San Peter: A Escola dos Mimimis Amorosos (Vol.2) escrita por Biax


Capítulo 23
99. Que Deselegante


Notas iniciais do capítulo

Heeeeei pessoinhas! Como estão?

O capítulo de hoje é patrocinado pela música "Monalisa" do Jorge Vercilo -nnn (eu amo essa música, não posso estragar ela!)

Boa leitura!



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Tocamos a campainha da casa do Júlio. Já haviam alguns carros estacionados pela rua, então a festa já devia ter começado.

A porta abriu, e Leo sorriu ao nos ver. — Oi! Demoraram hoje.

O cumprimentamos e entramos.

— É que meu pai estava ocupado. — Lili explicou. — Lembra do meu primo, Gean? — Apontou para ele.

— Lembro sim! Beleza? — Trocaram um aperto de mãos. — Entrem!

Entramos, já vendo bastante gente espalhada pela sala. Lili acenou para as que conhecia e passamos para a cozinha.

Achamos Roberta pegando salgados de uma caixa e colocando em um prato.

Lili a abraçou por trás gritando um “parabéns!”.

Ela riu e a abraçou, tomando cuidado para não encostar as mãos nela.

— Ai, minha ruivinha, que bom que vocês vieram. — Abraçou também a mim e Gean. — Achei que você não ia vir.

— Ué, só porque demoramos? — Mostrou a sacola do presente.

Roberta limpou as mãos em um pano e pegou seu presente, abraçando Lili de novo. — Obrigada! Mas não, não porque demoraram. — Fez uma cara meio triste, meio de incerteza. — É que o Ju trouxe uma menina... Quando vi de longe até estranhei, achei que era você e que tinha pintado e alisado o cabelo, mas aí vi que ela não tinha nada a ver com você.

Troquei um olhar rápido com a Lili.

Era a menina da biblioteca.

— O que aconteceu? Você está bem com isso?

 — Rô... — Lili deu um sorrisinho. — Eu tô bem sim. Só... não deu certo. Desculpa... mas o seu filho é muito dramático.

Roberta riu. — Eu sei! — Suspirou. — Tudo bem, então. Vocês continuam amigos e é isso o que importa. Mas sinceramente... — Baixou a voz. — Não gostei dela não.

Demos risada e ela nos liberou. Achamos James lá fora conversando com o primo do Júlio, mas nada dele próprio.

— Cadê o outro? — Lili perguntou quando o primo se afastou.

— Não sei... E aí? — Apertou a mão do Gean. — Ele tinha entrado com a Monalisa. — Fez graça ao falar o nome dela. — E não voltou ainda

— E ela parece a Monalisa?  — Lili tirou sarro.

 — Só o cabelo escorrido. — Deu risada.

A Lili ainda não tinha visto a tal menina, e ela queria que eu mostrasse, mas como tinha visto de longe em estava um pouco escuro, não tinha visto muito bem.

— Ou ele deve estar muito apaixonado. — Lili começou. — Ou ela deve ser linda para ele decidir trazer ela na festa da própria mãe.

— Ou ela encheu tanto o Júlio que ele concordou em deixar ela vir. —James disse, como se souber do que falava.

— É sério? — Lili começou a rir.

— Sim.

— Você já falou com ela?

— Só uns “oi” e “tchau”, nada que desse para julgar.

 — Mas ela é bonita?

 — Ah... acho que sim. Por que você mesmo não olha? — Indicou com um aceno de cabeça.

Olhamos para trás. Júlio e a menina estavam na porta falando com alguém. A Monalisa tinha a pele levemente morena, cabelos longos, lisos e escuros. era pouco mais baixa que o Júlio e tinha cintura fina e um rosto bonito.

— Ela é índia ou algo assim? — Lili perguntou

— Não sei, parece, né? — James disse.

Então Monalisa nos viu ali, ao mesmo tempo que a outra pessoa saía, e falou algo com Júlio olhando para ele. Ele deu uma olhada em nós e falou com ela. mas ela não apareceu convencida com a resposta, já que o puxou para dentro.

Lili começou a rir. — Se ferrou.

James riu. — Como você é má.

— Já devia estar acostumado. — Gean brincou.

— Devia mesmo. —  Ele concordou.

Roberta apareceu perto de nós, colocando os pratos com salgados na mesa ali perto. —  Alguém tá com ciúmes de uma ruivinha.

— Como é que é? — James já riu.

— Só ouvi aquela menina reclamando que a Lili está aqui. — Ela se juntou na rodinha com as mãos na cintura. — “Ce” acha? A festa é minha e ela tá reclamando que uma convidada minha está aqui? Eu tô avisando, vou botar essa menina pra correr. — Brincou.

—  Acho que é o karma do Júlio. — Lili riu. — Ele só arranja menina ciumenta. Sempre foi assim.

— Você não é ciumenta. — Suspirou, fazendo drama. — Nem tive tempo de te chamar de nora... Olha, não importa o que você ouvir, sempre será bem-vinda aqui, viu?

— Se eu fosse emotiva poderia chorar. — Lili brincou e Roberta riu. — Obrigada.

— Imagina.

Depois disso, Júlio falar com a gente algumas vezes, apresentou a tal Monalisa, que até que foi simpática, mas os dois não ficaram com a gente o tempo todo.

Lili, Gean e eu fomos embora pouco depois do parabéns e dormimos na casa da Lili..

Voltamos no domingo de tarde e mandei mensagem para o Bebê, querendo saber se a saída com o Cauã tinha rolado.

Ele respondeu dizendo para me encontrar lá embaixo.

Deixei a mochila pra lá  e desci. Fiquei perto da entrada até ver Bebê vindo pela trilha das árvores. Dei uma corridinha até ele e me joguei, o abraçando de qualquer jeito.

— Que isso, tá com saudade? — Ele riu, me zoando, mas me abraçou também.

 — E se eu estiver? Qual o problema? — O olhei sem soltá-lo.

— Achei que você tinha esquecido de mim, só sabe sair com o primo da Lili.

— Oh, tá com ciúmes? — Sorri, vendo ele fazer uma cara de “vai nessa”.

— Eu não sinto ciúmes, não viaja.

— Sei. — O soltei e fui até a mesa mais próxima, me sentando nela. — E aí? Como foi? Para onde vocês foram?

Bebê parou na minha frente e colocou as mãos no bolso da calça. — Legal, tirando algumas coisas.

— Como assim? Conta desde o começo —  pedi, impaciente.

Ele sorriu. — Curiosa pra caramba. — Sentou no banco, ficando entre as minhas pernas e apoiou os braços nas minhas coxas. — Estávamos planejando ir pra algum lugar, mas nós dois somos pobres ferrados, e aí ele deu a ideia de ficarmos na casa dele. Então ele me encontrou na estação, pegamos um ônibus e chegamos lá.

Fiquei quieta, só ouvindo.

—  É só lá fiquei sabendo que os pais deles tinham saído. Só estava irmão pequeno dele, que ele ficava de olho.

Dei uma levantada de sobrancelha. — Você ficou nervoso? Por ficarem sozinhos?

— Não sei, não muito, acho. Não pensei nisso.

— E o que vocês fizeram?

— Primeiro, ele fez o almoço, comemos, ajudei com a louça... jogamos vídeo game. Vimos um filme... e ele colocou o irmão dele pra dormir. E aí o negócio complicou.

— Como assim?

Bebê deu um meio sorriso. — Eu esqueço que você é inocente.

Como essa, minha mente foi longe. —  V-vocês fizeram… — Senti a cara ficando quente.

— Não, calma aí! — Riu, mostrando as palmas das mãos. — Não é assim também, existe muita coisa antes, sabe?

— Não, não sei. — Desviei o olhar, envergonhada.

— Eu sei que não. Enfim. Nós… demos uns amassos, mas… tive que parar algumas vezes, já que ele queria ir além. E eu te digo uma coisa, quando você estiver com alguém, não caia nesse papo furado. Um cara pode tentar qualquer coisa pra te... — Hesitou. — Pra te convencer a fazer algo.

Estranhei aquele papo do nada. — Por que isso? Ele tentou te convencer a fazer algo? — Ele fez cara de “é, pois é”.

— É aqueles papos de “eu tô gostando de você” e blá, blá, blá. Falava essas coisas, mas insistia em avançar o sinal mesmo quando eu desviava. Se gostasse mesmo ia parar na primeira.

— Nossa... que desagradável... E o que você fez?

— Depois que eu comecei a ficar irritado, falei que precisava voltar pra escola porque tinha horário pra cumprir. Eu até quis pegar o ônibus sozinho, ele só me mostrou qual eu poderia pegar.

— Mas ele não percebeu que você não gostou?

— Acho que sim, ele sossegou depois. Agora tá lá pedindo desculpa por mensagem.

— E você vai desculpar?

— Posso até desculpar, mas não quer dizer que vou encontrar com ele de novo. Depois disso, brochei.

— Se ele ficou insistindo agora, poderia continuar, né?

— Sim. É bem chato isso. Se mostrei que não quero, eu não quero. Não sei qual a dificuldade em entender isso.

— Mas... por que exatamente... você não quis?

— Meio óbvio, não acha?

Fiquei corada e neguei.

— Imagino eu que você não queira ter sua primeira vez com qualquer um, não é?

Minha cara estava em chamas. — C-claro que não.

— Pois então. Eu também. — Fiz uma cara meio surpresa. — Que foi? Achou que eu já tinha feito isso? Eu sei que pareço experiente, mas é só na teoria. — Deu um sorriso convencido.

— Ai, besta. — Revirei os olhos e ele riu.

— Mas quando você tiver um namorado, eu posso te dar umas dicas.

— Para. — Tapei os ouvidos com as mãos.

Bernardo riu mais, parecendo se divertir com a minha vergonha. Então puxou minhas mãos pra baixo.

— Tá, parei, relaxa. — Segurou minhas mãos em meu colo. — Você... não acha estranho?

— O quê?

— Eu sei que você é naturalmente vergonhosa, mas não é estranho ouvir eu falar de coisas que fiz com outro cara?

— Hm... acho normal. Aliás, acho estranho, mas se você tivesse ficado com uma menina ia ser a mesma coisa. — Dei de ombros.

Bebê sorriu. — Imaginei.

Largando minhas mãos, ele abraçou minha cintura e deitou a lateral do rosto no meio peito.

O abracei, deixando meus braços em suas costas e encostei a cabeça na dele.

Sorri, feliz por ter aquele tipo de relação com ele.

Aquele era o tipo de amizade que eu queria ter para o resto da vida.

Eu queria ter o Bebê do meu lado pro resto da vida, na verdade


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Notas finais do capítulo

Nossa, quanta coisa!

Eu ainda não achei uma pessoa que me parecesse a Monalisa, então vou ficar devendo fotos kkk Será que esse namoro dura? ~veremos

Bebê dando uns rala e rola com o Cauã, olha só! Alguém aí chegou a achar que o Bebê era mais "liberal"? Acho que ele tem uma cara meio de safadenho. Mas se engaram quem pensou! -q

Não me canso de dizer como a amizade desses dois é linda :3 VONTADE DE IR LÁ E AGARRAR ELES.

GENTE VAMOS PRO CAPÍTULO 100! Eu ainda nem tô acreditando nisso! Como pode? Parece que foi esses dias que postei o capítulo 50.

Eu nunca imaginei que chegaria tão longe com essa história :')

Bom, chega de emotions por hoje. Nos vemos no próximo capítulo, que a propósito, é o aniversário da Brunaaaaaa!

Até lá o/



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