Armadilhas do Destino escrita por Uchiha Sakura
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoaas!
Bom o capítulo que postei ontem foi bem curtinho, ne?
Resolvi postar mais um. A história está praticamente quase terminada, mas vou postar a medida que surgirem comentários, pois quero saber o que estão achando, porque vem muito drama pela frente.
Vi que algumas pessoas leram, mas não disseram nada :'(
Comenteeem, quero saber o que estão achando se devo, ou não, continuar postando.
Beijinhoos e boa leitura. Espero que gostem
O plantão de Sakura no hospital acabara tarde. Era madrugada quando a moça com longos cabelos róseos, presos a um rabo de cavalo alto, deixava o hospital de Konoha. Exausta! Estava ansiosa para chegar em casa, reparar o sono sereno de sua filha e se deitar. Se sentia culpada por ter deixado Sarada sozinha, mas ela e sua mãe haviam se desentendido e sabia que Sarada podia se cuidar. Mas a menina era preciosa demais para ela, ligava de tempos em tempos do hospital para saber se ela estava bem, para lhe desejar boa noite ou obriga-la a comer direito e realizar sua higiene pessoal.
Já faziam quase 2 anos desde que Sasuke partira da última vez em busca de novas pistas sobre o clã Ōtsutsuki. Sarada finalmente havia revisto o pai e não imaginava que ele iria embora e demoraria tanto para voltar. Perguntava por ele sempre e o coração apreensivo de Sakura doía ao explicar várias vezes o quão necessário era que seu amado viajasse, mesmo quando a própria Sakura não queria entender.
A ausência de Sasuke machucava. Não apenas por ter que cuidar sozinha de sua filha, mas por não tê-lo ao seu lado. Por não poder fitar aqueles olhos enigmáticos que tanto a desconcertavam todos os dias, como em sua viagem romântica. Ou sentir seu rosto queimar a cada aproximação que o moreno fazia, perceber o sorriso que ele apenas entregava à ela, ou até mesmo sentir as batidas frenéticas do seu coração quando seus corpos nus se entrelaçavam.
Sakura trajava uma saia preta e blusa vermelha. O jaleco branco costumeiro do hospital cobria seu corpo. Perdida em pensamentos foi obrigada a voltar a realidade devido ao vento gelado que tocava sua pele a fazendo tremer. Na tentativa de amenizar o frio apertou seus braços contra si aumentando o ritmo de seus passos. Seus olhos voltados para o chão não perceberam a pessoa que vinha a frente. Distraída ela se esbarrou em alguém, fazendo seu corpo chocar-se contra o chão.
— Sakura-chan! Você está bem? – Seus olhos voltaram para o alto e sua mão tocou a do amigo que a ajudara a levantar – O que está fazendo sozinha por aqui esta hora da noite?
— Naruto! Seu baka, você me assustou. – Suas mãos ajeitavam a roupa amassada em seu corpo – Eu estava de plantão no hospital... Mas e você? Trabalhando até agora? – Perguntou demonstrando um semblante triste enquanto seus braços voltaram a cruzar-se em volta do seu corpo. Sakura preocupava com Naruto, pois sabia que ele trabalhava demais.
A relação dos dois nunca mais foi a mesma depois que ele se casara e havia piorado quando seu posto de Hokage foi assumido. Ela sentia sua falta, e isso era evidente.
— Está com frio? – Naruto perguntava preocupado enquanto retirava seu casaco e o entregava para ela. – Sabe que não é seguro andar sozinha por aí assim, mesmo que seja você..
— Sabe que sei me cuidar – Relutante, pegara o casaco da mão dele – Mas e você?
— Não se preocupe comigo... Não estou com frio. Venha, vou te acompanhar até sua casa. – Fez um sinal com a cabeça para que ela o acompanhasse, suas mãos agora repousavam nos bolsos de sua calça.
— Naruto, eu estou bem. Já é tarde, pode ir.
— Sakura – respirou fundo – Jamais te deixaria sozinha a essa hora. Konoha tem tido alguns casos de assalto e vandalismo de madrugada, que estou tentando identificar. Além do mais, prometi para o Sasuke que eu cuidaria de você – Seus olhos fitavam o chão. – Por favor, prometa ser cuidadosa.
— Acho que vocês esquecem quem eu sou. – disse irritada – Sei me cuidar - disse enrolando-se ao casaco do amigo.
Naruto dera os primeiros passos fazendo sinal que ela o acompanhasse. Caminharam lado a lado em silêncio. Ambos desgostosos com a situação. A poucos metros da casa da família Uchiha, Sakura pergunta.
— Quando foi que acabamos assim, Naruto? – seu semblante triste transparecia o sentimento que existia em seu coração. Naruto era necessário em sua vida, fazia falta, muita falta. – Sinto que estamos mais distantes que eu estou de Sasuke. – Continuou cabisbaixa.
— Sakura-chan... me perdoe. Preciso ir, conversamos depois. – Seus olhos não encontraram os dela em nenhum momento naquela noite. Os olhos dela exigiam uma explicação, sem sucesso. Partiu assim que ela adentrou sua casa, o que ele não viu é que olhos verdes o observavam através do vidro da janela. Olhos que esbanjavam uma mistura de preocupação, tristeza e saudade.
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O vento forte levantava as cortinas do quarto de Sakura. Vestígios da claridade do início do dia adentravam o cômodo. Sakura estava deitada em sua cama mirando o teto. Seus olhos estavam pesados, não conseguiu dormir. Em sua cabeça tudo estava errado. Pensava no curto diálogo que teve com Naruto e se sentia preocupada. A admiração que ela tinha por ele era inquestionável. Gostaria que eles estivessem próximos como antes, como sempre estiveram. Ela necessitava do apoio que só o loiro poderia oferecer, aquele olhar sincero lhe dizendo que tudo ficaria bem e o polegar estendido em confirmação.
Queria saber como ele estava, o que estava achando de ser Hokage, de administrar a vila que sempre sonhara, assim como seu amado pai. Não lembrava de um diálogo longo com o rapaz a um bom tempo. Sempre cheios de trabalho e responsabilidades, em meio de plantões, deveres com a vila e famílias acabaram se perdendo, se esquecendo? Pouco provável – pensou.
Levantou e seguiu para o banheiro. Seu rosto cansado relaxaria com um banho quente, enquanto a banheira enchia despia-se com desanimo. Ficou ali por alguns minutos, uma hora talvez, talvez pois acordou assustada constatando que havia cochilado. A água sempre a relaxava, lavava aquilo que a fazia mal, adormecia seus pensamentos agitados.
O turno de Sakura começaria à tarde, assim como no dia anterior. Sarada sairia em missão naquele dia, mal podia acreditar que sua pequena estava tão independente. Preocupava demasiado com a menina, sabia o que o mundo lá fora reservava e seu coração ficava na mão ao imaginar sua filha por aí, enfrentando ninjas mal-intencionados. Sarada era seu tesouro, não havia nada mais especial para ela. Não podia imaginar nada ferindo-a.
— Por favor, seja cuidadosa – Sakura a abraçava tão forte, que era difícil para Sarada respirar.
— Mamãe... Sua força – Disse com dificuldade.
— Oh, me perdôe! – Sakura estava agachada, seus olhos preocupados fitavam os orbes ônix da menina. Como era parecida com Sasuke, pensou. Mas o brilho que possuía nos olhos pertencia à ela. Depositou suas mãos nos ombros de Sarada com cuidado – Prometa que será cuidadosa. – implorou.
— Eu te amo mamãe, fique tranquila. Sou sua filha, sabe que sei me defender. – Ela virou o rosto e fitou o chão – também sou filha do papai... – torceu os lábios enquanto fazia uma pausa – carrego o sangue Uchiha. Estarei salva.
— Eu te amo! – Sakura dizia enquanto aconchegava Sarada em um abraço carinhoso. Não deixando de notar a tristeza da filha ao lembrar do pai, o que a deixou ainda mais desanimada.
— Sarada! Vamos? - Boruto aparecera na porta aberta da residência Uchiha, um tanto empolgado - Olá Sra. Haruno!
— Senhora quem? Eu ainda estou jovem Boruto – Dizia Sakura emburrada pelo comentário. – As crianças despediram deixando uma Sakura entristecida para trás.
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Sarada havia partido a pouco. Eu terminava de lavar as louças do nosso almoço quando fui interrompida por batidas na porta. Enxuguei minhas mãos no avental enquanto seguia em direção a entrada da casa.
Ino estava parada segurando uma maletinha nas mãos e esbanjando um sorriso enorme no rosto, nunca havia visto tanta felicidade nela quanto recentemente.
— Testuda – disse enquanto retirava seus sapatos para entrar em casa – Estava com saudade!
— Você me viu ontem à noite no hospital, porquinha.
— Bem, fiquei preocupada com você voltando tão tarde da noite. Sei que você é uma ogra, mas ainda assim fico apreensiva. – Revirei os olhos com o comentário dela e continuei.
— Eu encontrei com Naruto no caminho... Ele me trouxe até aqui. – Suspirei enquanto me jogava em minha cama, acompanhada de Ino.
— Humm.. Naruto hein? – Seus olhos procuravam algo dentro dos meus – Vocês estão bem?
— Está tudo um pouco estranho. Quase não nos falamos, ele anda distante... Na realidade eu estou muito preocupada. Pensei em conversar com a Hinata sobre.
— Hinata? – perguntou indignada enquanto arqueava uma de suas sobrancelhas – Porque não vai você, pessoalmente? Você não é mulher de recadinhos, sempre disse tudo o que queria. E quem está preocupada no meio disso tudo sou eu! Pensa que não reparo estes seus olhos repletos de bolsas? Porque tem chorado?
— São muitas perguntas ao mesmo tempo – respondi confusa e desanimada. Ino estava certa, eu mesma deveria conversar com Naruto, afinal era ele o amigo, por mais que eu e Hinata conversássemos as vezes, não éramos próximas. – Bem, você sabe, Sarada sempre me pergunta do pai e ele não tem enviado notícias... – fechei os olhos enquanto falava, na tentativa de afastar os pensamentos ruins. – As vezes não sei como agir, tenho me sentido sozinha. – Ameacei chorar novamente quando Ino me abraçou. Ela era meu porto seguro, desde sempre, uma irmã que nunca tive. Sabia que poderia contar com ela para todos os momentos e era recíproco.
— É só isso mesmo Sakura? – Perguntou enquanto me libertava do abraço, agora fitando meus olhos. Sua voz que antes era animada, emitia preocupação – Sabe que eu estou aqui com você. Sasuke não deu vestígios que voltaria? – Balancei a cabeça em negação como resposta – Portanto já sabemos o que fazer. Você vai no escritório de Naruto perguntar por ele e de quebra vocês dois conversam, o que acha?
— Sabe que já tentei várias vezes, nunca me deixam entrar! A resposta que sempre recebo é: “O Hokage não pode receber visitas no momento Sakura-sama.” Estou começando a interpretar que ele não quer falar comigo.
— Aquele idiota! Só porque agora é o Hokage ignora seus amigos? Tente novamente, procure o Shikamaru por lá, com certeza ele te dará um empurrãozinho. Caso contrário você quebra aquela porta e bate nele como nos velhos tempos o obrigando a conversar com você. – Enquanto falava, Ino esbanjava um sorriso malicioso de canto de boca – Se precisar, eu ajudo! – Sorrimos com o comentário e começamos a relembrar do passado, de tudo que já passamos para chegar até aqui. Passamos horas conversando e rindo sobre histórias antigas o que aliviou minha tristeza. A nostalgia tomava conta do ambiente, a tempos não fazíamos isso tirar um momento para nós duas. Nossos assuntos ultimamente eram sempre filhos, trabalho ou maridos. Eu entristecida e ela comentando sobre os devaneios sexuais entre ela e Sai.
O tempo voou naquela tarde assustei quando me dei conta que era hora de irmos para o hospital. Rapidamente tomei banho enquanto Ino pegava a maleta que trouxera e se trocava. Abri o armário em busca de uma roupa e me deparei com o casaco que Naruto me emprestara noite passada. O perfume que exalava dele podia ser sentido de longe, sorri ao exalar a fragrância amadeirada. Decidi que tentaria conversar com ele no dia seguinte.
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Aguardo ansiosa pelos comentários de vocês.
Dependendo do feedback, posto mais.
Beijoos