O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos escrita por Waulom Amarante


Capítulo 25
Capítulo XV: Missão no Mekai


Notas iniciais do capítulo

O Cavaleiro de Leão alcançou um novo poder, conseguindo confrontar em igualdade Fobetor. Porém seu poder ainda não poderia atingir um alma divina. Nesse momento Isis de Escorpião intervém na luta, trazendo selos de Athena. Combinando seus poderes eles conseguiram finalmente selar a divindade do Sono.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/754782/chapter/25

Santuário de Athena

 

— Então vocês selaram um dos cinco Deuses do Sono?

— Sim… - disseram em uníssono.

— Todos os cinco estavam lá, mas Fobetor realmente quis me enfrentar sozinho. - explicou o cavaleiro de Leão.

— Compreendo… acredito que um dos grandes males dos deuses é subestimar o poder humano.

Itia sentou-se no trono do Papa e olhou para os cavaleiros de ouro de Leão e Escorpião ajoelhados diante dele.

— Muito obrigado Cészar e Isis, vocês foram perfeitos em sua missão. Estão dispensados retornem aos seus postos nas 12 Casas.

— Grande Mestre Itia, me permita trocar uma palavra com Isis?

A voz de Athena veio do lado esquerdo do salão, surpreendendo a todos.

— Sim, Athena-sama.

Itia fez um sinal com a mão oferecendo passagem para a Amazona.

O cavaleiro de Leão se levantou e no caminho viu a porta se abrir, dando passagem ao cavaleiro de Virgem.

— Shiva.

— Cészar.

Eles se cumprimentaram.

Shiva o Cavaleiro de Ouro de Virgem, era discípulo de Brafmah de Virgem, o cavaleiro que lutou ao lado de Itia na Guerra Santa anterior e que também foi mestre de Sage e Hakurei em Jamir. Seus longos cabelos castanhos pendiam abaixo da altura da cintura como uma cascata de areia nas suas costas. Seu rosto de traços leves e límpidos estava emoldurado pelo elmo da armadura de virgem. Ele atravessou o salão e se ajoelhou diante do Grande Mestre.

— Shiva de Virgem…

— Mestre Itia como posso atender sua convocação direta?

— Eu preciso que você vá ao Submundo.

A cabeça do cavaleiro se ergueu com o espanto da sentença de sua missão.

— É uma missão muito delicada… - prosseguiu Itia.

O Grande Mestre se levantou apoiado por sua bengala e caminhou até o Santo Dourado lhe entregando um saquinho de pano.

— Grande Mestre do que se trata isso?

— Em tempos mitológicos Hades desposou a filha de Deméter, Pérsofone.

“A deusa das flores, dos frutos e dos perfumes era filha de Zeus, que advertiu Hades que independente da beleza de sua filha nenhum deus poderia chegar próximo dela. Mas Hades foi impaciente e raptou a jovem deusa, levando-a para o Mekai. Quando Deméter descobriu o que havia acontecido com sua filha ela foi junto de Hermes buscar sua filha no Mundo dos Mortos. Ao chegar lá a deusa olímpica descobriu que sua filha não havia rejeitado o deus dos mortos de todo. Zeus então estabeleceu que metade do ano Pérsefone residiria no Olimpo com seus pais e a outra metade com seu marido, Hades, no submundo. Porém a deusa deixou no submundo uma semente que mais tarde floresceu numa árvore que se irrigava pela Cachoeira de Sangue.”

— Esta árvore é conhecida como Mokurenji e é a única forma de vida existente no Submundo. A energia dessa árvore nunca havia sido descoberta até a última Guerra Santa quando o Cavaleiro de Câncer a descobriu nesse local, porém ela foi destruída durante o embate do Canceriano com um dos juízes… estas sementes são da Mokurenji, foram entregues a mim diretamente pelo cavaleiro de Câncer após sua morte.

— E qual minha missão especificamente, Mestre Itia?

— Você vai replantar essas sementes, para que uma nova árvore floresça. - o Grande Mestre caminhou pelo salão voltando ao seu trono - As Guerras Santas infelizmente são um ciclo sem fim. Quero que a próxima Geração tenha um trunfo que eu não tive na minha guerra e que por eu não saber do que se tratavam essas sementes até poucos anos atrás, também não poderemos ter.

— Como Mestre Itia?

— Eu ainda não sei ao certo, mas acredito que a próxima geração saberá o que fazer com esses frutos, eu já deixei escritos para o meu sucessor no Star Hill. Os frutos da Mokurenji, a única forma de vida existente no Submundo, um lugar que não deveria ter nenhuma forma vivente é oposta a das Sapuris forjadas de um mineral que só existe no Inferno, os frutos da árvore que você vai plantar, Shiva, serão uma arma contra o exército de Hades no futuro.

— Eu aceito essa missão, Mestre!

— Shiva, existe mais uma coisa que da qual deverei te alertar.

— Sim, senhor.

— Nesta missão não poderá enviar uma projeção cósmica. Sua própria alma deverá estar no Mekai e eu lhe explicarei o motivo…

— Athena…

— Isis, pode retirar sua máscara. - disse a deusa num tom sereno.

A amazona obedeceu e baixou a cabeça ante a deusa.

— Eu imagino que me chamou aqui… - a amazona dourada começou a falar.

— Não precisa se explicar Isis de Escorpião. Cumpriu eximiamente sua missão. E parte do esmero no cumprimento do seu dever se deve a sua ligação profunda com o Santo de Leão. Graças a ligação de vocês dois seus cosmos estiveram em sintonia. Um ressonar tão poderoso que foi capaz de aprisionar Fobetor e com meus selos puderam selar uma divindade poderosa.

— Então…

— Então, Isis de Escorpião, peço que continue seguindo seu coração. Está dispensada.

— Athena…

O Cavaleiro de Virgem sentou-se em posição de lótus. Seu cosmo se elevou numa aura rubro dourada imensa tomando conta de todo recinto do sexto templo.

No Coliseu tanto Hakurei quanto Sage puderam sentir o imenso poder dele.

— Que cosmo imenso é esse?! - exclamou Hakurei.

— Não… não parece nem sequer humano… - Sage parecia sem reação.

— Esse é o cosmo de Shiva de Virgem, aquele que nunca foi tocado por um inimigo. - quem se aproximou foi Gateguard.

 

Mekai

 

Como um rasgo no tecido da realidade a alma de Shiva adentrou o Inferno. O céu era rubro com tons de roxo, a terra seca e inóspita. Um odor de morte transformava a atmosfera num amálgama fétido e tenebroso.

A armadura dourada do cavaleiro de Virgem parecia se destacar como um sol naquele mundo de completa escuridão.

O papel de Shiva era encontrar a Cachoeira de Sangue, onde a antiga Mokurenji florescera para plantar a sementes que um dia foram da árvore que ali esteve.

Seu destino era um lugar entre o terceiro vale da Sexta Prisão e o primeiro foço da Sétima.

Depois de levitar pelo Mekai tentando ao máximo ocultar sua presença cósmica finalmente ele pode divisar a monumental queda de sangue.

Uma cascata rubra cujo odor era metálico e enchia a atmosfera de um tom carmesim macabro.

— Finalmente. Só preciso subir até o topo…

Foi então que um tilintar metálico e agudo tocou os ouvidos do Cavaleiro de Virgem.

— Então os esqueletos estavam certos… um Cavaleiro de Athena teve a audácia de invadir o Mekai do Imperador Hades…

A visão do Santo de Ouro foi invadida por um brilho negro vindo da Sapuris de um Espectro.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Próxima semana...
Capítulo XXVI: O detentor do Arayashiki



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Mito das Guerras Santas - O Legado dos Gêmeos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.