PDV Marisol on

–Eu te amarei para sempre meu raio do sol!-Matheus me abraçou.

–Eu também Matt!-Falei, ele me olhou e nós nos beijamos

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–HAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA...-Me joguei da cama gritando, é uma puta sacanagem ter um sonho...quero dizer...pesadelo desse tipo, mas que merda.

–O que ta acontecendo aqui?- Perguntou meu pai que tinha entrado no quarto, logo atrás dele tava minha mãe, a pentelha, a Isa burrinha e a causa da minha revolta, o retardado!

–ACHO QUE EU VOU VOMITAR, ACHO QUE EU VOU VOMITAR!!!- Sai correndo na direção do banheiro e enfiei o sabonete na minha boca.

–TÁ FICANDO DOIDA MENINA? COSPE ISSO!-Falou a pentelha, ela veio e deu um soco nas minha costa, cuspi o sabonete que voou e bateu na cara do meu pai.

–Foi mal!-Falei.

–Cara, tem bolha de sabão saindo da tua boca!- Falou o retardado.

Enchi a boca de água e cuspi, do que aquela porcaria é feita? O cheiro pode até ser bom mas o gosto não é um dos melhores.

–Afinal, por que essa loucura toda? -Perguntou o velho limpando o rosto com um lencinho que ele tirou do bolso da camisa social dele.

–EU SONHEI QUE TAVA BEIJANDO O...UM CACHORRO!-O que de certo ponto não é mentira, olhei rápido pro carrapato, ele arregalou os olhos e depois apertou os lábios pra não rir. Ai que ótimo agora ele sabe com quem eu sonhei...merda, mais um vacilo!

–Filha...foi só um sonho, não era preciso tudo isso!-Falou a velha.

–É verdade e eu garanto que esse cachorro beija muito bem!-Todos olharam pro carrapato.

–O que foi que eu disse?-Revirei os olhos

–CALA BOCA IDIOTA!-Ele piscou pra mim, fala sério. Mandei dedo pra ele e sai do banheiro voltando pro quarto.

–Tudo bem, eu vou sair, daqui a pouco estou de volta pra levar vocês para o acampamento!Já vi que aqui não aconteceu nada demais.-Falou o velho.

–Como assim levar a gente?-Perguntou a pentelha.

–É, como assim?-Repeti a pergunta.

–É claro que eu não vou deixar vocês irem no ônibus da escola, sempre tem bebida e tarados!

–Poxa, mas isso que é legal!-Todo mundo olhou pra pentelha, que menininha safada!

–Meu Deus, minha irmã é uma taradinha! -Falei rindo sem acreditar no que ela tinha acabado de falar.

–Eu quis dizer as bebidas sua merda!-Ela saiu do meu quarto emburrada. Pude ouvi os suspiros do velho.

–Tchau!-Falou e saiu do quarto, a velha saiu atrás dele. O vagabundo ficou me olhando.

–Que é?

–Pra que ficar só nos sonhos se podemos fazer isso agora?-Ele começou a se aproximar de mim.

–Mais um passo, e eu jogo você pela janela!

–Como?-Ele se aproximou mais.

–Retardado, me deixa em paz!

– O que eu falei sobre seu comportamento?

–Quer que eu me comporte? Tá bom!- Comecei a empurrar o idiota até a porta do meu quarto.

–Vai embora porrinha!-Bati a porta na cara dele.

–Um ponto a menos pra você!-Gritou do corredor.

–Fala com minha mão!

–EU SEI QUE VOCÊ TÁ OUVINDO!-Berrou.

–Lálálálálálálálálálá...

–CALA A BOCA, EU SEI QUE VOCÊ TÁ ME OUVINDO MARISOL!

–Lálálálálálálálálálálá...-Cantarolei mais alto, o menino abriu a porta do quarto e me tacou um beijo.

–CALA A BOCA EU SEI QUE VOCÊ TA ME OUVINDO!-Gritou na minha cara.

–LÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁLÁ...-Gritei na cara dele.

–HAAAAAAAA...-Ele saiu batendo a porta, esfreguei minha boca na cocha de cama, nojento!Depois só eu que tenho problemas nessa casa.Olhei o relógio na mesinha, eram 07:15, fui tomar um banho,depois do dia da praça, fazia de tudo pra não encontrar com ele pela casa, mas tava difícil então desisti, a gente não estava se falando direito e o pessoal ficou perguntando o que tava acontecendo. Mas pro meu azar o tempo de ficar sem falar com o outro parece que acabou.

Terminei o banho, me vesti e depois desci pra tomar café, cheguei na cozinha e pude ouvir o pessoal na piscina.Peguei meu cereal, o leite, coloquei tudo em uma tigela e comecei a comer, não sei porque mas comecei a contar quantas bolotinhas de cereal tinha na minha tigela.

–1, 2, 3...25, 26, ai, volta aqui bolinha filha da mãe, queres que eu te bata?!Em em?-Falei apontando pro pequeno cereal.

–Quando eu penso que já vi todas as suas anormalidades você vem com mais!-Falou o idiota indo na direção da geladeira, pegou uma caixinha de suco e começou a beber.

–Cala a boca!

–Tá falando comigo ou com a tigela agora?

–Aghr!-Peguei uma laranja que tava encima da mesa e joguei na direção dele, o merda desviou.

–Tô ficando bom em desviar os milhares de objetos que você joga em mim!-Ignorei ele e voltei a comer o meu café da manhã. Ele se sentou do meu lado.

–Por que você as vezes faz de conta que não me escuta?

–Porque eu não perco meu tempo ouvindo coisas de pessoas insignificantes como você!

–Sabe como se chama isso?-Perguntou risonho.

–Realidade?

–Não!

–O que então?-Perguntei começando a rir.

–A-M-O-R!-Me deu um rápido beijo na bochecha e se levantou.

–Ai garoto, para de falar merda!

–Vai dizer que é minha mentira, eu sei que na verdade atrás desse ódio todo você me ama!

–Nem se acha!-Revirei os olhos.

–Isso é a pura verdade, a não ser que você prove o contrário, se não...eu vou continuar apostando nisso!

–Pois você vai ficar falido!-Falei sarcástica.

–Acho que não!-Falou voltando pra piscina.

–EU TE ODEIO!-Gritei

–EU SEI DISSO, EU TAMBÉM TE ODEIO!-Gritou de volta.

–Idiota!-Falei baixinho, mas não conseguia entender por que do sorriso idiota nos meus lábios.