O Viajante escrita por Stormy McKnight


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Fiz essa one inspirada no conto "O Vagamundo" dos irmãos Grimm para o tema atual do desafio dos 100 temas, cujo tema é "Uma história baseada em um conto de fadas clássico".

Boa leitura!



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Um dia, um garoto sonhador que desejava muito viajar e conhecer o mundo, acordou obstinado.  Ele tomou seu banho, se vestiu e foi ver a mãe. O mesmo contou à ela o desejo que ele tinha, mas a mãe protestou.  Eles não tinham o dinheiro para viajar, eram muito humildes.

O garoto não desistiu de seu desejo.  Saiu de casa as pressas e foi andando pela rua, no caminho, ele encontrou um homem misterioso que dizia poder realizar qualquer desejo que ele tivesse. Bastava apenas ele dizer o desejo e em troca de realizá-lo, ele iria querer algo em troca.

O garoto então pensou um pouco e aquilo lhe pareceu bom demais para ser verdade, mas seu desejo era tanto que ele não conseguia resistir.

"O que você quer em troca do meu desejo?", o garoto perguntou ao homem.

"Eu quero algo mais íntimo de você", ele insinuou.

"O  quê?", o garoto desconfiou.

"Eu quero sua virgindade", o homem revelou.

"Minha o quê?!", o garoto se espantou.

"Sua virgindade. Sua pureza, sua castidade, chame como quiser", o homem explanou.

"E como eu posso te dar isso?", o garoto quis saber.

"Simples, quando você completar 18 anos e não tiver feito sexo com nenhuma mulher, eu virei coletar a sua dívida.  Você terá que se deitar comigo. Fechado?", o tal retrucou.

"Céus! ", exclamou o menino. "Se eu tiver que fazer isso para realizar o meu desejo, então...eu aceito"

O homem misterioso ficou maravilhado com a resposta do garoto e ansioso para cobrar a dívida.

"Fechado", replicou o garoto estendendo a mão para o homem.

"Combinado", o homem disse ao apertar a mão do garoto.

O homem misterioso desapareceu e o garoto resolveu voltar para casa. A noite havia caído e a mãe dele estava preocupada esperando que ele voltasse de onde ele tivesse ido. Quando o garoto chegou em casa, ele disse a mãe que havia encontrado uma pessoa que podia realizar o desejo dele de viajar, e que ele estava muito feliz, mas não deixou transparecer a parte ruim de seu desejo ser realizado.  A mãe não acreditou nele e deu-lhe um tabefe no rosto.

"Para com isso! Você está inventando coisas!",  a mulher contestou.

"Mas mãe! É verdade o que eu estou dizendo!", o garoto rebateu.

"Vá lá para o seu quarto e durma! Você está de castigo até eu te liberar!", a mãe do garoto demandou.

E então o garoto foi para o quarto dele e deitou na cama em posição fetal. Ele ficou refletindo no que acontecera e no que a mãe dissera.

[...]

Quando completou 18 anos, e se tornou um jovem rapaz, bastante atraente, capaz de seduzir a mulher que ele quisesse,  ele se lembrou da promessa que havia feito ao homem misterioso quando ainda era uma criança.

"Aqui estou! Venha coletar minha dívida!", o rapaz berrou.

Foi então que, das sombras surgiu uma mulher, bastante sedutora, ela tinha cabelos pretos, olhos verdes, vestia um vestido vermelho como o sangue bastante sexy, e sapatos da mesma cor.  Ela aparentava ter uns 30 e poucos anos.

"Olá!  Você chamou e eu vim!  Eu vim coletar o meu pagamento", a mulher retrucou.

"Quem é você?", o rapaz inquiriu.

"Eu sou o quem você quiser que eu seja. Uma amiga, uma namorada...", ela insinuou.

O rapaz estava trepidando, mas tentou resistir. Sua dívida precisava ser quitada.

"Está bem. O que quer que eu faça para quitar a minha dívida?", o jovem inquiriu.

"Tire toda a sua roupa e deite-se na cama.", a mulher pediu.

O rapaz resolveu atender o pedido da mulher.  Depois de despido, ele deitou-se na cama e esperou por ela.

Ela engatinhou até ele na cama e depois foi aproximando o rosto do dele e então o beijou. Os lábios deles se tocaram.  A mulher ansiava por mais beijos dele e parecia insaciável.  O rapaz começou a retribuir os beijos da mulher.

Após algum tempo, ela se afastou dele e então começou a fazer sexo oral nele.

O rapaz começou a respirar ofegante enquanto se deixava seduzir por aquela mulher tão sedutora, mas ainda sim maliciosa.

[...]

Algum tempo depois, o rapaz e a mulher estavam pelados na cama. Ele refletia sobre o momento que passara ao lado dela.

"Agora que eu coletei sua dívida, qual é o seu desejo?", ela disse olhando com um olhar fixo nele.

"Eu queria viajar e conhecer o mundo", o rapaz replicou. "Mas, eu não sei se quero mais...eu acho que eu estou apaixonado por você."

A mulher sorriu para ele e depois gargalhou.

"Eu posso fazer as duas coisas.", ela retrucou.

"Como assim?", o rapaz quis saber.

"Eu posso te mandar para alguma parte do mundo e lá, você me encontrará em outra forma. Eu quero que você me encontre", ela sugeriu.

"Parece interessante", ele concluiu.

Então,  o desejo se realizou.  O rapaz logo se viu em um período da história da humanidade, perseguindo a mulher que lhe tirara a virgindade, mas ele não sabia como encontrá-la.  Ele estava no Japão feudal em Kyoto,  e ao olhar para si, viu que ele vestia roupas de samurai e carregava na cintura uma Katana embainhada.

Ele começou a andar pela rua de Kyoto, e foi passando pelas pessoas na rua e olhando ao redor a procura da mulher.

"Onde ela está?", ele pensou.

Os passantes transitavam pela rua livremente e diziam: "Com licença", esperando que ele os deixasse passar. E o rapaz deu passagem as pessoas.

Ele então resolveu se manter no lugar, e esperar que a mulher aparecesse para ele.

Misteriosamente, pétalas de cerejeiras começaram a cair e espalhar um perfume adocicado pelo ar.

As pessoas na rua então pararam para admirar aquele estranho fenômeno.

Então, em meio as pessoas, um vulto surgiu. O jovem samurai correu na direção do vulto e logo, o vulto se revelou como uma linda e bela gueixa que o admirava de longe.

Ele se lembrou das palavras da mulher que diziam para ele encontrá-la e continuou a persegui-la...

[...]

Quando achou que estava próximo de encontrar a mulher, surgiu um clarão, e o tempo começou a mudar, ele agora se encontrava em outro período.  Ele agora estava no velho - oeste, vestia roupa de caubói e se viu vagando por uma cidade velha.

Então ele olhou ao redor e viu um bar. Resolveu entrar e perguntar pela mulher que ele procurava.

Ao entrar no bar, as pessoas começaram a olhar para aquele forasteiro.

"Com licença, eu estou procurando por uma moça", ele retrucou.

Os homens no bar começaram a gargalhar do mesmo. Ele não conseguiu entender o motivo das risadas e ficou sem graça.

"Do que vocês estão rindo?", ele quis saber.

—Você disse que está procurando uma garota? Nós temos várias aqui, é só escolher, meu rapaz — alguém disse.

"Não, eu acho que vocês não estão entendendo.  Eu não estou procurando esse tipo de garota.", ele contestou.

Mas, as pessoas continuaram não entendendo.  Ele resolveu ir até o balcão das bebidas e pedir algo para beber para não ficar sem graça.

Chegando no balcão, foi atendido pelo barman.

"O que vai beber, senhor?", o homem quis saber.

"O que você tiver.", o rapaz replicou.

"O que eu tiver?", o barman achou que fosse piada e volveu na mesma moeda: "Se eu encher um copo com minha urina, você bebê?"

"Eu não entendi", ele ficou confuso.

"Você disse o que eu tiver", o barman o lembrou.

"Sim, o que você tiver de bebida", o rapaz o corrigiu.

"E urina não é bebida?", o barman falou com sarcasmo.

"Tudo bem, eu acho que me expressei mau. Me vê uma dose de uísque, então", o rapaz pediu.

"Saindo uma dose de uísque", o barman berrou.

O barman então foi preparar a bebida, pegou uma garrafa de uísque e encheu um copo. Depois serviu o rapaz.

"Quanto eu lhe devo?", ele quis saber.

"Hoje você está com sorte, garoto. Para um garoto bonito e jovem como você? Fica por conta da casa", o barman replicou e deu uma piscada de olho para ele.

"Obrigado", o rapaz agradeceu.

O rapaz começou a beber a bebida.  Depois de um gole, ele viu que aquilo deixava a boca amarrada e a fazia arder.

"Que porcaria é essa?", ele disse enojado.

"Se não gosta do uísque da casa, pode dar o fora daqui", o barman o expulsou.

"Não, eu adorei. Eu só...nunca tinha experimentado isso antes", ele comentou.

O barman então gargalhou.

[...]

Após algum tempo, um par de pernas femininas surgiu debaixo da porta bangue - bangue que logo se abriram e uma mulher ruiva de olhos verdes vestindo um vestido vermelho bem sexy com um corpete da mesma cor, surgiu na porta. Os raios de sol a iluminaram.

"É ELA!", o rapaz exclamou ao reconhecer a mulher.

A mulher então virou as costas e foi embora.  O rapaz largou a bebida no balcão e correu atrás da mulher.

Quando saiu do bar, ele se viu em outro período. Estava na Inglaterra vitoriana. Uma charrete saíra levando uma pessoa.

Logo, a rua ficara deserta,  e no meio da névoa daquela noite, a mulher que ele perseguia surgiu, vestindo um vestido branco todo rendado e um chapéu com algumas plumas na cabeça. 

Eles ficaram se olhando e ele então voltou a correr atrás dela, mas logo que pegou no braço dela, os tempos mudaram.

O tempo havia avançado até os dias atuais.

O rapaz estava vestindo uma camiseta branca, uma calça jeans, e tênis colorido. Ele estava dentro de uma sala de cinema, sozinho assistindo um filme, quando uma mulher, vestida com uma camiseta estampada, um shorts jeans, um tênis colorido, de cabelos loiros e olhos azuis, entrara na sala e fora na direção da poltrona onde ele estava sentado.

"Posso me sentar aqui?", ela perguntou.

"Claro.", ele assentiu.

A mulher sentou-se ao lado dele e então eles se olharam.

"Eu te conheço de algum lugar?", ele quis saber.

"Talvez...", ela disse deixando um mistério no ar.

"Você está solteira?", ele inquiriu.

"Você está?", ela devolveu.

"Estou. Por que?", ele devolveu.

"Então eu estou disponível", ela replicou.

"Que tal a gente se conhecer melhor?",  ele sugeriu.

"Eu acho isso uma ideia interessante". ela devolveu.

Então, ambos começaram a se beijar ali na sala de cinema enquanto o filme rodava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Até mais!



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