Champions escrita por SsRoberta


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá! Essa é a minha primeira fic postada aqui no site, ainda estou me adaptando haha.

Espero que gostem!

História inspirada no seguinte plot do @fanctions no twitter: https://twitter.com/fanctions/status/936003558016716807



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Capítulo Único: Promise

Até aquele momento, Lily Evans já havia roído quase que completamente suas unhas já curtas. Sua expressão estava angustiada enquanto ela assistia ao treino do Gryffindor.

O Gryffindor era considerado o maior time de futebol da Europa, e Lily não poderia sentir mais orgulho disso, embora não entendesse absolutamente nada de futebol.

Seu interesse pelo esporte era outro. Seu melhor amigo, Sirius Black, era um dos jogadores, e ela fazia questão de assistir a todos os jogos quando conseguia uma folga da faculdade e do emprego.

— Quer parar com isso? — Marlene virou-se furiosa para Lily que balançava as pernas freneticamente enquanto continuava a roer suas unhas. — Está me deixando nervosa.

— Eu estou nervosa! — reclamou Lily para a amiga que riu fraco e voltou a atenção para o campo.

Lily voltou a prestar atenção no treino também, porém não entendia nada do que estava acontecendo. Apenas via Sirius fazer dribles incríveis com a bola para depois marcar um gol. Remus Lupin era o goleiro do time e fazia defesas incríveis. Peter Pettigrew parecia meio desajeitado normalmente, mas dentro de campo ele ganhava uma confiança surpreendente. Já James Potter se exibia com seus passes perfeitos, dribles inacreditáveis e diversos gols.

A ruiva teve que se esforçar para desviar a atenção do último. Sempre o achou metido e infantil, porém ele mudara e algo dentro de Lily também. Era normal sentir seus olhos serem atraídos na direção de James Potter sempre que estavam próximos? Marlene dizia que aquilo era castigo por ela ter rejeitado tanto o rapaz que sempre que tinha a chance a chamava para sair (para em seguida receber um não como resposta).

E agora ela não sabia o que fazer a respeito daquilo. Estaria Lily apaixonada pelo jogador mais caro da Inglaterra? Estaria ela apaixonada pela última pessoa que ela jurara se apaixonar?

— Quer um babador? — a voz de Marlene a acorda de seus devaneios. Só então ela percebe que não tinha tirado os olhos de James, que como se possuísse um imã, encontra seu olhar e solta um sorriso de canto. Aquele sorriso de canto.

A ruiva sentiu seu coração parar e voltar a bater a total velocidade.

Céus, Potter, o que fez comigo? Perguntou para si mesma em pensamento.

— Você deveria dizer logo a ele. — Lily volta seu olhar para Marlene. Sua melhor amiga estava ficando louca? Jamais ela iria admitir aquilo em voz alta! Até porque não tinha nada a admitir, certo?

— Não sei do que está falando, Marley. — resmungou ignorando o calor que emanava de suas bochechas e voltou a estudar o time.

Agora era Amos Diggory que estava com a posse da bola. Ele era um ótimo jogador, porém era metido demais, ultrapassava até o Potter nesse quesito. E quando o jogador tentou fazer uma jogada improvável, perdeu a bola e começou a xingar. Sirius rebateu dizendo que ele deveria ter passado a bola para alguém e não tentar fazer tudo sozinho.

Lily revirou os olhos.

Até ela que não entendia muita coisa sabia que a atitude de Diggory era ridícula. Qual era o problema dele em dividir os holofotes com os colegas de equipe?

— Por que Diggory ainda está no time? — agora era Marlene quem roía as unhas e fitava o jogador com uma expressão assassina. — Ele pode até jogar bem, mas é um idiota. — bufou. — Por que eu o deixei usufruir do meu corpinho mesmo? — ela parecia fazer força para lembrar de como deixou aquele episódio acontecer, arrancando uma gargalhada de Lily.

Por muito tempo, Lily sentiu um certo desconforto ao ser amiga de Marlene. Ela ficava comparando-se com a amiga pelo modo como a loira lidava com os garotos. Para McKinnon, tudo parecia fácil, ela não tinha medo de demonstrar seus sentimentos e muito menos de deixar bem claro suas intenções.

Já Lily não sabia o que fazer quando ficava interessada por alguém. Ela sentia seu coração acelerar, suas bochechas corarem, suas mãos suarem e nenhuma frase coerente saía de sua boca. Evans era um completo desastre quando se tratava de garotos. E não ajudava em nada se sentir assim em relação a um certo jogador que se exibia em campo. Queria ter um por cento da atitude da amiga, talvez assim ela conseguiria fazer algo a respeito.

— Certo. Você precisa fazer isso logo! — a voz eufórica de Marlene tirou-a de seus devaneios pela segunda vez naquele dia. — Eu sabia que isso iria acontecer!

— Nada está acontecendo, Marlene. — sua vergonha e impaciência estavam estampadas em sua face.

Não gostava de falar sobre seus sentimentos, sequer conseguia entendê-los então como iria conversar com alguém sobre isso?

Marlene bufou enquanto encarava a amiga, irritada e impaciente.

— Cansei desse seu processo de negação! Está na hora de partir para a ação! — ela sorriu largamente e bateu palminhas ao perceber que sua frase rimara.

Lily se afundou no banco. Era frustante não conseguir fugir do olhar penetrante de Marlene, e nao queria falar sobre aquele assunto naquele momento.

Mas como fugir de sua melhor amiga que conseguia arrancar seus segredos mais obscuros? Talvez ela não precisasse fugir, falar poderia fazer com que tudo fosse mais fácil. Pelo menos era o que Marlene sempre dizia.

— Vamos lá, Lily! — insistiu a loira. — Não é tão difícil assim.

Ela respirou fundo. Marlene tinha razão, ela precisava conversar sobre aquilo e quem sabe a amiga não teria algum conselho útil para lhe dar.

— Tudo bem! — entregou-se derrotada. — Talvez, apenas talvez, eu esteja gostando do Potter. E não sei o que fazer em relação a isso. — suspirou.

Ao contrário do que imaginava, admitir aquilo em voz alta fez algo relaxar em seu corpo.

Marlene voltou a bater palminhas e rir descontroladamente. Lily estava com medo de que a amiga estivesse chamando atenção demais e se prontificou em chacoalhar o braço da loira, fazendo-a diminuir o volume de seus surtos.

— Por favor, cale a boca! — implorou Lily em desespero.

Só de imaginar que os gritinhos agudos de Marlene chamasse atenção do time, sentia suas bochechas corarem e uma sensação de náuseas tomava conta de seu corpo. Ela não precisava passar vergonha na frente de toda aquela gente.

— Você acabou de admitir o que jurou que nunca aconteceria, qual espera que seja minha reação? — Marlene pergunta num tom divertido, provocando Lily (e obtendo total sucesso). — Isso é épico! — soltou um grito estrangulado, desesperando Lily, que quase voou no pescoço da amiga para calá-la.

— Não faça eu me sentir pior do que já estou. — resmungou a ruiva, emburrada. — O que eu faço?

O desespero se fez presente em sua voz, obrigando Marlene a respirar fundo e cessar completamente seu pequeno surto.

— Que tal começar contando isso a ele? — sugeriu Marlene, pacientemente. — Todos sabemos que você não levará um fora.

— De jeito nenhum! — protestou veementemente a ruiva.

Nem pensar que ela iria falar para James que estava nutrindo qualquer tipo de sentimento por ele. Primeiro: ela o dispensava desde o colegial e sentia-se envergonhada ao mudar de ideia tão subitamente. E, segundo: ela nunca fora boa com as palavras.

Tinha certeza que assim que abrisse a boca para revelar aquilo, ela iria gaguejar e não falaria coisa com coisa. Seria extremamente vergonhoso.

Então como iria resolver aquilo?

— Você está complicando as coisas, Lily.

É claro que ela estava. Lily era mestre em complicar tudo.

— Não sei o que fazer. — suspirou. — Amanhã será o jogo decisivo então não posso fazer nada hoje. Não quero atrapalhar o desempenho dele no jogo.

Marlene começou a rir.

— Você está inteiramente certa! Se contar a James que está apaixonada por ele hoje, provavelmente ele não conseguirá dormir e nem jogar a final da Champions League amanhã. — seus olhos azuis repreendiam a ruiva. — E nós temos que levar este título!

Ao contrário de Lily, Marlene entendia tudo sobre futebol. Jogava pela equipe feminina do Gryffindor e tinha um espírito muito competitivo, Lily sabia que se os meninos perdessem aquele jogo decisivo ela iria matá-los.

— Pode ficar tranquila, não irei falar nada pra ele hoje e nem nunca. — Lily disse, sincera.

Por que a vida tinha que ser tão complicada para Lily?

— Você vai sim, Lily! — ordenou Marlene, mas a ruiva negou veemente com a cabeça. Então um sorriso maroto se abriu no rosto de Marlene. — E se você não precisasse falar?

— Como assim? — Lily automaticamente se interessou pela conversa. Havia mesmo uma luz no fim do túnel?

O sorriso se intensificou nos lábios vermelhos de Marlene (definitivamente ela estava passando tempo demais próxima de Sirius).

— O que acha de beijá-lo no final do jogo amanhã? — a loira encarava a amiga com expectativa.

Marlene estava louca, não estava? Se pra Lily já era difícil falar, imagine ir até ele e beijá-lo? Ela conseguiria fazer algo assim?

— Não sei se sou capaz de fazer isso.

Voltou seu olhar para o campo e se deparou com James tirando a camisa e jogando-a sobre o ombro. Seu abdômen era definido e estava todo suado e bastante convidativo.

— E vai perder a oportunidade de passar a língua por tudo aquilo? — Marlene sorria maliciosa.

Lily mordeu os lábios e fechou os olhos com força. Suas bochechas sequer coraram enquanto ela criava imagens impuras com o abdômen de James em sua mente.

— Tudo bem, já sei o que fazer. — quando abriu os olhos viu a expressão animada no rosto de Marlene.

— E o que seria?

— Uma promessa. — respondeu com um sorriso nos lábios, deixando a amiga confusa. — Eu prometo que, se o Gryffindor ganhar o jogo amanhã, eu vou descer até lá e beijar o James na frente de todo mundo.

Marlene abriu a boca, incrédula. E quando percebeu que Lily estava mesmo falando sério, começou a gargalhar e abraçar a amiga com entusiasmo.

——

— O que acha que elas estão tramando? — assim que o treino terminou, Peter apontou para as meninas sentadas na arquibancada que agora estavam as gargalhadas.

James imediatamente sentiu uma enorme curiosidade tomar conta de si. Gostava quando Lily estava presente durante os treinos e jogos, sentia-se mais confiante. A única parte que lhe incomodava era os inúmeros foras que levava dela quando tentava a chamar para sair.

Custava ela dizer sim? Não poderia ser tão ruim assim sair com ele. Era James Potter, um dos melhores jogadores do mundo que tinha todas as mulheres aos seus pés, exceto a única que ele realmente queria.

Sirius o chamava de idiota, pois sabia que a ruiva jamais iria gostar dele. Mas o que ele poderia fazer se sempre fora completamente apaixonado por ela?

— Não faço ideia. — respondeu sem tirar os olhos das duas.

— O treino foi ótimo, rapazes! — a voz de Aberforth soava alta e animada como raramente acontecia. — Espero que vocês tenham este mesmo espírito em mente amanhã durante o jogo.

— Não se preocupe, Abe, esta taça já é nossa! — exclamou Sirius, arrancando gritos animados dos outros jogadores.

— Se depender de mim, vocês não precisam se preocupar. — disse Diggory com arrogância, fazendo James revirar os olhos.

— Mas é claro que eles precisam se preocupar, Diggory. — repreendeu Aberforth. — Todos vocês fazem o Gryffindor ser o que é hoje, portanto todos vocês devem dar o melhor na final amanhã. — disse. — A Slytherin é um adversário difícil, mas vocês são melhores. Vamos ganhar este jogo!

Gritos incentivadores preencheram o grupo que entrava para o vestiário. Todos precisavam ter uma boa noite de descanso para estar bem para entrar em campo na noite seguinte.

Antes de sumir do campo, James deu uma rápida olhada para Lily. Ela sustentou seu olhar por algum tempo, para depois desviar sua atenção à Marlene novamente.

James suspirou. Por que a ruiva o ignorava tanto? Ele sabia que já fora um verdadeiro idiota, mas era visível seu amadurecimento, então o que a impedia de aceitar seus convites para sair?

— Você nunca vai cansar, não é mesmo? — Sirius passou o braço pelos ombros de James e juntos eles caminharam até o vestiário. — Não acha que está na hora de desistir e investir em outra?

Essa ideia já se passara pela cabeça de James diversas vezes, mas como ele poderia fazer isso? Mesmo que tentasse olhar para outra mulher, nenhuma lhe atraía tanto a atenção quanto Lily.

— Vou ter que concordar com Sirius dessa vez. — Remus disse tirando a camisa do time e entrando no chuveiro. — Lily não gosta de você, então não deveria ficar sofrendo por ela.

— Eu também acho. — foi a vez de Peter se pronunciar. — Adoro a ruiva, mas ela não te adora do jeito que você gostaria.

James engoliu em seco. Odiava quando seus amigos jogavam aquelas verdades em sua cara, mas eram verdades e ele sabia disso.

— Temos um jogo pra vencer amanhã, então tente não estragar porque está ocupado pensando em quem não lhe dá a mínima. — Peter sincero como sempre disse encarando-o.

— Nós vamos ganhar este jogo. — disse James convicto. — E eu prometo que assim que o jogo terminar com a nossa vitória, eu nunca mais vou chamar Lily pra sair.

Seus amigos pararam o que estavam fazendo e o encararam com as sobrancelhas arqueadas. Ele bufou, por que era difícil acreditar nele?

— Desculpe, Prongs, mas você já fez essa promessa umas mil vezes e não a cumpriu em nenhuma delas. — Sirius disse secando-se com a toalha e pouco se importando se estava expondo sua nudez a todos.

James revirou os olhos e enrolou a toalha em sua cintura.

— Dessa vez é pra valer. — disse firme.

Os meninos se entreolharam e deram de ombros, não acreditando completamente no amigo, mas James estava decidido desta vez. Ele era James Potter, podia ter tudo o que quisesse aos seus pés, portanto precisava desapegar da única coisa que não poderia ter, por mais dolorido que isso fosse. Ele iria conseguir.

——

O estádio estava lotado, milhares de pessoas estavam ali para ver a final da Champions League. A maior parte do estádio estava colorida com vermelho e dourado, cor do Gryffindor, que os torcedores se orgulhavam de exibir de todas as maneiras possíveis. Mas também era visível a quantidade de verde e prata, cor da Slytherin.

Marlene e Lily estavam no camarote, ansiosas para o início do jogo. A loira usava vermelho e dourado da cabeça aos pés, literalmente. Lily era um pouco mais discreta, mas não deixou de vestir a camisa do time.

Sentia seu coração acelerado desde que colocara os pés naquele estádio. A promessa que havia feito no dia anterior ecoava na sua cabeça a todo instante. E não havia como ela fugir, estava prometido e Lily odiava quebrar promessas.

— Pronta para agarrar o Potter? — Marlene pergunta animada como sempre.

— O jogo ainda não começou. — disse fazendo cara feia para a amiga que riu, o leão, símbolo da Gryffindor, se mexeu de uma forma engraçada em sua bochecha.

— Ah, corta essa, Lily! A final é contra a Slytherin e eles são uns tapados! — Marlene diz fazendo careta para os jogadores do time adversário. — Nunca perdemos nenhum jogo pra eles, e não vai ser na final da Champions League que isso vai acontecer. — disse confiante. — Se os meninos permitirem isso, terei que fazer algo a respeito e acabar com todos eles do modo mais doloroso possível.

Lily se afastou da amiga. Ficar próxima de Marlene em temporada de jogos lhe dava um certo receio, a loira ganhava instintos assassinos e Lily preferia não testá-los.

— Você me dá medo às vezes. — admitiu Lily, rindo.

Em poucos minutos o jogo começou. A atenção de toda a Europa estava voltada para aquela partida decisiva. Gryffindor e Slytherin possuíam uma rivalidade que durava há gerações e também eram os favoritos do campeonato.

Os primeiros minutos foram equilibrados sem nenhuma chance real de gol, apenas belos ataques que eram bloqueados pela defesa. Porém, não demorou muito para o ânimo dos jogadores mudarem, as provocações começaram e o árbitro marcou algumas faltas que podiam ser evitadas.

— Eles querem quebrar os nossos jogadores! — Marlene gritou indignada com a última falta cometida por um dos atacantes da Slytherin. — JOGUEM LIMPO SEUS COVARDES!

Lily não precisou se afundar na cadeira para esconder a vergonha que estava sendo do escândalo da amiga, todos ao seu redor estavam indignados com o modo que os Slytherin haviam resolvido jogar.

Severus Snape e Lucius Malfoy eram os que faziam mais jogadas sujas. Estavam claramente querendo quebrar alguém da Gryffindor. Lily não ficou surpresa, Tom Riddle era o técnico deles, o homem era sujo então era óbvio que seu time também seria. Lily só não imaginava que seu ex melhor amigo de infância, Severus, pudesse ser igual a ele.

Depois de dar três cartões amarelos para a equipe verde, Gryffindor conseguiu se livrar da marcação e Sirius Black abriu o placar, o que levou todo o estádio a loucura.

Esquecendo-se completamente da promessa que havia feito, Lily se vê pulando e comemorando ao lado de Marlene que estava perdendo a voz de tanto gritar. E ainda estava no primeiro tempo.

James Potter comemorava com Sirius próximo aonde elas estavam quando seus olhares se cruzaram. Ele pareceu perder o ânimo que sentia, com um certo esforço desviou o olhar e voltou para o meio do campo.

A pouca confiança de Lily já estava evaporando de seu corpo. O Gryffindor estava ganhando e ela tinha uma promessa a cumprir, mas e se ela a quebrasse apenas desta vez? Ou o único jeito seria torcer contra a Gryffindor e a favor da Slytherin, Marlene obviamente a mataria se soubesse.

Mas torcer para o Slytherin não teria dado certo, pois, cinco minutos depois, Peter puxou um contra-ataque e marcou o segundo para o Gryffindor.

No segundo tempo, quando Sirius marcou seu segundo gol na partida, Lily teve que aceitar seu destino. Entraria em campo para beijar James. E só de pensar em chegar até ele, sentia suas mãos suarem e as pernas bambearem. Como conseguiria caminhar até ele neste estado?

E foi questionando-se sobre isso que viu quando James marcou o quarto gol nos últimos segundos de jogo, explodindo completamente toda a torcida vermelha e dourada.

Então o juiz apitou e o jogo terminou. Gryffindor havia vencido de quatro a zero e levara a taça da Champions League.

Agora faltava apenas duas promessas a serem cumpridas.

Percebendo o momento de aflição da amiga, Marlene empurrou-a para dentro do campo. Lily respirou fundo e criou o máximo de coragem que conseguiu para caminhar até onde James Potter estava.

Ele comemorava com os colegas de equipe e agradecia a toda a torcida, portanto demorou algum tempo até perceber a aproximação da ruiva, e quando o fez ficou confuso.

O que ela estaria fazendo ali?

Ao capturar o olhar de James, Lily ganhou um jato de confiança e caminhou decidida até onde ele estava, parando há poucos centímetros do corpo suado do jogador.

Ela se obrigou a não prestar atenção aos detalhes, como o modo que sua camisa estava grudada em seu peitoral definido. Levantou os olhos e encontrou os castanhos-esverdeados dele a encarando.

Quando ele abriu a boca para questionar o motivo dela estar ali, Lily jogou os braços ao redor de seu pescoço e selou seus lábios nos dele.

De início, ele ficou tão surpreso que não soube o que fazer. Mas não demorou muito para entender perfeitamente a situação e intensificar o beijo, tornando-o a melhor coisa que já experimentara em toda a sua vida.

Nem mesmo a sensação de êxtase que experimentava a cada gol que marcava era comparado a ter os lábios de Lily se movendo junto ao seu.

O barulho ensurdecedor de comemoração que toda a torcida do Gryffindor fazia não era nada comparada a mistura de sentimentos que ecoava no interior de Lily. Ela não se importava se o mundo todo pudesse estar assistindo aquele momento, ela só se importava em aproveitar ele ao máximo, pois não sabia o que faria quando precisassem de fôlego. O que não demorou a acontecer.

Com muito esforço, eles se afastaram. Seus olhos não desgrudaram em momento algum, Lily sentiu suas bochechas corarem quando James abriu aquele sorriso, e ela o acompanhou.

Feito. Sua promessa estava cumprida.

James logo desfez o sorriso. Ele ainda tinha uma promessa a cumprir. Mas como podia dar ouvidos a ela quando o momento que imaginara diversas vezes em sua cabeça finalmente aconteceu da melhor forma possível?

Dane-se a promessa. Pensou ele antes de capturar os lábios da ruiva novamente.


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