The Guardians escrita por Sofia Di Angelo


Capítulo 28
Capítulo 4- Deuce


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!



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— Vamos lá bater um papinho com nossos “colegas” - Sky disse assim que saiu de baixo da terra.

Depois do sucesso do plano de Lucy, os inimigos estavam finalmente a nossa mercê. Agora, restava descobrir o que queriam de nós e onde estava o responsável por ter encontrado nossa base oculta:

— Façam as honras. – A ruiva se dirigiu a mim, Lucy e Leo.

Nós três lançamos nossas magias em Thea, Elize e Dan, impedindo que qualquer um deles se mexesse. Ao prende-los nessa situação, Sky começou a perguntar:

— E agora, quem dos três vai querer dar as explicações?

— Por exemplo, como entraram aqui? – Kevin completou o interrogatório da ruiva.

— No caso, eu sou a resposta! - uma voz feminina alta e brincalhona ecoou, interrompendo nosso questionário.

Um portal multicolorido se abriu atrás da poça d`agua que Lucy havia criado na área externa - graças a seu plano. Dele saíram Paloma e Cléo. A Guardiã do ar estava completamente amarrada por uma corda, que parecia apertar-lhe cada vez mais. Paloma estava de pé, triunfante e risonha ao seu lado:

— Eu não sei quem você é. Mas vai parar com isso agora - Leo ameaçou ao ver o estado de Cléo.

— Com prazer. Masss, terão que soltar meus amigos primeiro - ela apontou para os outros três Guardiões presos ao chão.

Lucy derreteu a água, liberando Thea. Leo tirou as mãos de Elize da terra e eu desenrosquei Dan. Paloma lançou uma fumaça nos três assim que ficaram soltos. Eles foram tele transportados para trás da feiticeira, onde ainda lutavam contra o choque que haviam levado minutos atrás.

—  Agora solte-a - Leo exigiu que Paloma cumprisse sua parte do trato.

— Oh, querido, eu faria se pudesse, juro! Infelizmente, não cabe a mim.  Veras, a magia da corda está diretamente ligada a barreira. - Ela apontou para a barreira de ocultação. - Enquanto vocês brincavam de lutinha, eu fiz uma visita ao jovem feiticeiro...

— Jason… - Kevin soltou preocupado.

— Ele mesmo. Acontece que, quem instalou a barreira, garantiu que esta só poderia ser desfeita por quem a criou. Desta forma, até que ele desfaça sua magia, a corda seguira apertando sua querida amiga. Só esperemos que ele não tome a decisão certa tarde demais...

A Feiticeira soltou uma cruel risada ao terminar sua explicação. Todos nós olhamos em preocupação:

— Mas se Jason desfizer a barreira, todos da cidade poderão nos ver.… - eu expressei meus pensamentos em voz alta.

— E se não - Sky completou - Cléo morre.

Um cruel e genial plano. E Jason? O que ele escolheria? Todos sempre souberam da sua paixão por Cléo, e semana passada eles haviam finalmente começado a sair. Está mais do que claro que ele escolherá salvar sua vida a proteger a ocultação do Templo. E eu não tenho certeza se essa e a decisão correta ou não. Não podemos deixar uma amiga morrer, de forma alguma. Mas o mundo mortal também não pode saber onde ficamos. A única ideia que me ocorria era enfrentar Paloma. Se ganhássemos, poderíamos conseguir as duas coisas.

Virei-me para o lado, em busca de respostas dos outros. Alguns expressavam dúvida, outros ódio. Mas Leo parecia já ter tomado sua decisão, e por sua expressão, ele havia chegado a mesma conclusão que a minha. Com os punhos cerrados, ele deu um passo à frente, mas foi interrompido pela garota:

— Ah, e antes que pensem em me atacar, eu dei ao Feiticeiro 7 minutos para decidir. E mesmo que me matem, o feitiço permanecera ativo, por que, eu conheço um truque ou dois. - Ela voltou a sorrir - E olhem só, entramos nos 40 segundos decisivos!

— O que? - Leo gritou - Morrendo ou não, isso não vai sair impune!

O garoto levantou um pedaço de rocha e o lançou na feiticeira, está se envolveu em um teletransporte e desapareceu. Aproveitando sua ausência, eu voltei a prender Dan com meus cipós, Lucy e Leo fizeram o mesmo. Kevin e Sky correram até Cléo. A ruiva tentava queimar a corda:

— Não está funcionando! - Ela gritou em desespero.

O rosto de Cléo começava a ficar roxo dado a falta de ar. Leo, em desespero, correu e a segurou em seus braços:

— Por favor, não. Cléo, calma, a gente vai pensar em alguma coisa - ele dizia.

E eu realmente gostaria de pensar que iriamos. Mas o que fazer? Um portal se abriu de repente atrás de mim e Paloma saltou dele. Virei por instinto, e enrosquei suas pernas com cipós. Ela começou a rir em resposta:

— Não adianta. Sua amiga já era. TIC TOC, Guardiões - ela levantou um celular com um cronômetro - 5 segundos.

— NÃO! - Leo ainda segurava Cléo em seus braços, ele se inclinou para mais perto da garota.

O vi tremer os lábios, como se estivesse tentando falar alguma coisa, mas o que quer que ele fosse dizer, morreu em sua garganta. Eu voltei a encarar o cronômetro na mão da feiticeira, enquanto os números se igualavam em 0. “Não…”, eu pensei. Todos pensaram nisso. “Por que?”. Encarei o chão uma última vez, encontrando forças para enroscar Paloma por completo. Uma vida inocente havia acabado de ser tirada de nossa equipe. Leo tinha razão, isso não ficaria impune. Preparei-me para invocar mais plantas, mas um grito de Sky me impediu de prosseguir:

— Galera?

Virei com espanto para ver a corda se desenroscar magicamente por uma fumaça verde-claro e ser levantada aos ares, até cair no chão atrás de Leo. O guardião da Terra colocou um dedo no punho da garota:

— Ela desmaiou, mas está viva! - Ele disse entre lágrimas.

— Impossível. - a Feiticeira procrastinou revoltada. - Como...?

— No caso, eu sou a resposta. - Uma voz surgiu de trás da Feiticeira.

Ela se virou com raiva para ver o responsável por arruinar seus planos. Um garoto alto se encontrava atrás dela. Seus cabelos castanho escuro estavam bagunçados e quase tapando completamente seus olhos verde-escuro. Ele usava um casaco largo e calça-jeans. Seus tênis estavam desamarrados e sujos. Mas mesmo com seu aspecto desprezível, ele demonstrava uma incrível autoconfiança, já que esbanjou um sorriso para todos nós.

— Sentiram saudades?

— Harry? - Sky perguntou se aproximando.

— Em carne, osso, gostosura e magia de sobra - o garoto respondeu piscando seu olho direito.

— Pelo jeito anos no exilio não foram o suficiente para abalar sua autoestima. - A ruiva devolveu.

— Pode apostar que não. Agora onde estávamos? - Ele fez uma pausa e observou a feiticeira novamente - Ahh sim, salvando o traseiro de vocês!

Erguendo as mãos, ele mirou seu dedo no rosto da feiticeira:

— Solte os cipós - Ele me disse.

— Nem louco – devolvi.

— Eu tenho um plano, mas não posso superar sua magia. Solte. - Harry pediu mais uma vez

Olhando profundamente em seus olhos, o vi encarar-me com um olhar sincero. Com um rápido movimento das minhas mãos, retirei os cipós, Harry sorriu e lançou sua magia na Feiticeira. Esta reapareceu do lado de fora da barreira:

— Agora! - Harry gritou.

Outra magia de teletransporte envolveu Dan e as outras duas Guardiãs. Lucy e Leo rapidamente soltaram Dan, Elize e Thea, que foram cobertos pela magia e reapareceram do lado de Paloma. Olhando para trás, vi Jason soltando os três do lado de fora:

— Eu juro que explico depois. - o loiro disse abaixando as mãos.

Sky, eu e os outros ainda encarávamos perplexos, tentando entender o que estava acontecendo. Os dois feiticeiros levantaram os braços mais uma vez e juntamente, lançaram uma magia contra a barreira. A barreira pareceu se solidificar, mas permaneceu invisível. Do lado de fora, Paloma correu em nossa direção, mas bateu de cara contra a barreira e foi lançada para trás:

— Eles levantaram um campo de proteção - Sky observava surpresa.

Os três Guardiões do outro lado se levantaram por fim. E andando a passos determinados em direção a barreira, encararam nosso grupo com ódio uma última vez, antes de Paloma cobri-los em sua fumaça rosa e todos desaparecerem.

Do lado de dentro, todos recuperavam o fôlego, e Leo pegou Cléo em seus braços com urgência:

— Temos que leva-la a enfermaria.

— Cléo! - Jason gritou preocupado e saiu correndo em sua direção - Eu a levo.

Leo a colocou nos braços do Feiticeiro e esse se envolveu em uma poeira branca, sumindo. Kevin chegou próximo a Leo e pôs uma das mãos em seu ombro, em sinal de consolo. Will, Lucy e Jack vieram em nossa direção:

— Todos bem? - Will perguntou.

— Sim, obrigado por perguntar. Eu sou Harry, a propósito - o Feiticeiro do Leste estendeu a mão

— William - este devolveu o cumprimento.

Ao lado de Sky, Lucy se encontrava imóvel, sua respiração ficando pesada e carregada de amarguras do passado:

— Por que voltou? – ela dirigiu sua pergunta ao recém-chegado.

— Jason me trouxe para juntarmos forças e defender a base - Harry se explicou - Eu quero tentar concertar as coisas por aqui e....

— Agradecemos a consideração, mas acho que já pode se retirar - Jack o cortou.

— Você nunca muda não é, loiro? - Harry deu uma risada, que desapareceu de seu rosto rapidamente ao ver Eric se aproximando.

Eu e os outros também nos viramos surpresos.

— Todos em meu escritório. Agora - ele disse brevemente antes de voltar para dentro do edifício.

Nos encaramos com olhares de dúvida, mas o seguimos até o Templo. No meio do caminho, Jason foi convidado a se juntar ao grupo. Ele olhou pela porta da enfermaria uma última vez, onde Riley e Amanda cuidavam de Cléo, antes de subir as escadas. Chegamos ao terceiro andar e entramos na sala. Eu, que fui o último a entrar, fechei a porta atrás de mim. Estávamos todos lá, enfileirados um ao lado do outro nesta precisa ordem: eu, Sky, Lucy, Jack, Will, Leo, Kevin, Harry e Jason. Eric foi para trás da sua mesa e se sentou na cadeira lentamente. Ele encarou a cada um de nós antes de pedir que contássemos a história:

— Eu quero todos os detalhes: o que aconteceu aqui? - Ele disse simplesmente.

Nós nos olhamos, sem saber quem explicaria o ocorrido. E quando ninguém deu um passo à frente, eu me voluntariei:

— Eric, os Guardiões se encontraram esta manhã na sala de estudos de Jason para pegar os objetos. Estávamos todos lá quando o alarme soou - comecei a dizer, dando um passo à frente.

— Eu fui o responsável pelo alarme. Eu e Lucy conversávamos no corredor quando Elize quebrou a janela e veio atrás de nós - Jack prosseguiu.

— Depois disso eu, Jack, Lucy e Cléo lutamos contra Paloma e Elize. Mas a feiticeira lançou Lucy pela janela e Cléo foi atrás dela - Will continuou.

— Ao vir atrás de mim, Paloma envolveu Cléo em uma magia de teleporte e a prendeu. - Lucy avançou.

— Ambas apareceram em meu quarto de magia. Paloma ordenou que eu desfizesse a barreira ou Cléo morreria sufocada. Como está só poderia ser desfeita por quem a criou, tive que trazer Harry de volta a base - Jason explicou.

— Enquanto isso, eu, Kevin, Sky e Leo enfrentávamos Thea e Dan. Eu impedi que Lucy caísse e ela criou um plano para eletrocutar os inimigos. - Eu voltei a narrar.

— Depois disso Paloma apareceu, Cléo quase morreu. Harry surgiu do nada, lançou umas maracutaia pra cima da feiticeira e salvou geral - Leo contou rapidamente.

— No final, Jason e Harry uniram forças para criar um campo de proteção mágico juntamente com a barreira de ocultação. Os inimigos não podem mais entrar. - Kevin concluiu.

Um breve silêncio se instalou no quarto. Eric olhava a todos nós com frieza. Ele colocou as mãos sobre a mesa, pensativo:

— Então há um feiticeiro do lado deles?

— Sim - Sky respondeu.

— E ninguém mais pode nos ver ou entrar aqui? - Eric tornou a perguntar.

— Exatamente. - A ruiva voltou a contestar.

— Todos fizeram um excelente trabalho se livrando dos invasores. Meus parabéns - ele se levantou, nos congratulando. - Agora, quanto ao exilado….

Os frios olhos de Eric se viraram para Harry:

— Eu já e-expliquei meus motivos. Eu realmente sinto muito. Não sabia mais o que fazer e essa foi a única ideia que me ocorreu - Jason se explicou nervosamente.

Eric apenas levantou a mão, pedindo por silêncio:

— Você agiu bem, Jason. Jack. - ele se virou para seu filho - preciso que você e Harry esperem do lado de fora da sala enquanto debatemos seu paradeiro. Não o perca de vista.

O loiro assentiu e os dois se dirigiram a porta. Mas antes de sair, Harry disse:

— Todos cometemos erros. Eu me arrependi do meu passado, estou disposto a mudar, Eric. Por favor, me dê uma segunda chance… o garoto implorou.

— Não escutou? Eles vão debater seu paradeiro. Fora! - Jack disse segurando a porta.

Os dois se retiraram e Jack fechou a porta atrás de si. Restávamos apenas os Guardiões, Jason e Eric. Incluindo Will, que era a exata definição de “perdido”, Lucy, cujo punhos estavam fechados e Leo, que estava com a cabeça nas alturas. Provavelmente pensando em alguém que consegue alcança-las. O mestre nos mirou um olhar profundo e sério antes de tomar a palavra:

— Temos aqui sete indivíduos. Oito contando comigo. Eu sugiro uma votação. - Eric propos.

— Com todo o respeito, Eric. Eu não acredito que esteja realmente fazendo isso - Lucy começou - Uma segunda chance? Honestamente acredita nisso?

— Eu acredito que todos possamos nos arrepender e aprender de nossos erros. - Ele devolveu.

— Certo, então se os gêmeos entrassem aqui agora mesmo e dissessem que estão arrependidos você acreditaria? - Sky argumentou.

— Casos diferentes. - Eric disse - Então temos um “não” por parte das meninas?

As duas assentiram firmemente. Eric balançou a cabeça em sinal de afirmação e se virou para encarar o resto de nós:

— Meninos? Qual seu veredito?

— Eu acho que seria útil tê-lo aqui - Jason opinou - Ele é bem mais experiente que eu e poderia me ajudar a melhorar minha magia. Além do mais, não consigo manter duas barreiras mágicas funcionando sozinho.

— Acho justo. - Kevin opinou - Também acredito em segundas chances, ele pareceu bem sincero e nos ajudou quando precisávamos. Mas creio que deveríamos manter um pé atrás com ele.

— Exatamente o que eu estava pensando. Eu concordo com Kevin - dei meu voto.

— Para ser sincero, eu não tenho ideia do que está acontecendo aqui. Eu voto branco - Will disse honestamente.

— Certo, 3 contra 2. Leo? - Sky pediu para que a opinião restante se manifestasse.

O garoto parou por uns instantes, encarou a cada um de nós e por fim falou:

— Ele salvou a todos nós hoje. Isso conta como redenção para mim. Mas caso qualquer um de nós sinta o mais leve deslize da parte dele, espero que tenhamos sua autorização para dar cabo a situação. - O garoto olhou para Eric fixamente.

— Absolutamente. Permissão concedida. - Eric disse - Certo, pedirei para que ele entre novamente. Jason, pegue a chave de um dos quartos e espere do lado de fora. Você o levara a nova habitação quando eu terminar o interrogatório.

O feiticeiro ajeitou os óculos e concordou. O restante de nós assentiu, como sinal de aceitação a ideia. Lucy, contudo, expressou sua raiva uma última vez:

— Vocês deixaram ele entrar aqui novamente, eu não estou de acordo com isso e espero que entendam que não vou perdoa-lo. – a loira disse.

Eric balançou a cabeça, e Lucy foi até a porta, abrindo-a furiosamente. Jack e Harry estavam apoiados no corrimão do outro lado do corredor. O feiticeiro do leste tentou exibir um sorriso, mas a menina virou a cara e desceu as escadas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa.

— O restante de vocês, podem ir. Vou falar com Harry a sós por um momento.

— E quanto ao voto de Jack e Cléo? - Expressei minha insatisfaço quanto a esta leve injustiça.

— Conhecendo a ambos do jeito que conheço, Jack, votar por um “não” e Cléo por um “sim”, empatando a votação. Contudo, ainda resta a minha opinião, que será definida em breves minutos quando eu acabar meu interrogatório com Harry.

Eu balancei a cabeça em concordância e me retirei do quarto junto aos demais. Jack puxou Kevin a um lado, assim que ele saiu, exigindo explicações. Jason desceu as escadas correndo, na intenção de ver Cléo na enfermaria antes de voltar para mostrar a Harry seu novo quarto. Leo acompanhou o percurso do garoto, ainda que em um ritmo mais lento, já que não tinha esperança em vê-la antes do loiro. Lucy desapareceu no corredor e Jack e Kevin haviam parado muito atrás de nós, discutindo o que havia ocorrido na sala. Restamos eu, Sky e Will descendo as escadas:

— Então, é muito cedo para perguntar o que aconteceu? - O garoto perguntou.

— Resumindo, Lucy e Harry eram melhores amigos no passado. Ambos cresceram juntos em uma cidade do interior e foram encontrados por Eric ao mesmo tempo - eu expliquei.

— Os dois chegaram juntos aqui, em uma época em que os únicos habitantes da base eram Eric, Jack, Riley, Amanda e Cléo. - Sky completou.

— Acontece que Harry ficou obcecado por algum objeto proibido, que continha segredos sobre todos os poderes dos guardiões… não sei bem os detalhes da história - virei para ruiva em busca de auxílio

— E o que te leva a pensar que eu sei? Nem eu nem Deuce havíamos nos juntado ao grupo na época. O que eu sei é que ele pegou esse objeto e pretendia abri-lo e ficar com todos os segredos valiosos para si. Eric descobriu suas intenções e o exilou. O objeto foi perdido em meio a luta que eles tiveram. - Ela disse.

— O trágico, é que ele se aproveitou de Lucy para ter acesso ao objeto, já que ele era concedido apenas a Guardiões. Que eram... dois na época?

— Não sei, acho que Leo tinha acabado de chegar - Sky me respondeu também com dúvida.

— Enfim, a amizade deles foi por água abaixo, assim como sua confiança e qualquer forma de amor que ela tinha por ele. O objeto foi perdido e todos nesta geração estão em desvantagem quanto a seus poderes, já que não temos mais acesso aos segredos por trás de nossa mágica. - Eu terminei

— E está e a trágica história. Traição, desaparecimento de um objeto e caos. Eric, Lucy e Cléo nunca mais tocaram no assunto, e por isso todos os guardiões que se juntaram depois só conhecem pedaços da história. - A ruiva disse.

— Entendi… - Will falou enquanto terminava de absorver toda a informação. - Então esse “objeto” contém detalhes sobre nós? Do tipo, fraquezas e pontos fortes de cada guardião?

— É o que achamos - eu respondi - Mas acho que nunca teremos certeza agora.

Ele balançou a cabeça em sinal de “sim” enquanto entravamos na sala de jogos.

— Mas não esquenta com isso agora - a ruiva avançou em direção aos controles, e estendendo um a Will continuou - Sabe jogar algum jogo?

— Ahhn, Mario Kart?

— Até que enfim alguém escolheu esse ao invés de “Street Fighter”. Eu sou o Luigi - disse pegando um dos controles e sentando-me no sofá.

— Só por que verde é sua cor não quer dizer que tem que escolher ele sempre... - Sky rolou os olhos.

Eu devolvi com um sorriso. Will ocupou o lugar ao meu lado e pegou um controle. Sky selecionou o primeiro “iniciar partida” de uma das que seria o maior set de vitórias que eu já conquistara naquele jogo. Enquanto jogávamos, eu pensava em como esse dia havia se desenrolado. Começamos apenas testando o novo experimento de Jason. No minuto seguinte, a base estava sob ataque e Cléo com sua vida por um fio. E agora, estávamos todos vivos novamente, discutindo e aguardando a resposta sobre qual será o destino do mais antigo feiticeiro desta base. Realmente, não tem como fazer planos para o amanhã nesta equipe.

Ainda assim, sinto que deveria me planejar para ir falar com Leo depois de descansar com Will e Sky. Ele parecia muito preocupado com a situação de Cléo hoje mais cedo, e ainda parece estar agoniado. E se ele está assim pelos motivos que eu penso, ele definitivamente vai precisar de um amigo para conversar e desabafar.


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Notas finais do capítulo

Até sexta!



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