Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 80
CALIPSO - Problemas de outro continente


Notas iniciais do capítulo

OLÁ! cheguei com mais um capítulo! estou estudando mitologia para poder fazer os próximos capitulos hehe.
ah, preciso alertar tbm q já saiu o ultimo livro de Provações de Apolo e eu já li. quando tiver spoiler dele, eu vou avisar aqui nos comentários do começo do capítulo. por enquanto, podem ler felizes da vida. eu vou ter q editar uns capítulos mais pra trás mas nada muito relevante. apenas uma fala de personagem com o apelido q ele usa pra chamar alguém. mas enfim, boa leitura pra vcs.



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CALIPSO

—Você tem certeza que o pergaminho chegou neles né? - perguntei pro Leo enquanto me segurava mais forte nele.

—Assim …. - respondeu Leo hesitante me fazendo na hora revirar os olhos - Não que eu tenha testado tanto assim enviar um pergaminho holográfico sem saber muito do destino dele…. 

—LEONIDAS VALDEZ! - exclamei - VOCÊ ESTÁ APOSTANDO NOSSAS VIDAS NUM PERGAMINHO MÁGICO QUE VOCÊ NÃO SABE SE VAI CHEGAR NO DESTINO?!

— Quando você bota desse ângulo… - disse ele com a voz baixa me deixando imediatamente com raiva. 

Tínhamos viajado por horas montados no Festus, que tinha sido aprimorado pouco tempo antes para ir mais rápido e carregar mais gente. O que foi bem útil pois ir até a Nigéria carregando eu, Leo e Olujime não parecia uma tarefa fácil. 

Queríamos sobrevoar terra pelo máximo de tempo possível, já que não é exatamente muito fácil achar um lugar para pousar e descansar no meio do oceano. Tínhamos saído de Indianápolis e seguido para o sul dos Estados Unidos quase que imediatamente após Jaime nos falar que precisávamos aparentemente ir urgentemente para a Nigéria. Bom, ao menos ele, nós estávamos mais para companhia de cortesia. Uma companhia que fizemos questão de fazer já que tinha muita chance da viagem estar ligada com todos esses problemas que estamos enfrentando há alguns meses já com todas essas várias mitologias juntas. 

Mas enfim, nossa viagem estava indo muito bem. Tínhamos inclusive mandado mandado um pergaminho holográfico para Percy e os outros pedindo ajuda, abrigo, comida, o que fosse. Sabíamos que eles estavam no México e o México parecia uma parada ideal para dormir e continuar a viagem.

Tudo parecia bem, até chegarmos no Arkansas onde começamos a ter problemas. Travamos algumas lutas no caminho contra seres que eu desconhecia totalmente mas que Jaime parecia conhecer mais ou menos. Uns até ele parecia chocado em ver pois pareciam de histórias que ele ouviu quando era pequeno. Como o Impundulu que nos atacou. Basicamente um pássaro gigante capaz de chamar por tempestades e trovões que não só nos deram muito trabalho, como também nos deixaram encharcados. 

A nossa sorte foi que Olujime estava conosco. Porque Olujime, como filho do deus iorubá Xangô, podia lançar raios e trovões vermelhos contra nosso adversário. Bom, o combate com o Impundulu não tinha durado muito já que também ajudamos Olujime. Mas terminamos bem molhados e cansados, tanto eu, quanto Leo, Olujime e até Festus. E o fato de que terminamos bem molhados deixou o resto da viagem tremendamente desconfortável. Eu batia o queixo de frio e Leo tentava como podia nos esquentar. Mas estava complicado. O vento estava forte.

Assim, pousamos rapidamente em uma cidade do Arkansas que ficamos sem descobrir o nome e tentamos nos esquentar e encher a barriga. E bem, nós dormimos naquela cidade pensando em continuar a viagem no dia seguinte. Só que fomos bruscamente acordados. Tínhamos alugado um quarto de hotel pequeno mas que ao menos tinha uma cama e um sofá. O que era o suficiente para nós três. Quer dizer, menos pra Festus. O coitado teve que dormir sozinho no telhado do pequeno hotel. Mas talvez isso tenha sido uma boa ideia pois ele notou antes de todos quando o perigo chegou. 

Eu tinha conseguido esquecer por uns poucos minutos do tamanho do problema em que estávamos, quando no meio da noite Festus rugiu e algo rugiu de volta. O barulho nos acordou e o que parecia uma batalha começando nos deixou mais desperto. Festus estava lutando contra o que poderia facilmente ser descrito como um pterodáctilo (sim, eu sei o que é um pterodáctilo). Eu não nasci a tempo para ver como era um desses, mas em meu pouco tempo fora de Ogígia, cheguei a ver o tal dinossauro representado em filmes e imagens. Pois bem, o pássaro que agora arranhava e abria um buraco na lataria de Festus lembrava bastante ele. 

Nas figuras que vi, os pterodáctilos são só pele e osso, mas esse tinha asas. Asas vermelhas com penas que pareciam até ser feitas de couro. Mas a pior parte era que ele parecia com muita raiva e era enorme. 

Tentamos lutar com ele mas acabamos tendo que fugir e era assim que estávamos agora. Morrendo de cansados, sem ter dormido, fugindo de um monstro que parecia ser pré-histórico. A escuridão da noite dificultava tudo bastante e a porcaria do monstro parecia ser noturno, pois estava nos caçando muito bem. Enquanto a nós, só conseguíamos ver alguns pontinhos das cidades mais embaixo e a luz da lua não ajudava o suficiente. 

—O sol já vai nascer e vai ficar menos ruim de lutar! - alertou Olujime enquanto eu concentrava toda minha magia para jogar uma forte lufada de vento contra o bicho tentando ao menos lançar ele pra longe de nós. 

Não que tenha adiantado de muito. O monstro era enorme e muito forte. Ele se desestabilizou um pouco mas logo investiu contra nós. Festus desviou no último segundo e eu senti que ia cair já que não estava segurada a nada graças a minha tentativa de ataques e se eu caísse, Olujime que estava atrás de mim cairia também. 

Foi desengonçado o jeito que eu apressadamente me agarrei ao Leo de novo quando senti que deslizava em Festus indo perigosamente para a beirada. 

—Por favor, não caia! - pediu Olujime. 

—Estou me esforçando!- respondi de volta quase engolindo uma mecha de cabelo. 

As manobras de Festus tentando desviar do monstro e dar um ângulo bom para nós atacarmos estavam parecendo os vídeos de montanha russa que o Leo me mostrava falando que iria me levar algum dia em alguma. No meio de tanta coisa acontecendo desde que saí de Ogígia, a promessa continuava pendente e meio esquecida. E depois daquela luta, se saíssemos dela pra começo de conversa, eu duvidava que eu fosse lembrar ele disso tão cedo. 

—Segurem firme! - gritou Leo. 

—Não vá fazer nenhuma loucura! Eu só tenho você pra me segurar! - gritei de volta mas mesmo assim ele fez uma loucura. 

Se prendendo a Festus apenas com as pernas, ele aproveitou uma boa abertura criada para lançar uma bola de fogo contra o monstro enquanto ele abria suas grandes asas em nossa direção pronto para atacar. A bola de fogo atingiu em cheio o monstro que soltou um guincho de dor, mas para fazer isso, o próprio Leo se desestabilizou e logo me desestabilizou também e então a Olujime. Nos apressamos para nos segurarmos, mas Olujime que estava ainda mais para trás pegou a pior parte dos efeitos da tal gravidade. 

Eu já tinha escorregado perigosamente, Olujime escorreu ainda mais. Ele se segurou mais forte em mim, eu tentei segurar ele do jeito que dava. Mas ele era pesado e estava mais para fora de Festus do que dentro. 

—Segura! - pedi entre dentes.

—Não tô conseguindo! Não quero levar vocês junto! - falou Olujime. 

E bem, o óbvio aconteceu. A gravidade ganhou e Olujime escorregou de Festus mas não sem antes me soltar para não me levar junto. 

—LEO! FESTUS! SALVA ELE!- gritei desesperada. 

—Segura aí ! - alertou Leo antes de fazer uma guinada. 

Olujime caia e nós voavamos pra baixo tentando o alcançar antes que o chão o fizesse. Tentei ao menos usar o máximo de poder que consegui usando as rajadas de vento para ao menos diminuir a velocidade e nos dar uma chance maior de salvar nosso amigo. Enquanto isso, atrás de nós, o monstro nos seguia e diminuía a distância entre nós. O nosso ataque tinha o deixado aparentemente bem irritado e uma asa dele parecia sofrer para continuar voando. Mas lá estava ele, determinado do mesmo jeito a nos transformar em café da manhã. 

Um baque forte nos sacudiu quando o monstro conseguiu agarrar a ponta do rabo de Festus deixando a gente não só desesperados com a nossa própria segurança, como também de Olujime que estava perigosamente perto do chão. O monstro provou que era forte pois girou o corpo carregando Festus junto e de repente não era só mais Olujime que precisávamos salvar, também precisava salvar a mim mesma. 

Meu cabelo se soltava e atrapalhava minha visão enquanto eu tentava usar o vento pra me manter mais tempo no ar. Ouvi gritos desesperados de Leo que não soube bem discernir e então vi algo que me chamou atenção. Um homem, que por algum motivo era azul, no horizonte voando e olhando para a gente. Não sei se o modelito dele de turista de férias me deixava mais curiosa ou menos preocupada. 

Ele então estalou os dedos e tudo ficou branco por um segundo e então percebi confusa que não estava mais em queda livre no céu. Estava muito bem obrigada no chão meio arenoso com poucas gramas secas. Olhei pro lado confusa e vi primeiro Olujime que estava com uma expressão de total assombro. Do outro lado, estava Leo ainda montado em Festus. 

Depois de recuperado do choque inicial, Leo saiu de cima de Festus e foi correndo em minha direção segurando logo meu rosto carinhosamente entre suas mãos. 

—Cal, você tá bem? - perguntou ele ansioso e não pude deixar de sorrir com a preocupação dele.

—Estou. Você? - perguntei. 

—Tô bem. Tô bem. - disse Leo olhando para Olujime e eu, com pernas bambas, fui ver se ele tava bem pois ele parecia muito pálido. 

—Olujime, você tá bem? - perguntei notando que ele tremia também.  

—A-Acho…. - respondeu ele meio distante e respirando devagar - O-o chão…. Tava muito perto. 

Me virei então para a direção que o sol começava a nascer e olhei para nosso inesperado salvador. Ele sorria de um jeito que me perturbava um pouco mas, no mais, não parecia querer nos matar. Afinal, se quisesse que a gente morresse, era só deixar a gente caindo. Só o fato de ele não parecer querer nos matar já me tranquilizava bastante. 

—Bem vindos ao México! - exclamou ele. 

—O quê?! Mas ainda faltavam alguns vários quilômetros até a fronteira. - disse Leo. 

—Tomei a liberdade de acabar com esses quilômetros que faltavam. - disse nosso salvador apontando para uma cerca alta que cruzava a área à nossa frente até onde eu conseguia ver - Vê? Ali o muro de vocês. 

—Quem é você? - perguntei sentindo minha nuca ficar arrepiada. Meu primeiro chute era que ele era um deus. 

Ele me ignorou e foi para Leo que imediatamente ficou em posição de batalha, embora o cara azul não tenha se preocupado nem um pouco. Nem mesmo quando Festus rugiu e ficou pronto para morder o homem. 

—Você… você é mexicano. Parte ao menos. - disse o homem para Leo e ele inclinou a cabeça estranhando o comentário um tanto aleatório. 

—A família da minha mãe veio do México. - respondeu Leo ainda claramente estranhando o comentário. 

—Claro que é sua mãe. - respondeu o homem - Afinal, seu pai é Hefesto, como disseram seus amigos. 

—Que amigos? - perguntei. 

—Nossa… um monte. - disse o homem - É quase uma lista de chamada. Alex Fierro, Hazel Levesque, Carter Kane, Percy Jackson, Nico Di Angelo e etc etc etc. Uma grande lista. Eles receberam seu pergaminho mágico e vim dar uma carona para vocês já que pareciam precisar e pois assim eles podem ficar me devendo uma. 

—Apresente-se primeiro e consideramos a proposta. - disse Olujime. 

—Yacatecuhtli. - disse ele estendendo para nós um rolo de pergaminho - Podem me chamar de Yac. Sei que Yacatecuhtli pode ser um nome complicado hoje em dia. Sou o deus asteca dos comerciantes e dos viajantes. 

Leo pegou o pergaminho e, pelo olhar dele, acho que ele, assim como e, reconheceu imediatamente aquilo como sendo o pergaminho holográfico em branco que ele enviou junto com o dele para que os outros pudessem usar. Quando ele abriu, a imagem que se formou foi a de Hazel, mas atrás dela dava para ver Will e Frank.

—Leo…Espero que esteja tudo bem ainda. Recebemos seu pergaminho… acho que está óbvio. - disse Hazel soltando uma risada enquanto Will dava tchauzinho sem dizer nada - Pedimos pro Yac te dar uma carona até aqui porque ele é mais rápido nisso.

—Hey! - disse do nada alguém fora da imagem e então Leo percebeu que era Alex quando ela entrou no campo de visão da imagem - Quando chegar aqui, me explica direito esse lance de viagem pra África. Estou com uma sensação estranha. 

—Bem… - disse Hazel tentando encontrar algum pedaço da imagem para aparecer depois que Alex ficou na frente dela - Estaremos esperando por você. Desculpa por não irmos. Estamos todos bem cansados… alguns meio machucados... e Yac garantiu que traria vocês em segurança e os semi-deuses astecas nos garantiram que dava para confiar nele quanto a isso. 

—Semi-deuses astecas? - eu repeti surpresa trocando um olhar rápido com Leo.

—Ele meio que deu uma carona pra gente também. - disse Hazel - Então acho que tá tudo bem mesmo. 

Quando ela terminou essa frase, ouvimos um forte rugido no horizonte. O nascer do sol deixou com que a gente visse nosso inimigo anterior se aproximando. Aquele maldito pássaro com cara de dinossauro voava até nós pronto para continuar nossa briga. 

—Bem, acho melhor nos apressarmos. - disse Yac - Todo mundo subindo no dragão, por favor. É mais fácil assim. Num piscar de olhos estarão na Base Del Quinto Sol. 

— Num piscar de olhos estaremos onde? - perguntei.

— Base Del Quinto Sol. - repetiu ele - Ande logo.

E bem, foi o que fizemos. Ele não tinha oferecido tanta ajuda com a nossa luta anterior além de nos afastar dela, então não queria contar que ele iria lutar contra o pássaro também. Mal tínhamos nos sentado em Festus novamente e do nada estávamos numa viagem extremamente rápida que fez meu estômago embrulhar rapidamente. Acho que os outros sentiram a mesma coisa pois, quando paramos na frente de uma agência de turismo, ouvi Olujime reclamar. 

—Acho que vou vomitar… - resmungou ele saindo de Festus aparentemente meio tonto. 

Dentro da agência de viagem estavam Hazel e Frank. Ela sorriu aliviada ao nos ver e saiu correndo para o lado de fora nos receber.

—O que aconteceu? Estão com uma cara horrível. - perguntou ela enquanto minhas pernas ficaram moles na tentativa de descer de Festus.

—O de sempre. - respondeu Leo - Monstros tentando nos matar, viagens perigosas durante a noite inteira… sabe como é. 

—Nem fale em monstros tentando nos matar - disse Hazel olhando preocupada para o céu como se procurasse algo.

—Kukulcan não sabe desse lugar. - disse Yac - E na proteção da Base Del Quinto Sol, o Asag não pode farejar sua amiga.

—Parece que vocês tem muita coisa para nos contar eim? - eu disse sentindo já minha cabeça latejar por tudo que havia acontecido e também pelo cansaço de ter praticamente virado a noite depois de ter viajado por várias horas num dragão. 

—Não faz nem ideia. - respondeu Frank.

—E quanto ao que nos seguia? - perguntou Olujime olhando para o céu em busca dele. 

—O Kongamato desistiu de seguir vocês pelo o que posso sentir. - disse Yac - Seria muito esforço vir até aqui e ele perdeu o rastro de vocês já. 

—Kongamato? - perguntei - Era esse o nome do monstro?

—É o que parece. - disse Yac - Mas isso não é importante. Agora, entrem logo antes que algo mais apareça tentando matar todos vocês. Vocês são claramente um imã para problemas.


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Notas finais do capítulo

por hj é só! mal posso esperar pelos próximos capítulos! tenho uma surpresa preparada hehe



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