Os Deuses da Mitologia escrita por kagomechan


Capítulo 12
WILL - You're my end and my beginning


Notas iniciais do capítulo

Título em inglês dessa vez... por motivos que verão mais pra frente nesse mesmo cap.

Então, juntando a votação aqui no nyah e no spirit, ficou empatado a quantidade de capítulos :v Sendo assim, decidi fazer os 4 mesmo. Um capítulo para cada casal.

Fiz uma votação num grupo do face (pra aproveitar e divulgar a fic :v ) para ver qual seria a ordem dos casais. O primeiro ficou como sendo Will e Nico. Assim, aproveitem um capítulo de Solangelo.



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WILL

Realmente, eu iria agradecer se pudesse ir rapidamente para o Acampamento Meio Sangue e comer um bom pedaço de ambrosia. Sentia-me extremamente cansado e me preocupava com a preocupação que minha mãe teria se não voltássemos para o hotel na hora que combinamos. No entanto, apesar de eu odiar deixar minha mãe preocupada, a situação exigia que arrumássemos uma maneira de nos curar rápido. Eu podia só estar cansado, assim como os outros, mas, juntando-se ao cansaço, Annabeth ainda estava envenenada, a cara do Carter me fazia pensar que talvez minha cura não tenha sido tão bem feita assim, Nico estava com o pescoço mordido (e espero que ele não acorde no meio da noite querendo chupar meu sangue), Percy estava desmaiado e nossos novos amigos também estavam com alguns machucados, cortes ou arranhões de algum nível. Sentia-me responsável por todos, principalmente por Carter que parecia estar em pior condição, e assim, queria cura-los logo. Com certeza uma boa estadia no chalé de Apolo fosse resolver todos os problemas desse novo grupo que acabou se formando.

Eu olhei para Nico que tocava levemente o machucado como se para ver o quanto estava doendo. Ao tocar o pedaço de pano que impedia o sangramento, a mão dele se afastou novamente enquanto o seu rosto exibia uma cara de dor. Partiu-me o coração ver ele naquele estado. Ele notou que eu estava olhando e corou quando minha mão tocou-lhe a bochecha esquerda acariciando-a e meus olhos miravam a mordida no lado direito do pescoço.

— Posso tentar usar o que me resta de força para te curar – eu disse e ele negou com a cabeça pegando na mão que eu mantinha em sua bochecha.

— Não. Estamos indo para o acampamento né? Lá podemos dar um jeito nisso sem você acabar desmaiando por ter usado seus poderes demais – ele respondeu.

— Estou com medo que você acabe virando um vampiro... E pior... Brilhe quando está no sol – eu disse e ele deu uma leve risada.

— Olha... Se for pra virar vampiro, prefiro virar um vampiro da versão Bram Stroker. – respondeu ele.

— Uh... Drácula. Pelo menos os de Crepúsculo são bonitões. O Drácula dá medo. – eu disse e ele revirou os olhos com um sorriso no rosto.

Tomei uns segundos para prestar atenção em outras coisas além do meu namorado. Por exemplo, o que acontecia ao nosso redor. Aparentemente Percy tinha acabado de acordar e se sentava e então se levantava. Annabeth parecia fraca demais para se levantar e Percy parecia atordoado. Ele sacodiu a cabeça como se tentasse arrumar as forças e então pegou Annabeth nos braços.

Enquanto isso, Carter parecia estar lutando para manter a consciência. Todos nossos novos amigos se reuniam ao redor dele tentando o levantar ou ver qual era o seu estado.

— Temos que ser rápidos, acho que Carter precisa de sérios cuidados médicos – disse Anúbis abrindo um portal para nós passarmos.

— Sim, ele vai direto pro chalé de Apolo – eu disse me levantando também.

— E não será o único – respondeu Annabeth enquanto ela e Percy já iam passando pelo portal.

Eles foram seguidos por Carter que era carregado por Zia e Julian sob o olhar preocupado de Sadie, Cléo e Sean. Quando eu e Nico nos aproximamos para passar também, Sadie parou no meio do portal e olhou para trás.

— Você não vem? – disse ela olhando para Anúbis que, agora eu notava, nem havia saído do lugar.

Ele negou com a cabeça enquanto ela ia se aproximando.

— Não sei se notou, mas Atena não me incluiu na permissão. – ele disse enquanto ela pegava na mão dele – Além disso, sabe que não posso aparecer em qualquer lugar.

— M-Mas...

— Vá para o chalé de Hades. Eu vou tentar aparecer, provavelmente não hoje. Hades me deve uma de toda forma – ele disse dando de ombros. Ela pareceu se conformar e então deu um beijo na bochecha dele e ele respondeu com um beijo doce em seus lábios. Ela sorriu e voltou para o portal.

Eu e Nico terminamos de passar pelo portal e alegrou meu coração ver o acampamento de novo. Especialmente porque lá parecia que estávamos no meio do verão, e não do inverno. Aparentemente, aqueles que haviam passado antes de nós já haviam ido para o chalé de Apolo se curar já que só ficamos para trás eu, Nico e uma Sadie cabisbaixa.

— Se quiser se curar, pode ir para meu chalé. É quase a enfermaria do acampamento. E o chalé de Hades é aquele ali – eu disse indicando os chalés para Sadie – Só uma pessoa dorme lá... Não sei se ele vai querer te emprestar...

Eu olhei de soslaio para Nico que notou meu olhar e suspirou.

— Claro, pode ficar lá.

— Quíron e os outros campistas devem te ajudar com qualquer outra coisa que precisar – eu disse e ela afirmou com a cabeça embora parecesse dividida entre ficar perdida em pensamentos ou admirar o acampamento.

— Obrigada – ela disse com um breve sorriso indo em direção ao chalé de meu pai que estava agora entupido de gente. Esse bando de gente era basicamente nosso grupinho que acabou de chegar de cemitério e os poucos campistas que passaram o Natal no acampamento.

Quíron tentava controlar a situação, entender o que se passava e afastar os campistas curiosos junto com ajuda de Austin (um de meus irmãos). Enquanto isso, o resto dos meus irmãos que tinham alguma habilidade de cura se preocupavam e tratavam com meus amigos distribuindo ambrosia e fazendo quaisquer curativos necessários. Eu peguei uma para mim e dei outra para Nico. Sentamos-nos em minha cama que ficava num lugar mais reservado do que a enfermaria da cabine e pudemos assim, ter um pouco de privacidade.

— Porque será que eu estou com a sensação de que esse problema todo é bem maior do que o do seu pai? – perguntou Nico comendo sua ambrosia enquanto eu fazia o mesmo com a minha. Eu já me sentia bem melhor e via o machucado resultante da mordida que Nico levou se fechando em seu pescoço.

— Provavelmente porque é – respondi para ele.

— Temos que dar um jeito de falar com a sua mãe. Quanto tempo pretende passar aqui? – Nico perguntou-me olhando-me nos olhos.

— As mensagens de Íris ainda não estão funcionando – eu disse suspirando.

— Nenhuma forma de comunicação está. – ele completou.

— Podemos ver com o Percy isso depois. Afinal, ele também tem que avisar a mãe dele. – eu disse e me aproximei do pescoço de Nico onde antes estava a mordida e dei-lhe um beijo bem onde ela estava.

Ele tremeu e se afastou um pouco todo evidentemente sem graça e com o rosto completamente corado e com a mão no pescoço.

— W-Will! – ele exclamou.

— Foi mal – eu disse sorrindo para ele. Corado, ele desviou o olhar por uns segundos e voltou a me olhar nos olhos enquanto tirava a mão do pescoço.

— Não... Eu que deveria dizer isso – Nico disse e então se aproximou de mim beijando-me lentamente por uns segundos como se quilo fosse um pedido de desculpas.

Ao nos afastarmos, eu sorri enquanto deixava minha testa grudada na dele. Ele abriu um sorriso para mim também, mas então se separou ao se deitar na minha cama e se esticar todo. Eu olhei para ele e então deitei ao seu lado.

— A gente podia dormir aqui no acampamento essa noite... Lá no meu chalé – ele sugeriu.

— As harpias iam me devorar vivo – eu disse – Além disso, acho que você vai ter a Sadie como colega de quarto.

— E por acaso meu chalé tem só duas camas?

— Ok então. Eu dou uma fugida daqui e espero não encontrar nenhuma harpia no caminho.

Algumas horas mais se passaram. Nesse meio tempo, conversamos com Percy sobre o que fazer com as nossas mães que a essa altura já deveriam estar preocupadas com o que estava acontecendo com os filhinhos delas. Já que Percy e Annabeth estavam bem saudáveis e prontos pra outra (e de preferência que não tivesse outra tão cedo), eles decidiram voltar para Nova Iorque e iriam alertar tanto a mãe de Percy como a minha mãe. Tenho que agradecer à Percy pelo favor mais tarde.

A noite já cobria o acampamento meio sangue, mas, como não estávamos em qualquer toque de recolher, Nico agora se sentava na beira do lago onde praticávamos canoagem. Ele estava de costas para mim então não havia visto ainda que eu me aproximava. Os vagalumes voavam ao redor dele enquanto eu me sentava ao seu lado. Eu havia ido até o meu chalé pegar uma coisa e ele agora mostrava uma expressão surpresa ao notar o que era essa coisa.

— O que está querendo com esse violão? – ele me perguntou-me.

Eu sorri com a sua pergunta enquanto arrumava o violão em meu colo e me preparava para o tocar.

— Seu presente de Natal. – eu respondi para ele olhando a tempo de ver seu rosto ruborizar levemente – Sei que está meio atrasado. Afinal, o Natal foi ontem. Mas eu tinha esquecido o violão aqui no acampamento.

Eu parei por uns segundos para preparar a voz e então meus dedos começaram a dedilhar o instrumento tocando a música que havia treinado semanas a fio. Obviamente, como filho de Apolo, eu tinha certas aptidões musicas, mas eu estava muito nervoso. Acho que nunca havia ficado tão nervoso ao tocar uma música como eu estava agora. Sentia no fundo de meu coração que a aprovação dele era importante demais para mim. Não só meus dedos dedilhavam as cordas do violão, como também logo comecei a cantar a letra.

What would I do without your smart mouth?
Drawing me in, and you kicking me out
You've got my head spinning, no kidding, I can't pin you down
What's going on in that beautiful mind
I'm on your magical mystery ride
And I'm so dizzy, don't know what hit me, but I'll be alright

My head's under water
But I'm breathing fine
You're crazy and I'm out of my mind

'Cause all of me
Loves all of you
Love your curves and all your edges
All your perfect imperfections
Give your all to me
I'll give my all to you
You're my end and my beginning
Even when I lose I'm winning
'Cause I give you all of me
And you give me all of you, oh oh

How many times do I have to tell you
Even when you're crying you're beautiful too
The world is beating you down, I'm around through every mood
You're my downfall, you're my muse
My worst distraction, my rhythm and blues
I can't stop singing, it's ringing, in my head for you

Meus dedos terminaram de tocar as cordas e eu sentia como se meu coração fosse sair pela boca. Eu olhei para Nico, meu namorado, e senti um aperto no coração enquanto esperava por sua aprovação. Enquanto isso, ele me olhava com a boca semi aberta. Cada segundo que ele demorava a responder eu me contorcia mais me perguntando se ele afinal tinha gostado ou não.

— E-Então? – eu tive que perguntar então.

— F-Foi mal.. Eu travei – disse ele colocando a mão na frente do rosto escondendo o que, agora eu notei, pareciam ser olhos que seguravam lágrimas.

— Você... Gostou? – eu perguntei inseguro como se estivesse caminhando sobre uma pista cheia de ovos que eu não deveria quebrar.

— Eu adorei – ele disse me olhando como se enxergasse minha alma. Ao ouvir essas duas simples palavras, o peso que estava sobre o meu peito se aliviou e eu pude finalmente abrir um sorriso para combinar com o sorriso que Nico agora exibia em seu rosto.

— Não faça mais essa demora a responder. Quase tive um infarto aqui – eu disse botando a mão sobre meu peito e então o olhando ainda com o mesmo sorriso – Eu te amo Nico.

Aquelas simples palavras fizeram o sorriso dele abrir e seu rosto corar mais ainda. Ainda sem responder, ele se aproximou de mim e me tomou os lábios num longo e demorado beijo como se pedisse atenção. O violão estava atrapalhando nossa tentativa de ficarmos mais perto (poxa violão!) assim, tentei esticar as pernas e deixar ele sobre elas. Nunca que o colocaria no chão onde tem terra, insetos e tudo mais. Nico aproximou o corpo dele ao meu e sua mão tocou minha bochecha enquanto levei uma de minhas mãos a sua cintura puxando-o para mais perto. As nossas outras mãos estavam apoiadas na terra como um suporte, mas as aproximando de forma que pudéssemos entrelaçar os dedos.

As estrelas brilhavam no céu e os vagalumes se misturavam com as estrelas. Achei que aquela forma era um jeito perfeito de encerrar um dia turbulento. No final das contas, foi bom ter saído do roteiro e vir para o acampamento hoje. Pois assim pude ter esse final de dia especial com o Nico, sob as estrelas, com uma boa música e a calmaria que estava o acampamento agora. Depois de algum tempo nos beijando, Nico se afastou do beijo, mas se aproximou de meu ouvido e sussurrou.

— Eu também te amo.


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Notas finais do capítulo

Quanto a música que o Will toca, vocês podem ouvi-la aqui:

https://www.youtube.com/watch?v=kxvCMAe_AVY

Prox cap vai ver Annabeth e Percy