The New Avenger escrita por Dark Sweet


Capítulo 20
Apenas não surte


Notas iniciais do capítulo

HEY, BEBÊS! COMO ESTÃO?
Eu vim rápido, né não? Haha. Como prometido.
O título não está muito legal, na minha opinião. É um título um pouco fraco, mas foi o que eu consegui pensar. É difícil fazer um bom capítulo e um bom título. Armaria. É por esse motivo que minhas redações não tem títulos.
Eu esqueci de comentar no capítulo anterior então aí vai:
VINGADORES: GUERRA INFINITA ACABOU COMIGO! FOI O FILME QUE MAIS ME FEZ SURTAR ATÉ AGORA E AINDA ESTOU DEVASTADA!!!!
Vocês já assistiram? Se sim, sei pelo que estão passando. Se não, forças aí porque vocês irão precisar.
Ps: leiam as notas finais tem algo importante lá.
Ps2: eu tenho outra dúvida que gostaria que vocês me dessem suas opiniões. O que vocês acham de um bebê na fic, hein?
Boa leitura!



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 —Merda, merda, merda. – murmurei, andando de um lado para o outro. – Caralho, caralho, caralho. Isso é muito, muito, mas muito ruim! –

—Melinda, tenta não surtar, tudo bem? –

—Tenta não surtar? Tenta não surtar, Christina? Se fosse com você, tentaria não surtar em uma situação como essa? – coloquei as mãos na cintura. – Minha Nossa Senhora. Gente, socorro. O que eu faço? Eu não sei o que eu faço! – voltei a andar de um lado para o outro. – Não dá para dizer que é montagem. A notícia já repercutiu pelo mundo todo. Olha só! Está em segundo lugar nos trending topics mundial do Twitter! – falei olhando a tela do celular de novo.

—Melinda, se você atualizar vai ver que agora está em primeiro lugar. – encarei Tyler incrédula.

—Você quer me ajudar ou piorar a situação? –

—Talvez tenha como mudar a notícia, não? Distorcer um pouquinho. Stark tem tecnologia suficiente para fazer qualquer coisa. Quem sabe ele... –

—Não, Charlie. – o interrompi. – Não tem como. Mesmo o Tony tendo toda tecnologia do mundo ele não conseguiria manipular essa notícia. As pessoas já sabem meu nome, onde eu moro, onde eu estudo... se brincar, as pessoas já sabem até meu CPF! – parei, passando a mão pelo rosto. – E mesmo que ele conseguisse... as pessoas não iriam acreditar. As pessoas são burras, mas logo ligariam os pontos. Eu "sumi" por uma semana, exatamente na mesma semana da batalha contra Ultron. – respirei fundo, voltando a encarar a tela do celular.

Melinda Hunters uma nova Vingadora?

As pessoas filmaram a batalha em Sokovia e em várias dessas filmagens eu aparecia abatendo os robôs. Também tinha algumas filmagens minha tentando proteger os civis do ataque do Hulk a cidade vizinha ao Cais de Sucata.

O pior era que em todas as filmagens meu rosto aparecia nitidamente. Não dava para dizer que era qualquer outra pessoa, estava na cara que era eu.

Pelo que eu entendi, assim que as filmagens surgiram, ninguém sabia quem era a ruiva com poderes. Até que um maldito stalker achou meu perfil e matou a charada.

Ou seja, o segredo que eu manti as escondidas todo esse tempo foi revelado mais rápido que um coelho reproduzindo.

—Eu estou ferrada, muito ferrada. – suspirei, me sentando no sofá. – Não era para ninguém descobrir isso assim, dessa forma. Na real, não era para ninguém saber disso. Ninguém. – apoiei meus cotovelos nas coxas e cobri o rosto com as mãos.

—Hey. – senti uma mão em minhas costas. – Vamos dar um jeito. – retirei as mãos do rosto, encarando Tyler.

—Que jeito? –

—Você sempre foi ótima no improviso. Vamos pensar em algo. – ele sorriu. Apoiei minha cabeça em seu ombro, sentindo ele me abraçar.

—Pensa pelo lado bom, Melinda. – Chris se sentou ao meu lado.

—E tem lado bom? – ela revirou os olhos.

—Ninguém sabe como você ganhou seus poderes. – ela falou, ignorando o que eu acabei de dizer.

—Chris tem razão. As pessoas... o mundo... só sabe que você tem poderes, que você ajudou os Vingadores em Sokovia. Não sabem sobre a origem deles. – Charlie se aproximou, agachando-se na minha frente.

—Vocês têm razão. – murmurei. Logo soltei uma risada. – Mano do céu! Vocês têm realmente razão. Eu não devo me preocupar com isso já que eles apenas sabem que eu tenho poderes. Mas o que eles não sabem é como eu ganhei eles, não é mesmo? – levantei do sofá e novamente soltei outra risada. – Fora que eu não sou uma Vingadora. Então não tem motivo para surtar, né? – eu ri mais uma vez, mas logo levei as mãos até a cabeça. – Quem eu estou querendo enganar? É claro que há motivo para surtar! – falei desesperada.

—E quando eu estava começando a achar que ela ia superar. – ouvi Charlie resmungar.

—As pessoas... elas são curiosas. Principalmente relacionado a heróis! As pessoas são fanáticas por isso. Eu era fanática por eles. Todos eles. Vão começar a xeretar toda minha vida, exatamente como eu fazia. Eles vão descobrir que meu pai é o renomado cientista Richard Walker, vão descobrir sobre a explosão... vão descobrir que eu mudei meu nome... vão descobrir que eu matei aquelas pessoas. – com a respiração ofegante eu tentava reorganizar meus pensamentos. – Eles vão descobrir tudo. Tudo.

—Melinda, calma. –

—Não me pede para ficar calma, ok? – gritei. – Vocês me pedem para ficar calma e eu só me apavoro mais ainda! – continuei gritando. – Eu não consigo não surtar quando o assunto é isso! Eu estou com medo, tudo bem? Eu não quero que as pessoas saibam de tudo! Não quero que eles saibam o que eu fiz, que me julguem. Eu não quero. – falei tentando puxar o ar para meus pulmões, mas ele não estava vindo. – Gente, eu acho que estou tendo um treco. – trouxe minha mão até meu peito enquanto tentava respirar. – Eu não consigo... não consigo... –

—Melinda? – Tyler veio até mim. – O que você tem? – ele segurou meu rosto entre suas mãos.

—Respirar... consigo... não... – tentei falar, mas o ar que restava em meus pulmões estava esvaindo. – Ty... –

—Você está tendo um ataque de pânico. –

—Isso é possível? – Charlie questionou confuso.

—A Melinda pode ter poderes, mas ela ainda é humana. – Tyler respondeu. – Respira com calma. – arregalei os olhos.

—Eu... não consigo... calma... –

—Foca em apenas uma coisa. Uma lembrança, qualquer coisa. – encarei os olhos azuis de Tyler. – Uma coisa boa. Apenas pense e se acalme. Esqueça o que fez você surtar, ok? – assenti ainda encarando os olhos dele. Aos poucos minha respiração foi voltando ao normal. – Está melhor? – assenti, me afastando dele.

—Eu estou ficando maluca. –

—Maluca você sempre foi. – Charlie falou fazendo-me erguer meu olhar até ele. – Desculpe, mas é a verdade. –

—Você tem razão. Eu já sou maluca. – voltei a andar pelo porão. Vi Tyler e Chris encarar Charlie com um olhar de repreensão. – Por que isso tinha que acontecer comigo? Tantos super heróis surgindo por aí pelo mundo e as pessoas escolhem justamente eu? – encostei na parede e aos poucos fui escorregando, até estar sentada no chão. – Eu não queria isso. Não queria nada disso. – murmurei com as mãos na cabeça. Uma música preencheu o porão insistentemente, mas ninguém moveu um músculo para atender a ligação. – Ninguém vai atender a merda desse celular? – gritei encarando os três.

—Melinda, é o seu celular. – Chris respondeu. Meus olhos se reviraram enquanto eu puxava o aparelho do bolso.

—Merda. – resmunguei olhando o visor e soltando um suspiro antes de atender a ligação: – Hey, Capicolé! Como você está? Espero que esteja bem. Com a idade avançada tem que ter cuidado, sabe? Nunca se sabe quando vai ter uma parada cardíaca ou um AVC. –

—Melinda, onde você está? Precisamos que você venha para a Torre. – Steve foi direto.

—Será que você não poderia ser um pouquinho mais educado? Você nem perguntou como eu estava! – protestei.

—Como você está, Baixinha? – franzi as sobrancelhas.

—Thor? Espera. Isso está no viva voz ou super audição também vem no pacote de Deus do Trovão? –

—Sim, está no viva voz.– escutei a voz de Sam.

—E está todo mundo aí? O time todo? – indaguei fazendo desenhos aleatórios na minha perna com o indicador.

—Sim. – finquei minhas unhas na perna com força. Droga. – Como você está, Melinda? – Natasha indagou. Suspirei.

—Estou bem. Achei que estaria pior, mas... estou bem. – suspirei. – E você, Dona Aranha? –

—Então quer dizer que o mundo todo descobriu que você tem poderes e você está bem? Nossa. Parece que as consultas com o dr. Palmer realmente estão te fazendo bem. – Tony falou sarcasticamente. Revirei os olhos.

—Tony, nós iríamos ser cautelosos, lembra? – Steve falou sério.

—Você queria que eu estivesse surtando, Homem de Lata? – resmunguei.

—Você não está surtando? Eu surtaria. – quem respondeu foi Rhodes.

—Eu sou uma pessoa evoluída, Coronel. Esse assunto não me afeta mais. – que mentira mais deslavada, Melinda.

—É muito bom saber que esse assunto não te afeta mais, Melinda, porque precisamos conversar. – franzi as sobrancelhas.

—Pinguim? Espera, espera, espera. O Coulson também está na Torre? –

—Não. A S.H.I.E.L.D. acabou de invadir a nossa ligação. Isso é tão Coulson. – Tony resmungou.

—Eu precisava falar com a Melinda e o telefone só dava ocupado. Descobri com quem ela estava falando e me coloquei na linha. – Coulson explicou.

—Que prático. – murmurei.

—Onde você está, Melinda? – Steve perguntou novamente.

—Na escola. –

—O que? – a maioria falou incrédulos. – Como você vai para à escola com tudo que está acontecendo? –

—E o que está acontecendo, Stark? – me fiz de sonsa, então suspirei. – Olha, se eu tivesse tido ideia do que estava acontecendo quando eu ainda estava em casa, saibam que eu não iria sair do meu quarto nunca mais. Eu peguei meu celular, mas não mexi nele. Foi apenas para ver a hora, coisa rápida. Fui buscar o Tyler na casa dele, mas a criatura estava com uma ressaca da porra e nem pegou no celular também. Quando eu cheguei na escola todos estavam me encarando, de certo modo eu nem estranhei já que isso costumava acontecer quando eu tran... –

—Nós sabemos. – Coulson me interrompeu.

—Enfim, aí Charlie e Chris chegaram, me trouxeram até o porão e me contaram o que estava acontecendo. –

—E você? – revirei os olhos com a pergunta de Steve.

—Reagi muito bem, claro. – ironizei. – Eu surtei, está bem? Eu gritei, quase fiz um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro parecendo uma barata tonta, acabei de ter um ataque de pânico que eu nem sabia que isso era possível. Ou seja, eu não estou aceitando isso de uma forma legal. Todo o mundo sabe sobre mim. Não foi apenas New York ou os EUA. Foi o mundo todo! Sete bilhões de pessoas, sabiam? –

—Podemos adicionar isso a outro surto? – ouvi Tony falar. Bufei.

—Melinda, vamos dar um jeito, ok? –

—Não tem jeito, Wanda. – sussurrei. – Eles vão descobrir sobre meu pai, sobre a explosão. –

—Eu fiz o possível e o impossível para que nem o melhor espião pudesse descobrir sobre aquele fatídico dia, Melinda. – Coulson falou sério. – Fury e eu estudamos as melhores formas para que ninguém descobrisse sobre você. Não há com o que se preocupar. –

—Mas e se eles descobrirem? – ponderei.

—Não vão. — ele garantiu. — Agora, por favor, venha para a S.H.I.E.L.D. – ele pediu gentilmente.

—Espera. Eu vou para a S.H.I.E.L.D. ou para a Torre? – indaguei confusa.

—Torre!

—S.H.I.E.L.D.!

—Pessoal, eu já sou confusa. Não me deixem mais do que já estou. – pedi coçando a testa. – Certo. Pinguim, meu pai está aí na S.H.I.E.L.D.? –

—Não. Michael foi para casa antes de eu chegar, não falei com ele ainda. Preferi ligar para você primeiro. – suspirei.

—Certo. Liga para ele. Eu ligaria, mas meu celular está travando com tantas notificações chegando. Nem sei como consegui atender a ligação de vocês. Enfim, liga para meu pai e pede para ele e minha mãe ir para a Torre. Você também vai para lá. – outro suspiro. – A Torre é mais acessível, mais perto da escola. –

—Tudo bem. –

—Ótimo. Mas não precisa ser agora. Eu só vou para à Torre depois da escola. –

—Como assim? Você vai assistir aula? – Tyler questionou incrédulo.

—Depois de tudo isso você ainda vai assistir aula? – era a voz de Sam.

—Eu... não quero demonstrar que isso me afeta, sabe? Não quero demonstrar o quanto isso me torna fraca. – murmurei encarando o chão.

—Ninguém te acha fraca, Melinda. As pessoas não podem te achar fraca por conta disso. – um sotaque britânico invadiu meus ouvidos.

—Obrigada, Red. Contudo, eu preciso fazer isso. – disse tirando o cabelo do rosto.

—E pretende fazer o que? Fingir que está tudo bem e que nada aconteceu? –

—Exatamente isso, Tony. – expirei pesadamente. – Eu vou depois da escola, é isto. –

—Espero que vocês tenham uma ótima paciência, porque ela não está nada bem. – encarei Tyler possessa.

—Talvez eu só esteja precisando bater em algo ou alguém.— ele ergueu as mãos em sinal de rendição.

—Acho que precisamos mesmo de um tempo entre nós antes de falarmos com você, Melinda. – Tony falou. – Visão, se ela for bater em alguém será em você, tudo bem? – ele falou baixinho.

—Tony, eu ouvi. – revirei os olhos. – Eu mando uma mensagem quando sair. – disse desligando o celular e encarando o visor.

Notificações não paravam de chegar. Suspirei, levantando do chão e indo até um espelho que tinha preso na parede.

—Você vai mesmo assistir aula? – Charlie perguntou cruzando os braços.

—Sim. – respondi pegando minha mochila do chão. Acho que enquanto eu surtava acabei jogando ela no chão. – É fácil. Basta fingir que isso não me afeta. – passei meu rímel.

—Mas te afeta, e muito. –  encarei Charlie pelo espelho. – Ok, desculpe. –

—Não será a primeira vez que irei lidar com olhares curiosos, não é mesmo? – passei meu batom nude e limpei os borrados. – Eu posso fazer isso. Vai ser moleza. – sorri.

***

Isso, com toda certeza, não está sendo nada fácil. Os olhares curiosos estavam piores que das outras vezes em que eu era o centro das atenções dos meus colegas.

Isso estava sendo um verdadeiro inferno.

E o Adam? Bom, ele mal olhou para minha cara.

A única pessoa que eu queria me encarando, preferia virar o rosto toda vez que nossos olhares se encontravam.

—Você está bem? – Tyler sussurrou sem me encarar.

—Estou. – sussurrei de volta.

—Sua respiração está ofegante. Não está tendo outro ataque de pânico, né? – neguei com a cabeça. – Então respira com calma. – assenti, fazendo o que ele pediu.

Continuei desenhando coisas aleatórias em meu caderno. Acontece que nas aulas que eu já assisti até agora, não estava conseguindo prestar atenção nas explicações. Isso só veio melhorar quando eu comecei a fazer outra coisa.

Ora mexia no celular, ora lia algum livro. Agora eu descobri que desenhar ajuda a me concentrar nas explicações. Estranho, mas funciona.

—Srta. Hunters? Srta. Hunters? –

—Melinda. – Tyler bateu em meu braço, atraindo minha atenção.

—Oi. – ele indicou o professor com a cabeça. Encarei o sr. Blake. – Sim? –

—O resultado da equação. Qual é? – ele questionou, cruzando os braços. Encarei a equação no quadro, pressionando os lábios. Um celular começou a tocar e aquilo, de alguma forma, me ajudou a resolver a conta em vez de atrapalhar. – Srta. Hunters? – ergui meu olhar para o professor. – Será que você poderia desligar seu celular? –

—Ah. Foi mal. Eu estava resolvendo a conta. – sorri, pegando o celular. – Merda. – resmunguei. – Sr. Blake, eu preciso atender. É caso de vida ou morte. Para mim, claro. – levantei da cadeira e fui até a saída. – Ah! E o resultado da equação é 143 negativo. – sorri, abrindo a porta e saindo da sala. – Dona Aranha! Como vai? Espera. Essa ligação está no viva voz também? –

—Somos só eu e você. – sorri. – Melinda, precisa vir para Torre agora. – meu sorriso morreu.

—Ué, por quê? Eu disse que ia depois da escola. –

—As pessoas, Melinda, seus colegas, estão tuitando sobre você. – sua voz soou firme.

—Coisas boas ou ruins? Eu saberia, mas meu celular ainda está travando. – comecei a caminhar pelo corredor. – Então? –

—Você saberá assim que chegar aqui. – revirei os olhos.

—Por que eu tenho que ir para a Torre agora? –

—Quanto mais tempo você tenta ignorar, mais o problema vai crescendo. Você sabe. – fechei os olhos, parando de caminhar. – E esse não é um problema que envolve apenas você. Nós também estamos envolvidos. – suspirei.

—Certo. Ok. – cocei a nuca. – Chego já aí. –

—Posso ir buscar você, se quiser. – sorri.

—Com o Quinjet? – indaguei. O sorriso começando a aumentar.

—Com tudo que está acontecendo e você ainda quer que eu vá te buscar com o Quinjet? – soltei uma resposta afirmativa. – Sem chances. – bufei.

—Eu vou sozinha. – resmunguei desligando o celular e voltando para a sala. Entrei na sala após pedir licença e fui até minha mesa, começando a guardar minhas coisas.

—O que foi? – Tyler sussurrou.

—Nat. – respondi em um sussurro. – As pessoas estão tuitando sobre mim. Isso não ajuda a melhorar toda essa situação. Preciso ir para à Torre agora. – encarei ele. – Avisa aos meninos? – Tyler assentiu. – Ótimo. Eu mando notícias. – levantei da cadeira e fui até a porta.

—Para onde você vai, srta. Hunters? – sorri encarando meu professor.

—Resolver aquele assunto de vida ou morte. – acenei antes de sair da sala.

Com o celular na mão eu tentava mexer nele, mas toda vez travava. Porcaria de notificações! As pessoas não têm nada melhor para fazer, não?

Foi então que eu esbarrei em alguém.

—Misericórdia! Você não olha por onde anda, imbecil? – sim, eu esbarrei na pessoa, mas a culpa foi dela. Ergui meu olhar. – Ah. Você.

—Parece que algo está te incomodando, maninha. – ergui a sobrancelha. – Pelo que eu vi... seu segredo não é mais tão segredo assim, não é mesmo? –

—Andou pesquisando minha vida, Adam? – cruzei os braços, exibindo um sorriso. – Quem diria. –

—Não enche. – ele resmungou se preparando para meter o pé.

—Não devia perambular pelos corredores nesse horário. – falei voltando a andar. – Você é péssimo em Química. Vai acabar reprovando. – acenei e dei as costas.

Ao chegar na porta da escola eu encontrei o diretor junto a uns funcionários em frente a mesma, evitando a entrada de alguém.

—Ué, gente. O que está acontecendo? –

—Srta. Hunters, não é aconselhável você sair agora. – arqueei a sobrancelha.

—Por quê? Por acaso, tem um cara armado aí fora querendo me matar? – soltei uma risada.

—Isso não seria possível, já que você tem o escudo. – encarei o diretor com um sorriso.

—Andou vendo notícias sobre mim no Twitter, diretor? – cruzei os braços.

—Você não é o centro das notícias apenas no Twitter, srta. Hunters. Nos telejornais só dá você. –

—Uh. Eu não sabia. É que nós não temos televisão na sala de aula. Aliás, fica dica. – sorri arrumando a alça da mochila nas costas. – Eu preciso sair. –

—Tem vários jornalistas aí fora querendo falar com você. – dei de ombros.

—Deram viagem perdida, porque eu não vou falar com ninguém. – levei a mão até a porta.

—Srta. Hunters, você não está entendendo a gravidade da... – não deixei ele terminar, já fui abrindo a porta e saindo da escola. Um grande erro.

—Merda. – resmunguei.

—Srta. Hunters, você poderia nos responder algumas perguntas? –

—Como conseguiu esconder seus poderes por tanto tempo? –

—Por que decidiu lutar ao lado dos Vingadores? –

—O que você... –

—Ok! Está bem! Já chega, ok? – interrompi os repórteres. – Eu não vou responder pergunta nenhuma. Então, acho bom ninguém encher meu saco. – disse seriamente e tentei passar pelo monte de jornalistas que tinha ali. Só que eles não me deixaram sair. Se amontoaram mais ainda em volta de mim. – Mas que inferno. – resmunguei voltando para dentro da escola.

—Desistiu? – encarei o diretor com um olhar sério. – Eu não estava brincando quando disse que eram vários jornalistas. – disse, agora mais sério.

—Eu percebi. – resmunguei, bufando. – Eu vou pelo terraço. – informei começando a andar.

—Vai voando? – assenti. Mas antes eu tinha que deixar alguém encarregado de levar meu carro para casa.

Voltei para a sala do sr. Blake e resolvi não entrar, apenas chamei Tyler para sair.

—O que você... – o interrompi:

—Muitos jornalistas. Leva meu carro para casa, ok? – entreguei a chave na mão dele. – Cuida dele. –

—Você vai voando? – arqueou a sobrancelha.

—É o único jeito. Eles são muitos. Eu até poderia usar o escudo para chegar até o carro, mas acho que isso não pegaria bem. – dei de ombros.

—Não mesmo. Toma cuidado, ok? E não deixa ninguém te ver. – assenti dando as costas e indo até o terraço.

***

Pousei no hangar da Torre e assim que fui caminhando para o interior do prédio, olhei ao redor. Onde será que eles estão?

—Srta. Hunters, que bom que a senhorita já chegou. Todos já chegaram e aguardam sua presença na sala de estar. – uma voz feminina soou pelo local onde eu estava.

—Quem disse isso? – indaguei olhando para todos os lados.

—Eu sou Sexta-Feira, srta. – franzi as sobrancelhas.

—Mas hoje é Segunda. – murmurei. – Ah! Você é o IA que ajudou o Tony em Sokovia. Então, Sexta-Feira, você é a mulher do falecido Jarvis? – soltei uma risada.

—Todos estão a sua espera, srta. – ela repetiu, causando-me outra risada.

—Já estou indo, amor. – informei, começando a caminhar em direção ao elevador. – Andar comunal, por obséquio. – falei.

Alguns andares se passaram e logo o elevador parou no andar que eu pedi. Ao sair do cubículo de metal, encontrei todos reunidos na sala de estar.

Misericórdia. Quanta gente.

Exibi um sorriso, caminhando até eles com os braços abertos.

—A mamãe chegou. –

—Você veio voando? Com tudo que está acontecendo, você veio voando? – revirei os olhos.

—Eita que vocês não têm um pingo de educação mesmo, hein? – resmunguei, cruzando os braços. – E quem foi que avisou a vocês que eu vim voando? Foi o diretor da minha escola? O Tyler? – então lembrei de outro alguém. – Sexta-Feira. Você nem me conheceu direito e já está fofocando sobre mim para o Tony? – cruzei os braços, olhando para o teto. Nenhuma resposta. — Eu acabei de ser ignorada por uma Inteligência Artificial. —

—Melinda, por que você veio voando? –

—Olha, a minha escola estava cheia de jornalistas. Eu tentei passar, mas não consegui. E se eu fosse forçar, iria machucar alguém e isso era a última coisa que eu queria fazer. – respondi a pergunta de Michelle.

—Como você está? – deixei minha mochila no sofá.

—Bem. – suspirei. – E vocês? As notícias falam sobre vocês também? –

—Ainda não viu as notícias, Melinda? – Natasha arqueou a sobrancelha.

—Eu... preferi não ver. Pelo menos, não todas. Eu só li a manchete que as pessoas especulam que eu seja uma Vingadora. – dei de ombros. – E o que fazemos agora? – coloquei as mãos nos bolsos da calça. – Fugimos para as colinas? – sorri.

—Falamos com a imprensa. – Tony respondeu.

—O que? Não! – protestei incrédula.

—Achei que você gostasse de ser o centro das atenções. – Stark alfinetou.

—E gosto, mas não quando se trata disso. Eu não quero fazer isso. –

—Não é muito difícil, Pirralha. Basta... –

—Tony, não podemos forçá-la a fazer isso. – Steve cortou o amigo. – Você não precisa fazer nada que não queira, Melinda. –

—Eu... eu... eles... – respirei fundo. – Eu não sei o que fazer. – sussurrei abraçando meu corpo.

—Melinda, eu acho que o melhor a se fazer é falar com os jornalistas. Responder algumas perguntas, pouca coisa. – encarei Rhodes.

—Repórteres são traiçoeiros. Se você não der uma pequena entrevista, vão começar a especular outras coisas. Ou seja, essas coisas irão beneficiar eles, mas não você. – Tony completou.

—Mas e se eles perguntarem sobre meus poderes? Como eu ganhei eles? O que eu respondo? –

—Podemos dizer que você nasceu com eles. – meu pai respondeu.

—Michael tem razão. – Coulson concordou. – Não será muito difícil das pessoas acreditarem. Ninguém sabe sobre você. – encarei o Pinguim. – Sabia. – corrigiu.

—E depois? Eu via as matérias que os repórteres faziam sobre o Tony quando ele se declarou o Homem de Ferro. As perguntas não são nenhum pouco fáceis de se responder. Eles já vem com perguntas muito bem elaboradas para você responder o que eles querem ouvir. –

—Você conseguiu mentir durante 11 anos para seu irmão e amigos. Se eu não soubesse a verdade, teria acreditado na história que inventamos. – Michelle falou atraindo minha atenção. – Mentir para as pessoas que convivem e tem uma forte relação com  você é mais difícil, Melinda. Mas mesmo assim, você conseguiu. Mentir para os jornalistas será algo fácil para você, querida. –

—Mas você não estará mentindo apenas para os jornalistas, e sim, para o mundo todo. – Tony acrescentou.

—Você quer ajudar ou piorar a situação? – Rhodes questionou cruzando os braços.

—Estamos esquecendo que o ponto das notícias não é apenas a Melinda ter poderes. – Visão lembrou.

—Misericórdia. Não me digam que enquanto eu vinha aqui para a Torre as pessoas já descobriram sobre a explosão? Meu Deus. – levei minhas mãos até a cabeça. – Isso não pode estar acontecendo. Não, não, não. –

—Melinda, se acalme. Não foi isso que aconteceu. – Steve falou erguendo as mãos.

—Ah, não? Que bom, então. – murmurei aliviada. – E qual seria esse outro ponto? – coloquei as mãos na cintura.

—Você ser uma Vingadora. – Natasha cruzou os braços.

—Notícia falsa. – fiz um gesto de dispensa com a mão. – Próximo tópico? –

—Não é assim que funciona, Melinda. Eles irão perguntar o porquê de você ter lutado ao nosso lado. – Steve respondeu. – Irá falar sobre sua avó? – engoli seco.

—Eu... deveria? – indaguei.

—Ou... – Natasha falou atraindo a atenção de todos. – Podemos tornar a principal manchete verdadeira. –

—Estou perdida. – respondi sincera. Ela revirou os olhos.

—Eu acabei de convidar você para o time. – Nat se aproximou. Braços cruzados, olhar sério. – Então, Melinda? O que acha? –

—Eu? Virar uma Vingadora? – questionei vendo Natasha assentir. Soltei uma gargalhada. – Está brincando, né? Nat, pelo amor de Deus. Não tem a menor chance de eu me tornar uma Vingadora. –

—E por que não? – agora foi Steve quem falou.

—Porque não, ora essa! – gesticulei. – Eu não sou uma heroína. Nunca fui. –

—Você ajudou a salvar o mundo, Baixinha. Então, você é sim uma heroína. – Thor falou com um sorriso.

—Ok, mas eu fui mais para chutar a bunda do Ultron e evitar que mais pessoas morressem. –

—Ou seja, salvar o mundo. – Sam soltou uma risada.

—Peste. – resmunguei o encarando. – Ok, ok! Mas e aquele papo de que eu era apenas uma criança, hein, Cap? – coloquei as mãos na cintura, encarando Steve.

—Todo mundo é uma criança comparado ao Capitão. – Tony riu.

—Menos você, Stark. – alfinetei com um sorriso no rosto.

—O ponto, Melinda, é que você se saiu muito bem em Sokovia. – Natasha falou voltando ao ponto crucial. – Nunca duvidamos do seu potencial. –

—Obrigada, mas eu não estou pronta para isso. Estou? –

—Nós achamos que sim. – Rhodes respondeu.

—Que erro. – murmurei. – Mas vocês não deviam confiar em mim. Eu sou uma adolescente muito... –

—Irresponsável?— Tony me interrompeu. – Nós sabemos, mas aposto que outro incidente como aquele em Washington não acontecerá novamente, não é? –

—Tony! – todos repreenderam o bilionário. Permaneci calada.

—O que? Eu falei alguma mentira? – o Homem de Lata indagou.

—Eu aprendi a controlar meus poderes, mas outro incidente como aquele pode vir acontecer, não? – falei encarando todos. – E se eu for para uma missão e não conseguir controlar outra explosão? Ocasionando mais mortes? –

—Melinda, isso não irá acontecer. Você tem que confiar mais em si mesma. – balancei a cabeça com a fala de Steve. 

—Não, Cap, não dá. – sussurrei, dando meia volta e sai caminhando para longe de todos.

Apressei mais os passos e quando dei por mim, estava em frente ao laboratório de Bruce. Entrei no mesmo e fui para o mais longe possível da porta, me sentando no chão.

Puxei minhas pernas para junto do meu tronco, abraçando-as e escondendo meu rosto nelas.

Minha vida está desmoronando. Em menos de quatro meses minha vida já deu tantas reviravoltas que só Jesus na causa.

Senti uma mão em minhas costas, afagando ela. Eu não sabia quem era, mas agradeci a pessoa já que ela ficou calada, respeitando meu tempo.

—Eu não sirvo para ajudar as pessoas. Eu só as machuco. – sussurrei, ainda sem encarar a pessoa.

—Sabe que isso não é a verdade. As pessoas daquela cidade vizinha ao Cais de Sucata estão vivas graças a você. – era Steve. – Imagina se o Hulk tivesse machucado alguém? Como acha que o Banner estaria? –

—Péssimo. – ergui a cabeça, encarando o rosto de Steve. Não havia qualquer iluminação no laboratório, a não ser por uma luz do corredor. – Como ele deve estar agora. Ele está péssimo. Bruce fugiu porque tudo aquilo aconteceu, mesmo não tendo baixas. – o Capitão suspirou.

—Não vamos falar do Banner agora, sim? Como você está? – encarei um ponto qualquer do laboratório.

—Eu queria o Adam aqui. – sussurrei. – Eu queria que ele fizesse como quando eu tinha pesadelos. O Adam entrava no meu quarto, se deitava comigo e me abraçava. Mesmo sem saber de nada, ele me ajudava mais que qualquer outra pessoa. E agora... – minha visão embaçou por conta das lágrimas. –, meu irmão mal olha na minha cara, Steve. Eu não terei o abraço que eu mais quero num momento como esse. – senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Steve passou seu braço ao meu redor, me puxando para um abraço.

Descansei minha cabeça em seu peito enquanto sentia ele afagar minhas costas. Não era o abraço do Adam, mas, ainda sim, era um abraço. E era algo que eu estava necessitando.

—Quando eu acordei após o congelamento, tentei ignorar que passei mais de 60 anos dormindo. Eu perdi grande parte da minha vida, perdi meus amigos. Só que com o passar do tempo, eu vi que não dava para ignorar isso. Passar todo aquele tempo no gelo, fez parte da minha vida. Não é algo que deve ser ignorado. – Steve falou baixinho, ainda me abraçando. – Você ignorou seus poderes durante 11 anos, mas agora vê que eles fazem parte da sua vida, fazem parte de você. Não adianta mais ignorá-los agora que todos sabem. –

—Você ficou assustado, Cap? Quando acordou e viu que o mundo não era mais o mesmo? – sussurrei.

—Sim, mas tive que aprender a lidar com as mudanças. Você teve que lidar com seus poderes quando acordou após a explosão, não? Aprender a lidar com as mudanças que seu corpo sofreu. – assenti. – Você podia ter ignorado, mas preferiu lidar com eles, controlá-los. E se você conseguiu controlar seus poderes que você tinha tanto medo, pode controlar essa situação. – assimilando as palavras de Steve, eu fui me separando dele.

—Controlar a enxurrada de jornalistas famintos por uma entrevista? – questionei. – Não sei não, Cap. –

—Onde está a garota que disse que iria atrás do Ultron mesmo se os Vingadores negasse a ajuda dela? – ele arqueou a sobrancelha.

—Acho que ela deu no pé assim que saiu da escola e viu todas aquelas pessoas querendo saber sobre os poderes dela. – murmurei encarando o chão. Steve ergueu meu rosto, passando seus dedos sob meus olhos, limpando qualquer resquício de lágrimas.

—Quem sabe se eu reforçar o convite para entrar no time ela não volte? – ergui o olhar para o Capitão.

—Eu não sei, Capicolé. Não sei se estou pronta para isso. –

—Eu tenho certeza que está. Mesmo fazendo suas piadas, falando bastante, você daria uma ótima Vingadora. – dei um sorriso pequeno. – Nós já estávamos pensando em trazer você pro time. Você, Wanda, Sam, Rhodes. –

—Tipo, como Novos Vingadores? – o Capitão assentiu. – Ok. – murmurei.

—Eu sei que fazer um convite como esse, em uma situação como essa, é algo um pouco... –

—Precipitado? – sugeri.

—Talvez. Quem sabe isso não seja uma oportunidade? – revirei os olhos.

—Uma péssima oportunidade, diga-se de passagem. – resmunguei, levantando. – Vamos, Vovô. – Steve levantou do chão.

—Então? –

—Controle essa sua curiosidade, Picolé. Pelo menos até chegarmos na sala com os outros. – passei meu braço pelo dele e saímos do laboratório de Bruce. – E a Amy? –

—Está em uma missão. No Canadá. – respondeu.

—Uh. Que gelado. – murmurei. Viramos em um corredor e logo estávamos de volta na sala de estar.

A conversa cessou, os olhares estavam todos em mim. Dei um sorriso, me separando de Steve.

—Devo alertar que se for mesmo para eu virar uma Vingadora, preciso de um nome de heroína. –

—Então você está aceitando o convite? – Rhodes indagou.

—Só se eu tiver um nome de heroína. – sorri.

—Pensamos nisso depois. – Natasha falou. – Precisamos elaborar bem as respostas para que não haja uma brecha para possíveis dúvidas. –

—Ótimo. Eu nasci com meus poderes, manti eles as escondidas porque não tinha controle sobre os mesmos, resolvi aprender a controlá-los porque um amigo meu quase morreu, lutei ao lado dos Vingadores porque Ultron... – respirei fundo. – Porque o Robocop matou minha avó e agora sou uma Vingadora. Resolvido. – sorri.

—Você não tinha ajuda para controlar seus poderes? – Natasha me encarou.

—Da primeira vez que eu tentei controlá-los, quase machuquei minha mãe. Eu fiquei assustada, já que era apenas uma criança, e nunca mais tentei novamente. – respondi sem pestanejar.

—Como você conheceu os Vingadores? – encarei Steve. Abri a boca algumas vezes, mas não tinha nenhuma mentira que tivesse um pouquinho de coerência.

—Está aí uma pergunta para a qual eu não tenho uma resposta pronta. Muito bem pensado, Capitão. – dei alguns tapinhas em seu ombro e logo pressionei os lábios. – Certo. Eu não posso citar a S.H.I.E.L.D. nem nada do tipo, né? – encarei Coulson.

—Fora de cogitação. – o diretor da S.H.I.E.L.D. respondeu.

—Beleza. Então, nós podemos usar o diploma falso de engenharia do meu pai e... –

—Melinda, eu realmente tenho um diploma de engenharia civil. – Michael me interrompeu.

—Ah, tem, é? Achei que o Pinguim tinha arrumado um falso para você. – de soslaio, vi Coulson arquear a sobrancelha. – Então pronto. Podemos dizer que meu pai chefiou as reformas aqui na Torre após o ataque alienígena. Então ele virou amigo do... ahm, da... certo. Precisamos encontrar um Vingador mais acessível. –

—Eu. – Tony abriu os braços. – Afinal, a Torre é minha. –

—Tony, não. Você não é o tipo de pessoa que faz amizade com seus empregados. – falei. Vi Rhodes segurar uma risada.

—Ei! O Happy ficaria magoado se ouvisse isso. – continuei encarando o bilionário. – Relaxa. Eu vou estar com você na coletiva. –

—Como é que é? Não! Qualquer pessoa, menos você. – protestei.

—O que você tem contra mim, hein, Pirralha? Vamos. Pode falar. – Tony cruzou os braços.

—Até agora nada, mas as chances de você soltar uma verdade em forma de piada são grandes. Não acha? – indaguei, também cruzando os braços.

—Tem razão. Mas, se eu fizer isso, pode me acertar com seus jatos. – sorri.

—Fechado. –

—Como é ser filha de Richard Walker? Um nome respeitado até hoje na ciência, mesmo após sua morte. – encarei Romanoff.

—Acontece que tem algo de errado aí, bebê. A filha de Richard se chamava Mérida Walker. Eu me chamo Melinda Hunters. – cruzei os braços.

—Precisa pensar em uma resposta melhor. –

—Não preciso nada, Nat. Essa pergunta não vai ser feita. E se alguém perguntar, qualquer coisa eu simulo uma queda, bato a cabeça em algum lugar e quando acordar digo que não lembro de nada. – sorri. – Se não acreditarem, falsificar laudo médico é fácil. – dei de ombros. – Ah. E eu queria dizer uma coisa. Eu irei continuar estudando. –

—Claro que vai. Está nos últimos meses para acabar o ensino médio, não pode desistir agora. – Michelle falou.

—Exato. –

—Tudo bem. Posso contratar professores particulares e... – cortei Tony:

—Não. Eu vou continuar com minha vida escolar normal. Indo para a escola, sabe? –

—Sabe que sua vida não será mais a mesma depois de hoje, não é? – Wanda falou.

—Minha vida não é a mesma desde a explosão, Wanda. –

—Acho que podemos ir, não? – Tony falou me encarando. – Os jornalistas já estão esperando faz um tempo. –

—Espera. Eles já estão aí? – Tony assentiu. – Há quanto tempo? –

—Algumas horas. – o bilionário deu de ombros.

—Você, por acaso, estava contando com meu "não"?— arqueei a sobrancelha.

—Não. – revirei os olhos.

—Você não vale nada, Tony. Impressionante. – balancei a cabeça negativamente.

—Vamos ou não, Pirralha? –

—Pirralha é a senhora sua... –

—Melinda! – Steve e meus pais me repreenderam.

—Tudo bem. Vamos. – resmunguei. – Quero acabar logo com isso. –

Tony indicou o caminho até o elevador e eu não pensei duas vezes antes de caminhar até o mesmo, sendo seguida pelo bilionário. Se eu pensasse demais, iria desistir. E se tem uma coisa que Melinda Hunters não é, é mulher de desistir.

—Ah, se vocês quiserem assistir a coletiva, basta ligar a televisão. – Stark deu um sorriso exibido. As portas do elevador se fecharam e eu soltei um suspiro cansado. – Quer uma dica? –

—Estou aceitando sugestões. – encarei Tony.

—Faça piadas. Quando houver perguntas em que você não se sinta confortável para responder, faça piada. Se brincar, os jornalistas até esquecem a pergunta. Contudo, as chances são nulas. – dei de ombros.

—Colocar humor nas coisas é minha especialidade. – sorri arrogante.

As portas do elevador abriram. Tony saiu e eu fui logo atrás, olhando ao redor. Eu não conhecia esse andar.

—Esse andar é de que? –

—Reuniões e coisas derivadas, eu acho. Quem se importa? Não vamos mais morar aqui mesmo. – franzi as sobrancelhas.

—Espera. Como assim? Vocês estão pensando em se mudar? – indaguei apressando os passos e parando na frente dele, fazendo-o parar de caminhar também.

—Ainda não é nada concreto. Estou pensando em vender a Torre. – arregalei os olhos, surpresa. – Agora que faz parte do time, você pode ir morar com a gente. – arqueei a sobrancelha.

—Se você falar isso para meus pais, eles vão dizer que você está cometendo um grande erro. – ele sorriu.

—Ah, sim. Conte-me algo novo. Preparada? –

—Para que? – ele revirou os olhos.

—A coletiva, Melinda. – assenti, saindo da frente dele. – Ótimo. – Tony caminhou até uma porta dupla e a abriu após me encarar pela última vez.

Assim que as portas foram abertas, o falatório começou. Várias pessoas falando ao mesmo tempo, flashs de câmeras, um medo da porra crescendo dentro de mim.

Misericórdia.

A mão de Tony pousou sutilmente em minhas costas e ele indicou uma das cadeiras na ponta da enorme mesa em formato oval. Nela havia dois microfones de mesa, uma para mim e outro para Stark.

Sentei-me em uma das cadeiras e Tony sentou-se na do meu lado.

Os repórteres foram sentando nos assentos que sobraram – felizmente, eles ficavam um pouco afastados da gente. Logo, todos os olhares estavam sobre mim.

—Certo. Eu nunca participei de uma coletiva, então não sei bem como começar. – falei no microfone. – Poderia começar falando meu nome e essas coisas, mas vocês já devem saber até minha identidade, não é mesmo? – sorri, cruzando as mãos sobre a mesa. – Então, quem de vocês será o primeiro a ter sua pergunta respondida por mim? – todos levantaram as mãos. Sorri. – Aquele cara com a gravata belíssima. Gostei da gravata, sério mesmo. – apontei para o homem, que sorriu.

—Obrigado. Bryan Edwards, do Canal 6. Srta. Hunters... – o interrompi:

—Ah, não. Sem essa de senhorita. Pode me chamar de Melinda. – ele assentiu.

—Melinda, você manteve seus poderes escondidos até hoje. Mesmo após ter lutado ao lado dos Vingadores você preferiu manter eles em segredo. Por quê? –

—Perguntinha boa essa, hein? – ele riu. – Olha, Bryan, eu manti escondido porque eu quis. – soltei uma risada. – Eu queria ter uma vida normal, sabe? Aproveitar minha infância, minha adolescência. Viver minha vida sem me preocupar se eu era diferente ou não das pessoas que conviviam comigo. Pelo menos até que meus poderes fossem requisitados, como uma semana atrás. –

—Srta. Hunters. Christine Everhart, da Vanity Fair.(1)— encarei a mulher loira. Não gostei dela. Exibida. – Eu acho que a resposta que todos queremos saber é para a pergunta que ronda não apenas as cabeças dos jornalistas, mas, também, de todas as pessoas no mundo todo. –

—Já sei qual é a pergunta! – a interrompi, apontando para ela. – Qual é o meu Vingador preferido, não é? Pergunta difícil, admito. Eu gosto de todos, mas o Hulk, Capitão América e a Viúva Negra são os meus preferidos. Agora pelo amor de Deus, não é para contar para o restante do time, ok? Eles não podem saber que tenho preferências entre eles. –

—Então quer dizer que você prefere o Capitão América em vez de mim? – encarei Tony. – Todo mundo ama o Homem de Ferro! –

—Como diz minha mãe e eu tenho ódio dessa frase até hoje era: eu não sou todo mundo. Obrigada, de nada. Próxima pergunta? – voltei meu olhar para o monte de jornalistas.

—Srta. Hunters, eu não tive a oportunidade de fazer a minha pergunta já que você me interrompeu para fazer uma ótima piada. – a mulher falou com um sorriso sonso. Era só o que me faltava. – A minha pergunta é simples. – fiz um gesto com a mão para ela continuar. – Como ganhou seus poderes? –

—A resposta para sua pergunta é engraçada, minha cara, mas é a verdade, ok? – disse soltando uma risada. – Estava eu, brincando em meu quarto e eu olhei para a janela no exato momento em que algo passou pelo céu. Como toda criança é curiosa, fui até a janela e vi que a coisa, na verdade, era uma estrela cadente. Mano do céu. Não pensei duas vezes antes de fazer um pedido e esse pedido era ter poderes. Aí no dia seguinte eu acordei e puff! Tinha poderes. – sorri largamente. Alguns jornalistas riram. De soslaio pude ver Tony soltando uma risada. – Satisfeita com a  resposta, Kristen?

—É Christine. – me corrigiu, fazendo minha sobrancelha arquear. – Srta. Hunters, poderia me dar uma resposta séria? – revirei os olhos. Inclinei meu corpo na direção de Tony.

—Vem cá. Você não transou com essa daí, não? Ela parece guardar certo rancor. – sussurrei no ouvido dele.

—Transei, sim. Ela talvez tenha ficado assim porque eu nunca respondia as perguntas dela com seriedade ou porque eu acordei primeiro, fui para a oficina e pedi para a Pepper recepcionar ela. – sussurrou de volta. Soltei uma risada, voltando a encarar a repórter sem graça.

—Sabe o que falta em você, amor? Uma pitada de humor. – sorri com desdém.

—Estou aqui para fazer meu trabalho e não para rir de coisas que, convenhamos, não tem graça nenhuma, srta. Hunters. – arqueei a sobrancelha.

—Ela acabou de dizer que minhas piadas não tem graça? – indaguei adotando um semblante indignado. Então soltei uma risada. – Não estou nem aí. Cada um com sua opinião. – dei de ombros.

—Você parece estar enrolando, srta. Hunters, para não responder a pergunta. – minha sobrancelha arqueou.

—A Melinda nasceu com seus poderes. – Tony respondeu. – Ela foi uma... –

—Não. – interrompi Tony, que me encarou confuso. – Eu sei que nem todas as pessoas costumam acreditar e confiar em super heróis, em pessoas com poderes. E se é para as pessoas confiarem em mim, eu quero que elas confiem em mim sabendo da verdade. – olhei para Tony. Sua cabeça balançou positivamente. Respirei fundo, voltando a encarar os jornalistas. – Meu pai biológico é Richard Walker. – as pessoas que estavam sentadas levantaram, o falatório começou novamente. – Ei, ei, ei. Acalmem os ânimos e eu irei explicar tudo. –

Os jornalistas voltaram para seus lugares e os poucos ficaram em silêncio. Certo. Eu precisava fazer isso.

—Meu pai tinha o costume de levar meu irmão e eu para visitarmos o local de trabalho dele. Nós gostávamos de ver os trabalhos dele, os projetos. Era algo incrível. – sorri encarando minhas mãos sobre a mesa. Respirei fundo e voltei a encarar as pessoas ali presente. Os olhares deles estavam concentrados em mim, os microfones e gravadores apontados na minha direção, deixando registrado meu relato. – Houve um dia que meu irmão não pôde ir, mas mesmo assim eu fui. Meu pai estava me mostrando um trabalho em um dos inúmeros laboratórios daquele prédio quando os alarmes soaram. Ele me pegou no colo e correu, mas a porta não abria. Foi quando o reator do laboratório ao lado explodiu, matando todas as pessoas daquele andar e do andar abaixo, quando o piso cedeu. Matou todos, menos eu. – senti a mão de Tony sobre a minha e aquilo me deu conforto para continuar: – Eu acordei horas, minutos depois, eu acho. Então eu vi meu pai caído, seu corpo já sem vida. Foi aí que eu usei os poderes que eu tinha ganhado com a explosão. Apaguei logo após e quando acordei já estava no hospital. – respirei fundo. – Minha mãe me contou o que havia acontecido, que  vários cientistas morreram na explosão, inclusive meu pai. Eu já estava quase perdendo o controle quando ela colocou a cereja no bolo: eu estava diferente. Fiquei confusa no início, mas logo ela falou que agora eu tinha poderes, meu DNA foi mudado, aprimorado. Quando eu comecei a dar indícios de que ia perder o controle, me aplicaram um calmante e eu dormi. Ao acordar, me dei conta do que realmente tinha acontecido. Eu queria esquecer que a explosão tinha acontecido, queria esquecer que eu tinha sido a única a sair com vida daquele andar. Queria esquecer qualquer coisa que me lembrasse que eu, uma criança de seis anos, foi a única sobrevivente daquela explosão. Foi por isso que eu mudei meu nome, deixando de ser Mérida Walker para me tornar Melinda Hunters. – então revirei os olhos. – Na verdade, eu me tornei Melinda Kurt. Hunters eu adotei depois de alguns anos quando minha mãe se casou de novo. Enfim – suspirei. –, basicamente foi isso. –

—Melinda? – uma mão se levantou no meio da multidão. – Você foi a única que sobreviveu a explosão. Por quê? –

—Acredite se quiser, eu me fiz essa pergunta durante todos esses anos. Só que eu nunca tive respostas. As poucas pessoas que sabiam chamaram isso de milagre. – revirei os olhos.

—E você concorda com eles? – encarei o repórter com um sorriso.

—Não. – respondi simplesmente. – Próxima pergunta? –

—Você disse que não teve controle sobre seus poderes, certo? – assenti. – Mas pelas filmagens que as pessoas fizeram no combate em Sokovia, nós pudemos ver que você tinha total controle sobre eles. O que te levou a controlá-los e quando isso aconteceu? –

—Há alguns meses, a HYDRA, de alguma forma, teve reconhecimento sobre meus poderes e quis me levar para o lado sombrio da força. Um capanga acabou me abordando quando eu tinha saído com um amigo. Eu não sabia usar meus poderes, então não pude fazer muita coisa. Esse meu amigo quase morreu. – pressionei os lábios. – Se eu tivesse controle sobre eles, poderia ter evitado que aquele desgraçado de uma figa não tivesse se quer tocado em um fio de cabelo do meu amigo. Então depois desse episódio, eu resolvi aprender a ter controle sobre meus poderes. Não para lutar ao lado dos Vingadores, como aconteceu, mas para evitar que meus amigos ou minha família se machucasse por conta da HYDRA ou qualquer coisa. –

—Melinda, eu vi seu perfil no Twitter. – uma repórter falou. Bonitinha ela.

—Eita. Se eu soubesse que algo do tipo iria acontecer, teria apagado alguns tweets. – os repórteres riram.

—Eu vi seu perfil e pude notar que você era uma grande fã de super heróis. –

—Eu ainda sou, amor. – corrigi.

—Certo. Me diga, como é agora trabalhar com eles? – meu sorriso cresceu.

—É algo sensacional! É como ser fã da One Direction, aí você vai para um show da boy band e tem a oportunidade de conhecer todos os integrantes. O encontro com eles é tão incrível que você não tem palavras para descrever tudo que você sente. Basicamente, essa foi minha reação. Tanto quando conheci os garotos da One Direction como quando conheci os Vingadores. –

—E como você conheceu os Vingadores, srta. Hunters? –

—Você ainda está aqui, loirinha? – encarei a tal Christine. – Meu pai é engenheiro civil. Foi ele quem chefiou as reformas aqui na Torre após o ataque alienígena e, por incrível que pareça, Tony simpatizou com ele. Estranho. – encarei o bilionário que deu um sorriso.

—O que levou você a lutar ao lado dos Vingadores na batalha em Sokovia? –

—Minha avó, Bryan. – encarei minhas mãos por um tempo antes de voltar o olhar para ele. – Ultron soube sobre meus poderes e tentou fazer que nem a HYDRA: me levar para o lado sombrio da força. Eu recusei e então ele falou que... por causa das minhas escolhas, haveriam consequências. A morte da minha avó foi essa consequência. – respondi.

—Ultron apareceu semana passada. Você já tinha controle sobre seus poderes então por que não salvou sua avó, srta. Hunters? – eu juro que vou matar essa Christine.

—Eu não pude. Se usasse, poderia machucar ou até matar minha avó. Eu estava pensando em uma forma de salvá-la, mas ela não deixou. Satisfeita, Kristen? – a encarei com um olhar frio.

—É Christine! – me corrigiu.

—Que seja. – resmunguei. Ela respirou fundo.

—Será que podemos mesmo confiar nossas vidas em suas mãos, srta. Hunters? Você não conseguiu salvar sua própria avó. Qual a garantia teremos que você conseguiria nos salvar? – cerrei meus punhos. Ainda bem que elas estavam sobre meu colo, fora dos olhares de qualquer um.

—Que tal a garantia de que um robô assassino conseguiu fazer um pedaço de uma cidade voar a fim de ter uma extinção global e eu ajudei os Vingadores a derrotá-lo? – dei um sorriso arrogante. – Quer garantia melhor que essa, bebê? – a mulher ficou calada. – Sabe, eu tenho que mostrar uma coisa para você. – falei levantando e indo até a tal Christine. – Vamos. Se você não for, eu vou mostrar a outro repórter. – estendi a mão. Ela me encarou com a sobrancelha arqueada, mas logo segurou minha mão, levantando.

Sorri e a levei até a porta. Abri a dita cuja e indiquei para Christine ir na frente. Assim que ela passou pela porta, eu a fechei. Foi então que eu girei as chaves, trancando a porta.

—Eu não estava mais suportando essa mulher. – resmunguei voltando ao meu lugar. – Onde estávamos? –

—Sabe que ela vai detonar você, não sabe? – Tony falou me encarando.

—Estou esperando por isso. – sorri.

—Melinda, como seus poderes funcionam? –

—Meus poderes vieram de um reator de energia. Então eles giram em torno de energia. A cada dia que passa eu descubro uma nova habilidade. – respondi.

—Nós podemos contar com você como uma nova integrante dos Vingadores? – uma jornalista perguntou, fazendo-me rir.

—Tony? – encarei o bilionário.

—Melinda Hunters é sim a mais nova integrante no time dos Vingadores. Notícia fresquinha, hein? – soltei uma risada.

—Melinda, você tem apenas 17 anos, é a mais nova no time. Acha que isso seria um problema? Digo, por ser apenas uma adolescente isso poderia afetar a forma que os seus companheiros vêem você? –

—Bryan sempre com as melhores perguntas. – ele sorriu. – Eu acho que não. Na verdade, não sei. Quando eu trabalhei com os Vingadores em Sokovia, eles não puderam interferir tanto porque eu iria procurar pelo Ultron com ou sem a ajuda deles. Se bem que, conhecendo cada Vingador, eu creio que eles não irão deixar minha idade interferir em qualquer decisão. – nossa. Que orgulho de mim mesma agora. – Acontece que nós somos um time e eu faço parte desse time agora. Nós cuidamos um do outro, não há preferências ou coisa do tipo. – de soslaio, vi Stark concordar com a cabeça. – Próxima pergunta? – nenhuma resposta. – Ninguém tem mais? Ótimo. Sem mais perguntas, então. – levantei. – Respostas, no caso. Sou eu a entrevistada, né? – soltei uma risada. – A propósito, eu irei continuar com minha vida normalmente. Pelo menos até acabar os estudos que felizmente vai até daqui alguns meses. Eu não sei como funciona essas coisas, se vocês vão ficar no meu pé ou não. Porém, para todos os efeitos, eu vou declarar uma coisa antes que qualquer pessoa que não saiba comece a especular. – coloquei um sorriso satisfeito no rosto e falei: – Eu sou bi, é isto. Bon revoar, bebês! – acenei antes de sair caminhando da sala de reuniões.


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Notas finais do capítulo

(1) Christine Everhart, da Vanity Fair e do Homem de Ferro. Não sei se vocês pegaram a referência, mas aí está ela! Eu tenho um ranço tão grande por essa repórter que nada mais justo a Melinda ter também, não?
Então, bebês, o que acharam? Gostaram? Não gostaram? Comentem! Eu disse que viria rápido não? Haha
Eu perguntei os palpites de vocês sobre o que gerou aquela reação da Melinda no final do capítulo anterior e alguns mataram a charada haha. Até porque estava bem óbvio.
Melinda Hunters agora é uma Vingadora! Uhuu! E ela deseja um nome de heroína. Por isso, eu gostaria de fazer um singelo pedido. Eu quero saber se alguns de vocês têm sugestões para o nome de heroína dela. Eu tenho uma. Pensem comigo.
Antes dela ser Melinda, ela era Mérida. Não sei se todos lembram, mas nós temos uma linda princesa da Disney com esse mesmo nome e que também é ruiva (seria coincidência do destino?). A princesa se chama Merida e tal, mas o nome do filme é Valente. Talvez o nome de heroína de Melinda pudesse ser Valente. O que acham?
Se vocês tiverem sugestões saibam que estou aceitando de braços abertos. Espero que vocês sejam mais criativos que eu hahaha.
Bom, comentem suas sugestões, se quiserem podem mandar pelas mensagens. Eu agradeceria de coração se vocês me ajudassem. Enfim, até o próximo capítulo! Bjinhos!



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