Um Aluno de Sorte escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic
Os dias seguintes foram cruciais para a minha vida escolar. Afrodine cumpriu o que prometeu, ou seja, conseguiu de alguma forma aumentar as minhas notas. Para alguém que tirava 5 nas provas de biologia, tirar 9 foi um milagre.
Apesar de eu saber que esse aumento de desempenho meu é à base da pilantragem. Não estudei absolutamente nada. E apesar de eu tirar quase dez numa prova parcial, a final sempre é a mais difícil.
— Ainda não entendo que milagre é esse de você se recuperar tão rápido. Acho que é a professora Afrodine, não é? — perguntou Edu, indo caminhando para o carro da sua mãe.
— Sim. Acho que sim.
— Aí, bora nesse sábado curtir na minha casa? Meus pais vão pra São Paulo final de semana e ficarei só. Vou dar uma festa particular só para amigos. Topa?
— Não sei...
— A tua vizinha vai. O meu irmão é amigo do primo dela. Ainda não entendo como o Mateus pode ser amigo daquele traste. Enfim, só avisando.
— Espera. Eu vou.
— Que bom.
Eduardo Mackenzie é o meu melhor amigo, e também o mais rico. Filho de empresários, mora numa mansão no bairro Dunas, perto onde Simone e Simaria moram. Ele sempre diz que detestava a vida de luxo e blá blá blá. Tá bom. Eu finjo que acredito só para não desapontá-lo.
Passei em frente à antiga loja de antiguidades. O lugar estava fechado. Ainda não entendo como aquele velho sumiu sem me esclarecer tudo.
— Cheguei.
— Hoje vai ter lasanha para o almoço.
— Que ótimo.
Agradeci à empregada e me tranquei no meu quarto. Quase tive um enfarto ao ver Afrodine pelada na minha frente. Pensei que teria uma hemorragia nasal como nos animes. Joguei um travesseiro para a louca se cobrir.
— Pelo amor de Deus, Afrodine! Vista alguma coisa. Não seja tão imoral.
— Tá reclamando imoralidade de uma súcubo, é isso? Só quero que você veja como é um corpo humano ao vivo e a cores.
— E o que isso tem a ver?
— Pra te mostrar que biologia não é um bicho de sete cabeças. Se bem que eu também não faço ideia de muita coisa.
A porta abriu. Minha mãe apareceu repentinamente. Pela cara dela, não viu a...
— Professora Afrodine? — QUÊ?!
— Olá, senhora. Estou ensinando o seu filho — disse ela vestida.
— Hum. Apesar de desconfiar das suas ações em visitar um adolescente no quarto dele, eu tenho que concordar contigo. O meu filho precisa de alguma ajuda. Meu bem. Espere só quando se tornar engenheiro.
Sorri amarelo. Mal sabia minha mãe que eu estava trapaceando. Ela saiu do quarto.
— Soube que o seu amigo vai dar uma festa.
Pronto. O Edu deve ter convidado-a. Estou muito ferrado se ela for.
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