(In) Justice escrita por Kia Araujo, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 1
Dos Fatos


Notas iniciais do capítulo

Bbs, faz muito tempo que não me dedico a escrever uma fanfic. Fiz com muito muito carinho para minha amiga secreta, Sol, então espero que gostem. Começa lento mas juro que melhora. No mais, a fanfic é uma ideia que eu gostei muito e que, com sorte, eu me dedique realmente a escrever uma long fic sobre essa ideia. Por hora, espero mesmo que vcs gostem. S2



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“Eis um pequeno fato sobre a justiça: ela meio que não existe. Não fiquem deprimidos, isso nem é algo ruim.” Rose sempre repetia isso para quem quisesse ouvir. Era justificável. Afinal, ser advogada penalista era mesmo uma tarefa ingrata: perca a causa e você foi o responsável por jogar alguém em Azkaban. Ganhe e você deixou um marginal a solta.

Mas, hei, não entenda mal a protagonista. Ela escolheu a profissão dela e gostava disso. É importante, afinal, defender a justiça. Ela viu como a justiça era uma máquina terrível de condenações e crueldades se não fosse balanceada. Azkaban costumava ser um local de tortura com aqueles dementadores asquerosos.

Então, como em qualquer peça processual que se preze, deixe eu te contar os fatos antes de mais nada. Pode parecer chato, eu sei que todo mundo quer um ship nesse natal, mas a gente chega lá, juro.

Agora, como eu dizia, os fatos. Rose Weasley foi a primeira da família a entrar na Sonserina desde… sempre. Seu primo Alvo também entrou na casa polêmica e eles sempre se apoiaram. Até pouco depois de se formar. Foi quando as coisas saíram do controle. Foi nessa época que alguns jovens idiotas resolveram ressuscitar os ideais de Voldemort. O trio de ouro respondeu de forma muito agressiva. Sua mãe, a Ministra da Magia deu a ordem, e os Aurores Potter e Weasley ficaram felizes em cumprir a missão. Começara a caça às bruxas.

O problema todo dessa história era esse: o departamento de aurores, liderados pelos seus familiares, estavam massacrando qualquer um que fosse remotamente suspeito. Jogavam pessoas de 20 anos para morrer em Azkaban por bobagens. Ou até mesmo por nada.

E isso deixou Rose fora de si. Ela ser uma sonserina nunca impediu ela de querer, de sonhar com a construção de um mundo cada vez melhor. Seguir com o legado da família. E era a própria família que virou uma máquina autocrática de punir sem julgamentos justos. Então ela tomou a única decisão possível: tornou-se a advogada de defesa de todos os maiores acusados do Reino Unido. Não porque ela desacreditava na punição, mas porque ela não aceitava que as pessoas fossem julgadas sem todas as defesas que equilibrassem os poderes.

Mas infelizmente sua família não aceitou bem sua decisão. Seu pai a expulsou de casa. Sua mãe apenas virou o rosto. Seus primos e irmão nem deram conversa. Fora marcada como uma bruxa das trevas apoiando bruxos das trevas. Sua família e boa parte da sociedade bruxa virou-lhe as costas. Rose Weasley seguia sozinha para fazer o que acreditava.

As coisas só pioraram quando o alvo da fúria do departamento de aurores recaiu sobre o jovem médico Scorpius Malfoy. Auror Weasley, movido pela rivalidade familiar que alimentava, acusou o puro sangue de associação com as artes das trevas por ele, em um hospital, ter salvado a vida de um comensal.  

Rose foi contratada para defender o antigo colega de turma. Tinham um relacionamento estranho, mas ela sabia que o rapaz era inocente e faria de tudo para defende-lo. Qualquer auror razoável não prosseguiria com o processo: havia testemunhas, provas e o caralho a quatro, mas Ronald Weasley nunca para.

Aquilo tinha sido um golpe duro na Toca. Os Weasleys e os Potter achavam que Rose estava, oficialmente, se colocando junto do lado negro da magia. Quer dizer, os membros da nova geração, quase de forma unânime, achavam que Malfoy era inocente e que se Rose estava o defendendo isso significava que ela talvez estivesse falando a verdade afinal.

— Mãe, pelo amor de Merlim. Você precisa fazer o tio Rony falar com a Rose. O Scorpius é meu amigo, eu sei que ele é um homem bom e honesto. Se a Rose está defendendo ele, então ela não pode estar envolvida com nada de ruim.

— Não diga bobagens, Alvo. Aquelazinha sempre foi esquisita. Uma sonserina. Uma Weasley sonserina. É óbvio que ela tá ajudando os amiguinhos comensais dela.

— Cale a boca James. Eu sou um sonserino e não sou um bruxo das trevas. Rabicho por outro lado era um grifinório e foi um dos piores comensais.

— Nem venha com essa. Você é um lixo igual a eles. Faz sentido defender aqueles dois comensais.

— James! Ela é sua prima. E Alvo, seu irmão. Respeite-os!

— Mãe, eu espero sinceramente que meu pai e tio Rony joguem esses sonserinos malditos na cadeia. Que morram em Azkaban.

— JAMES POTTER!

Essa era uma briga recorrente na família. Hugo defendia a irmã, para desgosto do pai e da mãe. Lilian e Alvo estavam sempre trocando azarações com James que insistia em ofender a prima. Rose não fazia ideia do caos que o caso Malfoy tinha gerado na toca. Alvo era amigo do seu cliente mas, ainda que o primo tentasse falar com ela, a ruiva ainda era uma Weasley e, logo, tinha cabeça quente se recusando a conversar.

O caso Malfoy também era uma reviravolta para ela. Fazia tempo que não o via e ela já tinha esquecido do efeito que aquele nerd tinha nela. Era irritante e sexy? Não, ela não admitiria isso, Ronald a mataria. Não que isso importasse agora.Mas o Dr. Malfoy era seu cliente e nada mais que isso. Certo?

— Malfoy, eu acho que o senhor ainda não entendeu a gravidade da sua situação.  

— Posso saber porque a doutora acha isso? - falou com um desdém interessado.

— Porque falta uma semana para o processo que pode resultar em uma vida inteira beijando dementadores e você chegou atrasado. - Ela se aproximou dele, agressivamente

— Eu sou médico. Me atrasei porque estava salvando uma vida.

Se deram conta do quão próximos estavam. Havia aquela faísca no ar, aquela coisa meio clichê de fanfic trouxa, vocês sabem como é. E é claro que resultou em um beijo. Ele a prensava contra a parede, ela passava a mão em seus cabelos loiros. Parecia que estavam esperando isso a anos. Ela, então, empurrou o abdome forte do rapaz, afastando-o, ofegante:

— Não se atrase dia 24, Malfoy. Eu estou falando muito sério. Não se atrase. - E então saiu, andando firme, deixando um médico meio sem saber o que aconteceu ou o que ele fez de errado.


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