San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 5
81. Acampamento


Notas iniciais do capítulo

OOOEEEEEEEEEEE PESSOAS! Tudo bom?

Preparados para o tããooo falado acampamento? Aaaaaaaaaah!

Esse capítulo é só o comecinho de tudo :BB

Espero que gostem e boa leitura!



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Depois daquela hora na sacada, não vi mais o Yan. Nem no café e nem na janta.

Ele poderia estar arrumando as coisas dele, mas... não precisava ficar sem comer, né.

Acordei cheia de preguiça. Me troquei devagar.

Ouvi toques na porta e ela abriu.

— Bru? — Lili entrou. — Acordou atrasada de novo?

— Não. Só tô com preguiça. — Calcei meus sapatos.

— Preguiça? Isso tem cara de Yan.

Dei uma olhada rápida pra ela e suspirei, ficando de pé.

— Bru, não fica assim. Vai ficar desanimada por que ele não veio falar com você? Para, vai. É só o segundo dia dele.

— Não consigo evitar. — Coloquei a mochila nas costas. — É como se... Sei lá, tanto faz falar comigo.

— Olha aqui, não começa com drama. Já basta o Júlio de dramático nesse grupo — disse brava. — Se ele não falar com você hoje, tenho certeza que no acampa ele vai. E você também pode ir falar com ele.

Meu rosto esquentou só de pensar na possibilidade.

— Mas eu seu que você não vai. — Deu uma leve revirada de olhos. — Vai, vamos.

Descemos e fomos tomar café. Não que eu estivesse prestando atenção, mas eu estava ouvindo com frequência as pessoas falando do acampamento.

Todos estavam ansiosos.

Agora aquelas coisas que eu imaginei não pareciam ter chance de acontecer.

Vi Yan de longe no almoço, mas ele subiu logo, assim como a escola toda.

Imagino que foram arrumar suas malas pro acampamento.

Eu já tinha deixado tudo no jeito, então nem me preocupei. Mas Lili me fez subir para ajudá-la.

Assim que entramos no quarto dela, ela embolou as cobertas e as deixou em cima do travesseiro. Abriu as portas do guarda roupa e começou a pegar as roupas que ia levar e as colocou na cama.

— Você vai levar saco de dormir e barraca? — Sentei na cadeira da mesa.

— Não. Até tem lá em casa, mas Deus me livre. Tenho trauma.

— Trauma de quê?

— Quando eu tinha uns oito anos, meus pais me levaram pra acampar, e dormimos em sacos de dormir na grama. De manhã, quando acordei, me sentei e fui coçar os olhos e senti um peso na minha camiseta. — Se virou pra me olhar. — Quando olhei pra baixo, tinha um BESOURO VERDE colado em mim! Quase do tamanho de uma bola de golfe! — berrou e tremeu. — Ai, credo, não gosto de lembrar. — Balançou a cabeça e deu uns tapinhas na cara.

— Ah, foi aí que você começou a ter medo de besouros? — Dei risada.

— Sim. Foi horrível. Nunca mais durmo no mato. — Voltou pra sua tarefa.

— Depois dessa, acho que eu também nunca vou querer dormir no mato.

— Isso. Pra que dormir no frio se tem uma cama quentinha protegida por paredes e um teto, né?

— Será que os meninos vão querer ficar nas barracas?

— Não duvido que sim. Mas mesmo que fossem dormir no chalé, seria separado do nosso. Porque... né.

Eu ri. — Sim, sim.

— O Bernardo vai, né?

— Claro. Nunca que ele perderia isso.

— Você sabe que vai ter outras escolas lá também, né?

— Sério?

— Sim. É bem difícil que um camping seja fechado pra uma escola só.

— Hm... e aí?

— E aí que ele vai fazer sucesso. — Riu. — As menininhas vão cair matando.

— Bom, não duvido muito.

— Ele é de ficar?

— Sabe que eu não sei?

— Não? Ele nunca te contou nenhuma história?

— Não. Só contou da primeira namorada dele, sem ser eu.

— Hm... Fiquei curiosa agora. Mas acho que vamos descobrir nessa viagem.

— Como assim? O que você tá tramando? — desconfiei.

— Ué, nada. Mas se ele decidir ficar com alguém, vamos descobrir. — Deu um sorrisinho malicioso.

— Ai meu Deus... Por acaso vai querer impedir?

— Eu não, coitado. Só quero saber desse lado dele, se é que tem.

Vamos dar uma de espiãs...

Arrumamos a mochila dela, e depois fui arrumar a minha.

No café, fomos informados pelos altos falantes que sairíamos as oito, depois do café da manhã.

Já fui dormir na ansiedade. Decidi que não ficaria pensando no Yan. Eu tinha que aproveitar o acampamento com meus amigos.

Lili e eu descemos já com nossas mochilas prontas. Acho que todos já estavam com suas mochilas nas mesas do refeitório.

Pegamos nosso café e nos sentamos.

— Vocês vão ficar nas barracas? — perguntei para James e Júlio.

— Sim — responderam ao mesmo tempo. — E você? — James quis saber. — Porque eu sei que a Lili não vai querer ficar. — Riu.

— Ela me contou a história e eu também fiquei traumatizada, então não.

— Traumatizada com o quê? — Bebê chegou com seu café e sentou no lugar a minha frente.

— A história da Lili... — Olhei pra ela.

— Tô vendo que vou reviver isso o tempo todo. — Deu um suspiro. — Assim...

Então ela explicou de novo. James e Júlio riram, mas Bebê não.

— Entendo sua dor. Minha mãe passou por algo assim, mas com uma barata.

— Ai. — Ela fez cara de nojo. — Credo, credo.

— Credo mesmo — concordou rindo.

Comemos tranquilamente, conversando e rindo. Muitas pessoas já estavam na porta, esperando. Estava uma barulheira lascada ali.

— Tem alguém de olho em você. — Lili sussurrou no meu ouvido.

— Quem? — Me virei pra ela.

Ela virou pra esquerda, ficando de frente pra mim, e olhou meio que pra trás. Olhei pra esquerda também, e vi Yan e os meninos a duas mesas de distância.

Yan estava me olhando, mas virou o rosto pro Mateus falando algo, quando eu o olhei.

Me virei de volta, sorrindo, e Lili de um risinho, também voltando.

James e Lili levaram todas as bandejas e voltaram. Esperamos dar oito horas, e o sinal tocou, fazendo muita gente levantar desesperada e ir pra saída.

— Nossa, pra que correr desse jeito? — Lili balançou a cabeça.

Esperamos uns minutos até a maioria conseguir sair, e aí levantamos. Júlio e James foram na frente, depois Lili, Bebê e eu.

Fomos direto pra fora, e já vi vários ônibus de viagem estacionados na rua.

Senti algo tocando minha cabeça e olhei pro lado, já ficando vermelha.

— Oi. — Yan deu um sorriso.

Eita, eu até tinha esquecido de como é ficar com a cara em chamas.

— Oi... — Sorri, sem graça. — Tudo bem?

— Sim. Já estou cansado, mas sim. — Riu. — E você?

Bem melhor agora. — Estou bem. Ansiosa pro passeio.

Paramos na calçada do portão. Haviam muitos ônibus, e a maioria dos alunos pareciam confusos, andando pra lá e pra cá.

— Acho que cada ônibus leva uma sala. — Yan disse olhando ao redor.

Tentei achar Lili naquela muvuca, e logo vi uma cabeça ruiva.

— A gente conversa lá. — Yan disse, abaixando ao mesmo tempo que eu o olhei.

Ele beijou o canto da minha boca, e fez uma cara meio assustada.

Fiquei mais vermelha ainda. — T-tá — gaguejei e sai andando pro ônibus que Lili entrou.

Respirei fundo. Ele ia beijar minha bochecha, calma, respira.

Subi e vi Lili e os meninos quase no fundo. Fui até lá e me sentei ao lado dela.

— Finalmente, né? — Ela riu.

Sorri, tirando a mochila e a deixando no chão da poltrona. Me sentei, vendo gente que eu não conhecia nas poltronas do outro lado.

— Não é só a nossa sala nesse ônibus? — Virei pra Lili.

— Não, o 1ºB tá aqui também. Tem um papel na porta falando que esse é da nossa sala e da deles.

— Ah... — Encarei a poltrona da frente sem perceber.

Ele falou comigo... Sou idiota por estar feliz por isso? Agora minhas ideias têm uma chance de acontecer! Aaah!

Um pouco depois, a professora Aline veio passar uma lista pra gente assinar, e uns quinze minutos depois, o ônibus deu partida.

Percebi que conforme íamos, a paisagem deixou de ter casas pra ter árvores. Chegamos uns vinte minutos depois e descemos.

Estávamos em um estacionamento cheio de pedrinhas no chão. Tinham muitos ônibus estacionados e outros chegando, então nem consegui ver direito a paisagem.

A professora nos deixou por alguns minutos mas logo voltou com um cara de camiseta verde. Ela tinha ido fazer a nossa hospedagem, e ela estava sendo responsável por todos os primeiros anos.

Assim que todos se juntaram — e Bebê nos achou —, ela apresentou o homem, Maurício, que seria o nosso guia.

Saímos do estacionamento, passamos pela parte de trás da hospedagem e seguimos uma pequena trilha no meio das árvores. Logo saímos em uma clareira grande, com uma fogueira enorme no meio.

Ali era o centro de eventos, onde haviam as reuniões.

Em várias árvores haviam placas, indicando a direção de cada lugar.

Mais pro norte ficavam os chalés, e atrás deles começava a floresta, onde tinha todas as atividades mais radicais.

Segundo pra direita, ficava a cachoeira e o lago. No centro do camping, ficava o refeitório.

Haviam banheiros masculinos e femininos espalhados pelo lugar.

Perto do estacionamento, ao sul, ficava as quadras poliesportivas, e pra direita, ficava a área aquática, com piscinas de três tamanhos diferentes e uma aquecida, com alguns tobogãs.

Tudo era cercado por árvores e plantas. O ar era até mais leve.

Quem fosse usar barracas, poderia escolher onde a montaria, mas tinha que ficar no espaço entre os chalés, o refeitório e ao redor. Não poderia ir muito mais longe.

Mauricio nos levou até os chalés, mostrando que os quatro chalés da esquerda eram os femininos, e os quatro da direita eram os masculinos.

Eram predinhos de dois andares de madeira, dois na frente e dois atrás. Cada chalé tinha seis quartos e um banheiro compartilhável em cada andar.

Quem quisesse ficar nos chalés, já poderia se instalar. Quem fosse ficar com as barracas, voltaria com o Maurício pra hospedagem pra pegar as barracas e os sacos de dormir.

A maioria das meninas quis ficar no chalé, e Lili e eu fomos até o prédio de trás.

Entramos, vendo que tudo era feito de madeira clara, do chão ao teto.

Escolhemos o quarto número três, o mais perto do banheiro, no final do corredor.

Fomos pro quarto. Era grande, também todo de madeira, com cinco beliches lado a lado, e uma janela grande no final do quarto.

Pegamos o último beliche, o da janela, e Lili pegou a cama de cima.

Deixamos nossas coisas em cima das camas e fomos ver o banheiro.

Assim que entramos, vimos as pias. Para a direita, ficavam cinco cabines de sanitário, e para a esquerda das pias, cinco cabines de chuveiros.

Isso é tão legal!

Menos a parte de ter que compartilhar o banheiro... Mas pelo menos parece tudo limpinho.

O que será que vamos fazer hoje?


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Notas finais do capítulo

Aaaaaaaaai gente! Muitas coisas boas nos esperam nesse acampa!

Ouvi um AMÉM quando o Yan apareceu? shaysgaush

O que vocês acham que vai rolar? Tem sugestões de coisas que podem acontecer? Caso eu goste da ideia, vou colocá-la na história e dar os créditos, para um momento de fama -qq

Gostaram? Espero que sim!

Nos vemos no próximo capítulo o/



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