Os Cuecas e as Chiquititas escrita por SnowShy


Capítulo 30
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Oieee! Bom, fantasminhas camaradas, infelizmente acho que vou ter que colocar a fanfic em hiatus novamente :( (e sem acabar a temporada AAAAA). Vou voltar e estudar e não sei se terei mais tempo pra escrever... Mas vou tentar, prometo!



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Após o ensaio terminar, Davi lembrou de avisar também que o aniversário da Larissa seria uma festa a fantasia. Ótimo, lá iam as Chiquititas gastar dinheiro de novo... Será que daria pra customizar fantasias, que nem no show de talentos? Bom, teriam o mês inteiro pra pensar nisso. 

A prioridade agora era falar com Arthur sobre a ideia de Janete. Por incrível que pareça, assim como Davi, ele aprovou. Por mais que não desse dinheiro, o fato de as meninas serem órfãs e de os Cuecas já terem sido, tornava muito compreensível e adequado que quisessem se apresentar para crianças assim. A única condição que deu foi que começassem com isso só depois do aniversário da Larissa, pois teriam muito o que ensaiar até lá. Depois, apesar de a ideia de Janete ser de cantar no aniversário de cada criança órfã, o dono da gravadora sugeriu que fossem apenas no final de cada mês, assim, cantavam para todos os aniversariantes daquele mês de uma vez. É, ficava bem menos complicado! E Davi e os meninos também concordaram, então tava tudo certo.

As garotas voltaram felizes para casa, mas logo que chegaram ao condomínio foram interrogadas pela síndica, que queria saber sobre Flora. As irmãs resolveram dizer que ela estava trabalhando naquele horário, o que não seria estranho, já que até a semana anterior ela realmente estava.

— Acontece que eu não a vi o durante o fim de semana inteiro.

— É que ela trabalha muito — respondeu Eleanora, impaciente.

— Mas agora a gente tem que ir pra casa fazer as nossos deveres, tchau! — Disse Sandy e começou a andar bem rápido para o apartamento com as irmãs (se corressem a síndica ia reclamar).

É, teriam que se acostumar com essa vigilância a partir de agora e, principalmente, inventar inúmeras desculpas para a ausência da tia...

***

Já que a ideia de perguntar sobre a ideia de Janete de cantar pra órfãos não funcionou, Joaquim pensou num jeito muito melhor de extrair informações sobre as Chiquititas: fazendo a Sandy a mesma pergunta estranha que esta havia feito para ele. Não tinha como não dar certo, desta vez ele teria que descobrir alguma coisa! Sendo assim, na manhã seguinte, na escola, chamou a menina, levou-a para um lugar com menos gente e perguntou:

— Como é ser uma órfã?

— Por que tá perguntando isso se você já sabe? É alguma brincadeirinha por causa da vez em que eu te perguntei isso?

— Não, é claro que não! É que, desde aquele dia, me bateu uma curiosidade sabe?

— Hum... — Sandy achava as palavras do garoto muito esquisitas.

— Você e as suas irmãs são outro tipo de órfãs, perderam os pais quando já eram mais velhas.

Sandy começou a ficar bem desconfortável com a conversa, mas Joaquim nem percebeu e continuou falando:

— Eu era bem bebezinho quando perdi os meus, nem me lembro deles e não sinto falta, mas vocês devem ter sentido muita saudade dos seus, a vida deve ter mudado completamente e... — ele parou de falar ao notar que a amiga estava prestes a chorar.

De repente, bateu uma culpa. Joaquim estava tocando num assunto muito delicado e nem havia se importado com os sentimentos de Sandy, apenas queria porque queria saber o que estava acontecendo e fazia isso da pior maneira possível! O que tinha era mais curiosidade do que preocupação. Talvez Samuca estivesse certo, afinal; talvez fosse melhor esperar que as meninas contassem seu segredo no momento em que quisessem e só se quisessem...

Sandy tentava segurar o choro, mas era difícil. Pensava não só nos pais, mas também em Tia Flora e no fato de ser a irmã mais velha e ter que cuidar das outras sem ter ideia de como fazê-lo. Joaquim não falou mais nada, apenas abraçou a menina, que retribuiu o gesto com força e deixou o choro escapar de vez.

Um tempo depois, o sinal tocou e os dois se desvencilharam. Joaquim pediu desculpas e Sandy respondeu, secando as lágrimas:

— Tudo bem. Só não conta pra ninguém que me viu chorando, tá?

— Só se você não contar pra ninguém que eu te abracei!

— Tá bom — ela concordou, sorrindo.

Joaquim ficou feliz por Sandy tê-la perdoado assim tão fácil. Ficaria muito mal se ela ficasse com raiva dele, já não bastava tê-la feito chorar...

— Sabe de uma coisa? — Disse ela no caminho para a sala de aula. — Você tá pedindo desculpa com muito mais facilidade agora!

Joaquim não disse nada, apenas sorriu timidamente. Joaquim com vergonha? Muito esquisito! E não era só isso: ele estava sentindo umas coisas esquisitas também, como no ano passado... Deve ter sido por conta do abraço. Ele não gostava muito de quando sentia essas coisas, não sabia direito como agir (e Joaquim sempre sabia como agir), não tinha controle de nada, era muito ruim. Mas no fundo até que era bom... Era muito confuso!

***

Clipe musical: "Pra Ver Se Cola" por Joaquim e Sandy.

***

Depois que voltaram da escola, Samuca e Téo fizeram tudo o que podiam para quebrar o bloqueio criativo de Davi: indicaram filmes, Samuca leu poemas, Téo fez um bolo decorado... O homem não estava entendendo nada, mas estava gostando. Chegou a pensar que os meninos quisessem lhe pedir um favor, mas logo descartou a ideia, já que Joaquim não estava com eles e esse com certeza seria o primeiro a se manifestar pra fazer boas ações em troca de alguma coisa.

— E aí, se sente mais criativo agora? — Perguntou Téo no jantar.

Davi estranhou e eles explicaram tudo.

— Mas de onde vocês tiraram que eu tava com bloqueio criativo?

— Ah, você nunca mais compôs nenhuma música... — disse Samuca.

—...e anda meio esquisito ultimamente. — Téo complementou.

— Eu já tô trabalhando em músicas novas, elas só não tão prontas ainda, por isso eu não mostrei pra vocês. E não sei o que vocês querem dizer sobre eu andar esquisito, porque eu tô como sempre... O que foi? — Perguntou ao perceber as caras de incredulidade dos filhos.

Agora Joaquim também tinha ficado curioso. Quando havia pensado em falta de criatividade, não tinha se importado, já que ela voltaria logo e que o problema das Chiquititas era mais importante pra ele, mas agora...

Quando foram dormir, Téo perguntou a Joaquim como tinha sido o progresso em sua missão de descobrir o que estava acontecendo com as Chiquititas.

— Não foi — foi a resposta. — Eu decidi que não quero me meter na vida delas.

— Ah, finalmente! — Disse Samuca.

— Agora eu quero me juntar a vocês, vamos descobrir o que tá acontecendo com o Davi. Ele é nosso pai, a gente tem obrigação de saber sobre a vida dele, né?

— Confesso que eu tô bem curioso, mesmo... — Disse Téo. — O que será que tá deixando ele assim?

— Eu tenho um palpite.

Os irmãos olharam intrigados e, após uma pausa para dar suspense, Joaquim falou:

— Uma mulher.


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