Jogos Vorazes e os amantes do D2 escrita por Clô


Capítulo 18
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Volteeeeei
Aproveitei essa quarentena e escrevi esse capítulo, espero que gostem bjs bjs



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Assim que descemos no trem, recebo buquês de meninas com vestidos brancos, cato ainda está com nossas mãos entrelaçadas. Palmas, aplausos e gritos, meu sorriso parecia bastante forçado, entramos em um carro e vamos direto para a vila dos vitoriosos.

— você tá bem? - ele pergunta e me encosto em seu ombro, os pacificadores estão dirigindo o carro

— ambas suas famílias estão na vila dos vitoriosos, o irmão do Cato e a família da Clove - ouvimos e assentimos, o curto caminho foi um silêncio absoluto. Assim que descemos do carro, minha mãe está chorando e todos estão nos mandando entrar

— clô, clô - Lily corre para o meu braço

— oi meu amor a coloco no chão e vejo um garotinho tímido sentando em uma cadeira no fundo. Meus pais me dão um abraço, Cath e Noah parecem nunca me soltar e vejo cato abraçando o Ben.

— fiz muita comida, isso foi um milagre vocês sairem vivos - minha mãe vai à cozinha e chama Cath para ajudar, meu pai vai guardar os casacos e Lily chama o Ben para correrem, essa época está quente e o jardim da vila bonito. Noah me encara e depois encara Cato.

— você vai para os jogos vorazes e pega minha irmã, era melhor você ter morrido lá por um desconhecido, porque agora eu vou fazer questão de te matar, era o único jeito né, eu longe para tentar algo com ela - Noah parecia falar sério, mas eles se levantam e abraçam e eu fico com uma cara de tacho.

— vocês estão sérios? Ou foi um lance? - ele pergunta e cato me abraça por trás entrelaçando os dedos e Noah entende

— uau, você então volta vitorioso e comprometido com minha irmã. Ok então, melhor do que ter aquele garotão como cunhado - Noah fala sentando e Cato também se senta e só eu fico em pé

— que garotão? - arqueio uma sobrancelha

— Cristian - cato responde e acabo me lembrando que eu não pensei nada a respeito de Zac e Cristian, ouço minha mãe nos chamar. Meu pai está na mesa encarando cato e eu começo a rir.

— qual o problema? - minha mãe  pergunta como se não tivesse percebido nada

— a gente pode conversar depois, a sós, acho que papai está matando cato com os olhos - eu digo e meu pai reclama de algo, comemos e conversamos, até que chegou a hora de conversarmos.

— você tá com a minha garota, minha filha, se você fizer mal a ela, será uma conversa de carreirista para carreirista, já está avisado,agora vou ler meu jornal - ele sai do escritório nos deixando a sós. E rimos.

— não tive chance de falar com o Ben - eu digo enquanto estamos abraçados

— tudo bem, teremos tempo para tudo. Descemos e conversamos até tarde, nos despedimos e cato foi para casa...mas nem tudo seria tão perfeito assim

 

 

POV Cato

 

Conheci a família de clove, eles são bem legais, nos despedimos naquela noite quente e vou para minha casa com o Ben.

Minha mãe não havia conseguido sair do trabalho mais cedo, mas já estava em casa nos esperando.

— Oh meu filho… - ela me abraçou e chorou muito. 

Nem imagino como deve ter sido difícil para ela. Sentamos no sofá 

— Estou tão feliz que você voltou, estava com muito medo, passei dias sem dormir - a abraço e reafirmo no seu ouvido que voltei 

— E a garota? - ela enxuga as lágrimas e me pergunta com emoção 

— Ela é muito bonita mamãe - diz Ben antes que possa falar algo 

— Ela é sim, ela é incrível - eu apenas reafirmo 

 

**************************

A minha casa ja estava pronta na vila, só precisava me mudar. Clove também ganhou uma casa, mas ela optou por ficar alguns anos morando com os pais. Clove vai nos ajudar a arrumar a casa e o Ben super gostou dela. Não quis dar nenhum trabalho para minha mãe, seria uma surpresa 

— eu vou ajeitar a cozinha e você pode ficar com os quartos - ela diz me dando um selinho na posta dos pés, arrumar aquela casa parecia impossível, era enorme. O quarto do Ben fica de frente ao meu. Começo a arrumar o guarda roupa dele, depois vou para o meu quarto, enquanto estou colocando a cama, escuto um barulho lá em baixo. Desço as escadas e encontro Clove e Ben rindo melados de farinha e ovos. Clove tinha uma mira perfeita e sempre acertava ele, até que ela me vê e joga um ovo bem no meio da minha camisa branca, corro pego o saco de farinha e agarro ela jogando tudo em cima, Ben chega por trás e joga dois ovos em mim

— boa Ben, pega mais - ela diz toda suja

— dois contra um não vale - agarro Clove e a melo com os dois últimos ovos e rimos.

— Ben, vai tomar um banho, vai - ela diz pegando a farinha de sua blusa e jogando dele, ele sai correndo e rindo subindo as escadas para o banheiro, ainda estamos abraçados

— não posso deixar vocês sozinhos por 20 minutos que já aprontam - ela ri e a beijo. Ela tem o melhor beijo do 2 e posso afirmar com autoridade.

— ok, agora vamos limpar isso - ela diz amarrando o cabelo

— nós? - eu rio e ela faz cara feia. Passamos a manhã inteira só limpando a cozinha e trocando alguns carinhos, Ben ajuda a gente e toda vez que ela me dava um beijo ele fazia cara feia e riamos. Ela e ele eram minha vida a partir de agora. Ela tomou banho e a Cath levou roupa para ela. Passamos a tarde arrumando a casa, ela comprou a decoração e quando finalizamos tudo, era a casa perfeita.

— estou exausta - ela se joga no novo sofá

— você sabe que um dia irá morar aqui, certo? - eu digo e ela se senta para me beijar.  Ben entra com Lily em casa na hora.

— mamãe está chamando vocês para comer lá em casa - Lily diz e sai correndo pra brincar com Ben

— eles se deram bem - diz Clove segurando minha mão e vamos jantar. Não precisamos andar muito pouco para chegar lá.

— ei Cato, a gente vai se encontrar hoje, quer ir com a gente? - pergunta Noah em relação a nossa galera, clove faz com que tudo bem e Noah fica zuando dizendo que estou de coleira. Vamos para o bar do Joe. Assim que eu entro todo mundo aplaude e grita, sou considerado uma celebridade no 2, os caras me abraçam e sentamos na parte mais afastada.

— cara, você é um vitorioso e namorada a gata da Clove - diz Bruce e o Noah faz uma cara feia.

— ei cara, você ganhou na loteria- diz Fred

— enquanto você esteve fora, o. Bryan também não conseguiu ficar sozinho, tá com uma garota do distrito, ele ainda vai apresentar - diz Bruce

— tá brincando, logo o Bryan? - eu rio e ele faz cara feia

— você também não pode falar nada, tá pegando de jeito a irmã do Noah - diz Bryan e vejo Zac me olhar feio

— parem de falar de minha irmã - diz Noah pegando outra bebida

— quando ele viu vocês se beijarem, o Noah ficou louco, não só o Noah né - diz Justin e vejo Zac se levantar e arqueio a sobrancelha

— o Zac? - eu pergunto

— o cara tava de quatro pela garota - diz Fred

— o pior que eu era o único que não sabia e ainda tive que descobrir que minha irmã já pegou dois amigos meus - diz Noah balançando a cabeça e os caras riram. Aviso que vou conversar com o Zac, na hora que ele tava saindo do bar

— ei, Zac, espera - eu grito e ele para

— o que é Cato? Vai me falar que ela beija bem? Isso eu já sei - ele diz e sai andando

— cara, desculpa por isso, eu só fiquei com ela e achei que iria ficar só por isso, mas acabei me apaixonando por ela - eu disse e ele se aproxima

— você acha que eu não sei como é? Eu sai com ela só para da uma ficada, mas aí não fiquei com ela, só conversamos e vi que ela era demais, fiquei com ela alguns dias depois, inclusive ela correspondeu e falei para ela no dia da despedida que estava apaixonado por ela, que queria que ela voltasse, como você acha que eu fiquei quando vi um dos meus melhores amigos beijando a garota que eu to afim? - ele diz e  percebo o quão chateado tá, ele me da as costas e vai embora. Quando me viro vejo o Noah e os caras observando, saio andando pra casa e subitamente sinto raiva da clove de não ter me contado isso. Eu não sabia que estava machucando o Zac, ele é tipo um irmão para mim. Não quero falar com ninguém e vou direto para casa, espero o Ben chegar.

 

POV clove

 

O cato e Noah saíram juntos e o jantar é tranquilo, o Ben super se enturmou e pareceu alguém da família. Depois do jantar subo para o quarto e arrumo algumas coisas. Noah chega e bate na porta do meu quarto.

— posso entrar?

— pode, o Cato veio com você ? - eu pergunto e ele revira os olhos

— isso soa tão estranho, você não gostava muito dos meus amigos - ele diz e eu rio - aconteceu algo bem chato hoje no bar...o Zac discutiu com o Cato, por sua causa - assim que Noah termina, eu percebo que havia me esquecido do Zac, que ele havia falado que gostava de mim no dia da despedida e imagino o quanto Cato deve estar chateado por causa disso . Pego meu casaco e vou para a casa de Cato. Entro sem bater, coloco meu casaco no canto, vejo a mãe dele na sala, já havíamos sido apresentadas, pergunto onde o filho dela está  e ando em direção as escadas, mas paro antes ao vê-lo em pé na cozinha me encarando

 

Pov Cato

 

— você devia ter me contado, o Zac é tipo um irmão para mim - eu falo em um tom alto.

— eu não falei porque não era importante e não me lembrei disso, inclusive achei que a gente teria só uma ficada e não que iria acontecer tudo isso, se eu tivesse contado teria sido diferente? - ela me pega de surpresa com a pergunta

— seria? - ela pergunta mais uma vez, mas permaneço calado porque na verdade eu não sei o que teria feito - você já me respondeu - ela diz e vai em direção a saída e bate a porta, pego um copo e jogo no chão, porque ela tinha que ser assim, se ela não fosse tão linda o Zac nunca a teria visto de outro jeito e isso não teria acontecido, eu sabia na verdade que o Zac tinha algo com ela, mas nunca perguntei, devia ter lembrado disso naquela noite que a encontrei com um vestido branco na metade das coxas e um copo de vinho na mão.

 

POV Clove

 

ele praticamente admitiu que teria feito diferente, mesmo depois de dizer que após ficar comigo ficou apaixonado. Eu me sentia irritada, assim que cheguei em casa percebo que o Ben ainda brincando com a Lily e subo direto para o meu quarto. Noah estava lá me esperando, assim que me vê com os olhos cheios de lágrimas me abraça.

— o que aconteceu? - ele pergunta

— só estou irritada com ele- eu digo e seco as lágrimas

— sabe, o Cato nunca foi de namorar e ter alguém e é difícil para ele, principalmente ao saber que está magoando o Zac só por estar com a garota que ele ama - Noah olha pra mim fazendo uma careta na última parte e eu rio - ainda é complicado assimilar que vocês namoram.

— quando o pai do Cato sumiu, o Zac ajudou ele em tudo, de todos nós ele era o mais presente e acho que isso tá tendo um peso negativo na relação deles, o Cato não vai abrir mão da amizade dele com o Zac e nem de você - diz Noah me abraçando e saindo do quarto. Percebo que Cato nunca falou do pai dele e talvez tenha sido injusta, mas não iria resolver isso agora, estamos esquentados demais para conversar, me arrumo para dormir e vejo o Ben indo para casa pela janela e Caio no sono .

Acordo com Cath gritando com Lily, levanto e me arrumo, todos estão comendo. Digo que vou tomar café da manhã na delicatéssen do distrito. Caminho até lá e as pessoas param para me cumprimentar. Assim que chego sento no balcão e vejo Peter com uma bandeja de doces.

— acho que cheguei na hora certa - eu digo e sorrio. Peter estudou comigo e éramos amigos, na verdade ele foi meu primeiro “ namorado “, ninguém sabe disso, só nós dois. Saiamos escondidos por muitos anos para nos beijar e depois eu vinha comer doces com ele e a tia Adele.

— acho uma honra poder servir um desses doces para a vencedora da 74ª edição dos jogos vorazes, a mais bonita afinal - ele diz e me da uma piscadela. Adele, sai um tempo depois para me abraçar.

— oh querida, torci tanto por você, o Peter faltou morrer. Estamos tao orgulhosos, mas agora você está comprometida, certo? Oh minhas esperanças de você e o Peter juntos, me sinto tão triste, não posso dizer que você fica muito bem com meu filho - ela diz e eu rio.

— enfim minha filha, tenho que voltar a cozinha, estou terminando de preparar duas tortinhas de morango para você - ela diz e sai. Adele era gordinha é baixinha, cabelo curto é muito simpática. Peter era bonito, mas nunca se destacou no distrito por trabalhar na confeitaria, ele me lembra o Peeta.

— e aí? Como está? Se veio atrás dos doces ou está muito triste ou muito feliz, eu chuto no triste - ele diz rindo e eu sorrio

— como você ta? - eu mudo de assunto e ele sabe que não quero falar sobre

— estou como sempre, trabalhando aqui com meus pais e é a perspectiva da minha vida, afinal perdi a oportunidade de namorar uma vencedora dos jogos, por ser lento demais - ele diz e eu reviro os olhos e começo a rir junto com ele, nesse momento a porta de abre, tocando o sino. Zac. Nos encaramos, ele faz uma cara de poucos amigos e da meia volta.

— Peter, preciso ir, fala para a tia Adele que volto depois - saio da delicatéssen e avisto o Zac longe, caminho mais rápido e ele percebe isso, fazendo o mesmo.

— Zac, espera - eu grito, mas ele fingi não ouvir, pego um atalho e corro para chegar antes dele, quando ele vira a esquina da sua casa me vê sentada na calçada. Me levanto e ele para na minha frente.

— não tem para que pedir desculpas, ok? Deixa tudo para lá e vai viver sua vida - ele tenta passar, mas não permito

— nós podemos conversar? - eu pergunto e ele permanece parado, me dando permissão para falar

— antes dos jogos, quando você falou tudo aquilo, eu disse que não tinha certeza e pedi para você compreender, mas aí você disse que eu precisava pensar, seu beijo era bom, sua companhia boa ...

— mas você preferiu pegar um dos meus melhores amigos

— calma Zac, não vou bem assim. Eu poderia me apaixonar por você, primeiro precisaria de convivência, algo que nós não tivemos e com o Cato foi diferente - eu digo e ele ainda está olhando para mim

— não o culpe, se tiver que ter raiva de alguém, seja eu, porque ele não tem culpa, era para eu ter falado ...- ele olha para cima, como se tentasse entender

— você acha que vai ser fácil olhar para o cato e saber que ele tá beijando alguém que eu queria tá, dormindo com alguém que era para estar na minha cama... qual é clove, sabemos que sentiria a mesma coisa se a sua amiga ficasse com ele - percebo que o Zac tinha razão, se a lolla fizesse isso eu provavelmente não a perdoaria fácil e ainda tinha o Cristian, droga.

— ok, acho que já vou - eu saio e ele entra dentro de casa. Passo o caminho todo cumprimentando pessoas, até chegar em casa.

— comeu, clo? - ela me pergunta e percebo que esqueci de pegar meus doces com o Peter.

— aham, sabe dizer se o Noah já saiu? - eu pergunto

— o Cato veio aqui e eles saíram - ela diz enquanto arrumava a cozinha

— ele perguntou se eu estava ou algo do tipo? - eu perguntei meio insegura e ela balançou a cabeça negativamente

— eu vou me arrumar, vou treinar - eu disse e ela murmura um volte logo. Me arrumo https://pin.it/3LnFBOW saio de casa correndo, já para aquecer e no caminho recebo olhares nojentos por estar vestida assim, refiro os olhos, não entendo o porque do corpo de uma mulher ser considerado objeto sexual masculino, o meu corpo significa anos de treino, são como cicatrizes e não mereço esses olhares. Corro até chegar na academia. Os treinos já haviam começado, assim que eu entro muitos param de treinar para me observar, ouço cochichos e olhares de meninos estupidos. Me pergunto se eles sempre me olharam assim e eu simplesmente não reparara, vejo enojaria ao fundo e o Matt ( https://pin.it/5F8ZHXR ) e sorri, aceno e vou para a estação de facas, começo a descontar minhas raivas nos bonecos e resolvo pegar uma espada, nunca foi algo que me interessou, mas agora queria ser boa em tudo.

— você consegue ser ruim em algo? - assim que me viro vejo matt me encarando, com o olhar que eu havia visto no rosto dos outros meninos.

— oi matt - eu digo e volto a treinar.

— como está sendo a vida da mais nova vitoriosa? - ele me pergunto, jogo a espada e me sendo no chão.

— como era esperado, acho que você sabe o que quero dizer - eu digo ele senta a minha frente, a porta do grande salão de treinos se abre e cato entra rindo, já o com meu irmão e seus amigos, ele me encara e eu o encaro de volta, ele revira o rosto

— só eu que percebi essa tensão? - diz matt e eu me levanto deixando o sem resposta, enquanto ouço gritos do salão

— queremos apresentar um vencedor a vocês, cuidado garotas, não sei se ele é tocável - Bruce grita e todos riem, inclusive ele.

— está precisando de ajuda? - eu pergunto ao matt, ele ficou surpreso em eu me dirigir a ele pelo menos uma vez

— está no horários de luta em dupla, corpo a corpo, seria uma boa você demostrar comigo, iria chamar alguém, mas com dois vitoriosos talvez eles gostem do treino e os garotos que estão mais velhos com certeza irão querem assistir com você lá - ele fala e eu ignoro a última parte. O grupo idiota ainda estava reunido com alguns meninos e meninas ao redor. Um grupo de treineiros está reunido para a aula, eu entro no ringue junto com o Matt e nos preparamos — você quer começar?

— você pode começar, não preciso de nenhuma vantagem - eu digo e todos gritam, ele avança e tenta me golpear, desvio e soco seu rosto, no momento seguinte ele consegue da dois murros no meu estômago, me desvencilho e corro, levanto minha perna alto, na altura de seu pescoço, consigo apoio o dominando pela cabeça.  Ele cai no chão, mas age rápido e golpeia no ombro e em seguida me chuta, eu não devia ter dado espaço e isso fez com que ele tomasse vantagem. Ele tenta me golpear e esquivo, dou lhe um golpe no abdômen, em seguida um soco e ele cai, o agarro pelo pescoço e o imobilizo. Acho que estava com tanta raiva contida que tirei muitas forças. Até matt estava surpreso. Na verdade todos estavam surpresos. Quando nós levantamos, vejo todos me olhando, inclusive cato, ele estava sério e eu desvio o olhar.

— não esqueça que te dei vantagem duas vezes - eu digo e o Matt sorri

— você poderia ter me deixado ganhar na frente deles pelo menos - ele diz e todos os treineiros riem.

— acho que preciso ir, bom treino para vocês - eu digo e todos fazem um “ahhh” triste.

— deveria ficar para tentar treinar, talvez rolasse uma luta mais tensa depois - do jeito que o matt falou parecia mais que tava flertando

— talvez outro dia - digo saindo da academia de treinamento, assim que saio pouco à frente, sinto alguém me segurar, por instinto eu teria dado o murro, mas reconheço quem é

— oi cato

— você deve tá brincando comigo - ele diz e seu semblante parecia realmente chateado, porém fiquei seria

— você estava me provocando, qual é clove, precisa crescer - ele diz e sinto o sangue subir

— sabe de uma coisa, eu vou para casa, por que não se diverte? Eu lembro daquela garota, Dionne né? - eu digo

— o que tem a Dionne? - ele pergunta e eu simplesmente canso.

— eu vou para a casa - eu digo com raiva

— clove, está tudo bem? - Matt se aproxima e vejo cato ficar com mais raiva

— ela está bem, é melhor você da o fora - cato estava fervilhando e o olho e dou as costas indo para casa, meus olhos lacrimejam, mas luto contra a vontade de sair uma lágrima.  Chego em casa, tomo banho e coloco uma roupa leve, vou para o meu quarto e vejo que fazem exatamente 3 dias que cheguei e só vi a lolla no dia que desci no trem. Decido para sua casa, já estava no por do sol, peguei um casaco por precaução e sai. Andei pelas ruas do dois, as pessoas me olhavam maravilhadas. Bato na porta da casa da lolla e o irmão mais novo Ector de 5 anos atende.

— oi ector, a lolla ta?

— ela está lá em cima no seu quarto ouvindo música, pode entrar - ele diz voltando a brincar com o carrinho de madeira. Subo as escadas de madeira, a sua casa não era muito arrumada, ela inclusive vivia em um bairro comum.

— ei - assim que ela me vê corre e me agarra, ela sempre foi bem magrinha, eu sou baixinha e ela mais alta, porém tenho corpo e músculos, ela é super magra e alta https://pin.it/3FYCFBn 

— achei que nunca mais poderia falar com a celebridade do distrito - ela não parecia chateada por não tê-la procurado antes

— tá tudo meio maluco - eu digo

— quem diria que iria namorar o Cato stoll - ela diz toda animada e suspeito de não saber nada do cristian

— sei que você é meio maluca, mas o cato é legal - eu digo e ela ri

— tá tudo bem, eles me acham estranha, talvez meia gótica e outra coisa, o Cristian vai ficar de boa, você já falou com ele né? - ela me pergunta e abaixo os olhos

—clove, qual é, larga de ser otaria, ele sempre foi seu melhor amigo, se declarou para você e descobre que você tá com um cara que ele odeia, vocês deveriam conversar - ela me diz e percebo o quanto ela tem razão

— agora pode me dizer - ela faz uma posição de mãezona

— dizer o que?

— que fui uma fada sensata e tenho razão

— acho que você quer demais - eu digo rindo e ela também.

— olha, eu to meio complicada e só queria passar um tempo com você, mas já escureceu e eu preciso estar em casa para jantar, bjs, te amo- eu a abraço e ela me da um tapa na bunda como ela sempre faz.

— TÁ FICANDO MAIS GOSTOSA - ela grita para toda vizinhança ouvir e eu a repreendo que fica rindo. Quando chego em casa, vejo que todos já estão a mesa. Entro, me lavo e jantamos. Depois de todos terminarem fiquei com minha mãe para lavar a louça

— o cato veio pouco tempo que você saiu te procurando, vá que eu cuido da louça - ela diz, mas eu fico quieta

— tá tudo bem, eu termino de lavar e ...

— clove, minha filha, quando seu pai chegou da arena nada foi fácil, tivemos diversas complicações, mas nós conversamos e nos resolvemos, você e Cato precisam fazer isso, pode parecer mais difícil por ambos terem um temperamento forte, mas se você gosta dele de verdade e o que tiveram naqueles dias foi real, acho que alguém tem que tomar a iniciativa - ela olha bem para mim, enquanto enxuga o prato em suas mãos e faz sinal para que eu deixe a louça e vá atrás dele. Saio e vou em direção a sua casa. Dou uma leve batida e entro, ele está lá com todos os amigos, inclusive Noah. Vejo a Dionne sempre tentando se agarrar nele, mas ele não dá bola, como se ela não existisse. Assim que eu entro todos olham para mim, o justin me lança um olhar malicioso, o Bryan nem liga, o Bruce me encara e o Noah não faz nada. Ah Dionne bufa e reclama de alguma coisa e Cato se levanta em minha direção

— o Ben tá? - eu pergunto, ele parece meio sem jeito

— ele saiu para treinar - ele me diz breve, estamos um pouco afastados no grupo, a Dionne sempre nos lançando olhares e o Noah também.

— eu já vou, acho melhor a gente conversar depois - eu digo e ele segura meu braço de modo leve

— não, a gente pode conversar agora, peço para eles voltarem depois.

— não precisa, vai parecer chato - eu digo

— tem certeza? Acho que a gente precisa conversar - ele parece realmente querer aquilo e já é um incrível alívio mim

— eu venho à noite, tudo bem? - ele concorda

— não quer ficar conosco? - ele pega a minha mão e me da um selinho.

— eu volto depois - ele assente e eu vou embora depois de um breve tchau que é respondido por todos, menos Dionne.

Volto para casa e resolvo arrumar meu quarto, escuta uma música e espero o tempo passar

 

Pov cato

 

Não falei com clove desde a nossa discursão, eu estava totalmente dividido, quando eu era criança e minha mãe estava exausta, o Zac me chamava pra a casa dele e o Zac sempre ficava comigo quando eu chorava, eu nunca faria nada para magoá-lo e agora surgiu a clove na minha vida e não posso abrir mão dela, são duas pessoas que amo e... eu me perguntei se o que eu sentia por ela era real, me afastei e parecia que tava tudo bem, até vê-la na academia, depois daquela luta, aquela roupa dela, o jeito que todos os meninos olhavam, me senti um completo idiota, eu precisava mais dela do que ela de mim. Depois que eu tive uma crise de ciúmes depois dela sair da academia, resolvi até a casa do Zac. Assim que eu bato a porta a senhora Han atende e diz que ele tá no quarto. Abro a porta do quarto e tomo um susto ao perceber que ele tava com uma garota na cama e ela se cobre rápido.

— aí cara, foi... ma...mal - eu digo fechando a porta rápido e indo embora, avisando a mãe do Zac que voltaria depois. Me encontrei com a galera novamente e a Dionne estava lá, ela é uma das mais gatas do distrito, só usa muita maquiagem, ela foi uma ficante minha por muito tempo e agora ela sabe que estou namorando e fica enchendo o saco.

— baby, a gente podia se divertir por aí né ? - ela falou passando a mão em meu peito

— por que não vai encher a paciência de outra pessoa - eu disse me afastando bruscamente e todos riem dela, mas ela não liga e leva na brincadeira.

— cato, bem que a gente podia assistir algo agora à tarde na sua casa - diz Bruce e a galera se anima, tava tudo divertido a não ser pela Dionne que parecia um chiclete. Quando clove chegou, era como se eu não quisesse ninguém ali, só para nos  resolvermos. foi um alívio quando todos foram embora, tomei e banho e esperei o que parecia ser uma eternidade. Quando ela entrou, seus cabelos estavam soltos e ela sorriu ao me ver, não pude deixar de reparar o quanto ela estava bonita.

— eu...queria conversar - ela diz parada

— acho que devemos fazer isso- eu digo, afinal nunca tive uma conversa assim, já que não tive namorada.

— era para eu ter contato sobre o Zac, mas depois que aconteceu não passou pela minha mente

— você não entende, como tá sendo difícil, eu amo o Zac, ele é um irmão para mim...- ela me interrompe

— não, você não é o único que entende, você não é o único que teve que escolher entre a amizade e ficar com quem ama, você não é, cato e não tente me explicar como se sente porque eu sei, mas eu fiz minha escolha - ela diz e eu não entendo

— se você tá falando do Zac, você não sabe...

— não é do Zac, Cato. É o Cristian - ela estava com o rosto firme mas os olhos cheiros de lágrimas

— como assim?

— no dia da despedida, ele foi se despedir de mim e disse que me amava e eu disse que o amava, porque ele era o meu melhor amigo e aí ele disse que não era bem assim e me beijou - ela diz e vejo as lágrimas correrem

— ele era meu melhor amigo, desde a infância e inseparáveis e quando escolhi você, ele se sentiu traído. Hoje eu fui lá ...

— com aquela roupa que usou para treinar ?- eu acabo falando alto algo que pensei e ela para e olha para mim e eu mando ela continuar

— ele não quis olhar para mim, me julgou e xingou, disse que eu era como todas as garotas do distrito, que eu era fácil e vadia demais e que não merecia realmente o amor dele , disse que não me reconhecia, que eu havia mudado demais e que...— ela chorava e eu a abracei querendo tirar essa dor dela, e bater nele, muito

— eu deveria ter lhe falado, eu tive a chance de saber e você não - ela disse entre os soluços

— tá tudo bem, você sabe que eu escolheria você de todo jeito - vejo a sorrir, enquanto ensopa minha camisa branca. Ficamos abraçados por um longo tempo até ela parar de chorar. Nos deitamos no sofá e fiquei alisando os seus cabelos e trocando carinhos, até ela adormecer e eu levá-la para a cama.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentem, as vezes isso motiva a gente demais.
Espero que tenham gostado bjs bjs



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