Bulma e Vegeta - A incógnita dos três anos escrita por Cordelia Morning MIC


Capítulo 3
Capítulo 2 – Mais Três meses!!




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Yamcha estava morando com os Briefs desde que ressuscitara, no início ele e Bulma não se desgrudavam, aproveitavam cada minuto do tempo, como a muito não faziam. Mas foi passando as semanas e depois os meses o romance começou a esfriar, e o rapaz começou cada vez mais focar no treino, não queria ficar para trás dos outros, principalmente, depois do que ouvira sobre o treinamento de Vegeta.

Quanto mais o namorado se focava nos treinos, mais Bulma ficava pensando no maldito troll rabugento, estava começando a aceitar que não era carência, que realmente sentia falta dele, da presença dele, de sair do laboratório e encontra-lo jogando xadrez com seu pai ou esbarrando com ele em algum canto da casa. Era uma sensação amarga, sabia que não adiantava se preocupar e sentir falta que alguém que podia nunca mais voltar. Nem conseguia entender por que aquilo estava acontecendo com ela, sentia-se estranha, era incompreensível para alguém tão racional quanto ela.

A Senhora Brief, não ficava muito trás da filha, estava desconsolada com a partida de Vegeta, ela já sonhava com a filha tivesse um romance de banca de jornal com o rapaz. Nunca gostou muito de Yamcha, nunca o tratara mal, mas seu coração de mãe, sempre dizia que ele não era a pessoa certa para filha. O Sayajin podia ser orgulhoso, um pouco carrancudo, contudo sempre fora muito educado com ela e com o marido. Tinham suas diferenças sobre as condições da nave para o treinamento, e algumas (leia-se muitas) discussões acaloradas com Bulma, mas nunca fora desrespeitoso. Ele conseguia acompanhar as viagens sobre inovações tecnológicas do marido e da filha, era perfeito aos olhos da Srª Brief. Ela ficava sentada no sofá olhando a janela com os olhos cheios d’água segurando a barra do avental.

— Mamãe, continua com essa cara?! – Perguntou Bulma sem tirar os olhos dos documentos que analisava, era um novo protótipo de robô com inteligência artificial da Corporação, estava numa mesa lateral perto da janela. Seu semblante mantinha-se tranquilo, mas por dentro também estava preocupada com Vegeta e com Goku. Tinha medo que os dois tivessem se explodido no espaço.

— Bulminha, como você pode ficar tão calma!? O senhor Vegeta, pode não voltar! E se ele teve algum problema com a nave? Pode estar ferido? – Falou a mais velha amaçando um lenço, voltando a chorar.

— Mãe, acredite, mesmo que a nave explodisse duvido muito que ele morresse! Aquele lunático por brigas deve estar com Goku agora... – Bulma franzia o cenho, não estava conseguindo esconder a preocupação. – Provavelmente estamos nos preocupando por nada... ele deve é estar rindo da nossa cara!

A Mãe a encarou, com olhos de gato de botas chorosos, mas antes que tivesse que pudesse começar mais um interrogatório sobre o alien, Yamcha, que tinha passado a última semana na casa do Mestre Kame treinando, ligou avisando que estava voltando e queria vê-la. Marcaram no restaurante preferido de Bulma.

Bulma para o carro aéreo na frente do restaurante e o guardou dentro de uma cápsula. O prédio tinha arquitetura estilo Neo Clássico com classificação de cinco estrelas na Cidade Central, com garçons de smoking e mesas e decoração no estilo Art-noaveau. Bulma adorava o local, lembrava os castelos com princesas e príncipes e lindas histórias de amor que lia quando criança. Bulma deu um suspiro profundo, lindas histórias de amor, não pareciam mais combinar com ela, não depois de tantas batalhas e mortes. Num canto do grande salão, havia uma família, uma mulher e um homem, mais ou menos com a idade de Bulma com duas crianças a menor devia ter menos de um ano, e o mais velho devia ter uns quatro anos. Eles pareciam felizes, a mãe dava de comer para o mais novo, ignorando os olhares de alguns homens de negócios da mesa ao lado, que pareciam irritados com a risada solar do bebê.

Ela ficou observando a família por mais um tempo, lembrando da vontade que tinha quando era adolescente, achar o namorado perfeito (foi graças a essa ideia maluca que acabara conhecendo Goku e os outros amigos), casar, ter filhos, assumir a corporação e ganhar um nobel. O nobel e a corporação já tinha realizado, o projeto da nave que criara com o pai para ir para Namekusei fora premiado. Mas quem fora receber o prêmio foi os pais, já que ela estava no outro planeta impedindo o domínio do universo por Freeza. Quanto a ter uma família, estava feliz com os seus pais. Yamcha já havia deixado claro que não queria ter filhos e nem casar, “seria como ser enforcado” nas palavras dele.

Yamcha estava atrasado, o treinamento com Metre Kami demorou mais do que esperado, e ainda tinha tido um imprevisto com um antigo contato. Quando finalmente chegara no restaurante, avistou Bulma na mesa que sempre ficava tomando uma taça de vinho perdida em pensamentos. Aproximou-se por trás da namorada, abraçando-a delicadamente, dando um beijo no alto da cabeça dela.

— Desculpe pelo atraso, Coelhinha! Sabe como é o Mestre Kami, quando ele resolve levar o treino a sério é difícil escapar! – Falou sentando-se de frente para namorada, que finalmente havia saído do seu torpor.

—Tudo bem, eu acabei de chegar, estava revendo a documentação para enviar para o pedido de patente do novo robô que criamos! – Falou ainda com olhar distante, mas sorrindo. Não fazia ideia quanto tempo ficara devaneando sobre sua vida. Havia muito tempo que não pensava sobre isso. Nem percebera o garçon se aproximar e Yamcha perguntar o que ela iria pedir.

—Está tudo bem, Coelhinha? – Perguntou, encarando-a que ainda estava com a mente longe. A namorada estava estranha já tinha mais de duas semanas, por isso resolvera sair para treinar, achava que assim ela teria o tempo que precisava para voltar ao normal, mas parecia que só estava piorando.

—Desculpe, mamãe está me enchendo com o sumiço do Vegeta – Falou dando de ombros. -Ela está desconsolada. Acho que se apaixonou pelo bad boy! – Falou dando um sorriso maroto.

—Nossa sua mãe deve achar ele o genro perfeito, então..- Falou o rapaz ficando um pouco mal-humorado. Um dos outros motivos para ter saindo da casa de Bulma era exatamente a sogra falando sem parar do Sayajin, de como ele evoluía rápido, que passava várias horas conversando com o Srº Brief, etc. Ele nunca entendia muito bem o que o sogro falava, mas o insuportável, conseguia, o gosto amargo da derrota voltava a pousar em seu estômago.

— Não seja bobo!! Mamãe sempre foi assim! Ela adora viajar na maionese! Não ligue para isso! - Passou a mão no braço do namorado tentando acamá-lo, mas sem desmentir, depois virou para o garçom -Eu vou querer o Ratatouille, e mais uma taça de vinho, obrigada!

O resto do almoço foi tranquilo e agradável como sempre. Como sempre, parecia que cada encontro deles parecia uma repetição, depois de 13 anos juntos não tinham mais nada de novo entre eles. Bulma pegava-se pensando nisso, sem entender, nunca se importara com isso, mas cada vez que se encontrava com Yamcha parecia que a chama da paixão diminuía cada vez mais.

Bulma pagou o almoço depois de passarem algumas horas conversando e rindo. Depois o namorado a levara para casa, conversavam sobre amenidades no caminho, mas tudo parecia tão automático, como se algo houvess quebrado no relacionamento.

Yamcha a deixou na porta de casa com um beijo calmo, mas antes de sair pode ver mais uma vez a esverdeada perdida em pensamentos, olhando para o local onde antes estava a nave. Algo havia acontecido com ela enquanto estava morto, ele chutou o pneu do seu carro com raiva. Sentia-se inútil e fraco. Sabia que estava morrendo de ciúmes, passava a mão nos cabelos frustrados. Começava a imaginar besteira, imagens do sayajin com sua Coelhinha deixava frustrado, um verdadeiro perdedor.

Assim que entrara no carro, o telefone dele tocou, era “o imprevisto” uma garota com que tinha saído algumas vezes numa das muitas brigas com Bulma. Estava mais uma vez na cidade, e depois de esbarrar com ela na cidade, estava querendo sair com ele mais uma vez. Sem pensar direito, deixando-se levar pela sensação de impotência que sentia, aceitou encontra-la numa boate mais tarde, precisava levantar a autoestima e distrair-se.

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Enquanto isso no espaço, Vegeta continuava seu treinamento e sua busca atrás de Goku. Estava a quase três meses nessa busca, mas não havia nenhum sinal do outro sayajin. Sua frustração era crescente, o ódio tomava seu ser e isso fazia seu treinamento ser ainda mais pesado.

Porém, naquele dia algo estava acontecendo com a nave, a gravidade voltara ao normal sozinha e estagnara no espaço. Quando ele vai até o painel de controle, alguém esperava não encontrar nunca mais, sua ex-namorada, se é que poderia usar essa nomenclatura.

A General Pyong, do planeta Youko, era uma bela mulher que aparentava ser da mesma idade que Vegeta ou até mais nova, com a pele terracota, olhos amarelos como o sol, orelhas e cinco caldas de raposas saindo do seu cóccix, laranjas como seu cabelo. Usava um cropê branco em conjunto com uma sai lápis branca com fenda lateral e botas igualmente branca. Ao lado dela havia um robô flutuando, era uma esfera perfeita com orelhas de raposa e olhos vermelhos. A raposa parecia bem irritada, e mantinha os braços cruzados na frente do corpo.

—Quanto tempo, pirralho! – Falou a mulher com uma voz melodiosa que contrastava com suas palavras duras. – Achou mesmo que ia roubar o protótipo da minha mais nova nave de combate e sairia ileso?

—Pyong!? Como me achou! – Falou o sayajin tentando manter a compostura séria, mesmo sabendo que estava encrencado. As Youkojins, ao contrário da raça de Vegeta, era conhecidas por sua incrível inteligência e sua capacidade psíquica, elas são capazes de derreter o cérebro até do guerreiro mais poderoso ou implodir o maior dos planetas.

—Achava mesmo que conseguiria se esconder de mim? São criadora das tropas galácticas esqueceu? Tenho olhos em todo universo! Você se aproveitou bastante disso para conseguir as informações que precisava sobre as esferas de Namekusei, não!? – Falou com os olhos fervendo de fúria encarando diretamente os olhos dele.- Em meus cinco mil anos de vida, nunca alguém tinha conseguido roubas um dos meus projetos... Achava mesmo que deixaria passar em branco?

Vegeta se preparava para lutar, apesar de não saber como conseguiria combater o poder psíquico dela, ele sabia se pudesse alcança-la, era forte o suficiente para acabar com ela, mas conseguir chegar perto sem ter sua mente controlada era algo que nunca descobrira, assim que ela deu um passo em sua direção sua mente era invadida. Sua cabeça começava a doer e seus movimentos foram sendo controlados, ela ia mata-lo. Estava frustrado, roubara o projeto para nave de Freeza para conseguir chegar mais rápido a Namekusei, pegar as esferas e conseguir sua imortalidade, mas não conseguira nada disso. Morreria sozinho no espaço sem que ninguém se importasse com ele, arrependia-se de ter abandonado a Terra, a esverdeada escandalosa fixou em sua mente.

Ele já estava preparado para o seu fim, mas ele não veio. Ao invés disso Pyong ria dele. Se aproximou passando seus rabos pela a lateral do corpo como uma fera brincando com sua presa. Ele a encarou, sem entender, mas mantinha-se com a cabeça erguida, não importava o que acontecesse, morreria com seu orgulho intacto.

—Parece que você foi derrotado, estava a mercer de terráqueos, e ainda teve que pegar uma nave deles, uma tecnologia tão primitiva...Que final deprimente para o Príncipe dos Sayajin, ... depedendo da misericórdia dos outros! – Falou a raposa cruelmente, parando a centímetros de Vegeta. – Matar você, seria um alívio que você não merece... Volte para Terra! O Homem que você procura voltará em alguns meses, minhas filhas estão ajudando com o treinamento dele... e você vai ser mais uma vez humilhado quando ele voltar...E eu vou assistir..da minha linda nave!

Vegeta ouvia tudo calado, sua raiva subindo cada vez mais, ele a encarou com ódio, pronto para partir com tudo para cima da mulher. Quando se envolveram parecia uma relação interessante para os dois, mas quando ele viu a possibilidade de conseguir sua imortalidade não pensara duas vezes e foi atrás, não dando nenhuma explicação para ela. Não achava que a mulher fosse ligar, ela sempre pareceu inatingível.

— Bem de qualquer jeito eu só vim pegar o que preciso de você..adeus, Pirralho! – Falou Pyong com sorriso maldoso. Antes que pudesse agir, sentiu mais uma vez sua mente ser atacada e de repente tudo ficara escuro.

Quando acordara, estava no seu quarto na nave, provavelmente tinha tido um pesadelo. Lembrar da ex nessa altura do campeonato, era tudo que precisava, estava frustrado, cansado e perdido no espaço sem nenhuma pista de Kakaroto. Depois de tomar um banho e comer algo, voltou para a área do painel de controle para ver quanto ainda tinha de combustível e sobre a rota. Mas ela havia sido alterada, a nave estava voltando para Terra. Sentiu um frio na espinha, será que seu pesadelo poderia ser real? Mas logo ele balançou a cabeça, provavelmente, com a baixa do combustível a nave deve ter se alto programado para voltar a base.

—Tsc... Pelo jeito teria que esperar o Kakaroto na Terra... Pelo menos lá tem comida bem melhor que essa porcaria desidratada da nave! – Falou frustrado, voltando para área de treinamento, precisava se preparar. Se for sonho ou não, não iria perder para Kakaroto, não importasse quão forte ele tivesse ficado. Não queria admitir, mas apesar de ainda estar cismado com o sonho, estava feliz de estar voltando para Terra.

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Na casa de Bulma, Yamcha havia voltado e estava extremamente voltado para ela, com pequenos mimos, como flores e bombons e beijos e amassos surpresas entre seu treinamento. A mulher estava feliz, parecia que novamente tinha encontrado seu eixo, depois de toda a movimentação dos Namekuseijin e de Vegeta pela casa. Estava gostando desse novo comportamento do namorado, era o que estava precisando, estava até acreditando que não pensava mais no sayajin.

Bulma estava voltando do cabelereiro, tinha decido mudar um pouco visual, quando ouviu o brilho no céu seguido do barulho ensurdecedor da nave aterrissando mais uma vez em seu jardim. Estagnou surpresa, quando a porta da nave se abriu e o Sayajin saíra mais uma vez com a cara mais lavada do mundo, como se tivesse ido até a padaria comprar pão e voltado. Os dois se encararam, era algo simples, mas, Bulma estava feliz de rever o sayajin, não entendia o porque mas estava mais tranquila e leve por ele ter voltado. Vegeta nunca assumiria, mas fazia-o lembrar o castelo em que viva em seu planeta natal, na época que sua infância ainda era tranquila e ele seguia o pai sempre que podia tentando compiá-lo.

O reencontro silencioso fora cortado pela gritaria da Srª Brief, que saia correndo da casa dando pulinhos de alegria ao ver que o genro dos seus sonhos tinha voltado. Mais uma vez sua mente já viajava em várias histórias melosas de como as coisas poderiam acontecer com sua filha e o rapaz. O Srº Brief vinha mais atrás com Scratch no ombro, fumando seu cigarro tranquilamente, também gostava da volta do rapaz teria mais uma vez um companheiro para jogar xadrez.

— SENHOR VEGETA, VOCÊ FINALMENTE VOLTOU!! ESTAVMOS TÃO PREOCUPADOS!! – Gritou escandalosamente Srª Brief saindo pela porta que dava para o quintal com seu costumeiro avental, dando pulinhos de alegria a volta dele.

Vegeta, apenas aumentou a carranca com a gritaria escandalosa da mulher mais velha, isso era única coisa que odiava no lugar, toda a gritaria e festividade daquela casa, tudo parecia alegre demais para seu padrão de vida sombrio. Ele observou Bulma se aproximar tentando acalmar a mãe, até ela parecia incomodada com toda aquela gritaria.  Depois virou-se para ele com semblante sério

— Lembrou o caminho de volta!? Achei que tinha roubado a nave e ido embora para sempre sem nem dizer obrigado! – Falou Bulma com as mãos na cintura dando um olhar travesso no final da frase. – Seja bem- vindo! – Falou com um sorriso sincero.

—huph... – Foi a única coisa que o rabugento conseguiu dizer, depois de tanto tempo sendo um soldado, tratado como mera arma. Ouvir alguém o cumprimentar por sua volta, trazia um alivio em seu coração que nem sabia que era possível mais.

O grupo foi em direção a casa, a Srª Brief já ia na frente para preparar um lanche maravilhoso pela volta do Sayajin. Yamcha estava voltando do treino junto com Pual quando viu a nave aterrissar, todos pareciam felizes com a volta do alien. Yamcha mantinha o semblante calmo mais por dentro sentia o bichinho do ciúmes o corroía por dentro, toda aquela recepção calorosa, para um inimigo, doía dentro dele. Pual se escondera atrás dele, ainda tinha medo do sayajin. Ele entrou na casa observando a movimentação do robôs-funcionários e da Srª Brief para preparar o lanche.

Bulma viu o namorado chegar, e veio sorrindo até ele, sua animação era tanta que parecia até Natal. Ela abraçou calorosa, puxand-o para junto dos outros. Ela falava alguma coisa, mas Yamcha nem conseguira ouvir, ainda estava sendo devorado pelo ciúme. Enquanto isso, o outro parecia o dono da casa falando com o Srº Brief tranquilamente explicando algumas coisa que percebera na nave durante sua viagem, os dois conversavam com uma proximidade que ele nunca conseguira. Sentia tanta raiva, perdera vida por causa dos comparsas do alien, e logo perderia Bulma também.

— Yamcha, você está bem!? –Perguntou Pual, ele e Bulma o olhavam preocupados. Não era comum o amigo ficar assim, ele era sempre descontraído e confiante, estava parecendo um animal acuado e sem vitalidade.

— Eu estou bem! Podem ficar despreocupados! Acho que trenei demais! – Falou voltando ao ar animado, esticando os braços, e estalando o pescoço. – Vamos comer!? Tô morto de fome! – Quando parara perto do sayajin cumprimentou com a cabeça, era o máximo que conseguiria fazer, o outro só o olhou, a inimizade dos dois estava cristalina.

A Srª Brief preparara um verdadeiro banquete para volta do Sayajin, que não se fez de rogado e comera tudo. Nem nisso Yamcha podia competir, se comesse tudo que o outro comia, ia acabar explodindo, de novo.

Passaram o resto do dia ali comendo e Vegeta falando do que precisava ser feito com a nave. Mesmo com o ar mandão e rabugento dele, estava interagindo, era um avanço para ele. Bulma participava da conversa fazendo questionamentos sobre a programação da nave. Porém o namorado apenas ficou observando calado, as vezes falava alguma coisa com Pual, mas estava completamente deslocado.

No início da noite Yamcha se despedira deles, deixando Pual na casa, foi dar uma volta pela cidade, precisava espairecer. Cada vez mais sentia-se um perdedor, nunca conseguiria vencer o sayajin, e vendo o tratamento que ele recebia, sentia seu corpo inteiro estremecer de frustração. Sem conseguir pensar direito acabara entrando na boate que gostava de ir quando brigava Bulma, precisava beber e se divertir para se acalmar.

Depois da comemoração que todos foram dormir, só ficaram Bulma e Vegeta, o silêncio tomava a sala, mas não era constrangedor. Os dois estavam confortáveis assim, não era como pudessem fazer mais que isso, no momento, pelo menos era o que Bulma pensava. Ela não podia mais negar ele mexia com ela de uma forma que ninguém havia feito, só a presença dele ali, já fazia sua pele arrepiar. Ele assistia televisão no sofá, enquanto ela revisava a papelada da corporação, ou pelo menos tentava. Toda hora perdia o foco e se perdia observando o sayajin, ele conseguira definir ainda mais os músculos, a ponto de parecer ainda maiores. As costas dele pareciam mais definidas, ela passeava por eles com o olhar completamente perdida, seu corpo se arrepiava só de olhar, era palpável o magnetismo dele. Mas logo sua mente lhe reprendia, e fazia-a voltar ao trabalho. Ela tinha um namorado fofo e gentil que nunca lhe trairia, além do que bad boys nunca foram muito seu o tipo, pelo menos era o que acreditava. Mas aquele sayajin mexia com ela, ali na semipenumbra da sala, sua mente conseguia perde-se a ponto do seu corpo inteiro aquecer. Quando se vira mordendo o dedo indicador da mão direita repreendeu-se severamente em pensamento e voltou para sua papelada.

Vegeta assistia um documentário sobre a história da cidade, se passaria mais tempo naquele planetinha, era bom que compreendesse um pouco mais sobre ele. Ele se encostou melhor no sofá, sorvendo ar impregnando com o cheiro cítrico da mulher, ele tentava se concentrar no que assistia, mas aquele cheiro já invadira várias vezes seus sonhos quando estava na nave, e agora ele estava mais uma vez ali, sentindo-o. Era só desejo, repetiu para si mesmo, já fazia tempo que não ficava com ninguém, mas isso nunca o afetara daquela forma. A esverdeada mexia com ele, esticou as costas tentando se acalmar, não era um animal, tinha total controle sobre seus desejos, pelo menos forçava-se a acreditar. E mesmo que ele quisesse algo com a terráquea, duvidava muito que ela ia querer, por mais que o cheiro dela dissesse o contrário, ainda era o algoz que sentenciara a morte do namorado dela. Guardaria aquela inquietude para ele, tinha seu orgulho jamais aceitaria ser rejeitado por uma mera terráquea.

Vegeta assistira o documentário até o final, pelo menos tentara, quando estava se levantando para ir para o seu quarto, percebera que Bulma dormira por cima da papelada. Ela ressonava tranquilamente sobre a mesa, um pouco torta, com os cabelos, agora cacheados caindo, sobre o rosto. Ela parecia um coelhinho indefeso, um lindo e sexy, por sinal. A pele branca reluzia a luz artificial da sala, seu semblante sereno parecia de uma fada, as curvas definidas faziam seus olhos as percorrerem com vontade de se divertir em cada uma delas. Sem pensar muito, a pegou no colo e a deixou no sofá, cobrindo com a manta que estava em cima do mesmo. Dizia para si mesmo, que só estava retribuindo a gentileza da hospedagem, podia ter sido um soldado de Freeza mais ainda tinha sua honra de sayajin. Ela se remexeu um pouco enquanto a cobria, seus lábios entreabriram, fazendo-sentir sua respiração leve e quente. Ele se afastou rapidamente podia-se perder facilmente naquela mulher, ela com certeza era o mais próximo que iria encontrar de uma mulher sayajin.

Ele balançou a cabeça, afastando pensamentos desnecessários, e subiu para o seu quarto. Estava ficando mole, amanhã aumentaria a gravidade da nave para 200, e pediria mais uma vez para os Brief aumentar a capacidade gravitacional da nave. Precisava alcançar o poder de Super Sayajin logo, estava ali apenas para isso, forçava sua mente vagante a lembrar-se disso.


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