Sede de Poder escrita por Mermaid Queen


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

este livro está prestes a explodir



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751654/chapter/16

Logan perguntava aproximadamente três vezes por dia se Evan já havia convidado Katherine para ser a acompanhante dele no baile. Naquela tarde, quando uma batida se fez soar na porta, Katherine já tinha um pressentimento do que estava por vir e se levantou com um suspiro cansado.

A mente de Logan começava a se anunciar para ela antes dele mesmo, como sentir o cheiro de alguém antes de vê-lo. Acontecia às vezes com Carla também, e com Evan o tempo todo.

— Não, ele não convidou – ela falou enquanto abria a porta.

Logan estava com os braços cruzados e as sobrancelhas erguidas, com ar de superioridade.

— Nem era isso que eu ia dizer – ele se gabou, entrando no quarto. – O que eu vou dizer é muito melhor.

Katherine franziu a testa e fechou a porta atrás de si. Foi acompanhar Logan e se sentaram na cama dela. Ele inclinou o corpo para frente e baixou a voz, embora estivessem sozinhos.

— Eu ouvi dizer por aí… - começou ele.

— Foi a Lisa Chang?

Logan fez uma careta.

— Agora tudo é a Lisa Chang – Logan resmungou, na defensiva. – Não, foi a Mónica. Aquela amiga da Melanie.

— Sei – disse Katherine, tentando visualizar a cara da Mónica.

— Todo mundo sabe que ela tem inveja da Melanie – disse Logan, olhando para os lados, como se estivesse desconfiado que as paredes pudessem ouvi-lo. – E ela estava dizendo por aí que Melanie e o seu irmão terminaram…

Katherine ficou com vontade de rir, e a reação de Logan foi uma careta de decepção. Não era de surpreender, com a cara de Melanie no domingo.

— Achei que estivesse te contando a maior novidade.

— Ah, você está – disse Katherine. – David é incapaz de manter um relacionamento, mas, se quiser apostar, quem terminou foi ela. Ela foi lá em casa ontem e não parecia muito feliz.

— Ela deve enjoar rápido deles – Logan murmurou, pensativo. – Depois de sugar a alma deles, claro. Será que seu irmão está triste? Eu poderia consolá-lo.


Depois que Logan saiu, Katherine foi à academia no fim da tarde. Chris não dissera nada de novo a ela, e isso aumentava a angústia. Ela não aguentava mais esperar. Precisava fazer algo, antes que o governo tomasse alguma providência que colocasse Evan ou Jack em algum tipo de risco.

Serpente estava além da capacidade dela, de qualquer forma. Só podia trabalhar com o governo. Katherine iria se entregar, mas antes precisava afastar Evan. Iria doer, mas ela fizera a merda, então ela consertaria.

Estava se sentindo um monstro quando encontrou Evan depois do treino e o chamou.

— Olha só – disse ele, sorrindo. – O que está fazendo aqui?

O sol fazia os olhos dela arderem um pouco, mas Evan não parecia se incomodar. O suor na pele dele o fazia reluzir.

— Quer dar uma volta? – Katherine perguntou, tentando sorrir.

Não acreditava no que estava fazendo.

— Claro que sim – Evan concordou. Ele passou o braço sobre os ombros dela, e os outros jogadores murmuraram enquanto os dois se afastavam. – Está com fome?

— Nada de fome.

O estômago dela se revirava um pouco, como se protestasse. Katherine decidira dar uma chance. Decidira se permitir, deixar Alex para trás, e agora jogaria tudo no lixo e ainda o magoaria. Tentou repetir mentalmente que era por uma boa causa, repetir até acreditar.

— Quero falar sobre… nós – Katherine falou, engolindo em seco.

Evan sorriu, um pouco surpreso.

— Nós?

Ela suspirou e estendeu a mão para tocar o rosto dele com delicadeza.

— Eu não estou pronta para isso – Katherine falou, e a voz foi morrendo até se resumir a não mais que um sussurro. – Não é justo com você, eu não consigo ser a companheira de ninguém. Um dia vou criar coragem e te contar tudo, mas você já sabe. Eu sei que já sabe.

Os olhos de Evan pareciam se escurecer, como se uma sombra se abatesse sobre eles. Lentamente, a compreensão se espalhou pelo rosto dele e fez mudar a expressão tranquila. Ele abriu a boca para falar, mas Katherine deslizou a mão sobre o braço dele, interrompendo-o.

— Tenho muito medo o tempo todo – ela continuou, lutando contra as lágrimas que ameaçavam brotar. Não era mentira, mas as palavras pareciam algodão na boca dela. – E você merece mais do que isso.

Evan puxou a mão dela e a segurou dentro da sua própria.

— Você também merece mais – disse ele. Os olhos pareciam cheios de dor. – Não é justo com você mesma ficar se afastando para sempre de todo mundo.

— Um dia – Katherine sussurrou. – Eu sinto muito.

Uma lágrima escorreu pelo rosto dela e Evan a abraçou.

— Está tudo bem – Evan falou com os lábios no topo da cabeça dela, embora a voz dele demonstrasse que não estava tudo bem. – No seu tempo.

Katherine o abraçou de volta com as mãos tremendo. Sentia-se um lixo. Evan ainda estava sendo compreensivo. Era tudo horrível. Ela preferia que ele tivesse decidido nunca mais olhar na cara dela.

Ela se teletransportou para o quarto e ficou deitada no escuro, embora ainda fossem duas da tarde e as aulas não tivessem parado só por causa dela. Que droga tinha sido. Parecia um pesadelo. Ele ainda a abraçou. Mesmo que em algum nível de consciência Evan soubesse que Katherine mentia olhando nos olhos dele, ele a abraçou.

Se tudo corresse conforme ela desastrosamente planejara, Evan agora se afastaria dela. Katherine poderia contar a Jack, e eles fariam o que tivessem que fazer, com ele muito longe da mira.

Ela pegou no sono em algum momento. Quando acordou, entrava ar frio pela janela e o sol já havia se posto. A pele estava arrepiada. O olhar dela se voltou para a porta quando ela se abriu e deixou luz do corredor invadir a escuridão do quarto.

— Você acordou – disse Carla. Ela abriu a porta devagar, mas depois de ver Katherine acordada relaxou a postura. — Está tudo bem?

Katherine balançou a cabeça.

— Acho que estou doente – mentiu. – Vou falar com Jack.

Carla franziu as sobrancelhas, mas não disse nada.

— Melhoras, Kate. Vou trazer o seu jantar mais tarde.

Katherine respirou fundo e se levantou da cama. A tristeza a abatia como se fosse um cobertor de chumbo sobre o corpo dela, pressionando-a contra o colchão. Levou vários minutos para tomar coragem e encarar esse cobertor.

— Muito obrigada – disse, tocada. Estava tão deprimida que a gentileza de Carla era como uma manta quente.

Ela se teletransportou direto para a sala de Jack. Sentia-se cansada, terrivelmente cansada, e a mera ideia de andar até lá, bater à porta e ainda pensar no que dizer parecia exauri-la.

Katherine desabou na cadeira da sala dele, deixando-o completamente chocado do outro lado da mesa. Jack jogara as mãos para trás com o susto, e ouviu-se o baque de um caderno e uma caneta batendo contra a parede atrás dele e depois caindo no chão.

— O que significa isso? – perguntou ele, sem fôlego, sobressaltado.

— Sou eu, Jack – disse ela, exausta. – Sou a escolhida do Serpente. Tenho duas marcas na nuca, como você pode ver, e acho que ele embaralhou as minhas lembranças para eu atribuir essa marca a outra coisa e não me lembrar de um Agente, como foi da segunda vez.

Jack estava com os olhos arregalados.

— Evan não sabe de nada – Katherine continuou, com a voz sem emoção. – A minha mente… se desenvolveu, se protegeu, não sei, mas consigo ouvir o pensamento das pessoas agora. E senti-las antes de vê-las. E ensinei Evan a proteger os próprios pensamentos depois que aprendi a proteger os meus, só aprendi, visualizando tudo. Fechando as janelas de uma casa da minha cabeça.

— Isso é fascinante – Jack sussurrou, encarando Katherine como se estivesse em transe.

— E tem mais – disse ela, pensando nas palavras. – Ele invadiu a minha mente uma vez, foi assim que tudo começou. Eu senti a presença dele, e me tornei consciente da minha própria mente como se fosse um lugar. Quer dizer, assumi que foi Serpente quem invadiu, mas pode ter sido qualquer pessoa.

Jack se abaixou sem dizer nada, agarrou o caderno e a caneta do chão e começou a escrever furiosamente.

— Olivia nos disse que suspeitava de Evan, porque ele está aqui há mais tempo – Jack murmurou, sublinhando algumas anotações. – A mente dele estaria mais preparada para isso. O corpo dele já está sob a transformação há mais tempo, teoricamente teria mais chance de sobreviver às duas doses. Mas isso muda tudo. Como é a presença dele? É alguém que você conhece?

Katherine deu de ombros, tentando agir naturalmente, mas as entranhas dela começaram a se agitar. Aquele medo a estava tirando do torpor. Estava mentindo para gente muito grande.

— É fria, eu acho – falou. – Não vi nada fisicamente. Só senti essas coisas.

— E por que ensinou a Evan?

— Porque eu gostava dele – Katherine falou e baixou a cabeça, envergonhada. – Queria compartilhar essas coisas novas com ele. Só isso.

Jack franziu testa, daquele jeito que fazia quando queria falar mal de adolescentes. Katherine não se atrevia a tentar ler a mente dele, mas nem precisava. Estava praticamente escrito na testa dele que achava aquilo uma grande bobagem.

— E há outros como você?

— Não faço ideia – Katherine admitiu, dando de ombros novamente.

— Bom, levarei tudo isso à reunião amanhã – disse ele, fechando o caderno. – Estou muito feliz por você ter me contado, Kate. Pode parecer que não é nada, mas você está protegendo muitas pessoas ao tomar essa decisão.

Katherine fez uma careta. Queria perguntar o que eles iam fazer com ela, mas manteve a boca fechada. Precisava confiar em Jack, apesar de a voz dele sugerir que ela não tinha feito uma decisão, e sim um sacrifício. Katherine procurou ignorar isso.

— Evan realmente não sabe de nada – ela repetiu. – E nós também não estamos mais… envolvidos. Vai ser realmente constrangedor se vocês o chamarem para falar sobre mim.

Queria dizer “se vocês o interrogarem”, mas achou que daria muito na cara. Essa mentira também deve ter funcionado, porque o rosto de Jack ficou levemente rosado e ele balançou a cabeça, desajeitado.

— Sinto muito pelo seu… é… término? Não sei. Não queremos mais envolvimento do que o necessário, ou que isso chegue a ainda mais pessoas – disse ele, evitando os olhos dela. – Você está bem? Parece abatida.

Katherine respirou fundo e exibiu um sorriso da melhor forma que pôde.

— Agora estou, acabei de tirar um peso dos meus ombros. Obrigada, Jack.

Ela se levantou da cadeira e saiu da sala depois de dirigir a ele um breve aceno de cabeça. Teletransportou-se de volta para o quarto e se enrodilhou na cama. Fizera o que estava ao seu alcance. Jack iria para a reunião no dia seguinte, e o governo podia fazer com ela o que bem entendesse, desde que fosse só com ela.

Tinha vontade de dizer para Evan se mandar dali. Fugir para o mais longe que pudesse, pedir ajuda para Dionora, e que os dois desaparecessem. Achava que tinha sido convincente, mas o medo a consumia.

Katherine engoliu a melancolia um pouco quando Carla entrou no quarto trazendo um prato de comida. David vinha logo atrás.

— Comentei com Caleb que você estava se sentindo mal, e ele perguntou de você a David. Você se importa?

Antes de Katherine abrir a boca, David já agachado ao lado dela.

— O que você tem, Katherine?

Carla parecia tão consternada quanto ela, tentando se desculpar por gestos atrás de David.

— Nada demais, David, não se preocupe – disse Katherine, balançando a cabeça. – Só estou com um pouco de tontura. Você não deveria entrar aqui assim, sem bater.

David colocou a mão sobre a testa dela pesadamente.

— Não parece com febre. É bom sinal, né?

— O que você tem, David?

— Acho que estou um pouco sentimental, só isso – disse ele, encolhendo os ombros.

Carla deixou o prato e os talheres na mesa de cabeceira.

— Vou deixar vocês a sós – anunciou, e saiu rapidamente.

Katherine queria pedir para ela ficar, mas nem teve tempo. Voltou o olhar para David, que se comportava como um cachorro abandonado.

— Isso é porque ela terminou com você?

David baixou os olhos, mas a cara dele começou a se contorcer, e Katherine teve medo de que ele começasse a chorar.

— Eu a adorava, Katherine – disse ele, dramaticamente derramando os braços sobre a cama dela. – Ela não tem coração. Não tem. Agora eu entendo Evan, nem acredito que estou dizendo isso mas eu o entendo.

Katherine não sabia lidar com aquilo. Queria ela mesma começar a chorar, em vez de ouvir o drama de David.

— Ela é uma arrasadora – David continuou se lamentando. – E o baile, aposto que ela vai arrumar alguém para ir ao baile. Talvez ela já estivesse saindo com alguém. Você acha que ela me dispensou por outra pessoa? Você vai ao baile com Evan?

Katherine suspirou para se controlar.

— David, as pessoas têm os motivos delas – ela tentou dizer. – Nem sempre todo mundo vai te corresponder ou gostar de você como você gosta deles. Vai ver que vocês não são compatíveis… como eu e Evan também não somos, acho. Achei que seria melhor se nós parássemos de nos ver, sabe, desse jeito.

David arregalou os olhos.

— Meu Deus, você é uma arrasadora. Como ela. São duas arrasadoras de corações. Achei que ele estivesse triste porque percebeu que eu vou pegar a posição dele no jogo domingo, sabe? Ele voltou para o quarto arrasado depois do treino, e todo esse tempo eu estava me vangloriando. Mas você e ela são duas arrasadoras.

Não parecia engraçado, mas era. Pela primeira vez no dia, Katherine tivera vontade de rir. David era tão obcecado por ele mesmo que era impossível não achar graça na tentativa dele de sentir compaixão. Especialmente por alguém que ele costumava odiar.

— Não me sinto uma arrasadora de corações – disse Katherine, embora se sentisse, sim. – Ele vai me superar bem rápido, você vai ver. E você também pode superar Melanie, apesar dela ser, você sabe, a Melanie.

David fez uma careta de choro.

— Eu estava tão animado. Nós íamos combinar os trajes, e quem sabe escapar da escola para jantar em algum lugar legal antes. E ela terminou comigo sem mais nem menos. Que horror.

Katherine sabia que se arrependeria do que estava prestes a fazer, mas fez mesmo assim.

— Eu não queria mais ir, mas se ainda estiver animado, quer ir comigo no baile? Se não for muito constrangedor para você ter que levar a irmã mais nova…

— SIM! – David exclamou, antes que ela pudesse terminar. – Com certeza sim. Vai ser tão legal, Katherine. Você já tem alguma roupa? Nem máscara, né? Podemos ir comprar no sábado de manhã, então, o que acha?

— Poucas vezes eu te vi tão carente, David, é isso que eu acho – Katherine resmungou. – Mas podemos ir.

David sorriu.

— Melhor você jantar, antes que esfrie. Está se sentindo melhor?

— Melhor que nunca – Katherine murmurou, aceitando o prato de mau humor.

Katherine com certeza sentia falta de David como irmão, porque na maior parte do tempo ele a tratava como um acessório indesejado. Mas não era isso que ela queria dizer. Depois de anos ignorando um ao outro pela casa, brigando e trocando acusações – e socos ocasionalmente –, ela estava tendo um intensivão de David.

Tudo que ela queria era passar todos os dias imóvel em um quarto escuro até que o governo fosse buscá-la, quando então ela poderia passar os dias imóvel em uma cela escura. E depois que neutralizassem a ameaça de Serpente, ela poderia voltar ao quarto escuro.

David era o raio de sol brilhante dentro do quarto escuro dela.

— Não sei que tipo de fase do luto é essa que ele está passando – Katherine comentou, no café da manhã, depois de contar aos amigos sobre o comportamento de David. – É a primeira vez dele levando um pé na bunda. É a negação?

— Negociação? – Josh sugeriu.

— Existe a substituição? – Logan quis saber.

— Perguntem para ele – disse Kristen com a voz arrastada. Ela parecia ainda mais introspectiva desde o último final de semana, mas Katherine não saberia dizer se ela e Carla haviam chegado a conversar.

Antes de Katherine virar a cabeça, já estava ouvindo a voz de David.

— Oi – ele se anunciou. – Vocês vão ao jogo domingo?

David também resolvera afogar as mágoas dele em exercício físico. Ele fora à academia na noite anterior, já havia ido nessa manhã e, depois do treino na hora do almoço, provavelmente iria mais uma vez.

— Com certeza – disse Logan, sorrindo. – Adoro futebol.

Os amigos dela começaram a rir, embora David não tivesse entendido a graça e estivesse sorrindo com a informação.

— Que bom, mano – David respondeu. – Fico feliz.

— Não é nada, mano – Logan replicou.

Katherine segurou a risada e abriu espaço para David se sentar e terminar o café da manhã com eles. Não sabia se era saudável ele ignorar a dor dele com outras coisas, mas pelo menos ele não estava triste. Ou escondia bem.

Ela não viu Evan por ali o dia todo, em parte porque evitou propositalmente os lugares onde podia encontrá-lo. Quando anoiteceu, ela já havia ido à academia – com David, é claro – e tomado banho e tinha uma toalha na cabeça no momento em que Logan e Carla invadiram o quarto. Carla carregava uma caixa de papelão enorme.

— Não sabemos muito bem o que significa – Logan murmurou. Era a primeira vez que Katherine o via sem jeito. – Bem, porque você contou que…

— Evan pediu para a gente te entregar isso – Carla falou de uma vez. – E Logan queria espiar, mas eu não deixei.

— Fofoqueira! – Logan acusou.

Carla ergueu o queixo para ele desafiadoramente, provocando-o.

Katherine ignorou os dois e pegou a caixa. Não sabia por que estava tão nervosa. Tentou dizer a si mesma que não era nada demais, só uma caixa.

— Não consigo abrir – ela admitiu, afastando-se da caixa. Estava tão ansiosa que acabaria paralisada. – Abram vocês, não consigo.

Carla parecia compreendê-la, especialmente depois da conversa que tiveram no domingo. Katherine apenas dissera aos amigos o mesmo que dissera a David, sem entrar em detalhes, mas mesmo nesse silêncio aqueles olhos negros de Carla exalavam compreensão, embora dos motivos errados.

Ela avançou e ergueu a tampa devagar. Arregalou os olhos, e um leve brilho se refletiu no rosto dela.

— Tem luz própria – Logan sussurrou, fascinado.

— É a luz do teto refletida – Carla resmungou, revirando os olhos para ele.

Logan agarrou o bilhete e leu com os olhos tão arregalados quanto os de Carla.

— Esse homem não é normal – disse ele, parecendo abismado. – Não é possível.

Katherine espiou dentro da caixa e se deparou com um fragmento de tecido prateado. Carla tirou da caixa e o estendeu no ar, como se exibisse a Monalisa.

— É o vestido mais bonito que eu já vi – disse ela, segurando-o pelas alças.

Katherine não tinha reação. A boca dela estava seca. Olhou para o vestido, para todo aquele brilho, por alguns momentos a única coisa que conseguia sentir era o próprio coração batendo.

— O que está escrito no bilhete? – disse ela. Foram as únicas palavras que conseguiu encontrar.

Logan sorriu orgulhosamente e limpou a garganta para ler:

— “Você merece ser feliz”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

n sei pq eu passo o livro inteiro com vontade de xingar o evan até qnd ele é fofo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sede de Poder" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.