Memórias de Um Anjo Imperfeito escrita por Lauren Reynolds


Capítulo 6
Capítulo 4 - Bolada


Notas iniciais do capítulo

Conversaremos lá embaixo. :P

Boa leitura.



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Capítulo 04 – Bolada

 

POV da Bella

 

- Estão namorando? – Meu pai perguntou num tom quase de deboche. – Oras, Edward, não precisava nem vir pedir. Eu já desconfiava há muito tempo.

- Querido, por favor. Sem constrangimentos. – Minha mãe tentou pará-lo.

- Venha, Edward. – Puxei-o pela mão para fora de casa.

 

Era incrível como as coisas mudavam, às vezes mudavam para melhor e às vezes para pior. Eu não sabia no que isso – nossa relação – ia dar, mas eu tinha tanta convicção de que ficaríamos bem juntos, que nada podia abalar esse laço que nós dois construímos. Bem, era assim que eu pensava.

 

- Ora, ora... quem encontramos aqui... – Edward disse rindo, enquanto andávamos pela rua quase escura.

- Emmett? Rose? – Eu ri quando os vi saindo de trás de uma árvore de troncos grossos. Rosalie estava completamente desarrumada, a julgar pelos cabelos despenteados e a camiseta levemente levantada na lateral.

- Vamos deixá-los a sós. – Edward me puxou pela mão. – Nos vemos por aí, Emm! – Ele acenou.

 

Meu Grande Amor – Lara Fabian

 

Nós dois andamos por mais algum tempo, até que chegamos no fim da rua. Nossa rua tinha poucas casas, mas tinha muitas árvores e no fim dela, havia uma pequena praça, eleita pela população local como praça dos namorados, já que a maioria que ficava por ali eram casais. Sentei com Edward em um banco e me aninhei em seu peito largo.

 

Eu sonhei,

E esperei

Por seu amor...”

 

- Eu te amo, Bella. – Ele sibilou, com os lábios colados em meus cabelos.

- Repita. – Eu disse encarando-o. – Por Deus, Edward, repita.

- Eu te amo, Bella. – Ele sorriu.

- Céus, não existe mesmo idade para se amar, existe?

- Não. E eu tenho tamanha certeza, como tenho do meu amor por você. – Eu encarei-o, atônita, porque nunca imaginaria tais palavras saindo de sua boca. – Te ver crescer, quando se mudou para cá, só me fez acreditar que algo me esperava. Os anos tornaram-te tão linda, Bella. Tão meiga.

 

“E o meu coração se acostumou

A sonhar com você.

E de repente eu te encontrei

E vi no seu olhar

A paixão que eu sonhei para mim.”

 

As palavras dele invadiam minha mente e me davam uma sensação gostosa, uma sensação que me fazia querer ficar sempre ali, deleitando-me do abraço carinhoso e dos lábios quentes. Eu queria que o tempo parasse, embora, eu tivesse absoluta certeza de que ele não fosse fazer diferença alguma.

 

“Quando eu te vi,

Acreditei que o Amor

Não era só um sonho meu.”

 

E assim, o tempo resolveu passar.

 

Edward e eu estávamos, como Emmett costumava dizer, firmes e fortes em nossa relação. Eu estava com dezesseis anos e ele com dezessete. Sim, é verdade, nós éramos novos e ainda estudávamos na mesma escola. Ele fazia o terceiro colegial e eu o segundo. Nos víamos constantemente nos intervalos, ele já não tinha mais que fazer biologia novamente para recuperar as notas perdidas.

 

Emmett e Rosalie continuavam namorando. Os dois ainda moravam em Forks, mas estudavam em Seattle, conseqüentemente, nós só os víamos nos finais de semana. Alice e Jasper sempre foram os mais lentos, bem, ao meu modo de ver claro. Alice era o tipo acelerada – hiperativa – e Jazz era o tímido, então, as coisas nunca saíam como nós planejávamos, ou como eles mesmos planejavam. Demorou um pouco para que eles se tocassem de que estavam perdidamente apaixonados, não como Emmett e Rosalie, que foi amor a primeira vista.

 

Eu estava indo para o vestiário no ginásio de esportes, estava empolgada com a aula de educação física. Nós jogaríamos junto com os alunos do terceiro ano. Isso significava, por mais vergonhoso que fosse, que eu estaria fazendo aula junto com Edward. Alice e eu nos trocávamos, quando ouvimos o pequeno alvoroço na quadra. O terceiro ano já estava em ‘campo’.

 

- Só tente não nos envergonhar tanto. – Allie provocava.

- Sem graça. Eu só não me dou bem em outros esportes. Vôlei eu gosto. – Defendi-me. – Vamos, quero ver meu namorado jogar ainda.

 

Fomos para a quadra e ficamos sentadas num banco ao lado, onde os reservas costumavam ficar. Edward sempre fora um bom jogador, não como eu, que só sabia fazer duas coisas, jogar vôlei e nadar; Edward jogava bem qualquer esporte, desde ping-pong até badminton.

 

Eu o via combinar uma jogada com Jasper. O outro cara do time correu e tocou a bola, mandando-a para o Jazz. Edward viu que era sua chance então correu, saltou e cortou. Eu podia ver a força com que a bola ia em direção ao jogador da defesa. Ele simplesmente rebateu-a com uma manchete tão baixa, mas tão baixa, que foi preciso jogar-se no chão para conseguir acertar mais precisamente a bola.

 

- Ed!!! –Jazz gritou.

 

Eu arregalei meus olhos no mesmo instante.

 

Ele ia levar uma bolada. Uma bolada muito forte.

 

Foi somente ele virar-se e passar as mãos entre os cabelos, que o jogador do outro time atacou. A bola vinha com tanta força em sua direção que ele não teve nem tempo de pensar. Foi atingido bem na bochecha, caindo para trás.

 

Eu só ouvi o baque, então me desesperei.

 

- Edward!!! – Exclamei, correndo até ele.

 

- Ed, Ed!!!! – Jazz gritava.

 

Meu namorado estava caído na quadra, com uma marca incrivelmente vermelha em seu rosto. Aquilo com certeza ficaria roxo, mas eu não queria pensar naquilo agora, eu só queria saber o porque dele estar desmaiado a tanto tempo – por mais que tivessem se passado alguns minutos. O professor pediu que todos se afastassem e com a ajuda de outros dois alunos – incluindo Jazz -, levaram-no para a enfermaria.

 

- Calma, Bellinha, foi só a pancada. – Allie tentava me acalmar. - Foi muito forte, na cabeça, ele caiu. Você sabe...

- Sei disso. – murmurei baixo.

- Sra. Lisa... – A enfermeira chamou a diretora.

- Allie, não estão me deixando entrar na enfermaria. E eu quero saber o porquê! – Exclamei.

- Sra. Cope, o que está acontecendo? – Alice entrou junto comigo na enfermaria. A diretora e a enfermeira de meia idade, estavam ao lado da maca que Edward estava.

- Ele está com um sangramento no nariz. Nós vamos levá-lo ao hospital. Srta Swan, por favor, avise os pais dele. – A enfermeira pediu.

 

Eu, é claro, fiz o que ela pediu. Liguei para Carlisle, meu sogro e, coincidentemente ou não, médico. Neurologista do hospital de Forks. Assim que a ambulância chegou, entrei com Alice e a diretora, então seguimos em direção ao hospital.

 

Esme, minha mãe, Jasper e Carlisle já estavam nos esperando. Edward continuava meio grogue quando chegamos, seu pai chamou os enfermeiros e saiu com a maca para dentro do hospital. Só nos restava esperar. Sentei na poltrona e abaixei a cabeça em frustração. Porque é que eu estava sentindo que isso não terminaria tão cedo?

 

“O colorido do mundo, tão falado e visto antes por todos, estava esvaindo-se, tornando tudo branco e preto novamente. Seria isso, algum plano maluco do destino para algumas vidas inocentes e corações puros?”

 

- Bella, acorda, querida. – Minha mãe me chamou. – Carlisle está nos chamando na sala dele.

- Ok. – Assenti e fui abraçada a ela, porque eu não conseguia manter um senso de equilíbrio muito bom depois que eu acordava, até a sala dele.

- Sentem-se. – Ele disse sério. Era a primeira vez que eu via Carlisle abalado com alguma coisa.

- O que está acontecendo? – Perguntei, vendo que Esme foi ao lado de Carlisle e o abraçou. – O que aconteceu com o Edward?

- É difícil dizer isso. – Carlisle sentou-se novamente. Seu semblante era de desespero. – Edward chegou ao hospital quando estava voltando a realidade depois do desmaio. O sangramento no nariz dele foi o sinal que me deixou preocupado.

- Fala, por favor! – Eu agonizava.

- Bella, amor, calma. – Minha mãe pedia.

- Mandei que tirassem um raio-x de todo o seu crânio. O resultado mostrou um pequeno aglomerado de células em uma região delicada do cérebro de Edward. – Nesse momento, o ar faltou aos meus pulmões. – Os resultados ainda não saíram, mas temo que meu filho tenha alguma variação de leucemia.

 

Foi aí que meu mundo desabou.

 

“Pode a tristeza tomar conta do corpo de um ser humano?”


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Notas finais do capítulo

*entra de fininho*

Olá pessoas?! *silencio total*

Sim, eu sei que vocês querem me matar e provavelmente vão acrescentar suas ameaças nos reviews. Sintam-se a vontade em escrever o que quiserem...

Sei que já ressaltei antes, mas vou dizer de novo.. essa é uma fic de DRAMA, portanto, estejam sempre preparados
Eu não pretendo prolongá-la muito, não via chegar a ser uma long fic, até porque nem tem cabimento.

Então, apesar dos pesares, gostaram do capítulo? Me contem tudo!

Beijinhos,
PS: COmentem e recomendem!