy que até então só observava a cena bufa com raiva e fecha a revista, cruzando os braço. No entanto, não fala nada. Suspiro e fico quieta.

Abro o sapo de chocolate e o peguei antes que ele pudesse fugir, dei uma mordida e me lembrei que no terceiro ano eu vivia comendo chocolate, já que os dementadores ficaram no castelo por um tempo.

[3º ano, campo de Quadribol]

"Uh, Kim foi atingida por um balaço – Força aí, Kim. E... Morello passa para Briana e PONTO PARA SONSERINA!"

A torcida da Sonserina vai a loucura, enquanto isso tento me concentrar em procurar a pequena bola de ouro – Virei apanhadora da Sonserina no começo do ano, já que o apanhador anterior terminou a escola. E neste exato momento eu estava sentada na minha firebolt (papai fez questão de me presentear com a melhor vassoura) em um terrível jogo contra a Corvinal. Terrível porque estava chovendo tanto que, mesmo com o feitiço para afastar a chuva dos rostos, os jogadores não conseguiam fazer pontos, quase escorregavam de suas vassouras e trombavam uns com os outros todo instante. Cho Chang, a apanhadora da Corvinal, estava sobrevoando o estádio tentando achar o maldito pomo de ouro.

Avisto o pequeno borrão dourado um pouco abaixo de mim, indo de lá para cá, tão rápido que quase não consegui enxerga-lo. Mergulho no ar, em direção a bola e quando estou próxima de pega-la, o pomo escapa, subindo e  indo em direção à arquibancada da Sonserina. Sigo-o aumentando a velocidade, cada vez mais próxima da torcida, que estavam até então gritando palavras de incentivo até que perceberam que eu ia bater neles. O pomo continuava indo na direção deles, e eu precisava pega-lo a todo custo.

"Ela vai bater!" Alguém grita da arquibancada e todos começam a se empurrar e se espremer para os lados, abrindo um buraco.

Antes que eu batesse na arquibancada o pomo de ouro sobe e eu paro brutamente, bufando – consigo escutas suspiros de alivio do pessoal da Sonserina-. Tomo impulso e vou para cima, dessa vez Cho Chang está ao meu lado, estamos quase se empurrando para conseguir pegar o pomo que não para de subir. De repente, o pomo de ouro some de vista e ficamos lá no alto, paradas e confusas, olhando ao redor tentando achar a bola dourada. Tudo à nossa volta está branco, devido à neblina, só sei que estamos longe o bastante da terra para o ar estar ainda mais frio.

"CampBell!" Cho grita, ela estava pálida e seus olhos estão arregalados. "Vamos embora, rápido!"

Ela mergulha no ar, voltando. Enrugo a testa, sem entender nada. Se isso foi uma tentativa de tentar me distrair pra pegar o pomo, o plano dela não foi bem sucedido. Continuo olhando para os lados a procura do pomo e então eu vejo um pequeno borrão dourado a poucos metros de mim. Me apresso para ir até ele e, em um movimento rápido, eu o pego. Dou um sorriso vitorioso sentindo a alegria explodir em meu peito, é meu primeiro jogo e consegui pegar o pomo!

Quando estou prestes a mergulhar no ar para voltar ao campo de Quadribol o ar fica mais frio do que já está, uma sensação estranha invade meu corpo e escuto gritos agonizantes distantes.

Era de uma criança.

Arfo e minha cabeça começa a doer, sinto que eu vou cair da vassoura a qualquer momento.

 Sufoco um grito quando eu vejo criaturas encapuzadas surgirem das nuvens. Tento sair do lugar, mas à medida que os dementadores se aproximam meu corpo fica mole que nem gelatina e a sensação estranha no meu corpo aumenta.

A última coisa que eu me lembro antes de apagar é de cair da vassoura e os dementadores virem atrás de mim.

xxx

"Dêem espaço a ela!" Escuto Madame Pomfrey falar, brava. "A pobrezinha caiu de uma altura absurda, o que ela precisa é descansar e não de vocês azucrinando ela."

Abro os olhos lentamente e a primeira coisa que eu vejo é várias cabeças em cima de mim, com um olhar curioso.

 "Finalmente você acordou, Campbell!" Blásio quase grita, todos se afastam e ele me ajuda a me sentar na maca.

"Nós ganhamos... Certo?" Digo rouca e Blásio da uma gargalhada. Faço uma careta, minha cabeça dói.

"Ganhamos! Todos da Sonserina ficaram bem felizes." Ele fala animado e eu suspiro aliviada, sorrindo. "E preocupados por você ter quase morrido, é claro" Ele adiciona.

"Acabei de me lembrar desse detalhe." Solto um gemido, parece que a dor de cabeça ficou mil vezes pior.

"Você só não se arrebentou toda por causa da Granger." Amélia Holldin, arremessadora da sonserina, disse.

"É verdade, ela usou um feitiço para impedir que você caísse no chão!" Travis Bolton, garoto do segundo ano, disse. Ele contava empolgado a cena, fazendo gestos com a mão enquanto explicava o que Hermione fazia.

"Lembrem-me de agradecê-la depois." Murmuro e senti uma pontada na minha cabeça, coloco a mão e tudo parece girar.

"Senhorita CampBell." Professor Lupin, o novo professor de Desefa contra as Artes das Trevas,  aparece e todos abrem passagem para ele. "Fico feliz que tenha acordado. Coma isto, vai fazer você se sentir melhor." Ele me entrega um pedaço de chocolate e eu agradeço, aceitando o chocolate.

"Muito bem, podem indo embora!" Madame Pomfrey começou a expulsar os alunos que resmungaram baixinho "A deixem conversar a sós com o professor Lupin. Vão, vão, vão!"

"Te vejo depois, Diana!" Blásio  gritou antes de Pomfrey arrastá-lo até a porta.

"Você é o assunto entre todos nessa escola." Professor Lupin disse assim que todos foram embora.

"Mesmo?" Levantei uma sobrancelha e ele fez que sim com a cabeça.

"Draco fez uma grande polêmica pelo que aconteceu no campo de quadribol, falando que o que aconteceu foi inaceitável." Ele fala rindo e eu abri a boca, sem acreditar. "Ele deu uma bela bronca em Dumbledore."

"Eu não acredito que ele fez isso" Coloco a mão no rosto rindo, sem acreditar que ele brigou com Dumbledore.

"E Dumbledore não tirou a razão dele. Ninguém tirou, todos concordaram." Ele disse e eu o olhei, surpresa. "É bom você ter um amigo que se preocupa tanto com você.”

"É..." Murmuro, me lembrando de todas as vezes que Draco foi super protetor comigo.

"Eu nunca imaginei que Draco ficaria daquele jeito por alguém... Que não fosse ele." Professor Lupin explica e eu não consigo conter minha risada.

"Eu também não acredito que ele brigou com Dumbledore." Torço o nariz e mordo o pedaço do chocolate. "Draco pode ser um pouco... Difícil de lidar, mas ele é uma boa pessoa."

"Sei que é." Lupin balança a cabeça. "É bom ver Draco se importando com você. É bom ver ele demonstrando que se importa com alguém além dele."

[Dias atuais. Expresso Hogwarts.]

O terceiro ano foi um ano complicado para mim por conta dos dementadores, eles estavam por toda parte e eu desmaiava o tempo todo, meus amigos tinham que estar sempre por perto e com barrinhas de chocolate no bolso para me dar caso eu ficasse mal.

 "Já estamos chegando." Pansy me cutuca. "Vamos nos trocar?" Ela fala para mim e para Karen.

Concordamos e depois de pegar nossas roupas saímos da cabine e fomos até o banheiro que ficava no final do trem.

"Hm, vamos ficar um bom tempo aqui." Karen murmurou assim que viu o tamanho da fila para o banheiro.

Felizmente, não demorou tanto assim para chegar nossa vez, Karen voltou para o nosso compartimento assim que saiu vestida do pequeno banheiro, logo depois foi Pansy que concordou em me esperar do lado de fora do banheiro antes de eu entrar no mesmo. Troco de roupa rápido, mas acabo me enrolando na hora de fazer a gravata, depois de tentativas falhas eu desisto e saio do banheiro.

 "Já se passaram quatro anos." Pansy disse assim que saio do banheiro. "E você ainda não sabe fazer uma gravata." apontou para minha gravata mal feita

"Ei! Dessa vez até que estava decente." Bufei quando ela começou a desfazer minha gravata.

"É claro que estava." Ela murmura e termina de arrumar minha gravata. "Vamos, ficar perto das pessoas por muito tempo me faz ter pensamentos suicidas." Ela diz e me puxa pelo braço.

Quando chegamos os meninos já estavam vestidos e conversavam com Karen sobre os jogos que tinham acontecido na Copa Mundial de Quadribol.

Assim que chegamos à cabine Pansy se apressou para sentar ao lado de Draco, que deitou a cabeça no ombro dela e permitiu que ela fizesse carinho nos seus cabelos. O rosto de Pansy se iluminou e ela parecia uma criança que ganhou o presente que queria de aniversário. Revirei os olhos e me sentei no lugar que eu estava, peguei o outro sapo de chocolate e o abri.

"Chegamos em Hogwarts, por favor saiam devagar e com cuidado."

O monitor fala assim que o trem para.

E é claro que todos se apressaram para sair do trem, várias pessoas se empurravam e se xingavam para poder passar. E como sempre, eu e Draco ficamos em nossos lugares, esperando a maioria dos alunos saírem para podermos passar sem medo de sermos empurrados contra as janelas.

 "Olha que evolução, você finalmente conseguiu fazer sua gravata." Draco disse apontando para a minha gravata quando nos levantamos.

“Ah, sim... Não foi a Pansy que fez, imagina” Eu falo com uma voz irônica e ele balança a cabeça, rindo.

“Quatro anos Diana...” Ele da ênfase no ‘quatro’ e eu empurro seu ombro.

Draco riu de leve e passou seu braço em volta do meu ombro.

"Você não mudou nada"


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