Tell me

Why do you have to go and make things so complicated?

Uma coisa era clara, ela não tinha chances. Não sozinha. Foi quando chamou a armadura de fogo, contra aquela criatura horrenda, o colar brilhava com intensidade, ela se sentiu uma sailor moon quando a armadura brilhou e apareceu sobre o corpo dela.

O bom de controlar o ar, era que podia espalhar fogo o quanto quisesse, mas não foi o bastante. Aquele ser, lhe lançou um jato de pura energia e ela sentiu a energia ser drenada da armadura, e a mesma desaparecer.

Porra. Ela pensou. Ele absorvia magia?

— Filha de Zeus. Esse é o seu fim. Você é o que preciso.

— Hoje não, seu projeto de naja. Me quer, vai ter que pegar. — Ela puxou ambas as espadas, ele deveria ter o tamanho de um colosso, geralmente essa era a hora que deveria falar e ganhar tempo para pensar em algo.

Mas esse monstro não era burro. Estava aqui com o único objetivo. Vir atrás dela. Se ele queria ele que viesse. Ele não controlava apenas energia, parecia quase algo além dos poderes dela.

Ela voou para longe, e lógico, a coisa voava também. Ela parou no ar, estendeu a espada para cima  chamou o raio e lançou direto na face dele redirecionando no ar.

Serviu para para-lo por alguns segundos, tempo suficiente para que ela usasse o ar a seu favor, e quebrasse a mascara dele num golpe das espadas gêmeas. Ela notou tarde demais, que ele absorvera o poder do raio também. Agora uma face horrorosa aparecia em sua face, os olhos brilhando em azul.

Ao contrario do que ela esperava, o monstro riu, e ela sentiu o peso no ar a levar direto para o teto de um telhado com força, sentiu que quebrou uma costela naquilo.

Não tinha adiantado. Se um raio daquele porte o parou só por alguns segundos estava condenada.

De repente, ela soube, iria morrer. Ela definitivamente iria morrer. Para aquela criatura serpente, que parecia uma mistura de gorgona com minotauro, saído da caixa de pandora.

Não. Ela se recusava. Se recusava a morrer ali, daquele jeito. Se recusava a acreditar que isso aconteceria.

— Celine! — Ela ouviu a voz de Dário atrás de si, ele a ajudou a levantar devagar, e levou ambos para se esconder entre os prédios entre os portais de sombra.

— Dário... — Ela falou mais baixo. Não tinha jeito. Tinha que usar aquilo. — Aquele monstro, é forte demais.

— Claro que é! Você ta tentando se matar para ele? Pirou de vez?

— ... Ele ta atrás de mim, por sabe-se lá que motivo. Raiva do meu pai. Ou... Qualquer merda assim.

— Eu sei, a gente mata esse merdinha num piscar de olhos.

— Não. Não matamos. Você sabe disso. Eu sei disso. Eu tenho... Tenho que superar o poder dele. Eu sei como fazer isso, mas... Você precisa estar longe daqui.

— Celine, que merda você vai fazer?

— Meu pai biológico tem que servir para alguma merda uma vez na vida. E você... Vai embora. Vai para o acampamento. Eu te encontro lá.

Ele a olhou e reconheceu a mentira ali. Antes que ele tivesse tempo para dizer mais alguma coisa ela o puxou e finalmente selou os lábios no dele.

— Cai fora daqui. — Ela o empurrou para longe depois e voltou a voar.

Dessa vez ele obedeceu e entrou no portal de sombras.