The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 9
Aceitando tudo que aconteceu?


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olá, terráqueos! Cómo estás?
Dois capítulos no mesmo dia? Que que isso, coração?
Se tem internet, tem que aproveitar, não?
Boa leitura, meu povo.
Ps: se vocês ficarem perdidos, saibam que isso é três meses depois do acontecimento do capitulo passado, ok?
Ps2: gente eu achei um rosto pra fazer o gostoso do dr. Palmer. Imaginem ele como Kellan Lutz, o Emmett da saga Crepúsculo.



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 –Bom dia. - escutei a voz rouca de Tyler no meu pé do ouvido.

—Bom dia. - murmurei aconchegando mais minha cabeça em seu peito.

—Temos que levantar. Seu despertador já tocou as cinco vezes. - ele falou passando o indicador pela linha da minha coluna.

—Vamos faltar hoje. - ergui minha cabeça para olhá-lo.

—Temos provas hoje. - ele sorriu.

—O que? - murmurei confusa.

—De Física e Literatura. - revirei os olhos.

—Não suporto provas. Capacidade de ninguém é definida por uma folha de papel. - resmunguei levantando. - Vou tomar banho. Você vem? -

—Claro. - tirei a camisa e a calcinha, deixando elas no chão. Entrei no box do banheiro e liguei o chuveiro. - Minha escova ainda está aqui? -

—Está. - senti as mãos de Tyler ao redor da minha cintura e soltei uma risada. Ele depositou um beijo no meu ombro e pegou o sabonete líquido, começando a passar em minhas costas. - Oba. Massagem. - sorri.

Meus planos de tomar um banho rápido foram um pouco por água abaixo, mas conseguimos tomar um bom banho. Escovamos os dentes e saímos do banheiro.

—Melinda! O café está na mesa! - Michelle gritou da cozinha.

—Já estou indo! - gritei de volta. - Eu acho que ainda tem uma roupa sua aqui. - falei procurando as peças de roupa de Tyler.

—Sei que camisa deve ter de sobra. Três meses e eu já te vi com umas 20 camisas minhas. - ele falou deitando-se na cama. - Agora entendo porque eu procurava certas camisas e não encontrava. -

—Tem várias camisa suas, sim. E ai de você se tentar pegar elas de volta. - ameacei pegando uma calça jeans e uma cueca box preta, jogando na direção dele.

Vesti uma lingerie preta e um vestido da mesma cor com alças, com a saia rodada e que ficava acima dos meus joelhos. Enquanto procurava por uma camisa para Tyler, senti ele beijar meu pescoço e mordê-lo.

—Você está gostosa, amor. - sorri.

—Eu sei. - peguei uma camisa branca de mangas compridas e entreguei a ele. Peguei dois casacos e entreguei um a Tyler, vestindo o meu.

—Você também andou pegando meus casacos? - ele arqueou a sobrancelha. Sorri ao olhar meu reflexo no espelho.

—Eu gostei desse, então não reclame, amor. - falei pegando a escova de cabelo.

—Ela até que ficou boazinha em você. - ergui a sobrancelha.

—Boazinha? - ele sorriu. - Meus sapatos continuam no mesmo lugar. Procura um para você. - esse era o bom da minha amizade com o Tyler: tínhamos o mesmo tamanho. Ele não pega minhas roupas porque não quer.

—Qual sapato você quer? -

—Pode escolher. - falei passando um gloss, rímel e lápis de olho.

—Aqui, my lady. - Tyler apareceu do meu lado com uma bota marrom escuro cano curto e salto pequeno quadrado.

—Muy bien. Merece un enhorabuena. - disse pegando o sapato e me sentando na cama, começando a calçá-lo.

—¿Un enhorabuena? Yo quería algo más. un beso, ¿quién sabe? - balancei a cabeça.

—Seu espanhol está melhorando. - falei levantando.

—Gracias. - Tyler sorriu.

—Melinda! Você vai chegar atrasada! - foi Michael quem gritou dessa vez.

—Isso não será algo novo, pai! - gritei de volta e olhei para Tyler.

—Quer tomar café? - ele arqueou a sobrancelha.

—Eu planejava voltar para casa. -

—Você quem sabe. - dei de ombros e peguei minha mochila. - Nos vemos na escola, amor. - dei um beijo rápido nele e sai do quarto. - Espero que o Adam não tenha tomado todo o café. - falei jogando a bolsa no sofá e indo para a cozinha.

—Que demora foi essa? - minha mãe perguntou me olhando.

—Estava me arrumando, oras. - dei de ombros me sentando na mesa.

—Aposto que o Tyler distraiu ela um pouco. Por que não o chamou para tomar café? - olhei para Michael.

—Como você sabe que o Tyler estava aqui? - perguntei colocando café na minha xícara.

—Eu entrei no seu quarto para te acordar. - ele deu de ombros.

—A sua sorte, pai, é que a gente sempre veste a roupa antes de dormir. Eu não faço questão, mas o Tyler sim, então... - falei bebendo um gole do meu café.

—Espera aí. Você e o Tyler? Tyler? Nosso amigo? - Adam questionou me encarando com um olhar sério.

—Sim, esse Tyler mesmo. Por que tanto espanto? - perguntei pegando uma torrada.

—Você não tinha dito que não estava namorando o Tyler? - Michelle indagou arqueando a sobrancelha.

—Eu disse que ela e o Tyler namoravam. - Will falou com a boca cheia.

—Já falei mil vezes que Tyler e eu não namoramos, pirralho. - revirei os olhos.

—Por que não nos contou que você e Tyler estavam juntos? - Adam perguntou cruzando os braços.

—Vocês nunca perguntaram. - dei de ombros.

—Perguntamos, sim. - meu pai falou.

—Não perguntaram, não. Vocês questionaram se Tyler e eu estávamos namorando. São coisas diferentes. - terminei de comer e levantei. - Se me dão licença eu tenho que ir para a escola. - peguei uma maçã.

—Espera que eu vou com você. - Adam levantou.

—Se isso é um álibi para você começar a me encher de perguntas, saiba que... -

—Não, sua idiota. Eu realmente preciso de uma carona. Alguém fez o favor de sujar meu carro com suco de uva. - ele falou olhando para Will que balançou a cabeça.

—Não fui eu. - o pirralho falou encolhendo os ombros.

—Foi bem o Papai Noel! - ele resmungou.

—Mas ainda não é Natal para o Papai Noel aparecer, Adam. - Will disse me fazendo rir.

—Sabe, William, o Papai Noel não exis... - cobri a boca de Adam antes que ele falasse besteira.

—Não estrague a infância do garoto, Adam! - falei puxando ele pelo braço para fora da cozinha. - Até mais, família! -

Depois de pegar minha mochila e a chave do carro, Adam e eu saímos de casa indo até meu carro. Mordi minha maçã e entramos no dito cujo.

—Você vai dirigir comendo maçã? - e lá estava a sobrancelha arqueada.

—Sim, por que? - falei jogando a mochila no banco de trás.

—Não estou a fim de morrer, Melinda. Me deixa dirigir. - foi a minha vez de arquear a sobrancelha.

—Dirija seu carro sujo com suco de uva. - falei dando outra mordida na fruta e dando a partida. - Eu sou uma mulher, Adam. Mulheres são multi tarefas, maninho. Fora que nós conseguimos fazer tudo em cima de um salto, então relaxa a bunda aí e cala a boca. - coloquei o cinto de segurança.

—Aposto que o Tyler não reclama desse negócio de multi tarefas. - ele murmurou alto suficiente para eu escutar.

—Eu já ia perguntar quando o falatório começaria. - resmunguei apertando a fruta na minha mão.

—Quando você pretendia me contar? - revirei os olhos e virei em uma esquina.

—Adam, eu não tenho que te dar satisfação da minha vida. Já estou bem grandinha, ok? Fora que vocês nunca perguntaram se Tyler e eu estávamos juntos. Rotularam isso como namoro. E, definitivamente, isso não é um namoro. - expliquei escutando ele respirar fundo.

—E o que vocês têm? -

—Somos amigos e nos pegamos as vezes. - dei de ombros.

—Com pegar você quer dizer transar? - assenti sorrindo. - Isso é nojento. O Tyler é meu amigo. Nosso amigo. -

—E daí? - arqueei a sobrancelha. - Quando eu te apresentei a Amy você não perdeu tempo e logo se jogou em cima dela. E quando ela apareceu lá em casa, quando eu cheguei depois de ser assaltada, você deu em cima dela de novo. -

—É diferente, Melinda. - parei em um semáforo que estava vermelho e o encarei.

—Diferente? Diferente como, Adam? -

—Eu sou... -

—Epa, epa, epa! É melhor nem completar essa frase machista, ok? Vou te privar disso. - mordi a fruta e dei a partida. - Era só o que me faltava! - resmunguei e virei em mais uma esquina. - Você era menos preconceituoso, Adam! -

—Não é preconceito! É só que você é minha irmã! E o Tyler meu amigo. -

—Grande bosta. - revirei os olhos. - Acho melhor pararmos por aqui. O que você falar não irá fazer com que Tyler e eu acabe com o que temos. - falei estacionando o carro na minha vaga no estacionamento da escola. - Agora, finja que está feliz porque eu estou feliz. - sorri depois de tirar mais um pedaço da maçã.

—Está feliz por que dormiu com o Tyler? -

—Estou feliz porque estou feliz. - continuei sorrindo. - Estou me sentindo bem, Adam. Leve. Faz tempo que não me sinto assim. - o meu irmão ficou calado, me observando. Peguei minha mochila no banco de trás e sai do carro, acompanhada de Adam.

Entramos na escola e fomos em direção ao armário dele. Adam pegou seus livros e fomos até o armário dele. Adam pegou seus livros e fomos até meu armário, encontrando o restante do nosso grupo encostados nos armários.

—Hey, pessoas. - sorri abrindo meu armário e pegando os livros que precisava nesses primeiros horários. - Como vão? -

—Bem. - Tyler e Chris responderam.

—Eu estou morto! Tive que cuidar dos meus irmãos, acredita? - Charlie falou com um ar cansado.

—Os quatro? - Charlie assentiu. - Uau. E eles se comportaram? -

—Não! - ri da cara sofrida de Charlie.

—Maninha, não vai dar um beijo no Tyler? Aliás, vocês estão se pegando, não? - respirei fundo sentindo uma imensa vontade de socar a cara do Adam.

—Você e o Tyler estão se pegando? - Chris e Charlie questionaram ao mesmo tempo.

—Contou a ele? - Tyler indagou arqueando a sobrancelha.

—Digamos que meu pai entrou no meu quarto, viu a gente dormindo e comentou isso quando todos estávamos tomando café. Acho que eu herdei esse negócio de fazer os outros passarem vergonha do Michael. - dei de ombros.

—Então quer dizer que você está mesmo pegando o Tyler? Desde quando? - olhei para Tyler.

—Foi dois anos depois que nos conhecemos? - perguntei  a Tyler confusa.

—Não sei direito, mas sei que foi quando a gente tinha, mais ou menos, uns 14 anos. - ele respondeu.

—Ah, sim! Foi nesse tempo mesmo! - sorri.

—Vocês estão se pegando há 4 anos? E só agora que estou sabendo? - Charlie questionou subindo o tom da voz. Algumas pessoas olharam para a gente.

—Melinda, isso já passou dos limites, não? - Adam falou com a cara fechada.

—Agora deu o trem virado mesmo! - resmunguei.

—Melinda e eu não contamos nada, porque vocês nunca perguntaram, oras. - Tyler explicou dando de ombros.

—E antes que vocês digam que perguntaram sim, eu vos digo que não. Todos sempre perguntou se estávamos namorando e não estamos namorando, nunca estivemos. - falei cruzando os braços.

—Vocês estão fazendo tanta tempestade num copo d'água com essa história da Melinda e do Tyler se pegando que não quero nem ver quando vocês souberem que Melinda e eu transamos. -

—O que?! - Adam e Charlie gritaram.

—Decidiu falar, coração? - perguntei sorrindo para Chris que deu de ombros.

—Eu sabia! - Tyler falou rindo empolgado. - A relação de vocês era... -

—Então quer dizer que vocês duas transaram? - Adam interrompeu Tyler. - Céus! Minha irmã é pior que eu! - ele murmurou passando as mãos na cabeça e olhou para Charlie. -Você também transou com ela? Porque é só o que está faltando! -

—Melinda, achei que éramos amigos. - Charlie falou me encarando

—E somos. - ergui a sobrancelha. - Por que? Você quer que eu transe com você também? A gente pode usar aquele nosso cantinho. Usei algumas vezes com o Tyler e a Chris. É útil. - ele revirou os olhos.

—Você esconde mais algum segredo? Porque eu achava que de todos nós, você era a única que não guardava segredos. - Charlie cruzou os braços. Olhei para Tyler.

—Certo. - falei olhando para o chão. - Eu tenho um. Já está na hora de vocês saberem mesmo. - encolhi os ombros.

—Tem certeza que vai contar? - Tyler questionou e eu assenti.

—Certo. Eu... eu tenho... tenho algo. -

—Algo? Algo o que? - Chris indagou.

—Eu tenho um propósito nesse mundo. - ergui a cabeça e encarei todos eles. - Ser mãe! Gente, estou grávida! Espero que sejam gêmeos. Sempre gostei de crianças. - sorri largamente.

—Fala sério, Melinda! - os três falaram juntos revirando os olhos. Tyler me encarou. Provavelmente achou que eu iria contar sobre meus poderes. Até parece que eu iria falar sobre isso no corredor da escola. - Você não cansa de bancar a engraçada? - Charlie cruzou os braços.

—Ahm, deixa eu pensar. Não, não canso. - falei sorrindo. O sinal tocou.

—Qual é a aula agora? - Chris perguntou.

—Física. - respondi. Essa era a única aula em que nós cinco tínhamos juntos. - Aposto dez dólares que o professor nos separa assim que entrar na sala. - falei mostrando a nota.

—Aposto dez dólares que ele nos separa depois de cinco minutos que começar a aula. - Charlie falou.

—Quinze minutos. - Tyler expressou sua ideia.

 

—Eu vou arriscar. Três minutos. - Adam cruzou os braços. Olhamos para Chris.

—Eu acho que ele não vai nos separar. - arqueei a sobrancelha.

—Saiba desde já que vai perder, gostosa. - disse começando a caminhar em direção à sala.

Sentamos um perto do outro e esperamos o professor chegar. Depois que o sinal tocou pela segunda vez o professor entrou na sala.

—Bom dia. - o sr. Otto desejou indo até sua mesa. Respondemos em uníssono. Ele olhou ao redor da sala parando o olhar em mim e nos meninos. - Srta. Hunters, aqui para frente; sr. Pierce, para o outro lado da sala; srta. Lockwood, para o meio; sr. McClain para a última cadeira do canto e sr. Hunters, fique onde está. -

Antes de ir para o lugar onde ele me mandou sentar, olhei para meus amigos e sorri. Faturei 40 dólares.

***

—Como você está hoje, Melinda? - dr. Palmer perguntou.

—Vou bem. E você, Richard? Já encontrou a mulher da sua vida? - ergui a sobrancelha.

—Eu estou bem. E não, não encontrei. - ele respondeu com um sorriso.

—Que pena. Vai ver você não esteja procurando direito, sabe? Talvez, a mulher da sua vida esteja na sua frente e você só não prestou atenção. - o terapeuta ergueu a sobrancelha.

—Talvez eu tenha prestado atenção sim. - sorri e me ajeitei no divã. - E seus poderes? Como estão? -

—Bem controlados. - meu sorriso cresceu mais. - Assim como meu preparo físico e pontaria. Estou quase me tornando um clone da Viúva Negra, acredita? - Richard riu.

—Acredito que os treinamentos com a Amélia tenha ajudado bastante. - assenti concordando.

Durante esses três meses que se passaram, Amy realmente cumpriu com a palavra dela em me ajudar. O problema foi achar um lugar que eu pudesse treinar meus poderes sem que ninguém visse e se machucasse.

Logo Tyler disse que tinha um galpão que estava abandonado há anos que ficava algumas quadras da casa dele. E como a casa dele era perto da minha, ninguém desconfiou de nada.

E os treinamentos tiveram sucesso. Não machuquei o Tyler, nem a Amy, nem ninguém. Acho que foi por causa das consultas. Eu acabei falando para o dr. Palmer sobre tudo: a explosão, meus poderes, os pesadelos, o sentimento de culpa, a HYDRA atrás de mim.

Ele me fez aceitar o que aconteceu e que nada que eu fizer pode mudar. O dr. Palmer me fez aceitar que a culpa não foi totalmente minha. Aliás, quando eu entrei no laboratório a porta estava aberta e era para ela estar fechada. Ele também disse que isso não era para eu fazer a caveira dessa pessoa, seja lá quem seja, e sim, para que eu não me culpasse sozinha. Inclusive, consigo chamar ele de Richard. Foi difícil no início, mas aqui estou.

—O Tyler também ajudou e até aprendeu alguns golpes. Se caso a HYDRA for atrás dele, ele pode se defender melhor, digamos assim. - falei brincando com o zíper do meu casaco.

—Bom você tocar nesse assunto da HYDRA. Então? A HYDRA foi atrás de você novamente? - olhei para Richard.

—Não. Nem sinal da HYDRA. - falei baixo fitando minhas mãos.

—E isso te aflige, certo? - assenti pressionando os lábios. - Por quê? -

—Por mais que eu fique feliz pela minha família e meus amigos não estarem, de certa forma, em perigo, eu sei que a HYDRA ainda está por aí. E se ela não fez nada até agora é porque está planejando algo, não? - encarei Richard que suspirou e puxou mais a cadeira de rodinhas para perto do divã.

—Olha, Melinda, o que vou falar é como seu psicólogo e amigo. - ele colocou suas mãos sobre as minhas e encarou meus olhos. - Não vou te dizer que a HYDRA te deixou de lado, porque isso não acontece nunca. Eu te falo para você viver sua vida. Saia com seus amigos, com seus pais, saia com você mesma. Contudo, preste atenção as pessoas ao seu redor. Qualquer um pode ser um capanga da HYDRA, mas agora você tem o controle dos seus poderes. E isso já é uma vantagem. Eu só te peço que não subestime a HYDRA. Nunca, ok? - assenti.

—E quando que eu vou sair com você? - questionei arqueando a sobrancelha. Richard riu.

—O que acha de um café assim que a consulta acabar? - sorri.

—Acho ótimo. -

***

—Então quer dizer que você e o dr. Palmer saíram para tomar café? - Amy perguntou enquanto desferia mais um soco na minha direção.

—Sim. - defendi um chute que vinha na altura da minha cabeça. - Richard é um fofo, Amy. Fofo até demais. Lógico que a gente flerta, mas não passa disso. E você acha que eu sou mulher só de flertar? - ela riu e defendeu um soco meu.

—Realmente, o Richard é um gato que faz qualquer um suspirar pelos cantos. - defendi um soco dela e passei meu braço pelo pescoço dela, dando um mata-leão.

—O Capitão vai ficar com ciúme, Amy. Que coisa feia. -

—E ele é seu terapeuta, Melinda. Que coisa feia. - ela disse tentando se soltar. - Ah! Ainda bem que você tocou no Steve. O Tony vai dar uma festa para comemorar a vitória dos Vingadores em Sokovia. -

—Sokovia? O que é isso? - perguntei sem deixar Amélia sair.

—É um país. -

—Chamado Sokovia? Acho que meu professor de Geografia não é mais qualificado para o cargo. Acho que depois disso vou até pedir que demitam ele. Nunca fui com a cara dele mesmo. -

—Enfim, os Vingadores exigiram a presença de vocês. - Amélia falou e então bateu em meu braço.

—Opa! Festa? Estou dentro! - disse soltando ela e levantando. -E com os Vingadores? Só dispensaria se estivesse maluca! -

—Festa na Torre dos Vingadores, com os Vingadores e comemorando a vitória dos Vingadores em uma batalha. Estou dentro. - Tyler falou e logo em seguida escutei disparos. Virei-me com as mãos erguidas enquanto o escudo emergia delas. Sorri para Tyler.

—Parece que não foi dessa vez, amor. - falei olhando para ele que sorria.

—Está cada vez mais rápida, Melinda. Parabéns. - sorri mais ainda.

—Depois que fui atingida por uma dessas balas eu procurei não ser atingida novamente. É bala de festim, mas dói de qualquer jeito. - virei-me para Amy e foi quando o pé dela passou há poucos centímetros do meu rosto. Arregalei os olhos atônita e me afastei. - Ficou maluca? -

—Não se distraia! - ela falou entre dentes e partindo para cima. Defendia os golpes da mesma forma que tentava acertá-la. Foi quando Tyler também veio para cima de mim.

—Epa! Dois de uma vez? - falei aumentando algumas oitavas e defendendo um chute de Tyler. Segurei o tornozelo dele e o empurrei para trás, enquanto defendi um soco de Amy com antebraço. Sorri e dei uma meia lua, acertando seu braço e a derrubando no chão. - Parece que Melinda Hunters botou os dois no chão! - dei alguns pulinhos e cai no chão, sentindo a lateral da minha cintura doer.

—Não conte vitória antes do tempo, amor. - Tyler falou sorrindo fazendo-me resmungar um palavrão e ergui minha perna, chutando o abdômen dele. Ele segurou meu tornozelo, do mesmo jeito que fiz com ele. Mas ele não contava com a minha astúcia! Com a outra perna eu dei uma rasteira nele, o levando ao chão acolchoado novamente. Ainda bem que preparamos aquele galpão com equipamentos de luta e um chão fofinho, para ninguém se machucar.

Coloquei minhas mãos ao lado da minha cabeça e levantei como naqueles filmes de ação, em que o cara empurra o corpo com as mãos e simplesmente fica de pé já em posição de ataque. Natasha me ensinou isso muito bem!

Amy estava de pé, com os punhos levantados e em posição. Dei um sorriso de lado e corri na direção dela. Ergui minha perna, ela defendeu no mesmo tempo em que dava uma joelhada em minha barriga. Senti um pouco de dificuldade para respirar, mas logo me recompus, tentando acertá-la com um soco. Ela defendeu novamente e me acertou com uma cotovelada nas costas. Ok, chega de brincadeira.

Me aproximei de Amélia e me esquivei de outro soco, coloquei minha mão na nuca dela e puxei a cabeça dela para trás. Ela grunhiu e tentou me acertar novamente com outra cotovelada no ombro, mas eu segurei seu braço e de soslaio vi Tyler se aproximando.

Ergui a minha perna para trás e dei um chute na altura do peito dele, fazendo-o se afastar. Soltei o pescoço de Amy e dei uma cotovelada no meio dos peitos dela, a derrubando no chão. Foi quando senti Tyler me dando um mata-leão.

Uma cotovelada nas costelas e ele me soltou. Em um movimento rápido apoiei minhas mãos no chão e joguei meu corpo para frente, minhas pernas ficaram nos ombros dele e ergui meu corpo, dando uma chave de perna em Tyler.

Ele aguentou alguns minutos, até que bateu em minha perna. Sorri e joguei meu corpo para trás, apoiando as mãos no chão e tirando as pernas dos ombros de Tyler. Parei em pé e com os punhos erguidos.

—Ok. Ela está melhorando cada vez mais. - Amy falou com a mão onde eu bati. - Estou achando que você quebrou uma das minhas costelas. - baixei as mãos.

—Diga que isso é só drama. Por favor. - pedi a olhando. Amélia riu.

—Está tudo bem, Lindinha. Só preciso de um tempo. - assenti e olhei para Tyler.

—Você está bem? -

—Andou aprendendo golpes novos. -

—Natasha. - sorri. - Então? Quando acontece essa festa? - me sentei no chão.

—Daqui há três dias. - ela se deitou. - Os Vingadores chamaram vocês dois e seus pais, Melinda. -

—Você vai? - ela assentiu. -E o Pinguim? Faz tempo que não vejo o Coulson. -

—Disse que se desse ele iria. Você sabe, diretor da S.H.I.E.L.D. e tudo mais. - Amy suspirou. - Vocês vão, não vão? - ela nos encarou.

—E eu recuso convite para festa? - falei arqueando a sobrancelha.

—Se Melinda for, estarei lá. - Tyler dei de ombros se jogando no chão. - Caramba. Estou morto. -

—É, treinar com Melinda não é brincadeira. - Amélia murmurou passando as mãos pelo cabelo.

—Talvez seja por causa dos meus poderes, sabe? Eu não sou uma humana comum. - dei de ombros sorrindo.

—Será que egocentrismo é uma das habilidades desses poderes dela? - Tyler questionou sarcástico.

—Não, acho que ela já nasceu com isso. - Amélia riu.

—Se eu tivesse que escolher uma habilidade eu escolheria voar. - falei colocando meus braços para trás e apoiando o peso do meu corpo. - Voar deve ser muito legal. - fechei os olhos imaginando a sensação. - Você deve se sentir como um passarinho. Livre. A sensação de liberdade deve ser boa. Queria poder voar. -

—Acho que isso não será problema, Lindinha. -

—O que? - abri os olhos e observei que eu não estava no chão. - Wow! - falei levantando, mas eu estava voando, não é mesmo? - O que é isso? O que está acontecendo comigo? -

—Você está voando, não? - Tyler questionou sorrindo.

—Não! Eu não sei voar! - falei gesticulando. - Céus. Está alto. Eu vou cair e me quebrar toda! Eu não sei voar, gente. A única fez que eu voei foi se asa delta e eu, com certeza, não tenho asas! -

—O que você fez? - Amélia perguntou levantando.

—Eu não sei! Eu só imaginei a sensação e agora eu estou a quinze metros do chão! -

—Tecnicamente são 10 metros. - olhei para Tyler.

—Cala a boca, Tyler! - resmunguei. - Como eu faço isso parar? -

—Imagina você no chão. Terra firme, sabe? Talvez funcione. - assenti para a fala de Amélia.

Imaginei eu descendo devagar para o chão sem que eu me machucasse. Meus pés tocando no chão. Estava indo todo bem, até que eu senti a gravidade me puxando para baixo.

O plano de descer devagar e sem me machucar foi por água abaixo já que eu me ferrei toda no chão. E doeu.

—Lindinha, você está bem? - assenti enquanto soltava mais um gemido de dor.

—Voar deve ser legal, mas precisa de prática. - murmurei. - Caso contrário, você pode virar papinha de bebê. -

—Você está bem mesmo? - Tyler ofereceu a mão para me ajudar.

—Estou. Eu só... fator de cura avançado. Não se preocupe. - olhei para os dois. - Como isso aconteceu? -

—Não sei. Talvez você devesse falar com o Bruce. Sabe, cientista. - Amy falou fazendo-me assentir devagar.

—Certo. Eu vou falar com o alter ego do Gigante Esmeralda o mais rápido possível sobre isso. - encarei os dois com um sorriso.

—Não, não, não. Chega de treinar! -

—Eu sei voar! Quer dizer, eu não sei voar, mas eu posso aprender. E como é que se aprende? Praticando! - fiquei em pé. - O que acham? -

—Amanhã, Melinda. Estamos cansados. -

—E eu não? - suspirei. - Ok, ok! Amanhã! - revirei os olhos.

—Querem uma carona? Estou de carro. - Amélia falou sorrindo.

—Ah, não. Tyler e e eu vamos voltar para casa como das outras vezes: correndo. - olhei para o garoto. - Quem chegar por último paga a pizza! - falei começando a correr. - Até amanhã, Amélia! - gritei antes de sair do galpão. Tyler veio logo atrás. - Você não cansa de perder? -

—Não me lembro de ter perdido ontem. - ele sorriu.

—Oras! Não foi você que quase levou um tiro! - disse revirando os olhos. - Mas esqueça ontem e foque no agora! - falei sorrindo e correndo mais rápido. Tyler ficou para trás, mas logo tratou de correr mais rápido.

Já fazia um tempo que eu e ele tínhamos adotado esse meio de voltar para casa. Era uma forma de dizer para nossos amigos o que fazíamos todas as noites caso eles perguntassem.

Tyler e eu chegamos ao mesmo tempo. O que foi uma droga. Significa que o preço da pizza será dividido. Droga.

—É, parceira. Não foi dessa vez. - ignorei o tom debochado de Tyler e respirei fundo, começando a recuperar o fôlego.

—Certo. A pizza fica para outro dia. - falei colocando minhas mãos em meus joelhos, apoiando todo meu peso. - Eu vou indo para casa. -

—Mas já? E sozinha? - assenti.

—Relaxa, Ty. Eu sei me defender. - sorri e dei um beijo rápido nele. - Até amanhã, amor! - disse me virando e começando a correr.

Minha casa não ficava longe da de Tyler. Uns quatro quarteirões e lá estava a casa da família Hunters. Era uma corrida de 15, 20 minutos. Mas lógico que Melinda Hunters tinha que extender mais esse tempo.

—Ei! Você não olha por onde anda? - escutei alguém resmungar.

—Levando em conta que eu estava correndo e não andando? Ahm, não, eu não olho por onde ando. - falei revirando os olhos. Olhei para o cara e sorri. - E ainda bem que eu não olho por onde ando. -

—Você está bem? - ele questionou me encarando nos olhos.

—Ah, claro. E você? Eu amassei essa sua roupinha toda alinhada? - perguntei irônica. O rapaz olhou para a sua roupa e riu.

—Não. Minha roupa está intacta. Prazer, Jackson. - ele estendeu a mão.

—Ah, não, meu amor. O prazer é todo meu. - disse apertando a mão dele. E que aperto forte! Também, com umas mãos grandes dessas. Ah, essas mãos pelo meu corpo... - Ah! Me chamo Melinda. - puxei minha mão de volta sorrindo.

—Aceita tomar um café? - ele sorriu.

—Você é comprometido? - ergui a sobrancelha.

—Não, por que? - sorri.

—Porque eu não vou querer só um café. - disse dando uma conferida nele e dando as costas, indo em direção à cafeteria do sr. Campbell. Jackson me seguiu.

***

Eu não demorei cinco ou quinze minutos para chegar em casa. Eu levei quase uma hora e meia para chegar em casa.

Isso porque Jackson e eu transamos três vezes seguidas. Uma no elevador do prédio dele, outra nas escadas que levava para o terraço e no terraço. Aquele cara era ótimo com orgasmos. Ele me deu o número de telefone caso eu quisesse tomar um café novamente. Ah, e eu queria.

Cheguei em casa achando que todos já dormiam ou estivessem se preparando para dormir, mas eles estavam na cozinha.

—Mãe? Pai? - chamei-os indo em direção ao cômodo. Eles não estavam sozinhos, tinha uma mulher com eles. Antes que eu visse quem era pelo balcão, meus pais apareceram na minha frente.

—Melinda. Como você está? - Michelle questionou.

—Oi. - falei tentando olhar sobre o ombro de Michael. - Quem está aí? - minha mãe revirou os olhos.

—Não dava para segurar essa curiosidade alguns minutos a mais? -

—Parece que um presente de aniversário chegou mais cedo. - franzi as sobrancelhas confusa com a fala de Michael. Foi então que eles saíram da minha frente e a mulher apareceu.

—Vó! - falei sorrindo e correndo até ela, abraçando-a. - A senhora está aqui! - disse empolgada.

—Sim, minha querida. Como você cresceu! Está mais linda! - me separei dela e senti sua mão afagando meu cabelo.

—Linda sempre fui, vó. Tive a quem puxar. - sorri.

—Deixe de falar besteira, meu amor. Mas me conte: como você está? -

—Bem melhor agora. O que deu em você para vir para New York hoje? Achei que a senhora só vinha no meu aniversário! - sorri.

—Decidi me dar ao luxo de ver meus netos sem data marcada. Fazer surpresa. - ela riu.

—Dona Juliet gostando de surpresas? - ela suspirou.

—O que eu não faço por vocês? Agora você vai me contar tudo que aconteceu com você, meu amor. Quero saber tudo. - ela falou me puxando para sentar na mesa.

—Prepara os ouvidos, dona Juliet, porque aconteceu muita coisa. - disse rindo e começando a contar tudo desde a última visita da minha avó por parte de pai. Pai biológico.

Juliet Walker era tudo para mim. Ela era a última pessoa que me restou da família do meu pai já que minha vó só teve um filho. E mesmo eu tendo matado o único filho dela, não houve nenhum julgamento de sua parte. Diferente de Vitória que eu não fiz nada para ela e me julgou, deixando de ser minha avó.

—Então quer dizer que você aprendeu a controlar seus poderes? - ela questionou sorrindo.

—Sim, vó. Eu... eu tive mais ajuda dessa vez. Tyler, Amélia, os Vingadores, meus pais, o meu terapeuta. - suspirei. - Cada um deles me ajudaram a me convencer de que eu era capaz de controlar meus poderes e tudo mais. Fora que eles insistiram tanto que eu já estava ficando maluca. - ela riu e segurou minha mão.

—Eu sempre soube que você era capaz de controlá-los, minha menina. - seu polegar afagava as costas da minha mão. - Mas eu quero saber se você aceitou que a morte do Richard não foi sua culpa. - baixei o olhar para nossas mãos juntas.

—Em parte, sim. Não vou dizer que a morte do meu pai não foi minha culpa. Eu sei que foi minha culpa, eu causei aquela explosão. - respirei fundo e olhei para minha vó. - Acontece que agora eu sei que nada que eu fizer vai mudar isso. Eu vivi 11 anos com essa culpa e vou continuar vivendo com ela, mas estou melhor. Com a consciência mais leve. - ela sorriu serenamente.

—Não foi sua culpa, querida. - sorri e coloquei minha mão livre sobre as nossas juntas.

—Eu sei, vó. Mas quem disse que eu consigo aceitar? - suspirei. - Está tudo bem. Eu consigo conviver com isso. -

—Tudo bem, minha querida. Agora se você não se importa, a velha aqui vai se deitar. Uma mulher da minha idade não tem mais o luxo de dormir tarde. - ela falou se levantando. Soltei uma risada e levantei também.

—Vai ficar quanto tempo? - perguntei saindo da cozinha com ela.

—Tempo suficiente para aproveitarmos, minha menina. - ela sorriu.

Chegamos ao quarto de hóspedes onde ela iria ficar e nos despedimos. Virei meus calcanhares e caminhei até meu quarto, abrindo a porta e entrando. Tinha alguém ali. Tateei a mão pela parede e apertei o interruptor.

—Chris? - franzi as sobrancelhas. - O que você está fazendo aqui? - fui até ela que estava sentada na cama encolhida. Isso não está me cheirando bem.

—Posso dormir aqui hoje? - ela sussurrou.

—E isso é pergunta que se faça, Chris? - sorri, mas nada dela retribuir. - O que aconteceu? Seus pais de novo? - ela assentiu.

—Eles vão se separar. Eu não estou preocupado com isso, a separação. É só que... eles não se importam mais comigo, entende? Eu estou no meio daquilo tudo e eles não dão a mínima para o que eu estou passando, o que estou sentindo. Isso é chato, sabia? - ela falou suspirando e passando as mãos pelo cabelo.

—Sei, sim. E eu não vou dizer que sei o que você está passando ou se isso vai melhorar. Porque eu não sei se isso vai melhorar, não faço a mínima ideia. - sentei no chão de frente para ela e coloquei minhas mãos em seus joelhos. - Mas o que eu posso dizer, amor, é que se você não falar com seus pais sobre tudo isso, sobre o que você passando, isso pode não mudar, entende? -

—Mas eles não dão a mínima para mim, Melinda! -

—Eles estão juntos há quanto tempo? 20, 25 anos? - ela assentiu. - Então você sabe que eles ligam para você, sim! Só que também temos que entender o lado deles. Estar juntos todo esse tempo e então bum! Os dois estão em um tribunal em lados opostos e querendo uma única coisa: separação. -

—Eu só quero... esquecer isso por um tempo. - ela suspirou se jogando na cama.

—Quer chocolate? Chocolate faz bem. - ela ergueu a cabeça um pouco apenas para me ver.

—Eu pensei em outra coisa que também envolve você. - ela sorriu. Sorri também e subi na cama, ficando com os joelhos ao lado das pernas dela.

—Poderia subir só mais um pouco? - ela fez o que pedi e tirei o short dela junto com a calcinha, logo em seguida a blusa e o sutiã.

Me debrucei sobre o corpo dela e a beijei, descendo meus lábios pelo corpo dela. Mordiscando cada parte, beijando cada parte, lambendo cada parte.

Meu dia hoje foi bastante movimentado e divertido.


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Notas finais do capítulo

Hey! Olá (de novo)!
Gostaram? Não gostaram? Comentem?
Melinda sabe voar agora? É isso, produção?
Enfim, o próximo capítulo já é a festa dos Vingadores e o surgimento de Ultron.
Bon revoar!



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