Wicked Game escrita por Batman, ohstony


Capítulo 3
Wicked Game — Parte 3.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente ♥ Desculpa a demora, viu? Respondi todos os comentários, e aqui estou eu com um novo capítulo!
Este é o penúltimo, Wicked Game está acabando! :( Sei que falei que seriam apenas três partes, mas não consegui me despedir na parte três e resolvi dar uma estendida pra parte quatro.

Mas, se vocês gostaram de WG, tenho uma coisinha pra dizer: Eu me apaixonei tanto por Avengers nos Anos 80 que WG vai ter uma "continuação". Não vai ser uma longfic, não. Apenas uma história com mini-contos, sobre eles nos Anos 80. Mas não vou focar apenas em Steve e Tony, vou fazer mini contos sobre todos eles. Espero que curtam e me digam nos comentários o que gostariam de ver nessa extensão de WG.

Beijinhos ♥



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“You can fly if you'd only cut loose, footloose

Kick off your Sunday shoes

Oowhee, Marie, shake it, shake it for me

Whoa, Milo, c'mon, c'mon let's go

Lose your blues, everybody cut footloose”

Footloose (Kenny Loggins)

.

Assim que Steve avistou o carro vermelho de Tony virar a esquina de sua rua, seu coração – que já estava acelerado – pareceu querer pular de sua caixa torácica. Saiu da janela rapidamente, não queria que o garoto soubesse que ele estivera ali por mais de vinte minutos, esperando sua chegada.

Andou de um lado para o outro, estalando seus dedos e pensando em prós para aceitar aquilo, mas, para ser totalmente sincero, a única coisa que rondava sua mente naquele momento eram os contras. E eles eram tantos.

Ele passou a noite inteira pensando naquilo e, listando os motivos mais relevantes, tentando formar uma decisão. Mas não chegara a lugar nenhum porque, enquanto seus dedos escreviam:

Motivo número um: Anthony não é pessoa para um relacionamento sério. Ele leva tudo na brincadeira, o que me garante que isso não seja apenas mais uma de suas artimanhas?

Seu cérebro já o contradizia, dizendo: nada te garante, mas pelo menos você vai sair com a pessoa alvo de sua paixão enrustida desde o sexto ano.

E, ao listar os defeitos do moreno, as qualidades se sobrepunham. E isso obviamente era por que Steve Rogers era apaixonado pelo Stark, claro. Qualquer pessoa em sã consciência saberia que Anthony Stark não é um bom partido, ainda mais um bom partido para Steve Rogers.

E, depois de escrever, apagar, rasgar a folha, jogar ela no lixo e agarrar seus cabelos, soltando um suspiro frustrado, Steve Rogers levantou-se e começou a andar pelo quarto, pegando sua bola de futebol americano e passando-a de uma mão para outra.

Assim passou sua madrugada, depois de chegar em casa a meia-noite, logo após a festa na casa de Phil Coulson. Aquela maldita festa, que rendera aquele maldito pedido e tirara seu sono completamente.

Steve Rogers não sabia o que fazer, e mesmo estando pronto para sair – usando uma calça jeans azul clara, camiseta cinza e uma jaqueta de couro marrom claro e tênis –, seu corpo se retesou por inteiro ao ouvir a campainha soar pela casa. Seu quarto era o mais próximo a escada, que, por sua vez, era próxima a porta de entrada. E, por isso, ele ouviu sua mãe abrir a porta e receber o dono de toda a sua exasperação.

— Posso ajudar? — Sarah, sua mãe, perguntou com sua voz suave e acolhedora.

— Steve está? — Ele ouviu a resposta do moreno e logo sua mãe gritou por ele, do final da escada e pediu para o Stark aguardar na sala.

E ainda ofereceu biscoitos e limonada, que foram educadamente recusados por Tony.

Era agora, a decisão final. Ele iria ou não? Desceria aqueles poucos degraus, sairia pela porta de sua casa, entraria no carro de Stark e iria para um encontro com ele?

Por Deus, todo o seu corpo gritava, implorando que ele fosse logo, gritando maldições por ele ser tão, mas tão medroso e finalmente fizesse algo apenas por que queria. Não era ninguém pedindo, não era um dever, não era uma ordem.

Respirou fundo e, numa epifania, abriu a porta de supetão e desceu as escadas com passos rápidos. Passando os olhos rapidamente pela sala, encontrou Stark sentado no sofá confortavelmente, fazendo um contraste hilário com a decoração clara e caseira.

O moreno não estava com sua jaqueta de couro preto, muito menos com suas botas de combate. Para a surpresa de Steve, Tony estava vestido de uma maneira que ele nunca tinha visto antes: com uma camiseta branca, a barra para dentro de sua calça de lavagem clara e sapatênis nos pés. O cabelo, sempre revolto, caindo na frente de seus olhos, agora estavam penteados para trás com a ajuda do gel.

Steve balançou a cabeça, para espantar seus pensamentos e sorriu sem mostrar os dentes, dizendo:

— Vamos?

Stark assentiu e levantou-se, despedindo-se da mãe de Steve e saindo da casa, sendo seguido pelo loiro. Era estranho, ali, naquela casa, pequena e aconchegante, ele se sentira mais acolhido do que em sua própria casa, se é que ele poderia chamar de casa a mansão ridiculamente grande que Howard Stark comprara anos atrás para viver com seu filho depois de perder sua esposa.

Chegaram até o carro e Tony rodou o veículo, abrindo a porta do banco de motorista e acomodando-se no seu assento, assim como Steve fez, acomodando-se no assento de passageiro ao seu lado.

Ele pensara em abrir a porta para Rogers, mas a ideia era tão ridícula que ele descartou no mesmo momento.

Colocou a chave na ignição, tirando o carro do ponto morto e mudando de marcha, logo manobrando para sair da frente do gramado verde e bem cuidado do quintal dos Rogers.

Estendeu sua mão para o rádio e o ligou, sintonizando em alguma rádio. Footlose de Kenny Loggins começou a tocar e Tony começou a batucar contra o couro do volante, acompanhando o ritmo da música.

Steve tentou conter o sorriso que surgiu em seus lábios, ao ver Tony começar a mexer-se no ritmo da música. E, por um momento, Steve decidiu levar aquela música ao pé da letra: Relaxar, sem regras. Estava na hora, final. Ele se privava tanto de tanta coisa, pelo time, pela escola, pelos pais. Agora era a hora dele ditar o que ele queria fazer, sem se preocupar no momento com possíveis problemas.

E, pensando nisso, virou-se para Tony perguntando aonde iriam.

— Bobby’s. Acho que te disse ontem. — Tony deu de ombros, dando uma rápida olhada pelo retrovisor, e girou o volante, virando para a rua da direita.

— Oh, sim. É verdade. Comer uns lanches gordurosos e no conhecermos melhor, que mal há? — Parafraseou o próprio Stark, lembrando-se das palavras de ontem para convencê-lo daquilo. Mas franziu o cenho. — Não posso comer nada gorduroso, pode corromper meu desempenho no time.

Tony revirou os olhos.

— Um treino e você já perde todas as calorias que vai ganhar comendo um X-Bacon com muito cheddar. E claro, refrigerante. Não podemos esquecer do refrigerante. E das fritas, também tem as fritas. — Ele divagou momentaneamente. — ‘Tô morto de fome, se quer saber. E não aceito nada menos do que um belo lanche que pode entupir minhas artérias.

Steve riu baixo.

— Claro, pode ser.

O letreiro da lanchonete podia ser visto a mais de uma rua de distância, por ter sido posto em um poste alto e pela luz chamativa, que brilhava em laranja neon com o nome do estabelecimento. Steve não era muito de ir ali, a lanchonete só abria depois das 18h e nesse horário ele normalmente estava jantando com seus pais, enquanto conversavam sobre os estudos de Steve e como andavam as coisas do time.

E claro, sua mãe sempre perguntava como estava Pepper (Virgínia, já que Sarah Rogers chamava a garota pelo primeiro nome). A mulher nutria um desejo de que ele e Pepper logo assumissem um namoro, mas não. Realmente aquilo não tinha chance alguma de acontecer, já que Peps vivia um caso complicado com Clint Barton. O relacionamento dos dois vivia aos trancos e barrancos pelo simples motivo do garoto ter medo de assumir uma coisa mais séria e ter que dizer adeus a sua vida de bad boy, regada por muito álcool, drogas, festas e mulheres.

Tony manobrou o carro, estacionando em uma das vagas e desligando o carro, fechando o vidro e dizendo um “vamos” para Steve. Saíram do carro, trancando-o e andaram em direção as portas duplas de vidro do lugar, abrindo-as e logo ouvindo o sininho anunciar a chegada deles. A jukebox no canto da lanchonete tocava Rock the Casbah do The Clash, dando um ar mais animado ao lugar. Steve olhou ao redor, vendo as mesas brancas e os bancos vermelhos acolchoados, assim como o piso preto e branco, como um tabuleiro de xadrez, e o teto cor de salmão, com lâmpadas a cada um metro de distância. E o lugar tinha muitas janelas.

— Vem, vamos ficar com aquela mesa. — Tony disse, apontando uma mesa ao canto.

O resto da noite foi muito divertido. Eles comeram, conversaram, tomaram milk-shake e conversaram mais um pouco. E aí, às onze, Tony estacionou em frente a casa de Steve. O loiro pôde ver a luz da sala acessa e com um sorriso, ele soube que sua mãe estava esperando por ele.

— Bem, acho que já vou...

— Capitão. — Tony falou firme, interrompendo-o e fazendo Steve tirar os olhos da janela de sua casa e olhar para Tony.

E Stark, pegando-o desprevenido, colocou suas mãos no queixo de Steve, colando seus lábios aos de Rogers. Beijando-o, a música que tocava no rádio sendo a trilha sonora do momento.

Baby give it up

Give it up,

Baby give it up...


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Notas finais do capítulo

LEMBRANDO QUE: Todas as músicas citadas nesse capítulo foram vinculadas com o link delas no youtube.

E, para quem curte as músicas de WG, eu fiz uma playlist com todas as músicas citadas até agora. Aqui o link pra quem quiser: https://open.spotify.com/user/22yfrrvjld6bvw4aalhguwykq/playlist/2M8BNiZ6ByQy02qE5JaCMk?si=tHKIdbvfQDmRB-G4Le-Eew

Espero que curtam e até o próximo capítulo ♥



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