Complicated escrita por NathyYellow


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Bora entrar no clima? Coloca a musica e vai lendo ♥

https://www.youtube.com/watch?v=5NPBIwQyPWE



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Chill out, what you're yelling for?

Lay back, it's all been done before

And if you could only let it be, you would see

I like you the way you are

When we're driving in your car

And you're talking to me one on one, but you've become…

Ela estava no telhado como de costume, olhava para as estrelas do céu, identificando algumas das constelações que havia aprendido com Truce, era um costume que tinha aprendido ao longo do tempo e que a relaxava, principalmente, ela estava tão acostumada a não dormir mais de quatro horas por noite, que estar num local daquele lhe era totalmente estranho, um local seguro, parecia quase uma piada.

Ela saiu voando pelo acampamento, ainda era de madrugada, foi vendo os chalés que tinha visitado. Não que houvesse feito as pazes com o pai divino ainda, para ela, ainda era um total babaca, mas ao menos o irmão não era tão idiota como pensava, nem um total perfeitinho, apesar de ainda zoa-lo por isso, era legal ter um irmão de sangue, ela passou e fez uma careta para o chalé de Hera e de Afrodite, parecia que as desavenças do passado delas se resolvia quando resolviam fuder a sua vida amorosa, ela deixou para lá e passou por cada um, até parar em Hades.

Hades. Esse sim, apesar da Disney passar a impressão que ele era um total cuzão e Hera uma mãe amorosa, ele sim nunca tinha feito nada para ela, cuidava lá do seu submundo, Perséfone não ia atormentar os filhos bastardos dele — Até onde sabia pelo menos — Não tinha nada contra ele, apesar de ter quase morrido no Submundo desde a ultima missão, mas detalhes, não era exatamente culpa do deus.

Poderes da filha dos céus no submundo gastavam o dobro de energia, e tinha aprendido isso quase desmaiando durante algumas lutas, não era legal estar tão longe do céu. Ela parou ali no telhado, sem se dar conta do vidro escuro que deixava ver que ela estava ali, estava pensando. Ela achava um milagre terem saído vivos dali, porque raio sempre tinha que se intrometer? Ela pensava em Helana sozinha ali, sozinha não, mas simplesmente não confiava em deixa-la numa missão sem alguém que ela conhecesse, filhos de Hades tinham tão boa reputação quanto os de Ares.

Era porque não conhecia Dário, e visto as Erínias que enfrentaram, o seu instinto estava correto em ir junto, ele tinha ficado sem os poderes, ela se lembrava de exatamente da expressão que ele fazia quando encarava as fúrias, da forma como ele até a zoou sobre estar mentindo, mas também se lembrava da forma que ele tinha a salvado. Ele era realmente complicado de se entender.

— Olha só, uma invasora no meu teto. Sorte a sua que eu to de bom humor hoje, se não você ia levar um baita tombo. — Celine quase caiu no susto, porque ele tinha a mania de brotar do meio do nada, malditas sombras.

— Se tentasse você que ia tombar ou tomar uma surra minha. — Ela falava se recuperando do susto inicial. — Afinal, otaquinho merece apanhar, né?

— Você não ganharia de mim nem se eu deixasse ou estivesse sem poderes. — Ele dizia com convicção só dele, mas se sentava ao lado da garota. — Mas sério cê não devia ta dormindo não?

— Olha quem fala. Ta acordado também.

— Eu não costumo dormir, gosto da madrugada, sabe as sombras e tudo a mais, coisa de filho de Hades. — Ela sentiu a pequena ironia de quando eles se apresentaram na fogueira.

— Ah ta bom... Além de otaquinho é o edgy das sombras eu me esqueci disso. — Ela deu um sorriso atrevido a ele que respondeu com uma careta.

— Otaquinha é você, além de otaquinha fica por ai, se fazendo de pobre quando tem mo grana.

— Eu não tenho merda nenhuma. Já disse que o celular foi um presente de natal.

— Presente que você comprou para você mesma. Burguesinha safada.

— Por que diabos eu ainda falo com você? — Ela perguntou embora estivesse com uma cara séria estava rindo no fundo.

— Porque bem no fundinho você não consegue viver sem mim. Desculpa “Cê”, eu to fora da pista para relacionamentos. — Ele piscou um olho para ela, o que a fez rir de verdade.

— Ai que bonitinho, além de edgy, é iludido. — Ela deu um sorriso piscando de volta. E então olhou para frente — Eu me acostumei a dormir pouco, sabe, você reparou, monstros no enlaço o tempo inteiro, a gente se acostuma com essas merdas.

— Ah, tá explicado porque você age tanto sem pensar, né? Tipo o Naruto mesmo.

— Olha aqui, eu penso tá? O problema é que eu não posso me esconder na sombrinha e fugir ou pensar num plano antes deles virem atrás de mim.

— E isso envolve o fato de você ter entregado o plano para as fúrias? E eu não fujo, é uma retirada estratégica para poder pensar, coisa que você não faz!

—... Era uma negociação! Eu estava tentando negociar! E eu já disse que eu penso!

— É o Naruto sem Discurso no Jutsu, tcs tcs.

Ela deu um soquinho do ombro dele, não era para doer, o que o fez rir mais da cara dela.

Ortiba. — Ela xingou em espanhol só para ver a cara confusa dele.

— Olha se tiver me chamando de mentiroso ou algo do tipo...

— Não, mentiroso ou algo do tipo é chamueyro ou frouxo que é cagón eu to te chamando é de cuzão mesmo.

— Você invade o meu telhado e ainda tem coragem de me xingar? É muita audácia mesmo.

— Vai fazer o que, Sasuke? — Ela se virou para ele com um claro tom provocativo. — Vai me expulsar? Sabe que sou a protagonista do anime. Eu me fodo, mas sempre ganho no final.

   Ele a olhou de forma séria, como se estivesse realmente bravo, Celine sentiu tarde demais uma sombra agarrar a cintura dela e se a puxar para fora do telhado, a pendurando ali.

   — Isso. Isso que vou fazer. O que estava dizendo mesmo?

 Ele respondia com um sorriso convencido no rosto, Celine o encarava seriamente, ela levantou a mão, e fez o vento mais forte tirar as telhas do telhado onde ele estava sentado, fazendo-o escorregar e perder a concentração, ela voou de volta assim que isso ocorreu, segurando a mão dele para não cair, e agora ela que o levou para o ar só para rir da cara dele.

 — Parece que o jogo virou não é mesmo, Sasuke-kun? — Ela zoou com ele antes de sentir a sombra agarrar novamente a cintura dela, junto com o sorriso convencido dele.

 — Parece que virou mesmo. — Ele sorriu se erguendo. — E agora?

— Eu posso ainda te eletrocutar.

— Eu posso te perfurar. — Ela sentiu uma pontinha da sombra, sem machucar, ela deu um leve choquezinho na mão dele em resposta.

 —... Acho que é um empate.

  — Empate nenhum. Eu ganhei. Perfuração ganha de choque.

 — Ganha nada. Eu ganhei, aceita que dói menos. — Ela falou o encarando dali de cima, ele pareceu se irritar ou algo assim, pois usou da própria sombra para usar de apoio no ombro de Celine, levantar e ficar da altura dela, mesmo que a mesma não ousasse tirar a mão do pulso dele ainda, ela segurou no outro braço dele para evitar que fugisse.

— Eu tenho sombras enroladas em você, eu podia te matar agora se quisesse. — Ele falava sem perder aquele maldito sorriso convencido, mas por dentro, Celine podia dizer que ele ria mentalmente.

— Eu podia te eletrocutar até a morte. E sair viva. Se me matar, é uma queda de 3 metros direto para o chão.

 — Eu posso fazer um portal e cair na minha cama.

 — Não se estiver zonzo de ter levado um choque. — Ela falava sem perder o sorriso do rosto enquanto o encarava, não ligava que ele estivesse na mesma altura que a dela, não desviava o olhar dele nem por um segundo.

  Ele aproximou o rosto só para olha-la mais de perto, era claro o tom provocativo no olhar dele.

— Aposto que ta adorando ficar agarrada assim comigo não é? Arranjando desculpas para ficar pertinho de mim. Tcs tcs, Cê, você é mesmo uma princesinha, ta até querendo um príncipe. — Ele dizia com o tom todo insinuativo, ela não sabia se estava irritada ou sem graça por ele estar perto demais. Optou pelo irritada.

 — Vai se foder, Dário! Eu não sou uma princesinha e quer que eu te solte e caia no chão? Ou vai usar as sombras de desculpa para o fato que está me agarrando sem as mãos?  

 — É porque se eu te soltar eu posso cair não é? Vai que decide parar de me agarrar em pleno o ar? — Ele não tirava aquele maldito olhar convencido da face.

 Celine achou melhor descer devagar para o telhado novamente, de propósito na ponta dele, e o soltou devagar, com um sorriso no rosto.

  — Tire suas sombras de mim agora. Foi empate.

  — Não foi não, eu que ganhei, mas sei porque não admite isso. Fazer o que? Vou te deixar acreditar nisso, “Cê”.

 Ela o encarou como se ele tivesse falado a maior merda do mundo. Mas só revirou os olhos em seguida.

 — Insuportável, boa noite, Dário. Vê se não cai viu. — Ela ia seguir, mas foi parada pelas sombras que ainda ele não tinha tirado. — Caham, vai demorar aqui, ou vou ter que te dar um choque?

 Ele a olhou um segundo e mexeu a mão sorrindo ainda.

 — Boa noite, “princesa”. — Ele não esperou ela xingar antes de entrar nas sombras e sair de lá.

 — Hijo de puta. — Ela xingou baixo antes de sair voando de volta para o quarto, sabia que Truce  não dormia cedo, e geralmente ficava nos campos até se cansar.

 Ela ficou rolando na cama repassando na cabeça aquela discussão, Dário a irritava de maneiras estratosféricas, era quase como se ele fizesse de propósito. Talvez fosse essa a rivalidade que diziam existir entre os filhos dos três grandes, mas Jason se dava bem com Percy e Nico, ela podia considerar Dário um primo na verdade, mas não pensaria naquilo, porque pensar em parentescos divinos dava dor de cabeça, como diriam as filhas de Afrodite, se não for do mesmo pai estava valendo.

   Mas porque raio ela pensava naquilo? Foda-se aquele maldito edgy das sombras, mas mesmo que ela negasse com todas as forças, ela até que gostava das brigas com ele, era como se fosse arrastada para aquilo, e não de uma forma ruim. Ela realmente gostava daquelas malditas brigas, a fazia rir no final, mais do que a irritava.


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