Arena Mortal escrita por Nyna Mota


Capítulo 9
Capítulo 8 - Ao Extremo


Notas iniciais do capítulo

Postei e sai correndo!
Aviso: Cenas de sexo quase no capítulo todo.



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Eu não era nenhum virgem. Já havia perdido a virgindade há tempos, não é como se eu fosse transar com a garota dos meus sonhos no banco de trás do meu carro no baile de formatura. Não, isso era algo totalmente improvável que eu parei de idealizar a tempos atrás. Então apenas as coisas só aconteceram, algumas mulheres, foi natural. Uma das muitas formas de aliviar a tensão.

A maioria eram prostitutas, eu não me envergonhava disso, nem da profissão delas. Era uma forma de ganhar dinheiro, de sobreviver. Não era bonito, mas pra elas era caso de necessidade, era vida, ou morte, fome e frio ou comida na mesa e um lugar onde dormir. Não era menos digno do que lutar pra viver como eu fazia, na verdade acho que elas tinham mais dignidade que eu. Elas davam delas mesmas, eu tirava a força, com base em violência, agressão e humilhação, com base em selvageria.

Eu sempre as respeitei, cada uma delas. Sempre as tratei bem, mesmo assim elas ainda tinham medo de mim. Porque eu era o Tiger.

Eu nunca machucaria qualquer mulher, por mais que eu fosse um lixo humano eu jamais faria o que fizeram com ela. Isso foi algo que aprendi com Elizabeth, com quem ela tinha sido. Ela havia sido uma prostituta, havia apanhado, sofrido e morrido por isso.

Eu jamais seria capaz de lhes infligir nenhum mal, eu queria o mesmo que cada uma delas, sobreviver, alívio, compreensão, mas nenhuma delas por mais que eu tentasse, não conseguiam não me temer. A maioria sabia quem eu era, e as outras, que não sabiam quem era o Tiger, não se entregavam por inteiro ao momento, era algo tão mecânico, contrário a tudo que eu sempre quis.

Foi apenas quando Hannah apareceu que as coisas mudaram um pouco. Ela não teve medo. Ela realmente se entregou e se tornou algo mais. Ou tão mais quanto poderia se tornar.

A primeira vez que a vi ela dançava na Diamonds, usava uma das pulseiras que indicava que ela era uma das garotas da casa, uma morena poderosa de cabelos enrolados. Meu instinto me guiou, eu a queria. E mais uma vez eu já imaginava o fim que teria, eu mais uma vez tentaria ter uma ligação, uma conexão, e mais uma vez falharia, eu olharia nos olhos dela e ela me temeria, mal falaria ou gemeria com falso prazer, no fim eu me sentiria sozinho e frustrado mais uma vez.

No fundo eu sabia que queria Bella, que toda minha frustação se devia por querer ela tanto assim, por desejar ela toda vez que a visse, por gozar enquanto dormia sonhando com ela, por odiar imaginar qualquer homem tocando no que só eu queria tocar. E saber que eu nunca teria nada disso deixava um gosto amargo na boca.

Mas com Hannah foi diferente. Ela viu meu olhar de predador e sorriu quando se aproximou.

— Olá bonitão, como se chama? – Sua mão deslizava pelo meu peito.

Olhei ao redor, procurando por Isabella, que não estava ali.

— Tiger. – A voz saiu rouca e por baixo de uma respiração pesada.

Seu olhar brilhou em reconhecimento.

— O famoso Tiger. Sim, isso vai ser divertido. – Sua mão foi descendo, eu a parei.

Seu olhar não mudou com minha parada brusca, seu sorriso aumentou.

— Tudo bem, que tal na privacidade de um quarto? Prometo que será o melhor sexo que você teve.

— Por que? – Perguntei.

Eu precisava saber, precisava entender porque ela tinha me escolhido, porque havia vindo em minha direção, porque não tinha medo de mim.

— Porque você é como eu. – Ela respondeu sem maiores detalhes. – Porque você não tem nada, não tem ninguém, e ainda sim você quer tudo, tudo que não pode ter e não estou falando de dinheiro bonitão, estou falando de algo mais profundo, mais íntimo, de uma conexão, de alguém, porque apesar da fachada tudo que sempre quis foi que alguém se importasse em ver o que tem por baixo da máscara do Tiger.

Ela era como eu, de uma forma que nem eu entendia, segui com ela atordoado, pro motel ao lado, ela guiando tudo, entrei no quarto ainda sem entender realmente o que estava acontecendo, sem saber quando deixei que vissem tanto de mim.

— Relaxa Tiger, o propósito é diversão!

Hannah tinha atitude, não tinha vergonha do próprio corpo, rapidamente tirou sua roupa, ficando nua. Meu pau pulsou ganhando vida, eu era homem afinal, e caralho ela era gostosa, linda, e fatal. Cada curva do seu corpo me dizia para fodê-la até perder a consciência.

Eu olhei todo seu corpo, estudando atentamente.

— Vamos lá Tiger, sua fama te precede, uma homem voraz na cama, insaciável diriam algumas, mas totalmente desprovido de sentimentos.

Eu fiquei chocado.

— Eu não...

— Não, você não é desprovido de sentimentos, você os sente até demais não é, mas apenas não pode demonstrar, não consegue demonstrar. Eu sei como é.

Seu olhar não tinha a compaixão que eu esperava, tinha um fogo, um fogo que lembrava o meu. Um fogo de quem tinha a porra de um passado fodido, a merda de um futuro sem escolhas, e um presente que era uma tortura.

Eu lia seu olhar, e lia seu corpo, eu sabia do que ela precisava olhando aqueles olhos negros, eu entendi o que ela precisava.

— Você me compreende.

— Compreendo.

— Ainda sim não me teme.

— Não temo. Estou aqui Tiger. Pronta pra você.

Era liberdade, de sentir tudo que sentia sem me esconder porque ela me entendia, ela sabia me ler. Ela precisava daquela libertação e daquela segurança tanto quanto eu.

Ela me usaria, e eu a usaria de volta, era uma troca justa.

— Eu aceito. Mas não me ame Hannah, pois é a única coisa que não posso te dar. Eu te dou a proteção do meu nome por ser a mulher com que estarei transando, te darei status de não ser obrigada a ficar com qualquer drogado, te darei prazer quando eu precisar de prazer também, te dou a liberdade de ser você quando estiver comigo, mas eu não posso te dar meu coração.

— Para um homem que tantos temem você fala muito de amor. –Sua voz era puro sarcasmo.

Não me mexi, continuei a encarando.

— Eu sei que não pode me amar, eu vi o jeito como você olha pra ela Tiger, a princesa de gelo, não, eu jamais lutaria contra aquilo, e sinceramente nem você devia. – Ela esperou uma resposta que não veio. – Eu aceito seus termos Tiger, no fim, eu preciso de você tanto quanto você precisa de mim.

Só faltava algo pro nosso acordo ser selado, nossos corpos terem a liberação que tanto ansiavam.

Me aproximei da morena, e não a beijei, esse era o ponto em que demonstrava que não havia amor no nosso enlace. Segurei seu corpo com firmeza e beijei seu pescoço, desci minha mão pra sua bunda redonda e apertei.

Ela gemeu mais alto com a proximidade, sentia meu membro duro contra si. Eu sentia sua boceta quente e encharcada pra mim.

Eu não queria preliminares, não queria carinho, me sentia desnudo por aquela mulher, desarmado, e naquele instante não precisava apenas de uma conexão carnal, uma válvula de escape.

— Deita na cama Hannah. – Ordenei e tirei minhas roupas, procurando um preservativo na carteira.

Eu estava duro, louco, e assustado pra caralho com essa ligação com Hannah.

Pelado me aproximei dela, testando sua lubrificação antes de me enterrar nela, rápido, forte, duro.

Ela gemeu alto, cruzando as pernas ao redor do meu corpo. Tão quente e apertado.

— Porra tão bom!

— Mais forte Tiger!

Fiz como ela pediu, indo mais forte, mais rápido, apertando seu corpo, quase a sufocando com meu aperto.

Era algo tão carnal, era necessidade de conexão humana, necessidade de ser aceito por alguém, assim do jeito que era.

— Fica de quatro Hannah. – Mandei saindo de dentro dela.

Seu gemido era de insatisfação por ter saído, mas ela obedeceu.

Guiei meu membro pra sua boceta molhado, e gemi alto ao ser sugado com força.

— Caralho não vou aguentar.

Ela rebolou uma vez, e de novo, e de novo. Então me apertou dentro dela.

— Porra! – Gritei dando uma tapa em sua bunda redonda.

O tapa a fez me apertar mais forte, e então gritar ao gozar no meu pau. Sua boceta ficou mais escorregadia, ainda sim, ela não parava de rebolar, mesmo após ter vindo naquele instante.

Segurei sua cintura com força, mas afrouxei o aperto com medo de machuca-la.

— Forte Tiger. Com força, sem medo!

— Eu vou te machucar. – Retruquei engasgado com o tesão que me subia a cabeça e me fazia suar.

— Foda-se, eu quero mais forte!

Eu quase perdi o controle e me deixei ir, mas não pude, eu não conseguia me entregar assim.

Apertei-a um pouco mais, mas não forte o bastante como ela queria.

Com uma mão alcancei seu clitóris, e massageei, seu gemido, foi mais alto.

Urrei como um louco ao sentir sua mãos massagear minhas bolas, e gozei como um louco, ao mesmo tempo em que ela vinha junto comigo.

Ali eu era apenas um fodido filho da puta que ia gozar com uma prostituta, que por um fugaz instante ia estar no limbo, sem ser ninguém, sem sentir nada, sem o peso de nada nas costas, mas então o estupor acabava e a realidade da vida que eu levava batia na minha cara com força.

Hannah se tornou um refúgio, uma amiga, uma defensora. Ela não cumpriu sua promessa. Ela me amou, e eu a amei de volta, o que era extremamente aterrador. Era um amor diferente do que eu nutria por Isabella, todavia, Hannah era alguém importante pra mim, alguém que se sentia e vivia como eu, com um passado e um presente merda, e um futuro do qual não tínhamos certeza nem esperança de nada.

***

Eu estava nervoso, como se fosse a minha primeira vez, o que não era, eu até poderia me considerar um homem experiente, ainda mais quando minha experiência era quase toda com prostitutas, que afinal eram profissionais do sexo.

Eu queria Bella como queria o ar pra respirar, eu precisava dela tanto quanto de alimento, mas estava apavorado com as consequência dos que faríamos.

Subimos as escadas enquanto eu pensava em como fazer isso. Como fazer aquilo direito, como fazer ser memorável e tão especial pra ela quanto ela era pra mim.

Ao chegar perto da porta do apartamento Bella me colocou contra a parede, literalmente falando, e me beijou, colocando o inferno fora de mim.

Desejo misturado com medo. Medo de perder ela.

Seria depois do sexo que ela correria, seria nessa hora que ela perceberia que eu não era bom o suficiente?

— Para de pensar Edward! – Ela rosnou nos meus lábios.

— Mas...

— Mas nada! Não que eu seja muito experiente, mas que eu saiba sexo é algo bem simples e caralho, você ama complicar as coisas.

Ela estava muito brava, o que a deixava extremamente sexy, meu cérebro entretanto se ligou em apenas uma parte.

— Como assim não muito experiente? – Sim. Eu era um fodido filho da puta hipócrita que ficou louco ao pensar em outro homem a tocando, beijando seu corpo, reverenciando toda a beleza que ela possuía.

Um sorriso maligno surgiu nos lábios dela.

— Você é minha gatinha, hoje, vou marcar você como minha! – Rosnei em seu ouvido e tomei seus lábios nos meus. Um sentimento totalmente primitivo.

Me separei dela, e abri a porta do apartamento. Ainda estava do mesmo jeito que havíamos deixado.

Ela entrou na minha frente e seguiu direto pro quarto, eu queria seguir em direção a ela, e toma-la com toda minha força, perder a razão em seus braços, queria me sentir inteiro e completo, queria que o medo que existiaa dentro de mim fosse completamente extinto por Bella, queria sentir que ela era minha como eu era dela. Mas não era justo.

Até mesmo fazer sexo com ela era demais pra mim, ela sempre seria boa demais pra mim, e ainda sim ela me queria. Maldito seja se eu não tomaria cada gota do que ela me oferecesse, eu precisava porque o medo de perder ela era grande demais.

Eram tantas emoções, a vontade de ir e a vontade de fugir. Eu queria fumar pra ver se aliviava um pouco da pressão que eu sentia, mas ela odiava cigarro, e eu não queria que ela se afastasse, queria ela bem perto de mim, ao mesmo tempo em que sabia que o melhor pra ela era estar longe, bem longe.

— Amor? – Meu coração acelerou com o chamado.

Amor...porra. Olhei pra ela que estava descalça. Cabelos solto, o olhos brilhando em expectativa. Tão fodidamente linda.

— Amor é? – Sempre era novo saber como ela  se sentia sobre mim.

— Sim...meu amor.

Estendi a mão que ela segurou com força, a trouxe pra mais perto de mim, e Deus era tão bom, tão perfeito ter ela perto de mim. Beijei sua mão, e acariciei seus dedos.

— Bella eu...

— Eu sou virgem.

— Como? – Gaguejei.

Ela revirou os olhos.

Meus olhos se arregalaram. Eu imaginava ou não, acho que queria que ela fosse, mas saber com exatidão era não sei, eu me sentia sortudo ao mesmo tempo em que sabia não ser merecedor.

— Eu sei que é estranho, mas sempre tinha alguém me seguindo, e depois daquela noite.

A noite que Charlie ia bater nela e eu não deixei. Me aproximei e acariciei seu rosto vermelho.

— Eu não deixaria ele te machucar.

— Eu sei que não deixaria, mas eu tive medo, então deixei pra lá. E de toda forma, eu sempre amei uma única pessoa, e sonhava que fosse com ela.

Ela mais uma vez declarava seu amor por mim, amor esse que eu precisava merecer.

— Você tem certeza? Sabe que não precisa fazer isso. Sexo não vai mudar o que eu sinto Bella.

Ela olhou meus olhos profundamente, procurando algo, enquanto isso eu só conseguia pensar no quanto ela era linda e como seus olhos estavam claros aquela noite.

— Você não me quer?

Sua pergunta me surpreendeu mais do que se ela tivesse saído nua do meu quarto e se jogado em meus braços. Diabos, eu a queria mais do que queria respirar.

— Quero. Quero muito Bella, quero tanto que me doi, o corpo e a alma, mas você não precisa fazer isso se não quiser.

Ela continuou me estudando.

— Se você quer, porque hesita? No carro..

— Eu hesito porque se fizermos isso, eu não poderei mais te deixar ir. No carro eu me deixei levar, deixei o desejo tomar conta.

— Ótimo, porque eu não quero ir pra lugar nenhum onde você não esteja. Eu quero isso. Eu e você, quero você sem barreiras, sem medo!

Bella se aproximou de mim, só quando senti o sofá atrás de mim percebi que recuava. Ela me empurrou de leve, fazendo com que eu caísse sentado, colocou uma perna de cada lado do meu corpo então me beijou.

Se eu pudesse escolher uma só palavra para descrever o beijo seria entrega. Bella se entregou por inteiro, se doou por inteira. Minha menina nunca fazia nada pela metade, ou era tudo, ou era nada.

Ela mordeu meu lábio inferior me fazendo gemer. Com um beijo ela me tinha todo aceso.

— Você é meu gatinho, você é meu há tanto tempo que nem sei contar, isso vai ser só mais um pouco de nós.

Agarrei sua cintura e puxei para mim. Eu não entendia como Bella conseguia fazer tudo tão simples e eu conseguia deixar tudo tão complicado, eu sabia que ela estava certa.

— Só deixa acontecer Edward. Para de pensar demais! – Seu tom bravo me excitou ainda mais.

— Se em algum momento você quiser parar, é só me pedir.

O sorriso triunfante dela disse tudo que eu precisava saber. Ela queria aquilo tanto quanto eu. Levantei com ela em meu colo, louco pelo seu corpo, desesperado pelo seu amor, necessitado da sua aceitação.

Entrei no quarto com ela ainda em meus braços, ela era tão leve. Mal pesava 50kg. Coloquei a no chão e a beijei, devagar, não era um duelo, era um beijo de reconhecimento.

Minhas mãos não paravam quietas, acariciando suas costas, seu abdômen, mas ainda sem coragem de tocar seus seios ou sua bunda.

Porra como eu queria tocá-la!

Ao contrário de mim, Bella não tinha receio. Tirou minha blusa, olhando meu corpo avidamente, uma menina excitada. Bochechas coradas, olhos escuros.

— Quando você as fez?

Ela perguntou tocando minhas tatuagens, acariciando, fazendo minha pele arrepiar e meu corpo se contrair a cada toque.

— O provérbio japonês depois que perdi uma luta na Arena, ele significa “Caia Sete vezes, levante-se oito”. – Suspirei sentindo seu toque. – O tigre assim que sua mãe morreu, e eu me tornei somente o Tiger.

— Você sempre foi mais que o Tiger pra mim.

Seu olhar profundo me fascinava, me dava tanto, sendo eu tão pouco.

— Eu amo você Bella, amo tanto que nem sei.

Seu sorriso doce matava.

— Eu também te amo Edward.

Suas mãos ainda tocavam as tatuagens, tocavam o tigre nas costas com leveza, me deixando louco, eu segurava sua cintura a deixando me explorar.

— Isso é tortura amor! –  Resmunguei agoniado.

— Uma tortura ruim? – Ela perguntou ansiosa.

— Uma tortura maravilhosa gatinha.

O sorriso dela, era pra isso que eu vivia, pra ver ela sorrir. Pra ver o brilho no olhar dela, pra saber que ela estava segura.

Beijei-a novamente, colando seu corpo ao meu. Minha boca buscava a dela com euforia, com paixão, infiltrei minhas mãos por seus cabelos macios com um pouco de pressão. Seu gemido em resposta quase me tira o controle, suguei seu lábio inferior e lambi, em resposta ela me mordeu, a mordida mais sensual e leve.

Encostei-a contra a porta, descendo minhas mãos de sua cintura pra bunda redonda e firme que me enlouqueceu por tanto tempo. Apertei aquele pedaço de carne macio vestido em jeans. Bella se esfregou em meu membro aumentando meu nível de excitação.

— Porra gatinha!

Tirei a blusa que Bella usava olhando aquele corpo maravilhoso. Bella usava um sutiã preto, com detalhes em renda, fazia um contraste com sua pele branca.

Tão fodidamente linda!

Beijei seu pescoço enquanto ela suspirava alto, mexendo em meu cabelo, as vezes acariciando, as vezes puxando, eu queria ronronar diante da caricia mas era constrangedor.

Passei a língua pela parte exposta daqueles seios brancos com os bicos rosinha, louco pra beija-los, morde-los, mas ainda não. Cheirei o vão entre os montes, sentindo sua pele se arrepiar. Ali estava. 

O cheiro de morangos que me enlouquecia o tempo inteiro, que me fazia salivar e agir como um maldito predador.

— Tão cheirosa! Seu cheiro me enlouquece gatinha, sempre me enlouqueceu. Cada vez que estávamos no mesmo carro eu tinha vontade de te atacar.

Ela ofegou.

— Devia ter me atacado.

Eu ri raspando os dentes na pele branca, tendo meus cabelos puxados, não sei se em repreensão ou desejo, acho que um mix dos dois.

Desci os beijos e mordidas pra barriga, estimulado pela respiração pesada e puxões de cabelo.

Desabotoei a calça jeans, e olhei nos profundos olhos verdes, nas bochechas vermelhas, os lábios entreabertos. Linda!

Me ajoelhei no chão puxando as pernas das calças, sentindo o cheiro da sua feminilidade tão forte, tão perto. Rosnei, controlando todos os meus instintos que diziam pra atacar.

Beijei a parte interior da coxa, dando mordidinhas, fazendo a rir e se contorcer. O riso no meio do sexo, isso nunca tinha ocorrido, antes, mas tinha um ar de leveza que acalmava minha alma. Me dava segurança.

Sorri pra ela enquanto a olhava de baixo.

— Isso faz cocegas gatinho.

Mordi mais próximo de sua boceta, sabendo que ali o que ela sentiria não seria cócegas. O ofego dela foi minha resposta.

Acariciei-a por cima da calcinha, sentindo sua umidade ainda que houvesse um pano entre nós. Olhando nos olhos dela puxei o pedaço de pano, devagar, antecipando o prazer que seria ter aquela boceta molhada na minha frente, ainda que mais parecesse uma tortura. Queria ler seus pensamentos naquele momento onde eu estava ali, prostrado de joelhos por ela, pra ela.

Quando ela estava nua da cintura pra baixo encarei a pequena parte dela que eu tanto queria. Ela era toda depilada, toda pequena e estava tão molhada. Acariciei seus lábios rosados, ouvindo a respiração de Bella acelerar, acariciei mais profundamente, dando atenção ao clitóris com movimentos circulares, ouvindo os gemidos baixos.

Mas minha atenção era toda para aquela pequena parte, acariciando lentamente, aumentando e diminuindo a velocidade, até não suportar e aprofundar um dentro dela. Queimava, me sugava.

— Porra! – Xinguei baixinho.

— Oh Deus. – O ofego dela me deixou mais extasiado.

Não aguentava. Precisava sentir seu sabor. Primeiro passei a língua por seu monte inchado.

— Tão doce amor. – Sussurrei entre as lambidas.

Bella gritou algo incoerente só me estimulando a mais. Trabalhei minha língua fora, e meu dedo dentro, invertendo-os, ora a língua no canal onde eu queria por meu pau, enquanto meu dedo acariciava o botão inchado, e vice versa com a intenção única e exclusiva de enlouquecê-la de prazer, e me enlouquecer no processo.

Eu seria capaz de gozas na cueca apenas com o gosto e o cheiro dela.

Cada vez mais ela me apertava dentro de si.

— Não aguento mais. – Chorou baixinho com a cabeça jogada pra trás.

Eu não podia ver seu rosto, mas todo seu corpo estava tenso, sua mão puxava meu cabelo, ora me puxando pra perto, ora tentando me afastar. Seus gemidos eram descontrolados. Ela estava cada vez mais perto. Coloquei mais um dedo dentro dela com delicadeza, aumentando o ritmo.

— Você precisa se libertar amor, deixa ir, confia em mim, eu te seguro.

Ela baixou o olhar, rebolando em direção aos meus dedos que não deixavam ela um segundo sequer. Aproximei da sua doce boceta, soprei ar frio no seu monte, fazendo se contorcer, aumentei a velocidade dos dedos, lambendo com precisão o clitóris inchado, fazendo pressão aonde ela mais precisava de prazer.

Sua boceta apertou meus dedos, e com um grito Bella gozou da forma mais linda, de um jeito que eu jamais tinha visto. Gozou pra mim.

Me senti tão orgulhoso, um orgulho totalmente masculino e primitivo ao ver aquela linda mulher se desfazendo de prazer, pra mim, com a minha boca. Senti suas pernas tremerem e me levantei, abraçando-a e sustentando seu peso, já que ela não conseguia se manter em pé.

Seus olhos ainda estavam nublados de desejo.

Beijei sua boca, com fome, mas de forma totalmente apaixonada, idolatrando sua boca, venerando o que tínhamos acabado de fazer.

Com um das mãos e muita dificuldade tirei o sutiã que ela ainda usava, ouvindo sua risada rouca.

— Isso foi..?

Parei os movimentos pra olhar pra ela.

— Foi? ­– Incentivei-a curioso pra saber o que ela tinha achado.

— Foi maravilhoso gatinho. Mas eu quero mais, eu quero tudo. –Sua voz era sensual, segura do que queria.

Beijei a novamente, terminando de arrancar o sutiã, jogando o em qualquer lugar do quarto. Ainda tomando a boca dela, nos levei pra cama, pousando-a lá com suavidade.

Ela estava nua na minha cama simples, no lençol surrado e ainda sim parecia uma deusa. Uma deusa feita na medida certa pra me enlouquecer.

O ser mais lindo que eu já tinha visto na vida. A imagem aqueceu meu coração, pois eu sabia que ela estava ali por mim, sabendo quem eu era, conhecendo todas as partes de mim. Ela era minha porque ela queria ser.

Ela me olhava, com um sorriso meio de lado, meio sensual meio envergonhando, mostrando a mulher que eu amava. Todas as  faces dela. A mulher atrevida e a menina meiga.

Deitei por cima dela acariciando a lateral do seu corpo, sentindo seu corpo responder, se inclinar pra mim, passei as mão por seus seios que foram tão negligenciados, sentindo minha boca salivar novamente e meu pau apertar na calça jeans que eu usava.

Me esfreguei contra ela enquanto colocava um bico rosado na boca, com a outra mão apoiava meu corpo pra não deixar meu peso pressioná-la demais.

— Droga Edward, quero você! – Bella rebolava contra meu corpo, me enlouquecendo.

Tirando o inferno dentro de mim, ela parou de rebolar me empurrando.

Parei e olhei-a assustado. Ela estava determinada. Saiu debaixo de mim, sentando no meu colo.

A visão era devastadora.

— Se você não vai colaborar comigo, eu mesma faço isso. – Sua voz irritada me excitava. Tudo nela aliás.

Ainda sem entender vi sua mão acariciar meu membro por cima da calça jeans, tirando um gemido de mim. Ainda olhando vi o sorriso dela se alargar. Ela abriu o botão da calça jeans, puxando a do meu corpo junto com a boxer que eu usava e me analisar. Olhar atentamente meu pau pulsando por ela, babando pra ela. Quase implorando por atenção.

Seu olhar me queimava. Ela me olhava com curiosidade. Meu membro ereto pra ela.

Ela segurou meu pau, e eu grunhi. Era tão malditamente bom. Me recusei fechar os olhos e observei. O movimento de vai e vem mal começou, e logo a parei. Eu não ia aguentar muito. E eu queria estar dentro dela, se ela me quisesse.

— Você não quer que eu chupe ele? – Ela perguntou com curiosidade.

Engasguei com a pergunta. Se eu queria? Diabos sim! Mas não naquela noite, aquela noite era sobre ela, o prazer dela, outro dia, outro momento, quando ela se sentisse confortável com sexo oral, quando ela quisesse aquilo.

— Hoje não amor. Hoje é tudo pra você.

Nos virei de novo na cama. Beijando, mordendo, acariciando. Brincando com sua boceta, pra deixar ela o mais molhada possível, pra fazer com que fosse o melhor possível.

— Gatinha, se quiser parar agora, me fala.

Seus olhos me encararam. Ela bufou impaciente.

— Você não ousaria parar agora Edward.

Sorri pra mulher determinada.

— Se doer...eu vou tentar fazer doer menos, mas não sei. – Eu me sentia inseguro, não queria que ela sentisse dor, mas queria toma-la pra mim.

— Shii gatinho, ta tudo bem. – Ela beijou meus lábios, passando a língua por eles me tentando. Se esfregando em mim.

Aproximei meu membro de sua entrada molhada, lutando contra tudo em mim pra ir devagar, pra não deixar o animal que vivia em mim tomar conta.

Me esfreguei nela mais uma vez, ouvindo a gemer e passar a unha pelas minhas costas, quase me levando ao limite.

Entrei um pouco, sentindo o calor dela rodear meu pau, me queimar, me possuir. Resisti ao impulso de ir mais.

Inspirei fundo, voltando minha atenção pro seu pescoço, pros lindos peitos que estavam empinados pra mim.

Seu gemido me estimulou.

Empurrei um pouco mais, sentindo a barreira da sua virgindade me parar, assim como a reação do seu corpo ao retesar perante a dor.

Voltei pros beijos, mordiscando sua pele, sentindo o suor se acumular no meu corpo, e a pressão no meu pau ao ficar parado dentro dela.

Foi a coisa mais difícil que já fiz.

— Você é tão linda amor. Tão apertada. Você me enlouquece Bella.

Aos poucos seu corpo foi relaxando se acostumando comigo dentro dela, eu sabia que ainda não tinha acabado, mas seria paciente.

Suas mãos me acariciavam, acalmando a apreensão que ela sentia em mim.

Beijei seus lábios e terminei de romper a barreira.

Estavamos completamente unidos. Naquele momento nos tornamos um só.

Todo seu corpo travou, ouvi seu gemido de dor, fazendo meu peito arder.

Foda-se isso. Eu odiava saber que ela estava sofrendo, odiava saber que eu estava lhe causando dor.

Tentei me afastar, desesperado. Agoniado.

Bella enlaçou suas pernas no meu corpo me impedindo.

— Espera. Só espera um pouquinho.

Nossos olhos se encontraram. Estavam marejados pela dor. Me odiei por aquilo, mas permaneci quieto, me sentindo um filho da puta egoísta.

Beijei cada canto do seu rosto, seu lábios, suas pálpebras, sua testa. Mordi o lóbulo da sua orelha, ouvindo o ofegar baixinho, sentindo sua boceta se acostumar com meu membro ali e ela começar a relaxar.

Beijei seu pescoço com cuidado, com paixão, com devoção, então ela mexeu. Arrancando de mim um gemido alto, mas continuei parado, brincando com os mamilos rosados, arrebitados.

Ela mexeu de novo, e continuou a mexer, rebolando, olhei seus lindos olhos verdes, notando prazer. Tinha dor, mas tinha uma pequena nevoa de prazer. Comecei a me movimentar devagar, ouvindo seus suspiros, massageei seu clitóris, procurando lhe dar todo o prazer que eu podia.

Seus gemidos ficaram mais altos, mas ofegantes. Meu corpo estava quase no limite. O prazer subia da ponta do meu membro por toda minha coluna, me fazendo lutar contra o desespero. Sua boceta me apertava, me engolia, eu quase não conseguia me mover mais dentro dela. O prazer me tomava por inteiro, eu não aguentava mais.

— Bella eu vou gozar.

Eu me odiei por isso, por ter meu prazer sem ela ter o dela.

Suas mãos me arranhavam, me mordiam, puxavam meu cabelo. Ela sentia prazer, assim como eu.

— Goza pra mim amor. Deixa o prazer vir. Eu estou aqui. Vou segurar você.

Suas doces palavras, quase uma imitação do que eu havia falado me levaram a limite. Liberei meu prazer dentro dela, gritando seu nome. Apertando a forte contra mim.

Sai de dentro dela devagar, olhando seus olhos nublados de paixão, de carinho de amor.

Eu queria que ela tivesse chegado ao extremo do prazer comigo, mas sabia que naquele momento não seria possível, entretanto, tínhamos tempo, ou tanto tempo quanto podíamos ter no meio da loucura que era nossa vida. Eu tinha fé que daria certo.

— Eu amo você gatinha. – Disse baixinho enquanto a beijava me deitando de lado.

— Também amo você. Agora você não vai me deixar ir – Seu sussurro foi baixo, sonolento foi tranquilo.

— Dorme amor. Eu cuido de você. Confia em mim, eu vou cuidar de você.

Com os olhos quase se fechando, ela me sorriu uma última vez antes de cair no sono. Um sono leve e tranquilo, contrário aos sentimentos que ela me causava.

Bella me levava ao extremo, ao extremo da raiva, da proteção, da bondade, do prazer, do amor.

Com ela sempre era intenso demais, povoado por todos os sentimentos, por toda a intensidade que vivíamos. E apesar de tudo que estava por vir, de todo o medo que eu sentia, naquele momento senti extrema felicidade de ter a mulher da minha vida, segura nos meus braços.

Ali em me senti em casa, me senti seguro, me senti completo, me senti em paz.


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Notas finais do capítulo

Oie....sei que demorei, peço desculpas.
Nem sei o que dizer sobre esse capítulo aliás. Mas foi bem difícil de escrever.
Espero que me perdoem pela demora pelo tamanho dele, que tive que deixar pro próximo ou ia ficar ainda maior.
Desculpem se tiver erros, mas estava desesperada pra postar então eu mesma que corrigi.
Espero dessa vez voltar em breve mesmo! Fico muito brava quando demoro.
Enfim, não vou me prolongar pois estou louca pra postar.
Aguardo vocês nos comentários.
Beijinhos
18/09/2018.