Me Ensine Amor escrita por Stormy McKnight


Capítulo 8
Capítulo 8 - Curtindo a sexta - feira


Notas iniciais do capítulo

Olá! Tudo bem?

Novo capítulo de Me Ensine Amor. Nesse capítulo temos algumas surpresas.

Boa leitura!



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"Regra número 8, às sextas, no período das 16:00 - 19:00, é o retiro dos estudantes. Os alunos tem esse intervalo para aproveitar o dia fazendo o que quiserem, e sair para respirar novos ares.  Contudo, as 19:00 é dado o toque de recolher e os alunos deverão voltar para o colégio ao ouvirem o chamado.  Os alunos que não responderem ao toque de recolher e voltarem para o colégio, ficarão proibidos de retornarem as aulas e estarão por usa conta e risco."

 

Então, essa é mais uma das regras do Centro Acadêmico Bowen. Eu acho que eu esqueci completamente dessa regra.

Enfim,  o nosso dia começou com nós indo para a aula de educação física no ginásio.  Todos nós estávamos sentados na arquibancada, esperando por quem quer que fosse dar aula de Ed. Física, aparecer.

"Cara, me sinto a Britney no clipe de Baby One More Time nesse ginásio", comentei com Mia que estava sentada ao meu lado.

"...acho que eu sei como é.",  ela rebateu.

"Então, hoje teremos uma parte do dia livre para fazermos o que quisermos?", interroguei-a sobre a tal regra do livro de regras de Bowen.

"Ah sim, eles chamam essa parte do dia de "Carpe Diem". Que vem do latim, "Aproveite o dia", que significa que nós devemos aproveitar ao máximo cada momento da nossa vida.",  Mia me lembrou.

"Eu sei o que significa. Eu já passei uns dias fora com os meus pais.", repliquei.

"É mesmo? E o que vocês fizeram? Onde vocês foram?", Mia ficou curiosa quanto a minha experiência de férias.

"Bem, nós fomos acampar em um acampamento que o meu avô sempre levava o meu pai. Foi legal. Nós...havíamos alugado um trailer e...fomos pescar, nadamos...", tentei puxar o máximo que eu conseguia de lembranças da minha cabeça.

Então Mia me interrompeu.

"Espere um pouco! Foi nesse acampamento que o seu pai te ensinou a nadar?", ela quis saber, por causa do outro dia em que fomos nadar na piscina dessa academia e eu disse que sabia nadar.

"Sim. Em uma certa hora, meu pai apareceu na área onde estávamos acampados e me apresentou o instrutor de natação do acampamento, e ai eu comecei a ter umas aulas com ele.", contei para ela.

"Não brinca! Sério?", Mia exclamou. "Que incrível!"

"É, foi legal a experiência.", eu devolvi para ela como se não fosse nada de mais.

"E...ele era gato?", Mia ficou ainda mais curiosa.

"Quem?" , fiquei confusa.

"O instrutor, cabeça de vento!", ela explanou.

"Ah sim, ele era bem gato. Mas...eu não quis nada com ele.", eu rebati.

"Como assim?!", Mia ficou chocada por eu não ter tido nenhum romance com o instrutor de natação.

"Eu disse à ele que ele era muito bonito, mas...que eu não queria nada com ele, porque ele não fazia o meu tipo.", devolvi.

"Espera! Deixe-me entender uma coisa. Então, você elogiou o instrutor de natação, mas disse que não queria nada com ele porque ele não era "o seu tipo"? Correto?", Mia frisou.

"Sim, foi isso.", eu atestei. "Ele tentou dar em cima de mim, mas eu disse que não estava afim. Então ele me perguntou se eu era lésbica, e eu disse que não, quer dizer, eu nem tinha noção do que eu era na época, então eu disse que eu só não estava afim de algo mais sério com ele.  E ele continuou desconfiando que eu era lésbica."

"Então, quando nós nos beijamos no dormitório...aquilo...fez alguma diferença?",  Mia questionou.

"Toda a diferença.  Aquilo foi muito especial para mim. Digo, eu descobri minha sexualidade por sua causa, Mia.  Lá atrás, eu era mais neutra. Então...não me interessava ficar caçando garotas por ai. Eu só...queria curtir a vida.", explanei.

"Entendo. Bem, que bom que eu te ajudei a encontrar o seu caminho sexual.", ela devolveu.

"Eu sou muito grata por você ter feito aquilo, Mia. De verdade mesmo.", declarei.

"Disponha, amiga", ela replicou.

Nós então ficamos olhando uma para a outra e sorrimos. Mas, nada sexual houve entre nós, foi só...carinho mesmo.

Logo, o clima foi quebrado e... Stella veio até nós nos apresentar a colega de quarto dela.

A garota era baixinha, tinha cabelo preto longo até a cintura, olhos castanhos, uma cara de BITCH, e vestia uma camisa xadrez vermelha com um shorts jeans branco, um cinto de couro marrom, e botas de cano alto parecida com as de um ditador, preto. Uma mistura de cantora country com ditador.

Olhem para o look da mesma avaliando aquele visual.

"Oi!", a garota sem nome ainda exclamou.

"Oi!", devolvi. "Eca! Claramente você parece ter um péssimo gosto para roupas.  Uma péssima combinação, Cantora Country e ditador? Deus, não! Desculpa, eu não queria te ofender, mas essas roupas que você usa, me ofendem, querida" , falei com a maior educação para não fazê-la chorar.

"Deus! Você nem me conhece ainda, como pode falar isso de mim?", ela lamuriou.

"Ok. Me desculpa se eu fui sincera", rebati.

A garota cruzou os braços e fez uma cara de embirrada.

"Ava! O que está acontecendo com você? Para de criticar a maneira da garota se vestir.  Ninguém tem um guarda-roupa estilo "Bonequinha de luxo" que nem você.", Mia reprovou os meus comentários sobre a roupa da garota.

"Ava! Eu estou muito ofendida. Você acabou de debochar da minha amiga/colega de quarto!", Stella me censurou.

"Não, eu não quis ofender a sua amiga. Eu só...falei a verdade. Só isso. Olha, eu posso ajudar a dar um tapa nesse visual.", eu consolei.

"Tá, mas você nem conhece a pessoa, como você pode sair cuspindo veneno nela. Você tem noção do que você está fazendo?" Mia me cortou de repente.

"Desculpa. Como é mesmo o nome da paquera?", perguntei olhando para Stella.

"O nome dela é Melissa Meyers, eu e ela somos muito próximas", Stella comentou.

"É, e eu também sou rica. Do contrário não estaria aqui nessa academia.",  A garota sibilou para mim.

"Ok. Desculpa, mas...eu agora não consigo entender, como é que uma garota com um nome chique desses veste roupas tão bregas?", pergunta retórica.

Jenna então abriu a boca em O, esboçando uma reação de choque.

"Garota, quem é tu para falar como eu devo me vestir ou não? E além do mais, eu só me visto assim, porque eu não gosto de ter todo o dinheiro que eu tenho. Eu queria ser uma garota normal como todas as outras.", a garota explanou toda a sua história de vida.

"Tudo bem. E no que os seus pais trabalham?", resolvi perguntar.

"Eu tenho duas mães que são como um pai e uma mãe.", Jenna comentou.

"Ava, você não tem noção de quem a Jenna é filha.", Stella chamou a  minha atenção.

"De quem?", eu fiquei curiosa.

"Alicia Meyers, uma modelo que ficou super famosa e escreveu um livro sobre a vida dela. Ela é casada com uma outra modelo, que antes era uma garçonete chamada Jessica London.", Stella me contou.

"Sim, e eu basicamente resolvi bancar os meus estudos nessa academia com o dinheiro que eu recebo da revista que eu e meu irmão, Howard Jr administrando. O nome é Venus Magazine. Você já ouviu falar?", Melissa explanou.

"É como a Playboy só que focada mais nas mulheres e com fotos mais artísticas. Basicamente, a Playboy tem suas "Playmates", e a revista Venus tem as suas "Venus", que são as garotas das capas. Alicia e Jessica, as minhas mães já foram Venus. O conceito da revista veio de um amigo das minhas mães, um homem chamado Howard Rayner", Stella citou.

"Entendi. Nossa! Então você é filha de duas modelos famosas? Incrível!", comentei. Achei a história de Melissa maravilhosa.

"E ambas são bissexuais. Minhas duas mamães". Melissa frisou.

"Nossa! Você tem mães que são como eu. Já me identifiquei!", Mia cortou. "E que bom que a treta não continuou."

"Sim, e elas são duas modelos famosas", Stella falou para Mia.

"É, Alicia Meyers e Jessica London. Tem um livro contando a história delas, chama: "Olá! Meu nome é Alicia Meyers ― Virando a página, a vida de uma Venus em ascenção", você já leu?", Melissa rebateu.

"Não, e eu gosto de ler livros.", Mia comentou. "Eu agora fiquei curiosa para ler esse livro"

"Bem, talvez nós possamos ir em uma livraria e dar uma olhada nesse livro, já que hoje temos "Carpe Diem".", Stella sugeriu.

"Sim, eu acho que seria ótimo!", Mia exclamou.

"Eu também quero conferir esse livro!", comentei.

"Ótimo! Então vamos a livraria no nosso Carpe Diem", Melissa concluiu.

Acabamos não vendo a hora devido a nossa conversa. Onde é que está essa pessoa que iria nos dar aula de Ed.Física?

Foi então que nós começamos a ouvir uns sons bem estranhos, pareciam ser gemidos que foram se propagando pelo ginásio todo. Depois vieram grunhidos.

"Mas o que diabos é isso?", inquiri.

Todos incluindo eu e o resto dos alunos estávamos chocados com aqueles sons que começamos a ouvir.

"Alguém está trepando...", Mia deduziu.

"Então estamos perdendo aula por causa de uma transa?", Stella quis saber "Que legal...só que não"

"Bem, vamos aproveitar e ver quem é que está transando.", Melissa sugeriu.

"Já que estamos perdendo aula mesmo..."

[...]

Então saímos todos da arquibancada e fomos para o vestiário. Chegando lá, nós encontramos quem supostamente nos iria ensinar Ed.Física.

Nós vemos um homem alto, de cabelos pretos e um bigode espesso, um pouco acima do peso, pelado com o órgão entrando e saindo na traseira dessa garota negra que devia ter uns 19, 20 anos e estava com as mãos apoiadas em um dos armários do vestiário e soltava espasmos enquanto sentia o órgão dele penetrando-a.

Nós todos ficamos boquiabertos vendo aquela cena. Para alguns alunos aquilo era engraçado. Mas, para nós, aquilo era simplesmente um absurdo. Inaceitável. Nós estávamos perdendo uma aula inteira por causa que alguém estava trepando no vestiário?

Então eu decidi quebrar o clima e saber o motivo daquilo.

"Que porra é essa?! Nós ficamos perdendo uma aula por causa que alguém resolveu afogar o ganso?", exclamei.

O casal então parou o que estavam fazendo. Eles ficaram completamente sem reação enquanto seus olhares se voltaram para nós, os alunos.

Então o homem foi tirando o pênis dele da garota e ela se recompôs.

"Desculpa! Eu sinto muito por fazê-los esperar tanto tempo.  Eu sou seu professor de Ed. Física. Meu nome é Tyler Dallas.", ele se apresentou.

Tyler então se voltou para a garota que ele estava comendo, que agora começara a vestir suas roupas, e se despediu da mesma.

"Nós continuamos depois, Trisha?", ele quis saber.

"Claro, professor. Você é tão gostoso", a garota replicou.

Assim que a garota terminou de se vestir na nossa frente, ela foi se retirando do vestiário e saiu.

Nós ficamos à sós com o professor que agora estava se sentindo constrangido.

[...]

"Desculpa, alunos...", ele falou arrependido. "Sabe, ser professor de Ed. Física não é fácil. Tem coisas que você precisa fazer para manter seu cargo..."

Que desculpa! Esse cara deve ser mancomunado com o Julian Reeves, que também transa com as alunas.

"Não me diga que você é amigo do Julian Reeves!", exclamei.

"S-Sim. Eu e o Julian somos amigos. E...ele me pediu para comer essa aluna dele se eu quisesse ensinar Ed. Física. É como uma prova de fogo dele, eu acho...", Tyler balbuciou. "Mas, olha, por favor, não conte a ninguém sobre isso. O Julian me mataria se isso se espalhasse por ai."

"Ok...", assenti.

"Obrigado", ele me agradeceu.

"PUTA QUE PARIU! O Julian está indo longe demais agora! Então, ele ensina aos outros professores que se quiserem ficar no cargo, eles devem transar com as alunas?", me indignei com aquela informação.

"Eu...eu acho que é melhor eu me vestir", o professor de Ed.Física gaguejou.

Ele foi se vestir enquanto eu chamei Mia, Stella e Melissa em particular e fui comentar sobre aquilo com elas.

"Vocês viram isso?", inquiri.

"Que o Julian está treinando alguns professores para fazer sexo com as alunas em troca de permanecer no cargo deles?", Mia rebateu. "Eu vi."

"Como se não bastasse o Julian comendo as alunas e subornando a Diretora, agora ele está chantageando os outros professores também?", Stella adicionou.

"Eu posso processar esse professor, se eu quiser.", Melissa cortou.

"Melhor nós não fazermos isso. Nós podemos ficar sem estudo", aconselhei. "Isso é que ferra com tudo, porque aqui nessa academia, os professores tem o poder...e nós alunos, somos coniventes com isso. Digo, a partir do momento que entramos aqui, nós estamos por nossa conta..."

"Ava está certa. Nós não podemos denunciar o Julian, por mais que ele seja um filho da puta.", Mia me apoiou.

"É, nós dependemos dessa academia para podermos conquistar nossas carreiras dos sonhos.", Stella concluiu.

"E o que vamos fazer, então?", Melissa rebateu.

"Vamos deixar isso para lá.  Eu mesma fui para a diretoria por ter pego o Julian comendo uma aluna na biblioteca outro dia enquanto eu estava com a senhora Fontana...", revirei os olhos só de lembrar naquele dia.

"Espera! Então você foi para a diretoria porque você flagrou o Julian com uma aluna?", Melissa me interrogou.

"Não só isso, como também o Julian me condenou por causa do meu caso com a professora de artes, a senhora Lavínia Fontana.", contei para ela.

"Eu falei sobre o caso delas para você, Mel. Lembra?", Stella se voltou para a colega de quarto.

"Ah sim! Eu lembro!", Melissa exclamou. "E você criticou a minha roupa...Eu não imaginei que nós acabaríamos nos conhecendo dessa forma."

"Pois é, e eu nem me apresentei direito. Muito prazer, eu sou Ava Garlant. Eu sou meio que nova aqui nessa academia.", eu retruquei.

"Muito prazer, Melissa Meyers.", ela me cumprimentou. "Mas, você já sabe o meu nome..."

"Pois é...eu estou até sem graça agora...", comentei.

Eu e Melissa gargalhamos.

O sinal para o intervalo tocou.

O professor já havia se vestido e foi saindo de fininho do vestiário, passando por nós sem se despedir.

Nos voltamos de repente para a entrada do vestiário e vimos o professor se retirando.

Os outros alunos também foram se retirando dali até nos deixarem à sós no vestiário.

"Hora do intervalo", Mia comentou.

"Vamos para a cafeteria", Stella nos chamou. "Eu acho que depois teremos uma aula com a senhora Fontana. Depois outro intervalo...e então de tarde será o Carpe Diem.".

"Então, nós só temos Ed. Física e Artes, seguido do Carpe Diem, nas sextas-feiras?" , inquiri.

"Sim, Ava. Sexta é o dia mais de boa da semana na academia. Eles fizeram esse Carpe Diem na sexta, exatamente para nós relaxarmos um pouco, já que de segunda a quinta, nós só temos aulas e mais aulas...", Mia comentou.

"É, eu gosto dessa academia por isso...", Melissa balbuciou.

[...]

Então fomos para a cafeteria, pegamos nossa refeição e nos sentamos em uma mesa vaga.

"Sabe, eu estou curiosa para saber o que a senhora Fontana irá passar hoje.", eu comentei com as meninas.

Mia revirou os olhos como sempre.

"Espero que algo artístico e nada sexual como as "atividades extras" que você anda tendo com ela.", ela rebateu.

"Nossa! Eu agora estou curiosa, que "atividades extras" são essas? Eu também quero atividades extras!", Melissa interveio na conversa.

"A Ava faz sexo com a professora depois da aula...", Stella delatou.

"Stella!", exclamei.

"Sério? E ela é boa mesma nisso? Digo, a professora de artes", Melissa quis saber.

"...", me calei.

"Quem cala consente", Mia me lembrou.

"Uau! Então é por isso que o Julian vem repreendendo o caso de vocês duas?", Melissa exclamou.

"Na verdade, Melissa, o caso é que ele pode comer as alunas porque ele suborna a diretora. Ele transa com ela também e eu e a senhora Fontana não podemos nos relacionar por sermos lésbicas...na verdade, ela é bi, e eu sou a lésbica aqui.", explanei para ela.

"Eu não entendo. Qual é o problema do Julian? Se ele pode transar, nós também podemos. ", Melissa deu o seu parecer.

"O problema, amor, é que nessa escola os professores tem poder e nós não, é por isso. Dai se transamos, ou fazemos qualquer outra coisa, estamos por nossa conta. E se for denunciado, nós é que somos expulsos, ao invés dos professores, caso tenhamos algum envolvimento com algum dos professores, só que para o Julian, está tudo bem, porque a diretora permite que ele coma as alunas dele, e se elas engravidarem dele, o problema é todo delas, não dele...", Stella esclareceu.

"Puta que o pariu!", Melissa praguejou depois de processar aquelas informações todas.

"E é por isso que eu ODEIO o Julian Reeves!", frisei. "Se fosse possível, eu gostaria de ter mais aulas com a senhora Fontana"

"Na verdade, essa academia, é mais focada nas artes, porém, não tem como só ter isso na grade de matérias, nós precisamos aprender também um pouco das outras matérias, geografia, biologia, etc.", Mia rebateu.

"Viu só? Eu estou quase me arrependendo de ter entrado para essa academia...", balbuciei.

"Você se acostuma, Ava. Eu acho...", Melissa tentou me consolar.

"É, o primeiro dia é mesmo um inferno..mas, depois você se acostuma...", Mia rebateu.

"E como que vocês ainda estão aqui, se vocês sabem tanto dessa academia?",  Fiquei curiosa.

"Eu repeti de ano, então...eu entrei nessa montanha russa...", Mia comentou.

"Comigo foi a mesma coisa. Bom, mais ou menos, eu meio que estou nessa mesma montanha russa, porém, eu comecei a namorar a Melissa bem antes de você chegar, Ava.", Stella explanou. "Eu acho que foi isso."

"Eu conhecia a Stella a uns 2 ou 3 anos atrás, eu acho...e ai nós nos apaixonamos e começamos a namorar.", Melissa rebateu.

"É, eu também acho que foi isso.", Stella concluiu.

"Mas está tudo bem, Ava. De verdade, porque eu já fui novata como você quando cheguei aqui.", Melissa me consolou.

"Ok. Obrigada.", agradeci. "Eu realmente gosto de estar aqui."

Então eu senti uma brisa. Logo, tive uma ideia.

"Ei, Mia, Stella, eu acho que eu tive uma ideia", falei para minhas duas BFFs.

"O que você está pensando, Ava?"

"Eu também quero saber!", Stella exclamou.

"Eu estou pensando em um projeto! Que tal tornarmos a Melissa uma Princesa como nós?", sugeri.

"Você está falando, sério? Minha mona, uma Princesa?", Stella ficou chocada.

"Eu AMEI! Eu apoio essa ideia! Ai tu pode dar uma ajudinha no look da Melissa", Mia rebateu.

"Ahn...o que é uma Princesa? É como na Inglaterra?", Melissa parecia não estar familiarizada com o termo criado por mim e pelas garotas.

"É o nosso grupo. Nós nos chamamos de "As Princesas", pois só as garotas de elite como nós, podem entrar.", Stella explicou para a parceira.

"Sim, e eu acho que seria legal se você fosse como nós.", Mia adicionou.

"E o que eu ganho sendo uma princesa?", Melissa quis saber.

"Bom, para você, eu tenho uma oferta especial, vou te ajudar a se vestir melhor se você se juntar a nós. E não só isso, nós vamos estar sempre juntas. Então...o que acha? Você não precisa pagar nenhuma taxa de adesão. É um projeto social, então...não vou cobrar por isso.", falei para ela.

"Mas, tem certeza de que eu não vou chamar atenção com as novas roupas?", Melissa ficou insegura.

"Sim. Se perguntarem, você diz que é modelo da Chanel, Dior, Prada...", sugeri.

"Ok. Eu estou dentro, então.", ela atestou.

"Mesmo?", insisti.

"Sim. Eu quero ser uma princesa como vocês", Melissa afirmou "Afinal, eu namoro uma Princesa, não é mesmo?"

"Sim, e eu quero continuar com você.", Stella declarou.

"Eu te amo, Stella", Melissa declarou.

Stella e Melissa trocaram selinhos.

[...]

Mais tarde, fomos para o corredor, e esperamos a senhora Fontana chegar para entrarmos na sala dela.

Não demorou muito e logo ouvimos os passos dela estalando no chão.

Mas, dessa vez ela estava acompanhada. Uma linda mulher de uns 26 anos, eu acho, cabelos pretos, vestida com um roupão azul royal com uma faixa amarrada na cintura, e calçando salto alto da mesma cor do roupão, caminhava junto com ela.

Quando Lavínia nos viu, ela parou para nos cumprimentar e apresentar a acompanhante.

"Olá, meninas! Essa aqui é a Denise, ela é uma modelo que eu contratei. Eu já falei com a diretora sobre isso, aliás, nós estamos voltando da secretaria. Não é, Denise?", Lavínia comentou.

"Sim, e eu achei a diretora desse colégio muito simpática.", Denise (a modelo), comentou.

"Peraí, então quer dizer que nós vamos ter aula com uma modelo viva?", deduzi.

"Isso mesmo, Ava. Mas, não espalhe, porque era para ser uma surpresa.", Lavínia rebateu.

"Ah, ok, queridona.", repliquei.

"Que demais! Nós nunca tivemos aula de artes com uma modelo vivo antes", Mia comentou.

"As aulas de artes de antes eram tão chatas", Stella revirou os olhos só de lembrar.

"Eu lembro de como era...era só pintar, pintar,pintar...", Melissa comentou.

Assim que o sinal para entrarmos para a sala soou, nós entramos.

[...]

Quando entramos na sala de aula, nós organizamos as carteiras afastando as carteiras, e Lavínia pegou uns cavaletes no armário de artes e os distribuiu entre nós, colocando ao lado de nossas cadeiras, e pegou uma cadeira para Denise.

Nós nos acomodamos em frente aos nossos cavaletes e preparamos nossos lápis e borrachas para desenharmos a modelo.

Lavínia deu a permissão para Denise começar o seu trabalho.

"Pode começar, Denise"

"Obrigada", Denise agradeceu.

Em seguida, Denise foi desamarrando o roupão e depois o tirou e o jogou no chão.  Ela ficou completamente nua diante de nós.

Eu fiquei olhando para ela e não consegui nem me focar em começar a desenhar.  Os seios de Denise era apalpáveis e já estavam com os bicos durinhos.

Ela então se sentou na cadeira e afastou bem as pernas e então colocou as mãos nos seios e tentou se manter naquela posição para que nós a desenhássemos.

Eu respirei fundo e então tentei rascunhar no bloco de papel.

Aquilo era bem complicado. Eu nunca havia feito nada assim antes.

Lavínia então ia passando por cada um de nós para ver como estávamos indo.

E eu começava a rascunhar, mas só saia boneco de palitinho. Eu apagava, desenhava de novo, e outra vez saia o boneco de palitinho.

"Que droga!", exclamei.

A professora que estava no outro canto da sala, veio correndo ao meu chamado.

"O que houve, Ava?", Lavínia me perguntou.

"Eu não estou conseguindo desenhar...só sai bonequinho de palito...", me queixei.

"Calma, Ava. Calma!", ela me tranquilizou. "Relaxa. Respira fundo."

Fechei os olhos e tentei fazer como a professora havia sugerido.

Abri os olhos e tentei rascunhar mais uma vez.

"Quer que eu te ajude?", ela quis saber.

"Quero.", assenti.

Lavínia então ficou ao meu lado, pegou na minha mão e foi tentando me ajudar a rascunhar o desenho.

Nós fomos observando juntas a modelo e tentando desenhá-la.

[...]

Algum tempo depois, o sinal do termino da aula soou.  Denise foi se vestindo com o roupão e Lavínia parou para olhar os nossos desenhos.

Eu fui ouvindo os comentários da professora: "Bom, gostei", "É um começo..", "Esse daqui você precisa melhorar", "Esse precisa treinar mais."

Quando foi a vez das minhas amigas serem avaliadas, os comentários foram: "Eu acho que você está indo bem, Mia. Só treinar mais. Treine em casa.", "Obrigada, professora."

 "Stella, parece que você está pegando o jeito da coisa. Talvez você tenha algum dom para arte que esteja escondido e você não saiba."

"Obrigada, professora. Eu não pretendo desistir. Vou continuar tentando"

"Melissa...o seu desenho está ok. Você já desenhou alguma vez?"

"Sim, mas nada desse tipo, professora."

"Bom, só praticar mais e logo você melhorará."

Quando ela chegou para avaliar o meu trabalho. Ela ficou olhando a minha obra antes de comentar.

Denise foi passando e vendo o trabalho das minhas amigas.

"Eu acho que foi interessante a experiência, mas ao mesmo tempo foi meio complicado", comentei sobre o meu trabalho.

"Relaxa. Não seja tão dura consigo mesma. É a sua primeira vez, então...eu vou te ajudar no que você precisar até você pegar o jeito, Ava. Não se preocupe.", Lavínia falou para mim.

"Eu não sei...você acha que eu tenho algum talento para arte, professora?", inquiri.

Lavínia chegou por trás e colocou suas mãos nos meus ombros e então começou a massagear enquanto falava comigo.

"Eu acho que você tem. Só precisa praticar.", ela comentou enquanto ia massageando os meus ombros.

Logo comecei a sentir que o meu corpo foi relaxando e eu fui ficando mole.

Em seguida, ela aproximou o rosto dela do meu e nossos lábios se tocaram.  Acabamos selando um beijo a partir dai. E então fomos nos beijando.

Depois de algum tempo, nós nos afastamos.

"Você está bem?", ela quis saber.

"Sim, obrigada pela massagem e pelo beijo.", eu a agradeci.

"Disponha.", ela devolveu.

"Hoje temos o Carpe Diem. Você vai nos acompanhar, professora?", quis saber.

"Sim. A diretora já fretou um ônibus para nos levar para o centro da cidade. Ela disse que nós nos reuniremos aqui na classe e depois partiremos.", Lavínia comentou.

"Eu e as garotas estávamos pensando em dar uma passada em alguma livraria no Carpe Diem, para vermos um livro...", lembrei.

"Livro? Livro de quê?", ela quis saber.

"Bom, sobre as mães da Melissa. Ela disse que elas são celebridades famosas...", explanei.

"Interessante. Eu não sei nada sobre isso, mas acho que a diretora deve saber. Só temos que falar com ela. Ela cuida da matrícula dos alunos e tudo mais.", Lavínia retrucou.

[...]

Quando a hora do Carpe Diem chegou, nós nos reunimos na sala de aula com a diretora e alguns professores que iam com a gente, tipo, a professora de artes, o professor de geografia, Arthur Palmer, a professora de Biologia, e os "irmãos históricos", Theodore e Eleanor Roosevelt também.

A diretora explanou que nós iríamos até o centro da cidade, ficaríamos algum tempo lá, e depois às 19:00 nós retornaríamos para a academia. E também nos lembrou de ficarmos perto dos professores que estavam com a gente.

Se quiséssemos alguma coisa, era para falarmos com a diretora ou com os professores.

No caso de livros, a diretora disse que havia uma livraria conveniada com a academia, que fornecia livros para a biblioteca, então se quiséssemos comprar algum livro, era para dizermos para colocar na conta da academia.

Às 16:00, quando o ônibus chegou, nós entramos dentro dele. Eu fui sentar junto com a Mia. Stella e Melissa se sentaram juntas. A professora Lavínia se sentou com o professor de geografia e a professora de Biologia se sentou com os irmãos Roosevelt.

A Diretora fez a contagem de todos as pessoas no ônibus antes de partirmos.

[...]

Algum tempo depois da contagem, a diretora avisou o motorista da presença de todos e nós partimos.

Durante a viagem eu fui conversando com a Mia e as outras meninas.

Eu achei incrível termos um dia para sairmos e relaxarmos. A academia nos deixava muito presos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado^^

Notas:

E a colega de quarto de Stella foi revelada, Melissa Meyers, um dos filhos da minha PP de outra trama minha, Turn The Page, que se encontra aqui no Nyah. Eu coloquei algumas referências ai, mas eu acho que dá pra entender sem ter lido a trama anterior, até porque a única coisa que mudei aqui, foi a genética da Melissa, porque, na trama original, ela, junto com as outras duas irmãs e os outros três irmãos dela (Ela é uma de seis filhos da PP da trama anterior), era trigêmea. Aqui, como é um debut dela pra quem sabe uma futura continuação de Turn The Page, ela não é gêmea, embora ela ainda tenha os outros irmãos. Eu tive que adaptar um pouco a personagem, pra poder debutar aqui. Enfim, se quiser ler a trama anterior, vou deixar o link aqui:
https://.com.br/historia/697491/Turn_The_Page/

Melissa foi nomeada por uma das mães, Alicia Meyers, a PP de TTP, em homenagem a uma personagem brasileira que fez parte da vida dela. Na verdade, todos o sexteto foi nomeado a partir de pessoas importantes na vida de Alicia Meyers.

Eu tinha planos de fazer uma continuação de Turn The Page, e até postei aqui uma vez, mas não deu muito certo. Eu não consegui levar a trama adiante, mas eu não desisti de trabalhar com TTP ainda, então resolvi por algumas referências a essa trama nesse capítulo.

A Ava parece ter ficado um pouco parecida com a Cher de As Patricinhas de Beverly Hills, mas isso não é nenhuma novidade, já que a Ava foi inspirada na Cher mesmo. Eu não queria que ela fosse como a Regina George de Meninas Malvadas, apesar de que parte da trama foi inspirada nesse outro filme de colegial.

Bom, é isso. Até a próxima postagem!

Stormy McKnight



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