The Guardians escrita por Sofia Di Angelo


Capítulo 3
Cleo


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas, sou eu de novo, com mais um capitulo fresquinho pra vocês.Deu exatamente uma semana desde a ultima postagem, que gracinha!Vou tentar seguir essa meta ate o final.
Enfim, sem mais delongas, aproveitem o capitulo!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/746306/chapter/3

Eram aproximadamente 22:30 da noite quando o alarme de emergência soou na base. Eric pediu para dois de nos irmos lidar com a situação, e eu e Leo fomos os escolhidos (Yey! - Favor notar o tom sarcástico). De qualquer forma, eu saí voando da base e Leo pediu carona:

—Você bem que podia perder uns quilinhos, hein?! Desse jeito não vou conseguir voar muito rápido.

— Fala sério! Eu só comi um pedaço de bolo de sobremesa hoje! - Ele devolve protestando. Eu tinha certeza de que ele tinha comido mais, mas preferi ignorar, se não ele ficaria insuportável:

— Que seja. Onde era o local mesmo?

— Calmai que o Google Maps não pega muito bem aqui em cima- ele diz socando o celular, como se isso realmente fosse adiantar - Ok. Pega a próxima esquerda e depois a segunda direita. Não estamos tão longe!

Faço como ele diz, tentando ir o mais rápido possível. Afinal, nunca se sabe quais perigos poderiam estar atacando o orfanato. Chegando na segunda direita, seguimos para frente sem parar e o orfanato ficava logo na esquina. Quando estávamos quase chegando Leo vira sua cabeça para mim com um sorriso no rosto:

—Aqui é minha saída. Valeu pela carona!

— Que? - Mas o maluco se soltou dos meus braços e pulou lá em baixo sem me dar tempo de reação. Ele manipulou a terra, que se levantou alguns metros do chão fazendo com que ele caísse de pé ao invés de se ralar todo no chão. Com seus poderes ele fez duas montanhas de terra, uma de baixo de cada pé e foi se movimentando rapidamente para a parte de trás do orfanato. Provavelmente para tentar fazer uma entrada triunfal e posar de herói. Ele adora fazer isso!

Eu segui com meu voo em direção a parte da frente do orfanato e quando estava quase chegando, ouvi um grito vindo da lateral.  Ao ouvir isso me desviei mais rápido que um avião em turbulência e fui ao lado direito do orfanato. Oh céus! Era uma garotinha que tinha caído do segundo andar. Acelero o voo o máximo que posso para chegar a tempo.  “Vamos Cléo” Eu penso comigo mesma. Não vou deixar uma pobre garotinha morrer.

“Quase lá! Quase lá!” Eu pensava alto acelerando o máximo que podia.

— Peguei! - Eu grito quando pego a garotinha em meus braços, segundos antes de ela se esfolar no chão.

Aterrisso e a coloco na grama. Ajoelho uma das pernas no chão para ficar da altura da menina:

— Você está bem? - Ela me encarou uma cara de espanto, como se tivesse visto uma assombração há pouco tempo atrás. Ela ainda me olhou por um tempo, com seus imensos olhos verde mel antes de responder

— Como você fez isso? - Ela me pergunta completamente confusa

— É uma longa história - muuito longa por sinal, e a qual eu não tenho tempo para contar agora - Qual seu nome? - Eu pergunto.

—Stacy - a garota, que aparentava ter uns 13 anos respondeu.

— E o meu é Cléo, muito prazer! - Eu disse mostrando meu melhor sorriso para acalma-la. - Então me diga, como foi que você caiu da janela?

— Eu não caí. Uma mão gigante feita de sombra me empurrou - quando ela disse isso, eu pensei que era exagero. Mas ela continuou ainda mais segura e preocupada - Você tem que me ajudar! Meu irmão! Essa não, ele ainda está lá com a moça com cara de fantasma! Temos que salva-lo - ela contou freneticamente.

— Calminha aí. Mulher com cara de fantasma? - Eu pergunto ainda duvidando um pouco de sua história.

— Sim! Ela tinha a cara totalmente branca, parecia uma folha de papel. E aqueles olhos…. Brrr- ela deu uma tremidinha e prosseguiu - Aqueles olhos eram aterrorizantes. Eu os encarava fixamente quando ela fez uma mão de sombra e me jogou pela janela. Ela tentou me matar! E agora meu irmão está lá sozinho com ela!

Eu não podia acreditar em sua descrição. Se Stacy estava certa, só havia uma pessoa que poderia estar lá em cima: Thea, a guardiã das sombras. E isso sim seria um problema.

— Não se preocupe. - Eu digo para a garota tentando acalma-la - Meu amigo Leo esta lá em cima e.... Essa não! - Eu digo para tentar acalma-la mas acabo me preocupando também: Leo estava lá em cima. Ai, Jesus. Eu tinha que ir lá ajuda-lo antes que ele faça alguma besteira.

— Certo, segura a minha mão - eu digo estendendo a mão para a menina. Voar era o jeito mais rápido de chegarmos lá em cima.

A garota não demorou a concordar e segurou minha mão fortemente, assim como eu lhe dissera. Eu levantei voo e alcançamos a janela do segundo andar rapidamente. Assim que entramos eu me espantei com o tamanho do orfanato: era bem grande! Uma verdadeira mansão. Eu notei isso quando chegamos ao segundo piso e vi o imenso corredor com.... Oh céus! Com Leo e um garoto ao seu lado. Ambos sem ação, enquanto Thea começava a reunir sombras a seu redor:

— Eu? Sou seu pior pesadelo! – Thea dizia enquanto reunia as sombras a sua volta, possivelmente se preparando para mais um ataque.

Eu tinha que pensar rápido. Precisava dar um ataque certeiro e rápido. Que a deixasse sem ação:

—Stacy, é melhor você tapar os ouvidos! - Eu disse para a menina assim que uma ideia me vem cabeça. Começo a reunir todo meu folego. Esse grito ia ser dos altos:

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

 AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Eu grito com todas as minhas forças, direcionando as ondas sonoras para Thea. Todos os vidros no corredor começaram a rachar e logo se partiram em milhões de pedacinhos. Vi Leo e o outro garoto taparem os ouvidos fortemente. Quando acho que já foi o suficiente, paro. Afinal, já havia impedido o ataque de Thea. Ela se vira com espanto para mim e logo para os meninos do outro lado do corredor:

— Três? Três guardiões? - ela virava sua cabeça furiosamente para os dois lados - Nos encontraremos novamente seus....- ela adentrou nas sombras para não ser mais vista. Provavelmente voltou para o esconderijo.

Ainda bem que ela não quis continuar com a luta. Mas o que ela quis dizer com três guardiões? La só tínhamos eu e Leo, que, por sinal, veio correndo em minha direção e me deu um abraço exclamando:

— Uhuuul! É assim que se faz!

— É assim que eu faço cabeção. Você sempre esquece dos mínimos detalhes! - Eu respondi furiosa. Se fosse por ele, três vidas teriam sido perdidas naquela noite. INCLUINDO A DELE!

Eu saio da frente para mostrar Stacy, que saiu correndo para abraçar o garoto.

—Will - a loirinha o abraçou firmemente, enquanto lagrimas corriam dos olhos do menino.

— Não precisa agradecer. O “top” aqui do lado sempre se esquece dos detalhes importantes -eu me aproximo dizendo-lhe. Ele se levanta rapidamente enxugando as lagrimas para me agradecer:

— Muito obrigado por terem nos salvado! - Ele disse a mim e a Leo.

— Sim, muito obrigada moca! - Stacy se virou para mim.

— Não a de que - eu respondo passando a mão em sua cabeça.

—Sim, eu tinha tudo sobre controle - Leo diz, convencido como sempre, o que me leva a dar um leve puxão em sua orelha e contra argumentar:

—Você? Se não fosse por mim, a garota teria morrido e você e o....- eu desviei meu olhar para o garoto por um instante, que era bem bonito por sinal, agora que eu o olhava fixamente. Seu cabelo era marrom e ele tinha os lados da cabeça raspados, exibindo um leve topete ao meio. Seus olhos eram cor verde-água e estavam brilhando graças as lagrimas que ele tinha derramado. Ele não tinha sardas como a irmã. Na verdade, eles não se pareciam muito, e ele usava um pijama de listras. E essa foi a avaliação mais rápida de uma pessoa que eu já fiz - Qual seu nome mesmo?

— Will - o garoto responde simplesmente.

—Isso - eu me viro para Leo novamente para completar meu raciocínio - e você e o Will teriam virado pó!

— Viu? Mais é por isso mesmo que nós formamos uma dupla perfeita! Você faz o trabalho e eu levo a fama! - Leo diz brincalhão enquanto me estende um soquinho, ao qual eu simplesmente ignorei - Humpf! Mal-educada! - Ele diz depois do vácuo em que foi deixado.

— Enfim- eu me virei para Will e Stacy. - Acho que nosso trabalho está cumprido aqui! Até a próxima! - Eu me viro pronta para puxar Leo e voltarmos para a base.

—Espera! - Will grita me puxando pelo braço, atraindo a atenção dos três para si enquanto ele gritava em desespero - Alguém tem quer por favor me explicar O QUE ESTA ACONTECENDO AQUI!? Uma garota maníaca com poderes vem, destrói o orfanato, quase mata minha irmã e a mim também! Eu não posso simplesmente ignorar esse fato! E-e-e além do mais, você - ele disse apontando para Leo –  Você arrancou pedaços de chão! Como isso é sequer possível? E ainda teve o lance do raio! Seres humanos não lançam raios! O que está acontecendo?

Eu e Leo trocamos olhares. Eu não havia visto Will lançar raio algum, mas Leo com certeza havia presenciado o momento. Assim como Thea, que disse que haviam três guardiões. Isso só pode significar que Will era...

— He! Acho que não tem jeito mais fácil de explicar isso - Leo interrompeu meus pensamentos e começou a explicar a Will - Vamos do começo. –  Ele disse virando-se para o garoto novamente - Meu nome é Leonardo, mas pode me chamar de Leo, muito prazer! Eu sou o guardião do elemento terra.

— E eu sou Cléo. Guardiã do elemento ar. - Eu digo seguindo o raciocínio de Leo - Os guardiões são responsáveis por manter a paz e o equilíbrio no mundo. Cada um de nós tem um domínio especifico, seja sobre algum elemento básico ou sobre organismos.

— E você, Will - Leo esbanjou um sorriso de lado. E após uma breve pausa continuou (como ele é dramático) - É um de nós!

                                                              ***

Após essa breve e confusa explicação, as crianças e jovens do orfanato começaram a sair dos seus dormitórios. E não demorou muito para a dona do local aparecer também. Então o que fizemos foi: Leo me explicou como os poderes de Will se manifestaram durante a batalha contra a guardiã das sombras e depois se dirigiu a dona do orfanato para explicar-lhe a situação e tentar inventar uma desculpa convincente para explicar a luta e como os vidros se quebraram. Eu por outro lado, fiquei encarregada de explicar a Will sobre esse mundo ao qual ele pertence.

Quando me aproximei, ele estava sentado em uma cadeira com um copo d’agua e uma garota latina estava em pé ao seu lado.

— Então - eu disse olhando para ele - Pronto para ouvir?

— Acho que sim! - Ele me disse um pouco incerto. - Se importa se ela ouvir também? - ele disse apontando para a garota.

Ótimo! Mais ouvintes descobrindo nossa identidade secreta.

— Eu sou a Natasha por sinal - a garota disse me estendendo a mão.

— Cléo - eu disse lhe cumprimentando - E você pode ouvir contanto que prometa não contar a ninguém o que vai escutar agora!

— Sim, claro! Prometo não espalhar para ninguém o que aconteceu. É que fiquei muito chocada com o que Will me contou.

Ela parecia gente-boa e confiável, acho que não tem problema se eu contar:

—Certo. Então lá vamos nós - Eu respirei fundo antes de começar a contar a história - Existem ao todo 15 guardiões. Eles são seres antigos que existem desde os primórdios da humanidade. Sua missão, como eu já disse, é proteger os humanos e a natureza e manter a Terra em equilíbrio. Os guardiões são selecionados a cada 100 anos.

—100 Anos? - Ele interrompe espantado - Eu nem sei se vou viver tanto tempo!

— Mas é claro que vai, guardiões são imortais no sentido de que não podem morrer de velhice.- eu respondo por impulso.

— Imortal? - Will se espanta. Eu deveria ter contado essa parte mais tarde. Mas a verdade é que estava cansada e não via a hora de dormir. Só queria recrutar o novo membro da equipe e voltar para o templo.

—Will. Deixa ela contar- Natasha lhe diz. E ainda bem que disse, se não a noite teria sido beem mais longa.

— Continuando. – Eu disse retomando a palavra - Infelizmente, na geração de guardiões passados, um deles se rebelou contra a humanidade e os outros guardiões. Ele queria ser o mais poderoso de todos e governar sobre a humanidade quase como um deus. Ele convenceu alguns outros guardiões a irem para o seu lado e dessa forma, uma guerra entre os dois lados se iniciou. Muitos guardiões foram mortos e...

— Espera - ele me interrompeu novamente - Mas você disse que os guardiões são imortais.

— Quanto a velhice! - Eu o corrigi - Ainda podemos ser mortos e feridos da mesma forma que humanos. O único que não nos afeta é a velhice.

— Ah, certo. Continue.

— Caham - eu disse limpando a garganta e tentando lembrar onde eu estava - E dois deles tiveram seus poderes perdidos para sempre.

— Como assim?

— Quer dizer que seus poderes foram roubados pela Guardiã da Energia e agora ela pode domina-los caso a nova guardiã consiga acessar essa parte de seu poder.

— E, só por curiosidade - Dessa vez quem me interrompeu foi Natasha - quais guardiões eram esses?

— Os guardiões das almas e dos corpos. - Eu respondi

— Como assim? Isso não tem lógica! -  Will disse preocupado – Desculpa. Pode continuar.

— Não tudo bem. Eu deixo essa história para depois. - Eu resolvo resumir a história e contar só o que é realmente importante - Esse guardião rebelde era o Guardião das Mentes e ele utilizou um feitiço para prender seus poderes a si, para que estes não passassem para a próxima geração e assim ele pudesse concluir seus planos de dominação mundial. Ele pegou o feitiço emprestado com a antiga feiticeira do Norte, e lançou-o em si mesmo.

— Por favor, me diz que o feitiço não funcionou! -  Ele me lançou um sério olhar de preocupação.

— Na verdade, o feitiço funcionou sim - eu disse destruindo suas esperanças - A boa notícia é que, como consequência do feitiço, ele ficou preso em uma espécie de sono e congelamento mágico, do qual só pode acordar com uma grande quantidade de energia vital. Energia vital é a energia essencial de uma pessoa, o que nos faz viver basicamente. Mas a energia necessária para despertar o guardião é absurda, e só pode ser proporcionada por... guardiões. Ou seja, eu, Leo....  e você Will! - Eu desacelerei um pouco no final.

Ele se levantou e pôs as mãos na cabeça. Claramente tentando processar toda a história.

— Pelo visto já contou a ele - Leo voltou depois de sua conversa com a dona do orfanato - Olha Will, os guardiões precisam impedir que o Guardião das Mentes retorne. Ele matou a quase todos os guardiões de seu tempo. Apenas dois sobreviveram. Nós precisamos de mais ajuda, ele tem muitos guardiões poderosos do seu lado. Precisamos de você...

— Leo não o pressione - eu disse lhe dando um cutucão e me dirigindo ao menino - Will, a escolha é toda sua. Mas vir conosco é o melhor para você. Agora que Thea sabe que você é um guardião sem controle de seus poderes ela pode vir atrás de você novamente e te usar para despertar o Guardião das Mentes. – Eu dei uma pausa e prossegui - Olha, nós temos outros fortes guardiões do nosso lado no momento, mas temos o objetivo de reunir o maior número de aliados possível caso o pior aconteça. Nós precisamos de sua ajuda, mas não vamos te forçar. - Coloquei meu braço em seu ombro e olhei profundamente em seus olhos antes de concluir -  Acho que é melhor você pensar sobre o que quer fazer. Eu e Leo temos que voltar logo para a base antes que os outros fiquem preocupados. – Eu dirigi um olhar a Leo, claramente indicando para que ele tomasse a palavra:

— Certo! - Ele disse captando meu olhar - Vamos estar do lado de fora esperando sua reposta. Mas, sem pressão - ele disse dando um leve soquinho no braço de Will - Tome o tempo que for necessário!

E dizendo isso, eu e Leo saímos do orfanato e deixamos Will e Natasha pensando sobre o que dissemos. Quando saímos, Will estava chocando e possivelmente, com medo. Ou pelo ataque que havia acabado de sofrer, ou por que agora sabe que o que está por vir é ainda pior. Não sei como ele vai processar tudo e muito menos o que vai deci....

— Que missão hein? -  Leo interrompeu meus pensamentos, como sempre aliás. Entendam: nunca há momentos de silêncio com Leo. Mesmo nos momentos em que o silêncio cairia super bem - Encontramos o Guardião do Relâmpago e vencemos a tia das sombras! – Ele fez uma pausa e continuou - E aí? O que acha que ele vai decidir?             

Após uma pausa e concluindo meus pensamentos, eu me viro para Leo com um sorriso e respondo com simplicidade:

—  O que ele achar certo!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem pessoal. (Ainda estou esperando um "oi" nos comentários ou algum sinal de vida). Enfim, vejo vocês no próximo capitulo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Guardians" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.