O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 3
Capítulo III: Quando a Constelação se Manifesta


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos:
Sage e Hakurei foram convocados de Jamir para o Santuário afim de serem treinados para ocupar postos entre os 88 Santos de Athena. Ao partirem pela primeira vez de Jamir eles se encontram com um mundo novo, mas um mundo onde a influência de Hades cujo despertar era cada vez mais iminente, assim os futuros aspirantes se depararam com um poderoso Espectro.



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A grandiosidade do cosmo de um cavaleiro de ouro era algo que os gêmeos ainda não tinham presenciado em vida.

Que cosmo grandioso… - pensou Hakurei.

Esse poder… é gigantesco… é como uma galáxia explodindo diante de mim… — ponderou Sage.

O brilho do cosmo emanado conseguiu cegar o espectro de Harpia.

— Maldição! Quem é você para se opor a mim, Valentine de Harpia?!

— Meu nome é Brafmah.

— Me… Mestre!

A imagem que emergiu da luz ofuscante que se condensou numa aura dourada era do mestre de Sage e Hakurei de quem haviam se despedido dias atrás

— Como… o senhor… como o senhor está jovem?

O sorriso no rosto do ancião, agora jovem, era sereno.

— Eu não estou aqui de verdade…

Em seu quarto sentado em posição de lótus, o Mestre Brafmah levitava ante ao painel de Athena, em meio as estátuas de Buda.

— Ele está se projetando. - concluiu Sage.

— Projeção Cósmica…

— Eu já imaginava que vocês poderiam passar por algum perigo. Estive de olho em vocês desde Jamir.

— Então você é só uma projeção? - indagou o Espectro.

— Uma projeção é o suficiente para vencer você espectro…

— Você está me subestimando, maldito cavaleiro.

— Humpf… - Brafmah deu de ombros - seus ataques não farão efeito…

— Eu vou te mostrar… Greed the Live (Devorador de Vidas)!

O ataque avançou resvalando na barreira formada pela técnica do cavaleiro.

— O Kahn, é uma técnica defensiva absoluta… você como espectro não deve saber, mas eu fui o antigo Santo de Ouro de Virgem.

— San… Santo de Ouro?

— Não tenho tempo para um Espectro…

Ele elevou o seu cosmo, fazendo crescer grandiosamente…

— Que poder…

— Eu vou te enviar novamente para o Inferno de onde veio, Valentine… Rikudō Rinne (Ciclo das Seis Existências) - Jigokukai (o Inferno)

O golpe do ex-cavaleiro de Virgem expandiu atingindo o espectro banindo-o diretamente para o mundo do Inferno das Seis Existências.

Calmamente Brafmah se voltou aos dois discípulos.

— Vocês estão bem? - perguntou.

— Sim, senhor…

— Eu acredito que não poderei fazer essa proeza novamente. Peço que tenham mais cuidado daqui em diante. Agora que os Espectros sabem que um cavaleiro de ouro veio os proteger em pessoa o interesse deles em vocês pode aumentar.

— Tomaremos mais cuidado senhor!

O espectro cósmico do mestre dos gêmeos e antigo cavaleiro de virgem desapareceu.


No Salão do Grande Mestre…

— Itia…

— Brafmah… se projetando até o santuário? Aconteceu algo com os garotos?

— Não. Mas um espectro os interceptou, eu intervi…

— Você lutou?

— Não foi difícil o bani com um único golpe.

— Essa história dos Espectros não morrerem é algo que complica e muito o desenrolar da batalha…

— E Athena?

— A menina se encontra protegido, ainda que o exército de Athena não esteja completo, nós os últimos sobreviventes a protegeremos.

— Eu não acredito que qualquer Espectro tenha o ímpeto de pisar no santuário sem que Hades esteja completamente desperto.

— Concordo com você…

— No entanto, aquela mulher… ela já está no mundo…

Alemanha

O sonho era como flashes desconexos, mas que ara ela, contavam tudo que precisava saber.

A garotinha levantou da cama olhando para o céu noturno. As nuvens carregadas engoliram a lua apagando a luz cálida que banhava o castelo.

— Meu senhor finalmente é chegada a hora de sua vinda…

Ela pegou uma vela e saiu do quarto caminhando lentamente pelo corredor. Em algum nível ela estava em transe, porém sua consciência ainda estava ali ativa e processando as informações. El abriu a porta do quarto no exato momento que um raio cortou o céu escuro. O vento parecia aplacar violentamente os vidros assobiando entre os galhos das árvores.

— Pandora, minha filha, o que está fazendo aqui.

O pai da garotinha segurava firme a mão da esposa que suava e gritava enquanto fazia força.

— Querido, eu não aguento mais…

— Só um pouco querida faça força.

A parteira auxiliava a mulher pedindo dela mais força para que o bebê saísse.

— Ele… ele está chegando… - disse a menina com uma voz inocente.

— Sim querida seu irmãozinho está vindo, ou sua irmãzinha…

— Não. É ele. Meu senhor, o Imperador dos Mortos, Senhor Hades.

Nesse momento um grito ainda mais violento estalou no quarto.

— Nasceu mi lady! Seu filho…

O puro horror tomou o rosto da parteira e um grito de puro medo seguiu-se. Mas foi sufocado quando a mulher simplesmente caiu, os olhos mortos, a boca aberta e saliva escorrendo pelo rosto tombando para trás.

A garotinha caminhou pelo quarto e viu quando o pai caiu assim como a parteira, a parte branca dos olhos a mostra. A expressão do rosto como se tivesse visto, antes de morrer, o maior horror de sua vida.

Ela olhou para a mãe na cama, a cabeça tombada de lado, os olhos revirados, a boca aberta, sangue escorria dos olhos e da boca da mulher. As pernas arqueadas entre abertas e entre elas uma macha de sangue vermelha emoldurava uma manta na qual o bebê, ou o que quer que seja que tenha nascido estava. Um sorriso inocente, porém, satisfatório pairou no rosto da menina. Ela soltou a vela no chão e tomou para si o invólucro.

As chamas da vela se espalharam tomando o quarto, o corredor, o andar inteiro. A menina desceu as escadas e as chamas já se insinuavam nas paredes e desciam para consumir o térreo. Ela saiu carregando o bebê e deixando o castelo a consumir-se pelas chamas.


Fronteira Leste da Grécia

— Mais um pouco que chegaremos a Grécia, você acha que demos sorte de não toparmos com amis nenhum Espectro no caminho? - perguntou Sage.

— Acho que o Mestre Brafmah deixou um bom recado para eles… - respondeu Hakurei com um sorriso largo no rosto.

Eles pararam frente a um penhasco, cujo vale ao fundo abrigava um vilarejo.

— Podemos comer aqui…

— Sim…

— Aqui será apenas o velório de vocês dois, moleques…

Ao olharem para trás eles se depararam com a silhueta de alguém já conhecido. Com um chute poderoso o Espectro de Harpia empurrou ambos, penhasco abaixo, saltando atrás deles em seguida.

Com sua velocidade superior o Espectro alcançou o solo primeiro.

— Suas almas vão ser um belo alimento… Sweet Chocolate (Doce Chocolate)!

Os espíritos das Harpias se manifestaram ao lado do Espectro prontas para atacar os gêmeos.

Eles caíram de costas. Os olhos zonzos se firmaram no céu. Acima deles a constelação de Câncer que brilhou ainda mais intensamente.

As Harpias atacaram, mas pararam ante os dedos de cada um em riste.

— O que está acontecendo?

Linhas de energia azul circundavam os espíritos bestiais

— O que fizeram com minhas Harpias?!


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Notas finais do capítulo

No Próximo Capítulo: Capítulo IV: Órion



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