In Vino Veritas escrita por JosiAne


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tive a ideia após uma conversa com a meninas do grupo sobre como seria a partida da Robin e uma possível aproximação de Connor e Sarah ( estamos na torcida para que percebam como esses dois tem uma química incrível ).

Boa leitura.



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Ele a vê seguir em direção à área restrita aos funcionários, distraída em uma conversa com o seu mentor substituto. Ele começa a seguir o par, precisa falar com ela, desde o início do turno que vem tentando encontrá-la a sós, mas nenhuma oportunidade é concedida.

Ela separa-se do psiquiatra mais velho e entra na sala de descanso, ele entra logo em seguida.

Ela está de costas para a porta, servindo-se de uma xícara de café, não nota ou não se importa com quem entrou na sala e continua de costas.

— Reese. – ele chama, parando no meio da sala. Ela se vira imediatamente.

— Doutor Rhodes. – cumprimenta-o antes de beber um gole da bebida quente.

— Robin tem entrado em contato com você nos últimos dias? – ele é direto, a ansiedade por querer saber o que está acontecendo com sua namorada, ex-namorada, ele corrige-se, não dando espaço para agir com prudência. Ele precisa entender o que se passa com ela, o que a levou a desaparecer deixando apenas um bilhete de uma linha. Sarah é sua melhor aposta de uma explicação.

— Não vejo doutora Charles a mais de uma semana. – ela diz aproximando-se, parando há um pouco mais de dois pés dele – Aconteceu alguma coisa? Ela tem demonstrado algum retrocesso? – indaga ligeiramente preocupada.

— Eu pensei que você poderia me dizer, talvez ela tenha demonstrado alguma mudança em seu último encontro?

— Agora que você mencionou – ela arqueia a sobrancelha relembrando-se da última conversa que tivera com Robin Charles –, sim notei algumas mudanças, mas não dei atenção na hora, creditei a disfunção cognitiva pós-operatória, não é comum a alguém jovem, mas pode ocorrer como bem sabe. – morde o lábio inferior, pensativa, não se dando conta da ação – Ela estava agitada, com falta de concentração... Você notou algo parecido?

— Eh... – ele pondera o quanto deve falar – Mais que isso, na verdade, ela foi embora.

— Oh! – Sarah o olha, compassiva – Eu sinto muito Con-doutor Rhodes. – ela atrapalha-se e involuntariamente toca o braço dele.

Ele olha para a mão dela e em seguida para o rosto, fitando-a intensamente, a primeira vez que ele nota a proximidade, estão tão perto que ele é capaz de ver pequenos pontos de sardas em suas bochechas. Como ele nunca havia reparado nelas antes? Ela o solta rapidamente, constrangida com o gesto.

— Eu achei que você poderia me ajudar a entender o que aconteceu, ela não deu muita explicação. – ele explica magoado.

— Eu sinto não poder ajudar doutor Rhodes, qualquer que tenha sido a motivação dela, não creio que seja apenas reflexos de sua atual condição. – ele meneia a cabeça em concordância, seus olhos nunca deixando os delas.

A porta atrás dele é aberta, ele inclina ligeiramente a cabeça e desvia o olhar tentando ver quem entrara, rapidamente ele retorna o olhar a Sarah. Will, Noah e April estão em uma conversa baixa e não prestam atenção aos dois.

— Obrigado por me ouvir. – ele fala alto o suficiente para chamar a atenção dos novos ocupantes da sala.

— Disponha. – é tudo o que ela consegue dizer, a intensidade com que ele a olha a deixando desconfortável.

— Eu te vejo por aí. – ele abaixa a cabeça em cumprimento e começa a se retirar, mas para ao ouvir um arranhar de garganta.

Os dois irmãos e o ruivo estão a olhar entre um e outro, ele arqueia a sobrancelha, confuso.

— Sabem o que dizem sobre a tradição... – Will começa e aponta para o alto, ele olha na direção que o colega indica e se depara com o visco que ele não fazia ideia estar ali.

— Gratidão, amor eterno... – Noah completa e olha para Sarah que parece chocada com o objeto em questão. Eles se olham e em seguida para os colegas que esperam ansiosos.

— Vamos lá doutores – April diz sorridente – é apenas tradição.

Ele volta a aproximar-se de Sarah, pega a mão dela e sem desviar o olhar do dela ele a leva aos lábios e a beija de forma terna. Não, ele não iria beijá-la, tradição ou não. Ele acabou de ser abandonado pela namorada, ele está desesperado para encontrá-la, por uma explicação, seria ilógico ele beijar outra nesse momento. Ele olha para os colegas silenciosamente desafiando-os a dizerem alguma coisa depois em mais um cumprimento de cabeça para Sarah e sem mais palavras se vai.

~.~

Dias haviam se passado e ele já havia desistido de ter qualquer informação sobre Robin, nem mesmo o pai dela ele havia encontrado. Não tendo alternativa tudo o que ele pode fazer é esperar.

Caminhando pelo estacionamento ele avista Sarah, ela parece preocupada olhando para a roda esquerda dianteira do carro e as mãos na cintura, olhando para a mão dela ele não pode deixar de lembrar-se o quão macia ela parecia sob seus lábios. Ele não tinha antes dado qualquer atenção ao fato, mas agora a olhando mais de perto, impossível não lembrar-se do toque suave em seu braço e do conforto que ele sentiu com o gesto.

Ele aproxima-se dela e percebe qual o problema, o pneu está murcho e ela provavelmente está pensando na melhor maneira de resolver o problema.

— Vai uma ajuda aí Reese? – ela pula com o susto e estreita os olhos ao encará-lo.

— Ah, é apenas um pneu murcho, vou chamar o guincho.

— O guincho? – pergunta, surpreso – Deixe que eu troco. – oferece num impulso como forma de compensá-la pela ajuda anterior.

— Você? – ela parece descrente e ele fecha a cara com a falta de crédito dela.

— Ora, já troquei muitos pneus de carro na minha vida. – ele se despe da jaqueta e empurra-a para os braços de Sarah – Segure-a para mim. – em seguida dobra as mangas da camisa – Preciso da chave de rodas, o macaco e o estepe.

— Hum, certo, o estepe é fácil, mas essa chave aí e o tal macaco... – ela diz pensativa tentando recordar das aulas de direção que teve, ela lembra vagamente de seu instrutor falar sobre manutenção de carro e afins.

— Eles geralmente estão atrás do banco traseiro do carro Sarah. – explica pacientemente e abre a porta para pegar os objetos.

Ele passa os próximos quarenta e cinco minutos sentado no concreto duro do estacionamento, apesar do tempo agradável ele começa a suar pelo esforço de desapertar e soltar as porcas, trocar o pneu e fazer todo o processo inverso e apesar do trabalho ele consegue evitar manchas desagradáveis em suas vestes.

— Obrigada, eu poderia dizer que não precisava, mas estaria mentindo. – ela é sincera e ele sorrir. Ele gosta dessa nova Sarah, com mais atitude, disposta a defender seus ideais, ele nota que quase não há mais nada daquela menina perdida e cheia de medos.

— Que bom que lhe fui útil. – ela assente e agradece novamente.

Antes que ela possa entrar no carro ele a para, segurando-a pelo braço – Foi um dia exaustivo, que tal relaxar um pouco com uma bebida? – convida por que de repente ele não quer voltar para o apartamento vazio, passar mais uma noite solitária lamentando-se pela partida de Robin.

— Claro, por que não?

~.~

Eles entram no Miller’s Pub lado a lado, como esperado o lugar está cheio, encontrando uma mesa vazia no canto próximo ao bar ele a conduz com uma mão em suas costas. Não muito tempo depois de sentarem o garçom aparece para atendê-los.

— Uma taça do seu Melort mais envelhecido, por favor. – ela responde após levantar os olhos da carta de bebidas e como o garçom, espera por Connor para fazer seu pedido.

— Apenas uma cerveja.

Após a saída do garçom, eles entram num silêncio constrangedor e ele começa a se perguntar se foi uma boa ideia chamar Sarah para beber, eles nunca foram próximos, seu maior contato foi ou em decorrência de algum atendimento na emergência quando ela ainda era aluna, ou quando ele acompanhou Robin, sempre de forma profissional. Para quebrar o silêncio e o desconforto dela ele a provoca sobre a bebida escolhida.

— Vinho hem! – um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

— Não tenho tanta resistência para bebidas mais fortes e cerveja não é o tipo de bebida que eu aprecio.

— Tá brincando, você não sabe o que está perdendo, posso te garantir, o sabor intenso e amargo da cerveja proporciona uma das melhores formas de obter prazer. – ele diz animado e ela abre e fecha a boca ligeiramente com suas últimas palavras – Cerveja é vida. – ele conclui não tendo se dado conta das próprias palavras.

— Então temos aqui um sommelier de cervejas. – ela brinca e ele ri envergonhado.

— Apenas um apreciador. – diz dando de ombros.

— É bonito o local – ela diz olhando ao redor – não conhecia aqui, bem – ela retoma o olhar a ele – não é como se eu conhecesse muitos pontos da cidade.

— Compreendo que na nossa profissão é difícil ter uma vida social, mas você precisa se soltar mais Reese, precisa relaxar, sair com seus amigos, você é jovem e não deve esperar pelo melhor momento, por que ele nunca chega.

— Eu sei, mas de certa forma ainda é tudo tão novo para mim, e leva tempo para conciliar a vida profissional com a pessoal, às vezes temos que abrir mão de umas coisas para benefício de outras.

— Eu já fui assim como você Reese – ele inclina-se sobre a mesa aproximando-se dela – por um tempo eu achei que era passageiro, que logo eu conseguiria conciliar tudo, mas depois... – ele para quando o garçom chega e ele tem que se afastar para dar espaço para as bebidas – Depois eu percebi que estava deixando a vida passar, e por quê? – diz fitando-a por cima do copo de cerveja – Sim, está perfeita. – elogia a bebida fazendo Sarah rir enquanto aproveita da própria bebida.

Os minutos seguintes passam com eles conversando amenidades com uma facilidade que ele acha incrível. Ele percebe que por trás da mulher séria e aparentemente retraída encontra-se uma garota cheia de sonhos e altas perspectivas para o futuro, que é gentil e sorridente. O sorriso mais puro que ele já viu. Ele fica tão envolvido na conversa que não percebe as horas passarem e nem que em momento algum daquela noite ele pensa ou toca no nome de Robin e duas horas depois eles estão tão animados que ele deixou a cerveja para acompanhar Sarah no vinho e ela mais animada que o habitual, após a terceira taça, sente-se desinibida, gargalhando com facilidade e de forma contagiante, e quanto mais ele presta atenção nela, nas bochechas rubras, os olhos castanhos brilhantes e os lábios róseos chamam-lhe mais atenção do que lhe era permitido.

Na caminhada para a saída do pub novamente ele a conduz com uma mão em suas costas, o corpo tão próximo ao dela que ele pode sentir o cheiro do perfume dela que se sobrepõe ao cheiro de álcool que permeia o ar do local deixando-o momentaneamente entorpecido e ele não é capaz de ver ou sentir nada mais ao seu redor que não os fios cacheados presos no coque habitual que ela usa e o calor que emana da pele dela por baixo da camisa.

Ele a conduz até o carro que está ao lado do dele, e ele começa a sentir-se desanimado por perceber que a noite para eles está se encerrando e que seguirão caminhos contrários, assim ele permanece o mais próximo possível, depois de tantos dias solitários, ele não quer se afastar tão rápido. Em meio ao turbilhão de pensamentos e sentimentos confusos, a perda da namorada, a aproximação repentina, mas bem vida de Sarah, ele é pego de surpresa quando ela ao virar-se, acabam por esbarrarem-se e para evitar a queda ele a segura pela cintura apoiando-se com a outra mão no carro dela.

Por segundos incontáveis permanecem na mesma posição, sua mente grita para que ele se afaste, que se desculpe e corra para casa antes que faça algo que se arrependa, mas seu corpo, seu coração partido que implora para ser reparado diz o contrário. O corpo esguio e feminino colado ao seu, a boca entreaberta próxima a sua e a profundidade com que ela o olha é o suficiente para que ele não ouça a razão e a beije. É apenas um roçar de lábios inicialmente, num beijo que se aprofunda ao sentir a textura macia da boca dela. A combinação do sabor doce do vinho com o amargor da cerveja e o próprio sabor dela o faz desejar nunca parar de beijá-la. Enquanto com uma das mãos ele força o aperto em sua cintura outra entra em seus cabelos desfazendo o coque perdendo-se entre os fios. Ela abre os lábios com a língua e ele sente-se ir ao céu, todo pensamento coerente sendo esquecido até que a necessidade por ar os faz afastarem-se, ele abre os olhos e nota o aumento na tonalidade de sua pele corada.

— Desculpe.

— Desculpe. – falam ao mesmo tempo e ele afasta-se.

— Sarah, eu sin...

— Tudo bem, não precisa se explicar – ela abaixa a cabeça e começa a brincar com a chave do carro, desconfortavelmente – nós bebemos além da conta e estamos numa situação vulnerável. – volta a encará-lo e sorrir. Ele fica desconcertado.

— Isso.

— É melhor eu ir. – ela diz forçando indiferença e ele dá um passo para trás.

Ela vira-se para entrar no carro, mas o movimento rápido a faz perder o equilíbrio, com agilidade ele a segura pela cintura.

— Tudo bem? – sussurra ao ouvido dela. Ela confirma com menear de cabeça embaraçada.

— É melhor eu pegar um táxi, o vinho fez mais efeito que o esperado.

— Certo. – diz ainda num sussurro e afasta-se.

Eles seguem até a via principal a espera de que apareça um táxi, não mais que dez minutos depois ela vê um e acena freneticamente. Ele a olha de esguelha percebendo-a ansiosa para afastar-se dele.

— Obrigada pela noite doutor Rhodes. – diz na porta do carro, sem olhar para ele.

— Sarah, espere. – a segura pela mão – Se cuida. – beija a palma da mão dela, ela assente e parte.

Após a partida de Sarah, ele permanece por minutos no mesmo lugar, fitando o nada e tentando não se sentir culpado.

~.~

Nos dias que se seguem ele não a vê mais, mesmo quando ele tenta encontrá-la. No fundo ele sabe que ela está o evitando, fugindo dele como Robin fez. Robin, ele ainda espera por ela, por uma explicação, mas sua mente cada dia mais a deixa em um canto qualquer, o lugar antes ocupado exclusivamente por ela, sendo cedido a Sarah. O beijo compartilhado sempre vindo à tona e ele ainda é capaz de sentir os lábios dela nos seus. Ele tenta vê-la, falar com ela, ter certeza que esse sentimento de afeto que cresceu nos últimos dias é real e não apenas fragmento da solidão.

Agora ele tem a chance de ao menos vê-la de longe, após passarem o dia da virada de ano novo de plantão – sim ele tinha checado o horário dela – todos aqueles que não puderam comemorar como devido estavam convidados para um jantar na casa de miss Goodwin dois dias após o primeiro dia do ano.

Cumprimentando Natalie e Will, ele a vê, conversando com Ethan e April, ela está bonita, não, ela está linda em um macacão preto, com decote em v e cinto de amarrar, seu primeiro pensamento é de ir até ela e dizer o quanto está linda e como sentiu falta de falar com ela, mas freia os pensamentos, não querendo ser rápido demais. Ele cumprimenta os demais colegas, tomando o maior tempo possível, tentando não parecer ansioso ou olhar demais em sua direção e quando percebe o grupo em que ela se encontra é o único com o qual ele não falou.

— Boa noite, Ethan. – cumprimenta Ethan com um aceno de cabeça.

— Connor. – Ethan devolve o cumprimento com o mesmo gesto.

— April. – a beija no rosto, tudo para ter uma desculpa de beijar Sarah também.

— Olá doutor Rhodes.

— Sarah. – ele inspira profundamente ao aproxima-se dela e a beijar no canto da boca.

— Boa noite doutor Rhodes.

— Estão lindas meninas. – elogia detendo o olhar em Sarah.

— Ah, mas você também está bonitão, hem. – April brinca olhando-o de cima a baixo fazendo com que Ethan arqueie a sobrancelha.

— Connor ganha elogio e eu não? – indaga fingindo indignação.

— É claro que ganha – April põe os braços por sobre os ombros dele em um abraço frouxo – meu soldado bonitão. – dá-lhe um selinho.

Os minutos seguintes eles passam conversando sobre quaisquer coisas que não fosse ligada ao trabalho, eles passam tempo demais no hospital para quando estiverem fora continuarem com suas mentes nos procedimentos médicos. Ele mantem-se ao lado de Sarah aproveitando qualquer oportunidade para tocá-la, ela não o repele, mas também não cede as suas investidas, em momento algum ela dirige a palavra diretamente a ele. Durante o jantar não é diferente e ele começa a pensar que precisa fazer uma abordagem direta, ele sabe que ela não é indiferente, está apenas refletindo suas ações, ele fez a idiotice de insinuar que não queria tê-la beijado e ela só quer evitar uma nova rejeição dele.

Por muito tempo durante e após o jantar, ele é retido por um monólogo superficial de doutor Abrams, mas sua atenção está sempre nela.

— Desculpe doutor Abrams – ele para o homem no meio de seu conto sobre uma das muitas cirurgias de emergência dele quando a vê seguir sozinha para a cozinha – preciso ir ao banheiro. – mente e a segue. Ele ainda ouve quando o outro médico diz que aquele não é o caminho para o banheiro.

Depois de não encontrá-la na cozinha ele segue para a área externa da casa, a encontra encostada a um pilar que serve de base para a cobertura do pequeno jardim. Ele aproxima-se em silêncio não querendo assustá-la.

— Estava me perguntando quanto tempo mais levaria para me encontrar. – ela diz sem desviar o olhar das orquídeas a sua frente.

— Como voc...

— Como eu sabia que iria me seguir? – completa virando-se, ficando frente a frente com ele – Eu não sou cega doutor Rhodes, notei a forma como me olhou a noite toda.

— Você está fugindo de mim. – afirma, seu olhar pedindo uma explicação.

— Eu não sou estepe – assegura, ele abre a boca para retrucar, mas ela o para – o senhor acabou de sair de um relacionamento, cheio de altos e baixos, por acaso, foi repentinamente e sem motivos, rejeitado, é normal que esteja confuso e querendo concertar o que se quebrou aí dentro. – ela aponta para o peito dele – Mas não sou eu quem vai fazer esse papel.

— Eu não quero fazê-la de substituta, se é isso que pensa. – chega a um passo dela – Sim, eu fui rejeitado, sim, eu sof... Eu estou sofrendo, não como há semanas atrás, mas ainda amargo a dor de ser deixado sem explicação alguma, sim, até uma semana atrás eu não a via como mulher, apenas como colega de profissão, mas conhecer você Sarah – a prende no lugar segurando de cada lado do pilar –, estar próximo a você, sentir sua pele... – toca o rosto dela contornando a boca com o polegar.

— Connor. – murmura em advertência.

— Shiii, me deixa terminar. – fala com intensidade e ela engole a seco – Nós não precisamos nos apressar em nada, vamos nos conhecer, ter encontros... Eu quero. Você quer, por que não? Que me diz Sarah? – inquire, a mão que a tocava o rosto circundando o pescoço de forma lasciva.

Ele é contemplado com um beijo como resposta. Diferente do primeiro beijo, este é intenso, sedento e cheio de saudade, saudade que ele não se deixou admitir sentir até beijá-la novamente. Cessando o beijo vagarosamente, ele a abraça, apertando-a contra si, não querendo soltá-la.

— Eu prometo que não vou te pressionar. – fala próximo ao ouvido dela – Mas também não vou deixa-la escapar. – afirma e ambos riem antes de iniciar outro beijo.

 


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Notas finais do capítulo

Eu não sei por que, mas adoro escrever sobre o ponto de vista do Connor, espero que vocês também curtam.



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