Eu nunca Te Deixei escrita por Amanda Alonso


Capítulo 2
Ele não se Foi!


Notas iniciais do capítulo

amorees!

eu sei que era para eu ter postado sabado...
mas a Beta só entrou ontem no msn!
e ja era tarde da noite!
por isso nao postei antes!


e -mandy limpa as lagrimas-

EU ameeei cada comentarioooo do 1º cap!
sai pulando como louca no quarto!
hauhauhauah
e prometo que assim que der...
eu respondooo!
Boa Leituura!

Beejos!



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               Era tudo o que saiu da minha boca, e as lagrimas rolavam por meu rosto mais uma vez. Dessa vez, Charlie ficou comigo até eu adormecer e cair naqueles pesadelos constantes.

                No outro dia a febre somente aumentou, e eu estava mais fraca. A sensação de que tinha alguém me observando era constante, mas eu ignorei, sei que um dia Victoria vai me encontrar, e eu espero que ela me encontre e me mate logo de uma vez, assim eu não sofro tanto.

                Por que você se foi Edward? Por que? Você disse que seria como se nunca tivesse existido, mas por que eu não acredito? Por que eu não esqueço?

                Lágrimas rolam pelo meu rosto, é muito pior que uma facada, ou melhor, é como se uma faca estivesse fincada no meu coração, acho que preferia mil vezes a morte; a morte é muito melhor. E assim, com a dor que me consome, eu dormi… Ou será que fiquei em estado de torpor?

                Não sei, ultimamente não sei de nada, só que ele levou minha vida assim que saiu daquela floresta, a imagem era nítida: ele me dizendo adeus, dizendo que não me ama, que era tudo uma mentira, que ele estava cansado, cansado de mim.

                Eu queria gritar, a dor… minha única aliada nessa jornada, e cada vez mais meu peito aperta, e eu fico sufocada e...

                -AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!    

                Acordo assustada , suada, a dor, o frio, a solidão, o escuro… Tudo completa a minha vida, logo entra um Charlie todo assustado, perguntando o que houve.

                -E-eu estou be-bem. Foi só um pesadelo. Só isso.

                Um pesadelo, bufei, como eu queria acordar desse pesadelo, como eu queria que ele estivesse aqui, só de pensar já dói. Assim que Charlie se foi, me encolhi em posição fetal, tentando de alguma forma aplacar a dor.

                E assim foi mais um mês, completando o segundo que eu não saia da cama. Hoje, resolvi que vou tentar seguir em frente, e minha única amiga seria a solidão, e a dor que é viver sem ele. Me olho no espelho, as olheiras já se tornaram constantes, e eu percebi que emagreci, mais que o normal.

                Ficar em pé era uma enorme dificuldade, por isso Charlie pediu para Ângela me ajudar. Eu sei que não precisa disso, mas eles insistem, eu vou aceitar, mas quem eu realmente quero, não me quer, pra que viver? Sei que já disse isso antes, mas é a pergunta que mais me martela na minha mente, meus olhos andam fora de foco, minha coordenação antes não era das melhores, agora então, piorou.

                Mas não me importo, por mim posso cair, não preciso levantar, pra que levantar? Sendo que a pessoa que eu quero que esteja ao meu lado para me ajudar não esta aqui, não esta mais aqui, a dor é — e sempre será — inevitável, as lágrimas escorrem por meu rosto; não me importo que os outros vejam esse meu momento de fraqueza, não quero fingir que estou bem sendo que não estou bem. Estou atordoada, tantas coisas se repetem, tantas palavras, tantas frases, os momentos são como flashbacks, passando por minha mente a todo instante, da época em que eu era feliz, a época que eu queria que voltasse, mas não vai voltar.

                -Bella, chegamos.

                Ângela me tirou de meus pensamentos, e percebi que já estávamos na escola. Não me preocupei em limpar as lágrimas, sendo que logo novas iriam surgir em meu rosto… Olhei para o estacionamento, e respirei fundo, todos olhavam pra mim, como no primeiro dia, como no dia em que eu o conheci.

                -Você esta bem, Bella?

                Somente balancei a cabeça. Não encontro mais minha voz, não vejo motivo para falar depois que ele se foi, o único som que sai de mim, são meus gritos durante a noite — esses não têm como eu esconder.

                Fomos lentamente para a nossa aula, eu tinha todas as aulas com Edward, somente a ultima que é calculo que eu não tinha com ele. Respirei fundo e entrei na sala.

                Não me importei com quem estivesse na sala, me sentei na ultima carteira, no fundo. Abaixei minha cabeça e permiti que mais lágrimas saíssem.

                Ninguém falou comigo, ninguém me perguntou nada, e eu muito menos prestava a atenção em algo. Logo as três primeiras aulas acabaram e eu fui para o refeitório, com Ângela, Jessica, Mike, e os outros. Não me importava em sentar com eles ou sozinha, até prefiro me sentar sozinha. Não me importo com mais nada, pois tudo o que poderia me chamar a atenção, de alguma forma, foi levado junto com ele… e não voltaria nunca mais.

                -Bella, você vai querer algo?

                Apenas balancei a cabeça negativamente e levantei a mesma. Foi nesse momento que meus pulmões pararam de puxar o ar, minha visão ficou fora de foco, não conseguia mais respirar.

                Meu Deus, como meus olhos podem me mostrar isso? Quer dizer que eles não foram? Quer dizer que eles estão me ignorando como se eu não existisse?

                A dor aumentou — se é que isso é possível. Senti meus amigos me chamarem, mas meu corpo não respondia, percebi que ainda não conseguia respirar, e então a escuridão me tomou. AH! A calma escuridão, onde você não consegue diferenciar a realidade da ficção, onde o certo e o errado andam juntos, onde você se sente extremamente bem, onde você não se importa se as pessoas podem estar vivas ou mortas; é tudo uma mistura, a melhor das misturas. E a minha companheira é a solidão, e tudo isso é o meu melhor conforto.

                Fui voltando à realidade, as vozes ecoavam na minha mente, elas eram apenas sussurros. Não queria acordar, não agora. A verdade é que eu queria dormir e nunca mais acordar, não tem porque ver o sol nascer, ou a lua mudando de estado, ver as horas e os dias passando, sem que a pessoa que se ama esteja por perto.

                E então me lembrei, que ele está perto, mas ao mesmo tempo ele esta tão longe… Oh! Meu Deus, como eu queria acordar deste pesadelo, como eu queria ele aqui comigo, e agora me lembro de suas promessas, todas elas foram quebradas…

                Abri os olhos e vi que estavam todos me observando, todos que eu digo são meus amigos; e não, nem ele e nem a família dele está aqui. Eles não se importam mais comigo, eles nunca me amaram, esse último ano que se passou foi a mais pura mentira, e eu vivi numa mentira onde ele me amava. Como eu fui tola…

                -Bella, você está bem?

                Apenas assenti, não queria dizer. Fechei meus olhos e as lembranças de todas as vezes que ele disse que ele me amava; de quando prometeu que ficaria comigo; do verão passado em Phoenix… Ele prometeu que ficaria comigo… Todas essas lembranças me atingiram em cheio.

                Várias vezes eu me pergunto: onde foi que eu errei? Por que ele deixou de me amar? Será que ele nunca me amou? Será que ele somente me salvou de James por que ele se sentia obrigado?

                NÃO! Não queria a pena dele, não queria a pena de nem um deles, por mim, Victoria poderia me encontrar, e eu me entregaria, deixaria ela me matar. Afinal, ela não pode me causar dor maior que essa que eu estou sentindo… ninguém pode, pois é a dor do abandono do verdadeiro amor.

                Fui para a minha aula de biologia, teria que comprar roupas novas, essas cabem duas de mim, mas não me importo, e falar em compras lembrei de Alice, aquela que se dizia ser minha amiga. Como eu sinto falta dela, agora eu entendo o porquê de ele não ter me dito adeus, agora eu sei o porquê ele não disse que Alice foi primeiro e que não iria se despedir de mim.

                Eles me odeiam… Assim que coloquei o primeiro pé na sala, uma lágrima escapou de meus olhos, e eu o vi… Ele estava sentado na mesma mesa de sempre, e para meu maior desespero, era a única vazia. Será que eu já não sofri muito? Será que ele gosta de me ver assim? Pergunta e mais perguntas, e até agora, nenhuma resposta.

                Tentei caminhar, mas é muito mais fácil cravar uma estaca no meu peito e a descer rasgando do que andar para aquela mesa; olhar para ele e ver a indiferença acaba comigo — se é que é possível eu ficar ainda mais acabada.

                -Senhorita Swan, a senhora Coope me disse o que aconteceu, você esta bem? Me disseram que não comeu nada…

                Apenas assenti, e dei de ombros, e todos entenderam o recado: que eu não me importava com nada. Me sentei ao seu lado, sem olhar para ele, e as lágrimas invadiram meus olhos e rolaram livres por meu rosto — mais uma vez. Pensei que não tinha mais nada para chorar… Como eu estava enganada… Eu tentava não soluçar, tentava não chorar, mas são coisas impossíveis de se fazer.

                Tentei prestar atenção na aula, mas minha cabeça rodava. Não deveria ser nada, eu estava fraca, sentia meu corpo fraco. A única coisa que eu queria era a minha cama, e neste momento estou torcendo para que eu consiga chegar em casa e deitar na minha cama, ou melhor dizendo: ir para meu refugio, onde ninguém pode me atormentar.

                Eu vejo a dor de Charlie, vejo a dor de Renée, vejo nos olhos de todos que eles estão preocupados. Mas hoje, ao olhar o rosto de cada um, eu vi indiferença. O que me fez ficar ainda pior foi ver eles não viam o que eu estava sentindo. Eles gostam de ver minha dor? Então é isso que eles vão ver por muito tempo, ou seja, pelo resto da minha vida.

                Agora, aqui, ao seu lado… será que ele não entende que eu só serei feliz com ele? Será que ele não sente nada por mim? A ponto não querer nem amizade?  Tentava respirar fundo, para reprimir o choro e os soluços, mas era impossível.

                As aulas passaram em câmera lenta; parece que até o tempo conspira contra mim!

                Segui para a minha caminhonete, não estava afim de dirigir, mas eu tenho que chegar em casa. E então, ignorando todos os meus sentidos, eu acelerei no máximo que é permitido e corri para casa.

                Uma chuva forte começou, e, somada com meus soluços, eu não enxergava nada — mas não ia parar… não agora. Nesse momento, eu ouço uma voz na minha mente, mas não era qualquer uma, era a voz dele. Eu sorri, e fechei os olhos.

                Bella! Não! Cuidado, abra os olhos, e, por favor, encoste o carro no acostamento. Eu sorri mais ainda. Não, não vou fazer isso, somente abri os olhos. Minha visão estava turva, então tudo veio de uma única vez. A dor, a chuva, a umidade dos meus olhos… tudo em um só momento, fez com que eu perdesse o controle, e, juntamente com uma curva, bati a caminhonete.

                E então esperei a dor, mas ela não veio, percebi que minha cabeça estava cortada, por causa do cheiro do sangue, mas não me importei, eu não sentia dor física e isso me confortava. Sorri e saí da caminhonete, e comecei a andar na chuva. Havia entendido o que me completava agora.

                Para ouvir a voz dele, eu tinha que estar em perigo; para aplacar a dor sentimental, teria que ter dor física. Eu estava tão fria — por dentro e por fora — que a chuva parecia um manto quente que me cobria.

                A partir desse dia, iria juntar tudo o que eu entendi e fazer um só. Se for preciso me colocar em risco para ouvir a voz dele, era o que eu faria; se for preciso desse momento de adrenalina para acabar com a dor que vem por dentro, era o que eu faria. Respirei fundo e senti a chuva que cobria meu corpo, que fora testemunha de todos esses pensamentos.


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Notas finais do capítulo

e entao amores? o que axaram?
prox. cap. será Pov Edward!
só nao sei se vai ser dividido em 2 partes!
hehe

Beejos! e comenteeem! eee PLIASE! leiam minha outra fic... http://fanfiction.nyah.com.br/historia/73098/Entrando_Em_Seu_Conto_De_Fadas ela quase nem tem leitores!"/ Robeeeeeeeeeijos!



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