O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 27
Capítulo XXVII: Grimório


Notas iniciais do capítulo

Anteriormente em O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos
Shiva de Virgem se deparou com um companheiro de batalha de seu mestre, o antigo Cavaleiro de Câncer, Cipriano.
Cipriano revelou a Shiva que foi ele quem destruiu a antiga Mokurenji, tendo ocorrido o fato numa batalha do Santo com Lune de Balron.
Kageboshi volta a vida investindo contra os Santos de Athena, mas Shiva resolve dar um fim no Espectro atacando com todo seu poder.



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O ataque simplesmente desintegrou totalmente o adversário.

— Acredito que teremos um certo tempo…

— Nosso trabalho é um pouco mais complexo. Precisamos retirar aquele tronco morto da antiga Mokurenji.

— Porque não podemos apenas plantar as sementes aqui?

— A Terra que Demeter depositou seus poderes é justamente aquele local onde o tronco se encontra.

— Cipriano o que aconteceu para destruir uma árvore divina?

O cavaleiro de câncer apenas sorriu.

 

Santuário

 O ambiente a volta dos gêmeos foi se transformando lentamente num local muito parecido com o Yomotsu, que ambos já conheciam.

— Esse local parece o Yomotsu… - afirmou Hakurei.

— Mas não é. Consegue sentir Hakurei?

— Sim o ar é mais pesado…, mas ao mesmo tempo é apenas uma sensação.

— Seria uma visão proporcionado pela Casa de Câncer?

Eles então divisaram um cavaleiro de ouro, oposto a ele um espectro que portava um livro.

— É uma batalha. Aquele cavaleiro está trajando a armadura de Câncer?!

— É um combate da Guerra Santa anterior!

 

Mekai

“Lune era um Espectro monstruoso. Como disse, todos os meus ataques não surtiam efeitos nele. Ele os conhecia através do Livro. Portanto eu precisei fazer mão do meu Grimório.”

— Magias antigas que eu consegui em minhas viagens pelo mundo.

— Você está falando de feitiços literais?

— Bom, não é tão impossível assim, não é mesmo? - o cavaleiro abriu o livro negro.

“Foi então que eu precisei usar uma das magias mais antigas do meu livro, para executar tal conjuração, eu precisei elevar o meu cosmo além do limite. Eu alcancei o Oitavo Sentido, até então eu estava apenas protegido pelo selo de Athena que selava meu grimório.”

— Isso significa que você precisou romper o selo de Athena?

— Era um Selo diferente. Ela apenas o colocou no Grimório devido aos muitos artificies que ele possui em suas páginas. São coisas perigosas demais.

“Uma conjuração capaz de trazer uma alma já no Elíseos. Eu escolhi a alma dele… aquele que dizem ter sido um cavaleiro de Athena no passado, o único que chegou ao Elíseos. Nada disso pode ser confirmado como sendo verdade. Mas a conjuração deu certo; Davi veio ao meu encontro, aqui no Mekai…”

O virginiano se espantou com a revelação.

“Davi dominou 72 demônios. Confesso não ter perguntado para ele, mas eu acredito que ele tenha sido um cavaleiro de Câncer também…”

— Porque afirma isso?

— Ele me ensinou uma técnica secreta…

“Eu queimava meu cosmo e com meu próprio sangue eu desenhava os sigilos de invocação. A alma do demônio invocado era concentrado na ponta do meu dedo e disparado como uma potência diferente da técnica de Sekishiki que eu usava.”

 

Os gêmeos viram a alma com um brilho solar surgir ao lado do cavaleiro e viram também quando o rosto do espectro se encheu de algo que parecia medo. O cosmo do cavaleiro de ouro e da alma límpida pareceu ressonar.

O cavaleiro cortou a palma da mão e com a outra ele desenhava no ar co  m o sangue da ferida, enquanto queimava o cosmo, sigilos mágicos.

Uma presença nefasta emergiu do círculo e se condensou na ponta do dedo do cavaleiro.

 

Sekishiki Akuma Shotto!

Um disparo explosivo cuja potência advém da alma do próprio demônio. Uma técnica pequena, porém, letal. Podendo atravessar qualquer coisa devido a sua natureza espiritual. O demônio consome a alma do alvo, assim que a toca.”

— E foi assim que eu venci Lune de Balron. Como sua alma foi consumida pelo demônio Hades não pode trazê-lo de volta. Porém a explosão da técnica foi tão intensa que fogo fátuo se espalhou por todas as partes, o que fez com a árvore entrasse em combustão. Quando isso aconteceu eu senti o cosmo diferente que começou a emanar da planta então apanhei os frutos que ainda podiam ser salvos e enviei para Itia no Santuário. Agora…

Ambos combinaram seus poderes telepáticos sobre o tronco. O tronco semi-calcinado tremeu remexendo a terra, e finalmente se ergueu flutuante. Porém foi completamente destruído por projétil.

— Ele voltou…

A imagem de Kageboshi flutuava a alguns metros do chão, porém, ambos os cavaleiros, Shiva e Cipriano, perceberam uma diferença no espectro. Seu cosmo estava maior e mais intenso. E sobe o elmo da armadura era possível ver uma estrela negra brilhante.

— Percebe como ele mudou?

— Sim… pois bem… foi o mesmo com o Lune.

— Cipriano, eu vou dar conta desse espectro. Por favor se encarregue das sementes.

— Você…

— Mestre Itia me incumbiu essa missão, se caso eu precise morrer para que você possa cumprir o que espera há mais de 200 anos eu farei.

O ex-cavaleiro de Câncer então se prostrou a continuar o trabalho com as sementes do fruto da Mokurenji.

— Kageboshi! Chega! Eu não vou mais tolerar suas interferências!

— Você é o invasor aqui, Virgem!

— Eu vou te mostrar o verdadeiro poder de Shiva de Virgem! Ohm!

— De novo esse mantra para elevação cósmica?! Eu não vou permitir! Kage Gopuku! - as Vajras dispararam como projeteis velozes em direção a Shiva.

— Estão… - o cavaleiro desviou por muito pouco - muito mais rápidos e muito mais destrutivos! - ele percebeu que um dos vajras foi capas de destruir um rochedo grande que ornava o fundo do ambiente.

Alguma coisa aconteceu com esse renascimento de Kageboshi, ele parece estar mais poderoso, seu cosmo está nitidamente mais ameaçador, do que antes. Eu poderia considerar que ele está no mesmo nível de um juiz do inferno!

— Shiva não terei mais pena de você! Kage Gopuku!

Ele levitou ainda mais alto erguendo uma das mãos enquanto a outra estava na altura do peito formando o gesto da “Dharmacakra Mudra”. Uma esfera gigantesca se formou sobre a cabeça do monge e dela dispararam centenas de milhares de vajras.

— Maldição! Mesmo que eu crie a barreira do Kahm a potência desse golpe será grande demais.

Nesse momento o cavaleiro de Virgem ouviu uma badalar de sino muito alto. E uma figura surgiu em sua mente ou era real ele não soube discernir de imediato.

— Sidarta!

— Shiva de Virgem…

— Como… como isso é possível?!

— Em breve você saberá… não temos tempo, você tem que se salvar do ataque que o alveja. E para isso eu vou lhe ensinar uma técnica muito poderosa…

O cosmo da entidade que Shiva chamou de Sidarta e do próprio Shiva ressonaram.

— Sidarta… eu…

— Lute Shiva… no fim das batalhas todo homem pode encontrar a iluminação. Quando precisar estarei contigo, basta sua elevação e poderá me encontrar.

— Como você, um ser iluminado, veio parar num lugar desses?

— Uma conjuração me convocou do Nirvana para ajudar…

— Uma conjuração… Cipriano!

Os milhares de projeteis estavam a poucos metros do cavaleiro. Ele ergueu a mão e usou a técnica que acabara de ser ensinada a ele…

Goma In (Selo de Rendição Demoníaca)…

Todos os projeteis foram levados ao chão como uma onda arrebatadora. Até alcançar Kageboshi que também foi levado ao chão.

— Maldição que tipo de poder é esse? Mesmo eu que recebo poder de um deus não consigo sobrepuljá-lo! - ele falava entre dentes enquanto empregava toda sua força para sobrepor a gravitação que o prendia de face ao solo.

— Esse é o Goma In um selo capaz de prender no chão todos aqueles que se opõe ao Buda. Por isso Monge das Sombras você não se livrará dele.

— Boa garoto… parece que consegui chamar Sidarta bem a tempo… - disse o canceriano se aproximando - Está tudo pronto. Falta agora você.

— Eu?


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Notas finais do capítulo

Na próxima semana...
Capítulo XXVIII: Ajña



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