Unguarded, In Silence — Reimagined New Moon escrita por Azrael Araújo


Capítulo 18
Sixteen




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— Me perdoe por ter te xingado. — ela se desculpou.

— Me desculpe por ter te chamado de assassina.

Riley riu como se um grande peso tivesse sido tirado dos seus ombros. Minhas sobrancelhas, porém, se estreitaram de ansiedade.

— Mas eu ainda não entendo. O que está acontecendo na floresta? Os mochileiros desaparecendo, todo esse sangue?

O rosto dela ficou sério, preocupada na mesma hora.

— Nós estamos tentando fazer o nosso trabalho, Bella.

— Protegê-los, é, mas do quê? Há mesmo um urso lá?

— Querida, nós só protegemos as pessoas de uma coisa...

Eu a encarei com uma expressão vazia até que lentamente eu entendi. Então o sangue foi drenado do meu rosto com o choque.

— Puta merda.

Ela deu de ombros.

— Eu pensei que você, entre todas as pessoas, entenderia o que está acontecendo.

— Laurent — eu cochichei — Ele ainda está aqui.

Riley piscou duas vezes, e deixou sua cabeça cair pro lado de uma forma que me lembrava um filhote curioso.

— Quem é Laurent?

Eu tentei dissolver o caos na minha cabeça pra poder responder.

— Você sabe, aquele que você viu na floresta e o impediu de me matar...

— Oh, a sanguessuga de cabelo preto? — ela sorriu, um sorriso apertado e largo — Esse era o nome dele?

Eu tremi.

— Caramba, no que você estava pensando? — sussurrei — Ele podia ter te matado!

Outra risada me interrompeu.

— Bella, um vampiro só não é problema pra um bando grande como o nosso. Foi tão fácil, quase nem foi divertido!

— O que exatamente foi tão fácil?

— Matar o parasita que queria matar você. Espere, você não contabiliza isso como assassinato, não é? — ela adicionou rapidamente — Vampiros não contam como pessoas.

Eu só consegui mexer os lábios.

— Está me dizendo que você... Matou... Laurent?.

Puta merda.

Riley balançou a cabeça.

— Bem, eu diria que foi um esforço de equipe.

— Então Laurent está morto? — eu cochichei.

A expressão dela mudou.

— Oh cara, você não está aborrecida com isso, está? Ele meio que ia matar você.

— Não, eu... Não estou aborrecida. — eu tinha que me sentar. Dei um passo pra trás até que senti o salgueiro nos meus calcanhares, e então sentei nele. — Laurent está morto. Ele não virá atrás de mim.

Ou de Charlie, completei.

Eu olhei pra Riley que parecia confusa como o inferno e só senti a mais pura e genuína gratidão.

— Eu estou... Tão aliviada. Pensei que ele fosse me encontrar, sabe, estive esperando por ele todas as noites, só rezando pra que ele me encontrasse e deixasse Charlie em paz. Eu estava tão assustada, Riley... Mas como? Ele era um vampiro! Como você matou ele? Ele era tão forte, tão duro, como o mármore...

Me interrompi enquanto sentia meus olhos ficando úmidos.

Ela se sentou perto de mim e colocou um braço no meu ombro me confortando.

— É pra isso que somos feitos, Bella. Nós somos fortes também. Eu queria que você tivesse me dito que estava com tanto medo, cara.

— Você não estava exatamente por perto. — eu murmurei, perdida em pensamentos.

— Oh, certo. Essa doeu.

— Espere, Riley, segura aí. Pensei que você soubesse. Na noite passada você disse que não era seguro estar no meu quarto. Eu pensei que você soubesse que um vampiro podia estar vindo. Não era sobre isso que você estava falando?

Ea pareceu confusa por um minuto, e então abaixou a cabeça.

— Não, não era isso.

— Então porque você pensava que não seria seguro estar lá?

Ela olhou pra mim com olhos cheios de culpa e chutou uma pedra.

— Há mais de uma razão pela qual eu não devia me aproximar de você, Bella. Eu não podia te contar o nosso segredo, pra começar, mas a outra parte é que não era seguro pra você. Se eu fico zangada demais... Você pode se machucar.

Eu pensei nisso cuidadosamente.

— Você estava brava antes... Quando gritei com você. Você, sabe, estava tremendo.

— É — o rosto dela caiu — Aquilo foi bem estúpido da minha parte. Eu tenho que aprender a me segurar melhor. Jurei que não ia ficar irritada, não importava o que você me dissesse. Mas... Eu comecei a ficar aborrecida demais porque ia perder você... Porque você não conseguia lidar com o que eu sou.

— O que aconteceria se você ficasse muito zangada? — sussurrei.

— Eu ia me transformar. — ela sussurrou de volta.

— Achei que precisasse da lua cheia e etc.

Ela virou os olhos.

— É, bem, a versão de Hollywood não é muito verdadeira. — suspirou, séria de novo — Você não precisa ficar tão estressada, Bells. Nós vamos cuidar disso. E vamos manter os olhos especialmente em Charlie e nos outros, não vamos deixar nada acontecer com eles. Confie em mim.

Havia algo muito, muito óbvio, extremamente óbvio que eu devia ter reparado na hora, mas estava tão distraída com a ideia de Riley e seus amigos brigando com Laurent que eu deixei passar na hora.

Isso me ocorreu agora, quando Riley usou o tempo presente de novo.

Nós vamos cuidar disso.

— Laurent está morto. — eu congelei.

— Bella? — Riley perguntou ansiosamente, tocando a minha bochecha.

— Se Laurent morreu... Uma semana atrás... Então outra pessoa está matando agora.

Riley acenou com a cabeça, seus dentes trincados, e ela falou por entre eles.

— Haviam dois deles. Nós achamos que o parceiro dele ia querer lutar com a gente. Tipo, nas nossas histórias, eles geralmente ficam fora de si quando matam os parceiros deles, mas aquele cara só fica correndo da gente, e depois volta de novo. Se nós pudéssemos descobrir o que ele está procurando, seria muito mais fácil de rastreá-lo. Ele fica escapando pelas beiradas, como se estivesse testando as nossas defesas, procurando por um jeito de entrar, mas entrar onde? Onde é que ele quer ir? Sam acha que ele está tentando nos separar pra ter uma chance melhor...

A voz de Riley foi sumindo até que ficou parecendo que ela estava falando de dentro de um túnel — eu não conseguia mais individualizar as palavras. Minha testa grudava com o suor e o meu estômago girava como se eu estivesse grávida. Me virei pra longe dela rapidamente, e me inclinei no tronco da árvore. Meu corpo estava sofrendo convulsões com suspiros inúteis, meu estômago vazio se contraía com uma náusea aterrorizante, apesar de não haver nada nele pra botar pra fora.

James estava aqui. Procurando por mim. Matando estranhos na floresta.

A floresta onde Charlie estava procurando...

Minha cabeça revirou loucamente.

Puta merda.

As mãos de Riley agarraram meus ombros me impedindo de rolar nas rochas e cair de cara no meu pseudo vômito. Eu podia sentir o hálito quente dela na minha bochecha.

— Bella! Qual é o problema?

— James — eu asfixiei assim que consegui juntar ar suficiente entre os meus espasmos de náusea. Senti Riley me levantar e tirar o cabelo molhado de suor do meu rosto.

— Quem? — Riley perguntou. — Você consegue me ouvir, Bella? Bella?

— Ele não era parceiro de Laurent. Eles só eram velhos amigos...

— Você precisa de água? De um médico? Diabo, me diga o que fazer. — ela pediu, frenética.

— Eu não estou doente, estou assustada —  expliquei num sussurro. A palavra assustada não parecia explicar direito.

Riley deu uns tapinhas nas minhas costas.

— Com medo desse James?

Eu balancei a cabeça, tremendo.

— James é o macho de cabelo loiro? — tremi de novo e me arrepiei.

— Sim.

— Como é que você sabe disso?

— Laurent me disse que James era o parceiro de Victória — eu automaticamente flexionei a mão com a cicatriz.

Ela segurou meu rosto, segurando firmemente na sua mão grande e me olhou atentamente nos olhos.

— Ele te disse mais alguma coisa, Bella? Isso é importante. Você sabe o que esse parasita quer?

— É claro — eu cochichei — Ele quer a mim. — Os olhos dela se arregalaram, e depois se estreitaram.

— Porque? — ela quis saber.

— Edythe matou Victória, a parceira de James. — sussurrei. Riley estava me segurando tão apertado que que doía — Ele realmente ficou... Louco. Mas Laurent disse que ele achava que era mais justo matar a mim do que a Edythe. Parceiro por parceiro.

Riley ficou distraída com isso, o rosto dividido entre várias expressões.

— Foi isso que aconteceu?

Algo como um rosnado — não um rosnado de verdade, só um som humano que se aproximava disso — estrondou no peito de Riley próximo do meu ouvido.

— Se aquele bebedor de sangue idiota é honestamente estúpido o suficiente... — Riley hesitou, e então balançou a cabeça uma vez — Isso é importante — ela disse de novo, seu rosto era todo negócios agora — Isso é exatamente o que precisamos saber. Nós precisamos contar pro outros imediatamente.

Ela se levantou, me colocando de pé e manteve as duas mãos na minha cintura até que tivesse certeza de que eu não ia cair.

— Eu estou bem — eu menti.

Riley ficou segurando a minha cintura com uma das mãos.

— Vamos lá. — e me levou em direção ao Tracker

— Pra onde estamos indo? — eu perguntei.

— Eu vou convocar uma reunião. Ei, espere aqui só um minuto, está bem? — ela me colocou no lado do Tracker e soltou minha mão.

— Onde você tá indo?

— Eu volto logo — ela prometeu. Depois se virou e correu pelo estacionamento, atravessou a rua, e entrou na floresta.

— Riley! — eu gritei atrás dea com a voz rouca, mas ela já tinha desaparecido.

Não era um bom momento pra ser deixada sozinha. Segundos depois que Riley saiu de vista, eu estava hiperventilando. Me arrastei pra dentro do Tracker, e coloquei as travas pra baixo imediatamente. Isso não fez eu me sentir melhor.

Diabo, eu nunca tinha me sentido assim. Podia dizer tranquilamente que estar aterrorizada até os últimos átomos e não poder fazer nada a respeito era revoltante.

Foco, eu disse a mim mesma. Precisava me estabelecer mentalmente.

Okay, então, vamos aos fatos.

James já estava me caçando. Eu muito provavelmente apenas tinha sorte que ele ainda não havia me encontrado — sorte e alguns lobisomens adolescentes correndo loucamente por aí.

Exalei rispidamente. Não me importava o que Riley dizia, o pensamento desses adolescentes chegando em algum lugar próximo de James era aterrorizante. Não me importava com o que eles podiam virar quando estavam com raiva. Eu podia ver James na minha cabeça, seu rosto selvagem, seu cabelo que parecia feito de ouro, letal, indestrutível...

Mas, de acordo com Riley, Laurent estava morto. Isso era realmente possível?

Edythe havia me dito uma vez que era muito difícil matar um vampiro. Somente outro vampiro podia fazer o trabalho. Ainda assim Riley dizia que os lobisomens haviam sido feitos pra isso...

Senti que estava prestes a vomitar de novo. Engoli ferozmente a bile e contive uma careta quando vi que Riley, já estava de volta. Eu destranquei a porta com dedos tremendo.

— Nós vamos tomar conta de você, e de Charlie também. Eu prometo.

— A ideia de James encontrando você me assusta mais do que a ideia dele me encontrar — eu sussurrei, balançando a cabeça.

Riley riu.

— Você precisa confiar em nós um pouco mais do que isso. É insultante.

Bem, bem. Eu já tinha visto muitos vampiros em ação.

— Onde é que você foi agora? — eu perguntei.

Ela torceu os lábios e não disse nada.

— O quê? É segredo? — revirei os olhos.

Ela fez uma careta.

— Na verdade não. Só é meio bizarro.

— Eu já estou meio acostumada com bizarrices, sabe.

Riley sorriu.

— Ok. Veja, quando nós somos lobos, nós podemos... Ouvir um ao outro.

Minhas sobrancelhas se baixaram confusas.

— Não ouvir sons. — ela continuou — Mas nós podemos ouvir... Pensamentos, uns dos outros pelo menos, não importa a distância que estamos um do outro. Ajuda muito quando estamos caçando, mas de outra forma atrapalha muito. É embaraçoso, não ter segredos desse jeito. Esquisito, né?

— Foi isso que você quis dizer na noite passada, quando disse que teria que dizer para eles onde estava, mesmo sem querer?

— Você é rápida.

— Obrigada.

— Você também é muito boa lidando com o estranho. Eu achei que isso ia te incomodar.

— Não é... Bem, você não é primeira pessoa que eu conheço que pode fazer isso. Então isso não me parece tão estranho.

— Mesmo? Espere, você está falando dos bebedores de sangue?

— Eu queria que você parasse de chamá-los assim.

Ela riu.

— Claro, tanto faz. Os Cullen, então?

— Só... Só Edythe.

Riley pareceu surpresa e nenhum pouco feliz.

— Sempre pensei que eram só histórias. Eu já tinha ouvido lendas sobre vampiros que podiam fazer... Essas coisas extras, mas pensei que fossem só mitos.

— Será que ainda existe alguma coisa que seja só mito? — eu a perguntei cautelosamente.

Ela bufou.

— Acho que não. Ok, nós vamos encontrar Sam e os outros no lugar onde você caiu de bunda na lama daquela vez.

Eu liguei o Tracker e comecei a voltar para a estrada.

Riley balançou a cabeça parecendo envergonhada.

— Eu tentei encurtar as coisas, sabe, tentei não pensar em você pra que eles não soubessem o que está acontecendo. Estava com bastante medo que Sam me dissesse pra não trazer você.

— Isso não teria me impedido. — eu não conseguia me livrar da imagem de Sam como uma pessoa má. Meus dentes se trincavam toda vez que eu ouvia o nome dela.

— Bem, isso teria me impedido. — Riley disse, sombria agora. — Se lembra como eu simplesmente não conseguia terminar as frases ontem? De como eu simplesmente não conseguia te contar a história toda?

— É. Você parecia estar engasgando com alguma coisa.

Ela gargalhou sombriamente.

— É, algo assim. Sam me disse que eu não podia te contar. Ela é... A cabeça do bando, sabe. Ela é a Alpha. Quando ela nos diz pra fazer uma coisa, ou pra não fazer alguma coisa, quando fala sério mesmo, bem, nós não podemos simplesmente ignorar.

— Esquisito — eu murmurei.

— Muito — ela concordou. — É uma droga.

— Huh — foi a melhor resposta que eu consegui dar — Eles vão ficar com raiva se eu estiver com você? — eu perguntei.

Ela fez uma cara.

— Provavelmente.

— Talvez eu não devesse...

— Não, está tudo bem — ela me assegurou — Você sabe uma tonelada de coisas que podem nos ajudar. Você não é como uma outra humana ignorante, é mais como Sei lá, espiã, ou uma coisa assim. Você esteve atrás das linhas inimigas.

Riley deu uma risada sombria.

Eu fiz uma carranca pra mim mesma. Era isso que ela queria de mim? Informações de dentro pra destruir seus inimigos? Porém, eu não era uma espiã.

De qualquer forma, as palavras dela já me faziam sentir uma traidora.

Mas eu queria que ela parasse James, não queria?

Não.

Eu queria que James fosse parado, preferivelmente antes que ele me torturasse até a morte ou esbarrasse em Charlie ou matasse outro estranho azarado. Eu só não queria que fosse Riley a matá-lo, ou pelo menos tentar. Eu não queria Riley a menos de cem quilômetros dele.

Eu encostei e desliguei o motor.

— Ei — ela hesitou — Eu queria saber uma coisa. Huh, você ainda está... Infeliz?

Eu fiquei em silêncio, olhando para a floresta obscura sem ver nada.

— Riley, por favor... Será que podemos não falar nisso?

— Ok — ela respirou fundo. — Lamento ter dito alguma coisa.

— Não se sinta mal. Se as coisas fossem diferentes, seria bom finalmente poder falar sobre isso com alguém.

Ela balançou a cabeça.

— É, eu passei por dificuldades escondendo o meu segredo de você nessas semanas. Deve ter sido um inferno pra você não poder falar sobre isso com ninguém.

— Um inferno, com certeza. — concordei.

Riley sugou o ar com um som cortante.

— Eles estão aqui. Vamos lá.

— Você tem certeza? — eu perguntei enquanto ela abria a sua porta — Talvez eu não devesse estar aqui.

— Eles vão saber lidar com isso — ela disse, e depois deu uma risada — Quem é que tem medo de um lobo grande e mal?

— Ha ha — eu disse e saí do Tracker me apressando pela frente pra ficar perto de Riley. Lembrei rápido demais dos monstros gigantes da clareira. Minhas mãos estavam tremendo como as de Riley haviam estado antes, mas com medo ao invés de raiva.

Ela pegou minha mão e a apertou.

— É isso aí, aqui vamos nós.

Eu me encolhi ao lado de Riley, meus olhos examinando a floresta minuciosamente à procura dos outros lobisomens. Quando eles apareceram entre as árvores, pareciam muito como só quatro adolescentes seminus realmente crescidos.

Eles me lembraram irmãos quadrigêmeos. Algo na forma que se moveram, quase sincronizados, para chegarem até nós, a maneira que todos tinham os mesmos músculos grandes e redondos sob a mesma pele cor de cobre, o mesmo cabelo escuro e grosso, e a maneira que suas expressões mudavam exatamente ao mesmo tempo.

Eles começaram com curiosidade e cautela. Quando me viram ali, meio escondida atrás de Riley, os quatro se enfureceram no mesmo segundo. Samantha continuava sendo a mais velha, mesmo assim Riley estava quase a alcançando. Sam não contava como uma adolescente de verdade. Seu rosto parecia mais velho, não porque tinha rugas ou sinais de envelhecimento, e sim pela maturidade, a paciência de sua expressão.

— O que você fez, Riley? – ela demandou.

Um dos outros, o qual eu não reconheci — provavelmente Paul — se pôs na frente de Sam e falou antes que Riley pudesse se defender.

— Por que você não consegue simplesmente seguir as regras, Riley? — ele gritou, agitando os braços no ar — Em que diabos você está pensando? Ela é mais importante que tudo? Que toda a tribo? Que as pessoas sendo mortas?

— Ela pode ajudar. – Riley disse calmamente.

— Ajudar? — o garoto furioso gritou e seus braços começaram a tremer — Claro, é provável! Tenho certeza de que essa adoradora de bebedores de sangue está doidinha pra nos ajudar!

— Não fale assim dela! – respondeu Riley, irritada pela crítica do garoto.

Um calafrio percorreu os ombros e a coluna vertebral do outro garoto.

— Paul! Se acalme! – Sam lhe ordenou.

Paul balançou a cabeça de um lado para o outro, não em sinal de desafio, mas como se ele estivesse tentando se concentrar.

— Caramba, Paul — uma das outras garotas murmurou, provavelmente Jenna — Controle-se.

Paul virou a cabeça para Jenna, seus lábios se apertando em sinal de irritação. Depois voltou seu olhar fulminante para minha direção. Riley deu um passo à frente para se pôr na minha frente.

Acho que isso foi o estopim..

— Certo, proteja ela! — Paul rugiu em afronta. Outro arrepio, uma convulsão, percorreu seu corpo. Paul virou sua cabeça para trás, um verdadeiro rosnado surgiu dentre seus dentes.

— Paul! – Sam e Riley gritaram ao mesmo tempo.

Paul pareceu cair para frente, movendo-se violentamente. A meio caminho do chão, houve um barulho de rasgado, e o garoto explodiu. Uma pele cinza escuro apareceu em todo o seu corpo, transformando-se em uma forma cinco vezes maior do que seu tamanho — uma figura peluda, abaixada, pronta para pular.

O lobo enrugou o focinho mostrando os dentes, e outro rosnado saiu de seu peito colossal.

Seus olhos negros e raivosos se cravaram única e exclusivamente em mim.

Suspirei internamente. Puta merda.


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Notas finais do capítulo

TT: @eldiablexx



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