— Achei que estaria dormindo – Disse Gamora encontrando Peter fora da nave. Eles haviam feito uma parada numa clareira logo após mais um trabalho particular para poder descansar.

— Hey Gamora! Ah eu só estava dando um tempo da nave e relaxar - ele respondeu olhando para o seu toca – fita coçando o pescoço parecendo estar longe em pensamentos enquanto a alien verde viu umas garrafas ao lado dele enquanto se aproximava. O céu estava num tom de roxo -purpura e meteoros corriam incessantemente iluminando -o com um tom de verde – Você tá tão bonita…

— Bebendo assim só vai piorar… - a mulher resmungou interrompendo -o e sentando -se cruzando as pernas vendo o que o rosto do homem estava corado por causa do álcool e então o possível motivo para ele estar pensativo aquilo lhe apareceu – Tá pensando no que Nova disse sobre seu pai não é?

Peter acenou com a cabeça uma única vez e olhou para baixo, onde uma fogueira alumiava o local. Aquela revelação sobre sua ascendência lhe estava tirando o sono desde que os testes lhe haviam indicado que ele não era cem por cento humano como sempre havia crescido sabendo, uma mistura de sentimentos havia estava preso em seu peito porém ele nunca havia falado sobre isso com alguém . Até agora. E com o efeito do álcool correndo em suas veias, porque não compartilhar com quem ele mais confiava dalí?

— Quando eu tinha uns 8 anos… eu …. - um pequeno soluço faz com ele pare de falar por um segundo – eu levava de um lado pro outro uma foto de um ator pra escola e eu espalhava pra todo mundo que meu pai ... - Seus olhos verdes a fitaram novamente com um sorriso bobo antes de pegar uma das garrafas que ainda continha um liquido azul. - Era David Hasselhoff.

— Quem? - Ela ergueu uma as sobrancelhas, maravilhada como o álcool podia fazer com um meio – humano e estranhando o nome que possivelmente ela não conseguiria decorar.

— Como assim Quem?? - Ele se levantou olhando a mulher antes de começar a fingir que estava a tocar a introdução da série super-máquina numa guitarra imaginária enquanto a alienígena entortava a cabeça enrugando o cenho tentando entender sua fala que estava um tanto enrolada - Super Máquina?? … ok. - Ele respirou fundo tomando fôlego - David Hasselhoff era o Michael Knight: O cara mais bacana de toda a galáxia !!!!! e ele tinha um carro que conversava com ele e naquela época não havia muitas coisas além de pessoas que falavam na Terra. - Ele deu outro trago na garrafa onde havia agitado o líquido azul .

— Devia ser legal… - Gamora disse tomando a garrafa de sua mão e dando um trago. Vendo a empolgação de Peter, a alienígena sorria cada mais feliz curiosa para saber sobre as histórias da terra, sobre a infância dele e como seu semblante havia se iluminando de tal maneira que a energia dele a estava começando a contagiá -la, fazendo -a se levantar e chegar mais perto. – Deveria ser a pessoa mais famosa da escola

— Legal? Era o bicho !!! - Ele abriu um largo sorriso olhando para ela lembrando- se dos bons momentos ficando de pé sobre um barril em que estava sentado numa mustura de empolgação e e efeito do álcool lhe tirava toda a inibição – As vezes eu e minha mãe costumava ir nos lugares onde eles iam tipo uma lanchonete e uma vez a gente andou num ford mustang king cobra 2 que era o carro que ele tinha de acordo com a minha mãe. Meu avô odiava lembrar “ do idiota que abandou minha mãe “ mas ela queria que eu sempre pensasse no meu pai sempre… E-Eu não era ninguém acredit-tava em mim… - A empolgação dele simplesmente desapareceu no momento que fora levado em pensamentos para quando ainda tinha 8 anos- Eu apanhava de todo mundo … tinha uns valentões …. eu v-voltava pra c-casa cheio de… hematomas… e-e-e minha mãe... - Seus olhos começaram a se encher de lágrimas quando a imagem de sua mãe quando descobrira o câncer apareceu em sua mente.

Peter então se desequilibrou enquanto tentava amarrar o cadarço de sua bota evitando o final da frase. Imediatamente Gamora segurou-lhe as mãos xingando a si mesma mentalmente por fazê -lo pensar em sua mãe. Ela ainda estava tentando entender o Peter tinha que a fazia chegar tão próxima dele. O toque de suas largas mãos estava levemente gelado o que a fez arrepiar .

— Acho que está na hora de ir dormir , Senhor das Estrelas…. Que tal descer do seu pedestal agora ?- Ela quase murmurou olhando para os olhos verdes do homem os quais a hipnotizavam desde o dia que ela tinha os visto pela primeira vez .

— Tá bom minha bela ...- Quill acenou com a cabeça e desceu , ficando em frente a ela._ Só se você dançar comigo…- Ele então soltou as mãos e colocou as mãos na cintura dela, dançando um ritmo lento que bem baixinho tocava em seu Walkman

Por um breve momento, Gamora deixou- se levar e o acompanhou na dança pousando suas mãos sobre seu peito, enquanto alguns pensamentos lascivos e seus corpos estavam a poucos centímetros um do outro e seu perfume preenchia seus pulmões: ela então pensara nos dias que o encontrara assim que havia tomado banho, com os cabelos ruivos ainda um tanto úmidos e pequenas gotas de água encharcava seu abdome; de quando ele cruzava os braços e seus músculos ficavam perfeitamente desenhados; de quando ele sorria e dançava quando estava feliz, de quando ele a chamava e a fazia dançar mesmo quando ela estava emburrada.

— V-você tá bem? - Ele murmurou percebendo que ela não havia negado a dança a dois como sempre fazia. Ela acenou com a cabeça largando as mãos porém não se afastou. Ele então ergueu o queixo dela a fazendo fitá-lo nos olhos. Mesmo bêbado, ele podia sentir algo diferente no ar.

— O que tá fazendo? - Ela disse séria olhando para cima fitando- lhe os olhos após notar que estava quieta demais. O arrepiou voltara mais forte dessa vez e aquilo parecia descer pela sua coluna enquanto suas mãos seguraram os antebraços dele.

— Dançando… com você - Ele sutilmente pendeu seu corpo para frente fechando o espaço entre eles – E agora … - Ele deu um suave beijo em seus lábios mesmo com a moça ainda estava de olhos abertos.

Por mais que quisesse se separar , ela não conseguia : Os lábios dele eram macios e a pressão que fazia sobre ela estava perfeita. O cheiro do perfume que ele estava usando a inebriava e as palpitações do coração humano dele eram como música. Gamora então, retribuiu-lhe o beijo gentilmente sentindo o gosto adocicado da bebida que havia tomado. ‘Gosto adocicado?’ pensou consigo mesma antes que o homem virasse para o lado e vomitasse.

— Peter! - Ela disse assustada e preocupada – O que andou bebendo além da cerveja de Luganenhum?

— hmmmmm… - ele olhou para o lado e ela notou algumas garrafinhas pretas com um rótulos azuis. Pelas contas haviam umas 6 .

— Merda … - ela disse indo até as garrafas e lendo o que estava escrito - Fermentado Kree. Isso não é cerveja...Isso é um tipo de suplemento para crescimento de plantas… Vamos entrar vou te levar pra enfermaria em Luganenhum. - Ele acenou com a cabeça mole pela intoxicação e ela o ajudou a subir a rampa da nave – Se perguntarem o porque demoramos, estávamos conversando sobre a nossa próxima missão.

— Pode deixar , Gamy – ele falou fazendo a saudação naval para ela com o corpo totalmente mole e seu rosto parecendo estar dormente– Não vou falar nada pra eles do nosso lance …

— não era lance… Isso foi ...- ela interrompeu ao ver Drax andando em sua direção . Ela deu um rápido sorriso antes de entregar Peter para Drax levá-lo para o quarto.

Ela o observou ser levado colocando suas mãos em seu bolso indo para a sala de controle. Aquele era a primeira vez que sentira algo a mais do que simplesmente empatia, amizade ou ódio por alguém. Ela sabia o nome mas não se arriscaria dizer. Mas a partir daquele dia, tudo seria diferente entre eles .