Hermione Granger: A verdade por trás do encanto escrita por Deh


Capítulo 16
Dor


Notas iniciais do capítulo

Happy Hallowen witches and wizards!



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dor

sf
1 MED Sensação desagradável ou penosa, de intensidade variável, causada por um estado anômalo do organismo ou parte dele e mediada pela estimulação de fibras nervosas que levam os impulsos dolorosos para o cérebro; sofrimento físico. 
2 Estado de espírito caracterizado por decepção, desgosto ou desgraça; sofrimento moral; decepção, dissabor, mágoa: A dor de saber que nunca mais o veria. A dor que a consome é a de não ter aproveitado a vida. 
3 Sentimento de quem lamenta ter cometido um erro, uma falta, prejudicando a si mesmo ou a outrem; arrependimento, pesar, remorso: Convive com a dor de saber que delatou o melhor amigo. A dor dos pecados. 
4 Sentimento de pesar com relação a alguém ou a si mesmo; comiseração, dó, piedade: A dor de acompanhar a degradação física do irmão doente.

Arrastaram-me para dentro da casa e a primeira cara que vi, infelizmente era muito conhecida por mim, Lucius Malfoy foi logo dizendo:

—O que estão fazendo aqui?

—Queremos a recompensa!

Malfoy olhou para eles com uma expressão de nojo:

—A recompensa é para quem trouxer Potter.

O meu captor puxou me puxou pelos cabelos fazendo meu rosto bem visível e próximo ao Malfoy:

—Está é a amiga do Potter, Hermione Granger. Ela deve valer algo.

Lucius me analisou bem:

—Crabbe traga algum ouro para esses cavalheiros. Rabastan acomode nossa convidada.

Rabastan rudemente me arrastava, enquanto resmungava.

Me jogando em uma das várias celas do porão.

Não se passou muito tempo, até que um homem bem-apessoado apareceu: cabelos loiros dourados bem penteados, postura ereta e olhos castanhos claro bem assustadores.

—Olha se não é minha prima perdida.

Não esbocei reação.

—Não vai dizer nada?

Fiquei quieta, eu não sabia qual era o jogo dele. Ele entrou dentro da minha cela.

— O que foi? O gato comeu sua língua?

Eu o encarei.

E ele riu.

—A sim, aí está o olhar de superioridade dos Black, você herdou isso do seu pai. Aquele traidor irritante.

Permaneci em silêncio.

—Não quer falar? Tudo bem. Vamos ver o restante da família. –Ele disse me arrastando para fora da minha cela, ele então completou –Em breve sua tia irá fazer você gritar bastante.

Ele me arrastou até uma espécie de salão, lá encontrei a sádica e infame Bellatrix Lestrage. Com sua voz esganiçada ela disse:

—Evan obrigada por me trazer alguma distração.

—Só não mate a distração Bella, o mestre quer conhecê-la.

 Bellatrix rolou os olhos:

—Ela é só uma sangue ruim, amiguinha do Potter.

O homem que me levava a minha morte certa disse em tom de escarnio:

—Sangue ruim? Sempre tive dúvidas sobre seu sangue Black, que bom ver você admitir em alto e bom som.

Bellatrix o olhou irritada:

—Cale a boca Evan.

—Não tenho culpa se a menina é sua sobrinha Bella, aliás a culpa é toda do seu irmãozinho traidor.

Bella o fuzilava.

—Evan...

—O que? A pirralha é tão Black quanto você Bellatrix.

Ela lançou uma azaração nele.

—Cale a boca Rosier, você não está em condições de julgar meu irmão, quando você próprio já caiu nos encantos daquela vadia.

Evan deu uma risadinha.

—Só lamento ela não parecer com a mamãe dela Bella.

—Saia. –Ela gritou

—Não a mate. –Ele disse como se advertisse uma criança.

E então ele saiu. Ficamos nós duas apenas.

—Vai me contar sobre os planos de Potter?

—Não. –Eu disse apenas.

—Crucio.

Eu cai e isso a divertiu.

—Sempre quis fazer isso com sua mamãe.

Eu a olhei em silêncio.

—Diga-me vale a pena estar entre todos esses sangue ruins? Digo talvez antes valesse, mas pense agora você é uma Black, a última mulher de uma dinastia milenar, você não precisa daqueles imundos.

—Você é louca.

Ela riu:

—Todos nós somos pirralha, a diferença é que eu não escondo isso. –Ela me encarou e sorriu perigosamente. –Crucio.

—O mestre lhe dará a chance de se juntar a nós, basta fazer o que ele mandar.

—Eu prefiro morrer!

Ela riu.

—Eu posso dar um jeito nisso rapidinho, mas... onde estaria a graça?

—Você é doente.

—_Sabe é verdade o que Evan disse é realmente uma pena você não se parecer com sua mãe... Sempre quis vê-la de joelhos implorando a morte.

Ela ria enquanto lançava outra maldição e me via contorcer. Mas eu não gritei, eu não daria esse prazer a ele.

Em um dado momento eu perdi a noção de tempo, a dor era demais, cogitei suplicar para que ela me matasse logo de uma vez, mas não o fiz.

—Diga onde está Harry Potter!

—Vá para o inferno. –Eu gritei e isso a enfureceu.

Ela aumentou o poder do crucio e logo os gritos me escapavam pela garganta.

Foi então que ouvi vozes.

—Para com isso Bellatrix! Você vai matá-la antes que o mestre possa se quer interroga-la.

—Você não manda em mim Malfoy!

Ele não lhe deu atenção.

—Draco, leve-a para o quarto de Áries e chame sua mãe para cuidar dela.

Eu senti alguém me erguer, meus olhos mal paravam abertos e minha visão estava turva, mas eu tinha certeza de ser Draco Malfoy me carregando.

Enquanto ele me levava, eu não suportei mais e desmaiei.

Eu abri os olhos lentamente, estava escuro, olhei ao meu redor, não era a minha cela, era um quarto. Com bastante dificuldade eu me levantei, ascendi a luz do abajur ao lado da cama e analisei o local.

Era um quarto amplo, com uma cama grande, um criado de cada lado da cama, uma estante de livros, uma escrivaninha.

Me aproximei da escrivaninha e vi que tinha um retrato bruxo. Levei para mais perto da luz e vi duas figuras desconhecidas, a mulher me lembrava alguém, o homem também não me era estranho.

Estava tão concentrada que me assustei ao ouvir uma voz atrás de mim.

—São seus avós.

Me virei instantaneamente, o que vim me arrepender depois já que todas as minhas costelas doeram com o movimento.

Ali estava eu, na casa da família Malfoy, sendo analisada minunciosamente por Narcisa Malfoy.

Ela deu um passo em minha direção e por reflexo eu dei um passo para trás.

Sem demonstrar sentimento algum, ela disse:

—Não vou machucá-la Hermione.

Eu a olhei desconfiada.

—Acho difícil de acreditar.

Ela me dirigiu um olhar como se entendesse minha situação, mas não era verdade, ela é uma comensal, jamais entenderia.

—O mestre quer vê-la.

—Eu não quero vê-lo.

Ela me dirigiu um olhar repreendedor.

—Não é um pedido.

—Eu não ligo.

Um fantasma de um sorriso apareceu em sua face.

—Você é demasiada parecida com seus pais para seu próprio bem, mas para o seu bem se comporte, não acho que você aguente outra sessão com Bella.

Na menção do nome da minha tia psicótica, um arrepio percorreu meu corpo.

Não dei a ela o prazer de uma resposta verbal, limitei a assentir com a cabeça.

—Me acompanhe e não precisará que nenhum comensal imundo lhe toque, ao menos por enquanto.

Não era um conforto, mas não havia muitas opções. Segui a senhora Malfoy pelos enormes corredores daquela casa assustadora.

Quando chegamos na sala de jantar havia uma mesa repleta de comensais com Valdemort na cabeceira.

—Boa noite senhorita Black, junte-se a nós para essa agradável refeição.

Eu o encarava perplexa, senti Narcisa me empurrar sutilmente para frente antes que ela se sentasse a mesa, ao lado do marido.

—Draco seja um cavalheiro como sei que você é, e ajude sua prima a se sentar.

Eu caminhava para a única cadeira disponível, que por sorte ou azar encontrava-se entre Draco Malfoy e Evan Rosier.

Draco se levantou e puxou a cadeira para mim, sentia o olhar de todos em mim e todos os meus sentidos me alertavam para correr dali o mais rápido que eu pudesse, mas eu não o fiz.

O jantar foi servido.

Eu morria de fome, mas não comi.

—Coma prima, não está envenenado. –Rosier disse.

Eu olhei para o homem que me levou para Bellatrix mais cedo, não confiava nele, mas no fim que escolhia eu tinha?

Após um jantar suntuoso, Bellatrix manifestou seu descontentamento:

—Podemos torturar a sangue ruim agora?

Eu a encarei imediatamente.

Então num estalar de dedos todos os utensílios que estavam em cima da mesa desapareceram e Valdemort ordenou:

—Tragam-na.

E em cinco minutos havia uma mulher em cima da mesa, em segundos ele dizia:

—Crucio.

E eu vi a mulher se contorcer em cima da mesa, eu olhei para todos na mesa, todos mantiam uma expressão fechada, exceto Bellatrix que parecia se deliciar com tudo aquilo.

Após lançar a maldição, ele deu permissão aquela doente mental:

—Divirta-se Bellatrix

E assim, olhando nos meus olhos, ela disse apenas:

—Avada Kedavra.

E eu vi aquela mulher morrer bem na minha frente e não pude fazer nada, a não ser encarar tudo aquilo em silêncio.

—Eu quero torturar ela mestre. –A louca descabelada disse olhando em minha direção.

Ele a advertiu:

—A senhorita Black é uma convidada Bella.

Petulante, ela disse antes de se levantar e sair:

—Não a chame assim, ela não merece esse nome.

Definitivamente essa mulher é louca.

O lorde das trevas então cansou da minha presença:

—Evan acompanhe a senhorita Black de volta a seus aposentos.

Sai dali acompanhada por Evan Rosier, não posso negar que respirei um pouco mais aliviada ao sai daquela sala de jantar horripilante.

Assim que fui colocada para dentro, esperei até ter certeza que não seria mais incomodada e comecei a procura de qualquer coisa que pudesse me ajudar a sair dali. Mas não havia nada.

Tentei então abrir a janela, numa tentativa falha de fugir, mas ela estava selada por magia.

Naquela longa noite eu não dormi, mas isso não significa que eu não tenha cochilado nas primeiras horas da manhã debruçada sobre a escrivaninha.

Quando abri meus olhos percebi que já era dia, levantei da posição desconfortável em que dormi e notei que havia roupas limpas para mim em cima da cama e um bilhete, peguei o bilhete que em uma caligrafia muito elegante dizia:

O café da manhã é servido as oito, por favor não se atrase. ~N

Encarei a roupa em cima da cama e o bilhete que segurava, o que me aguardaria?

 


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