Garota Mimada escrita por Dio


Capítulo 3
Capítulo 3




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  Edward não bate bem da cabeça. Essa foi minha conclusão depois do maluco, que mal sabia meu nome, encostar o corpo gostoso dele no meu em um abraço por trás. Eu me arrepiei toda quando ele sussurrou perto do meu ouvido:

— Pelo visto a senhorita já conheceu a maior personalidade da Abbey Mount... Só entra na minha onda, beleza?

Ele resolveu começou a falar em um tom de voz que a Cavala conseguisse ouvir

— Baby! Quanto tempo, eu estava com de saudades de você. – Ele beijou meu pescoço levemente – Não me diga que você vai estudar aqui? Não conseguiu ficar longe de mim, não é?

 Isso não vai dar o que presta, fiquei toda molhada só de ouvir a voz rouca dele, com esse sotaque espetacular que só faz piorar minha situação. Como ele havia me pedido com tanto carinho, eu resolvi ajuda-lo, ou quem sabe torturar ele um pouquinho. Eu me virei de frente para ele, fazendo questão de manter meu corpo bem colado ao de Edward, enquanto eu acariciava os cabelos da sua nuca.

— Edward, Edward! – Eu senti ele se arrepiar - Você deixou uma impressão tão boa em meu pai nessas ferias que você passou comigo em Malibu, que ele decidiu me matricular aqui. Aparentemente a sua alma inglesa antiquada pode ser uma boa influencia pra mim – Eu terminei de falar enquanto ficava na ponta dos pés para beijar o canto de sua boca, uma corrente elétrica me percorreu e eu olhei no fundo dos olhos dele – Você vai ser minha salvação.

 Ele balançou a cabeça, sempre mantendo o contato visual. – Senhorita, você vai ser meu fim! – Os lábios dele se aproximavam mais e mais de mim, eu não estava conseguindo me conter, a atração estre nós era palpável, eu estava para pular em cima dele quando a Cavala resolveu se pronunciar.

 - Parece que você já conhece a americana, Ed! Ela não é um horror? Uma péssima influencia, não perca seu tempo com ela – Ela ralhou enquanto me puxou pelo braço, quase me deixando aleijada, não consegui nem me despedir do Edward.

  Essa Tanya é uma idiota, a garota passou o caminho todo até o dormitório feminino falando o quanto ela é próxima do tal Edward. “A, porque eu e o Ed nos conhecemos desde que tinhamos 3 anos”, “A gente tomava banho juntos”, “ Ele me viu caçar o meu primeiro pato, tão bobinho, saiu correndo quando eu torci o pescoço dele pra matar de vez”, “Sabe caloura, minha vida já está toda certa, assim que eu me formar vou me casar com o Ed. Você ainda não percebeu, mas você não é nada pra ele, mas eu te entendo, não tem como não se apaixonar por aquela voz, aquele cabelo sedoso, aquele pomo de adão, aqueles dentes perfeitos.... Mas não se engane, ele só tem olhos pra mim! Nosso relacionamento só não andou ainda por causa do enorme conflito de interesse que nos envolve, sabe... a mãe dele é a diretora e eu sou a presidente da ala feminina, logo as pessoas pensariam que meu cargo não foi por mérito, mas sim por causa da influencia dele “, “ Nós teremos 9 filhos, 5 meninos e 4 meninas”, “Edward júnior vai ser o primogênito, claro”.

Era perceptível pra qualquer animal que aquela menina estava sobre o efeito de drogas, iludida a define. Mas como Deus me fez muito educada, eu resolvi a ajudar.

— Tanya, desculpa a curiosidade, mas sabe como é né... Essas maluquices ai tu inventou ou Edward te falou? Porque, Cavala, é o seguinte, sai dessa minha filha! Eu tenho certeza que em alguma das masmorras desse forte tem um brutamontes estilo você, e melhor ainda, a sua espera! – Eu disse sorrindo – Inclusive, muito cuidado, antes que ele resolva parar de caçar bichos e resolva caçar o Edward pra não ter concorrência. – Eu pisquei inocentemente, enquanto adiantava o passo até o quarto que ela apontou como meu.

 Eu entrei e tranquei a porta antes que ela resolvesse entrar e usar o quarto como minha câmara de tortura. Bem, o que dizer sobre esse Muquifo? Primeiro, nunca vi quarto privativo com 3 camas, provavelmente alguma regalia, talvez seja pra minhas roupas e sapatos, enfim... Segundo, essa porra não é suite, esqueceram o meu banheiro. Terceiro, não tem closet, não tem nem um guarda roupa que se preze, só aqueles armariozinhos robustos com 5 gavetas. Definitivamente vou ter que trazer minha equipe de engenharia e arquitetura pra dar um jeito nesse Antro.

 Enquanto eu sentava em cada cama pra escolher a mais macia, a porta do quarto se abriu. De duas uma, ou aqui é mal assombrado (o que não seria nenhuma novidade, pq fala serio, nunca vi lugar mais esquisito) ou a Cavala usou um dos seus dois neurônios e entendeu a minha farpada nela.

  Eu corajosamente olhei para porta e não poderia ter recebido uma surpresa mais agradável... Ajudantes! Realmente, meu pai ainda me ama. A primeira que entrou era uma baixinha muito fofa de cabelos pretos espetados e olhos verdes, ela parecia uma fada, andava com tanta graça que parecia flutuar. A segunda era uma loira estonteante, com um porte de modelo e curvas espetaculares. Realmente, meu pai ainda está por dentro dos meus gostos. Eu logo fui me apresentando:

— Boa tarde, queridas! Vocês não sabem o prazer que é poder recebê-las no meu muquifo, AI MEU DEUS, eu tô tao feliz que vou ter alguém pra me ajudar aqui nessa roça. Podemos começar organizando as roupas e sapatos nas camas, aparentemente eles se esqueceram de construir um closet, uma suite, uma torre de sinal celular e asfalto pra mim.. Mas realmente, minha vinda foi de ultima hora... nada que não se possa resolver. Alguma de vocês trouxe minhas malas?

Elas me olhavam com um misto de curiosidade e divertimento, não é de se admirar, que esquecida... n me apresentei.

— Ah, perdão, eu sou Isabella Swan, como vocês ja devem saber. Como vocês se chamam?

— Eu sou Alice Brandon. Bem, Bella, posso te chamar de Bella não é? Então, seu sotaque te denuncia, você deve ser a americana. Bella, nós não somos suas ajudantes, somos suas colegas de quarto. E acredite, não tem como melhorar esse “Muquifo”, eu e Rose já tentamos milhares de vezes, Claudete não aceita nada que se sobressaia sobre as paredes muito brancas, o chão muito amadeirado e as camas muito pequenas. Nada de quadros, pinturas, tapetes, colchas novas, guarda roupas ou banheiras clandestinas, a gente ja tentou tanto, que ela quase pegou nosso fornecedor, o Emmett.

— Eu sou Rosalie Hale, muito prazer Bella! Olha, depois de um tempo você se acostuma, o quarto nem é o pior de tudo, isso é porque você não conheceu o refeitorio ainda.

Meu mundo caiu! Não tem outra definição,  a realidade bateu forte nessa hora, eu to sem um quarto descente, sem um banheiro, sem um closet, sem um quarto, sem um celular que pega sinal, sem minha irmã, sem meu melhor amigo... SEM MINHA MALA!! Como assim essa porcaria ainda não estava aqui? Qualquer hotelzinho tem um carregador de malas, pelo amor de Deus.

— Me desculpem, é um prazer conhece-las! Mas tipo assim, uma duvida, é real que eu vou ter que dividir quarto? Vcs não estao zoando comigo mesmo?

— Nós não estamos! – As duas disseram ao mesmo tempo.

—Sabe Bella, eu conheço bem essa cara de “ minha vida acabou”, eu cheguei aqui no primeiro ano no ensino médio, meus pais decidiram viver viajando o mundo e largaram eu e meu irmão gêmeo aqui. Com o tempo a gente aprende a conviver, no final das contas é uma escola muito boa se você tirar a Tanya da equação, e claro... a falta de asfalto, os fantasmas... – Rosalie disse enquanto sentava na cama que parecia ser a dela.

— Eu tô aqui desde que me conheço por gente, então assim, tirando o fato que eu não posso usar uma farda toda rosa, ta tudo de boas. O pessoal aqui é ótimo, a comida é muito boa, os professores são bem qualificados – Alice disse enquanto se sentava ao meu lado, na cama que escolhi como minha.

Elas estavam sendo muito boas e pacientes comigo, eu senti uma ligação e uma confiança imediata nelas. Logo comecei a falar sobre o porque de eu estar aqui, não é como se fosse um segredo ou qualquer coisa do tipo...          Ficamos conversando sobre banalidades e nos conhecendo melhor até que eu novamente lembrei da minha mala.

— Meninas, outra duvida! Eles têm um horario limite pra entregar as malas nos quartos? Por que eu deixei a minha na porta desde a hora que eu cheguei, e nada!

Elas começaram a rir e se levantaram enquanto me puxavam para a porta, - Bella, não tem nenhum carregador de malas aqui, nós que somos responsaveis por carregar nossas coisas. – Alice disse.

Fizemos todo o caminho até a entrada principal do colegio, eu só quero é ver como vou carregar quase 30 quilos de roupas e sapatos por todas essas escadas... Talvez eu devesse fretar os serviços da Cavala.

Então, é o seguinte, não tem como piorar essa porcaria de vida! A realidade é que essa bufa de lugar chove 300 dias em um ano, e esse foi um deles. Se não bastasse essa umidade que deixa meu cabelo horroroso, minha mala da Louis Vuitton se acabou na lama. A coitadinha estava imunda, e parecia que pesava uns 100 quilos por causa da água que havia entrado nela, eu quase sentei do lado dela e comecei a rolar na lama quando percebi que todas minhas roupas dentro dela estariam encharcadas... Uma mini fortuna perdida por causa da incompetência desse lugar em contratar serviçais.

Eu estava quase chorando quando Alice me deu um abraço e começou a me reconfortar, até que ela cagou tudo...

— Sabe Bella, você quem vai ter que lavar essas roupas depois, é melhor a gente tirar logo essa mala daqui antes que fique pior. – Eu não aguentei, comecei a rir de desespero, é o cumulo

 –EU! ISABELLA MARIE SWAN! LAVAR ROUPA? Deus ta me castigando pelas minhas vidas passadas, só pode..- Eu, Rosie e Alice tentávamos puxar a minha mala pela escadaria quando um grandalhão tirou ela das nossas mãos e a carregou com facilidade.

— Eu não entendo porque a diretora Esme não contrata alguem pra carregar as malas. Obrigar um ser fracote desses a subir 150 degraus levantando quase 50 quilos, é tortura. Eu já te disse, Ursinha, a Sra. Esme quer criar um time de Tanyas, só assim pra conseguirmos ganhar o campeonato de Lacrousse.

Beleza, outro maluco. O cara conseguia ser mais alto e mais forte que Tanya, ele tinha cabelos castanhos escuros em um corte quase militar, com um sorriso no rosto, acompanhado de covinhas, que parecia nunca sair dali.

— Bella, esse é Emmett, o nosso contrabandista de moveis, roupas, bebidas, e algumas coisas mais... - Rose me tirou do vácuo.

— Muito prazer Bella! É sempre bom ter uma cara nova por aqui. Se pá você devia aparecer no meu dormitório hj, tá rolando uma festa de começo de semestre lá, mas tu se liga que comigo é tudo na clandestinidade, o negocio é fugir de Claudete porque se não a mulher derruba os meus esquemas. Se ela pegar uma alma feminina na ala masculina, morreu  matado o Emmett!

— Prazer Emmett, vou apareceu sim, não é como se eu tivesse nada a perder... Mas diz ai, você consegue me contrabandear um celular com sinal?

— Eu consigo botar tudo pra dentro, Bellinha. Até um faisão entalhado eu trouxe pra Tanya. Aqui é coisa de primeira qualidade! Pode confiar.

Emmett nos deixou na porta do nosso quarto e se despediu de todas nós. Pelo que eu percebi tava rolando alguma coisa entre ele e a Rose, eles não paravam de se olhar e o maluco toda hora chamava ela de “ursinha”, é cada apelido que esse povo arranja... Minhas roupas estavam quase todas encharcadas, então eu resolvi não trocar de roupas para a festa clandestina. As meninas logo trataram de me levar para o dormitório de Emmett por um caminho bem estranho, passando no meio de uns matos suspeitos até chegarmos a ala masculina.

— Então, o Ursão sempre dá umas festinhas clandestinas?

— Sempre que ele tem oportunidade, ele quase sempre é pego por Claudete. Nunca vi um ser com um faro tão bom pras pilantragens do Emmett, mas os dois sempre se arranjam no final, na ultima festa que ele foi descoberto, ele arranjou um rádio desses de ultima geração pra Claudete. É muita descaração.

  Estranho, mesmo na porta do quarto dele não dava pra ouvir nenhum barulho de festa, vai ver esse povo daqui acha que reg é na base do joguinho de xadrez e sinuca. Assim que batemos na porta, um loiro com cara de dor a abriu.

— Qual a senha? – Ele perguntou com tédio, mas assim que ele ouviu a voz de Alice, a sua expressão mudou, o cara só faltou ajoelhar sobre os pés dela... é bom é assim. Alice me apresentou a ele, Jasper Hale, irmão gêmeo da Rose e colega de quarto do Emmett.

Assim que entramos eu percebi porque o som parecia não existir de fora do quarto, os caras tinham enchido as paredes de caixas de ovos e abafaram o som com isso. A bebida rolava solta, a musica estava muito alta, tinham muitas pessoas dançando e eu ainda não tinha visto o Emmett. Por um segundo eu me separei de Alice e da Rose pra pegar umas bebidas, quando me deparo com Edward no bar improvisado.

Assim que ele me viu, encostou em mim e eu senti aquela corrente elétrica de novo.

— A senhorita se lembra de mim? – Ele perguntou enquanto passava os dedos sobre meu pescoço nu.

—Como esquecer de você, Edward? Fugir da Cavala me usando não foi a melhor forma de deixar uma boa impressão! E eu sou uma senhora, não se engane com esse rostinho meigo... – Eu lambi meus lábios, chamando a atenção para eles e deixando Edward sem reação.

— Se- senhora?

— Isso! Eu sou uma mulher casada. 


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