Sou chamada de filha prodígio, tiro as melhores notas da sala.Recebi vários prêmios por ser aluna revelação, meus pais me presenteiam com tudo que peço, não me negam nada. Eu me acho bonita, mas não é só isso, muitas pessoas dizem que pareço uma verdadeira boneca.Os garotos, alguns correm atrás de mim, pensam que vão conseguir algo só por serem mais um rostinho bonito, mas meu coração já tem dono, André...meu melhor amigo, minha vontade é de chegar e falar tudo que eu guardo dentro de mim mas tenho medo, vai que ele se afasta de mim.... Não sei!

Normalmente meu dia é bem corrido, estudo, faço aulas de dança e aos fins de semana faço trabalho comunitário.

Senti um empurrão, só podia ser aquela praga da minha irmã.

–EI PORRA! ESSA HISTÓRIA NÃO E MINHA?CAI FORA FEDELHA! - Gritou.

É claro que essa não sou eu, preferia morrer do que ter uma vida triste dessa.

–Triste é o cassete!-Disse Duda com raiva se levantando do chão e arrumando seu vestidinho cheio de frufru.

Essa coisa é a minha irmã caçula de 15 anos, já mandei ela parar de babar por aquela experiência de laboratório mau feita.Mas ela não me escuta!

Garotas apaixonadas são burras, surdas, cegas e mudas , hoje pelo que notei, a maioria dos garotos não querem nada além de uma noite de sexo e fazer certas garotas de otárias, não passam de bichos nojentos!

Prazer, meu nome é Marisol, tenho 18 anos, curso o ultimo ano do ensino médio, comecei um ano atrasada, por isso sou a mais velha da minha turminha de malucos. Os mais íntimos me chamam de Sol, eu sei, ridículo né? Mas o que eu posso fazer? Já faz muito tempo que o ser desprezível inventou esse apelido e naquele tempo a única coisa que eu sabia fazer era chorar e fazer xixi na fralda.

No colégio sou conhecida como a garota terror, nem imagino porque, sou uma santinha! Não tenho culpa se falo tudo na cara, sem medo do que pode acontecer ou do que vão falar de mim e não suporto perguntas idiotas.

As pessoas não conseguem ver o obvio?

A detenção é a minha segunda casa.

Uma pequena amostra do que já tive que passar.

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–Senhorita Lacoste, é isso mesmo que eu estou vendo? A senhorita está escutando música no meio da aula e ainda por cima cantando?

–Não! Tô rezando pro pai de santo.

A sala toda começou a rir.

–Para a detenção agora mesmo!- Disse o velhote tendo um piripac.

– O QUE? Que injusto, logo agora que minha parte favorita começou? - Comecei a cantar pra todo mundo ouvir.

–SAIA!- Gritou o velhote quase tendo um derrame.

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Querem outro exemplo? Tá ok!

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A aula de matemática tava um saco.

Peguei a folha do caderno da garota que tava do meu lado e arranquei e depois peguei meu lápis encima da carteira.

–Ei, você tá louca? - Me olhou indiguinada, fiz um jesto obsceno pra ela.

Comecei a desenhar aquele professor, primeiro o cabeção, depois aquele par de orelhas gigantes e por ultimo aqueles olhos de etê.

–Senhorita Lacoste, esse por acaso sou eu?- Perguntou o senhor Orelhas Gigantes.

–Owm, o senhor gostou professor? Pensei que não ia ficar parecido, mas toma. - Entreguei a folha na mão dele. - Coloca numa moldura bem bonita e deixa na sala, vai espantar qualquer visita!

A sala quase morreu de tanto rir.

–Levante-se!- Falou o cabeçudo.- Espero que já saiba para onde dever ir.

Fiquei olhando pra cara dele como se realmente não fazia ideia do que ele estava falando.

–DETENÇÃO!-Falou furioso.

– Cabeça de bola de basquete!-Pensei alto demais.

–Do que você me chamou?

É, FUDEU!Pensa rápido Sol.

–Do que o que?-Enrrolei.

–O que você disse alguns segundos atrás?

–Eu? Nada, jamais falaria algo do meu professorzinho querido!

–OK, saia! -Mandou o maluco.

–Otário!- Falei quando estava perto da porta fechando em seguida. Deu pra ouvir ele gritar.

–EU OUVI ISSO SENHORITA LACOSTE!

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Acredito que só não fui expulsa desse colégio porque meus pais tem , digamos... Um alto poder aquisitivo.

Agora me digam...

Eu, capeta? Imagina!