-Pensando?- perguntou uma voz conhecida

-Só coisas demais na cabeça. Percy o que faz aqui?-

-Nada só gosto de vir aqui às vezes- respondeu.

Assenti e continuei a olhar o céu.

-Todos acham que você esconde alguma coisa, e eu também- comentou

-Porque acha isso- perguntei

-Você é misteriosa de mais, venceu o Nico que luta perfeitamente bem de no primeiro treino, tem armas que só os deuses podem dar para os filhos e ainda se diz indeterminada, acho que Sr. D sabe de alguma coisa mas não quer ou não pode falar- respondeu olhando para mim como se tentasse ler minha mente.

-Você é mais esperto do que annabeth disse, na verdade ela disse que em missão ela é a cabeça e você é o corpo- Mudei de assunto.

-É isso que às vezes me irrita na annabeth, ela age como se eu fosse um ignorante total e ela a inteligência em pessoa- Falou indignado.

-Tecnicamente a mãe dela é quase isso, mas passa, se isso melhora a situação eu acho você esperto, para ser “o herói do olimpo” tem que ser uma pessoa esperta ou pelo menos com senso de inteligência. - Disse sincera.

Ele olhou em meus olhos vendo se eu falava a verdade, suspirou e respondeu:

-Obrigado-

-Não tem de que-

-Você ao menos suspeita de algum olimpiano que possa ser seu pai ou mãe?- perguntou curioso, não podia responder me sentia mal por ter que mentir pra alguém que conversou verdadeiramente comigo, falou como se sentia sem se importar se eu poderia contar para alguém.

 -Não, ninguém- sei que fui ríspida, mas não conseguia mentir, não para ele. ‘o amor lhe reserva muitas coisas pela frente’ a voz de Afrodite soou na minha cabeça de novo. Será que?Não, não podia ser não ele, era engano meu, tem que ser, annabeth é minha melhor amiga não podia fazer isso com ela e com o percy, Afrodite deu a benção dela para eles então não tem como ser ele.

-Tenho que ir, tchau percy-

Não esperei para ver se ele tinha me respondido, sai correndo em direção a fogueira do acampamento.

‘Ira, preciso de você agora’

Esperei um tempo e logo Ira surgiu da fogueira como se fosse parte dela, fogo mortal e fogo grego formavam a plumagem dela, uma estranha combinação de cores que não deviam combinar, mas combinavam.

   “Aconteceu alguma coisa mestra?”

“Não Ira, mas me leve daqui, pra qualquer lugar”

“E o acampamento mestra?”

“Eu voltarei de manha”

Subi entre as asas da fênix e ela voou em um rumo desconhecido por mim, passamos pela praia do acampamento e percy ainda estava lá na mesma posição que eu tinha visto.

Estávamos sobrevoando o mar, no horizonte não tinha nada a vista, a sensação de voar era incrível, o calor que ira emanava e o vento batendo no meu rosto, bagunçado meus cabelos, me fazia bem.

Depois de um tempo estávamos em uma pequena ilha com areia fina e fofa, branca pela luz de lua, uma floresta densa, plantações bem cuidadas.

A esquerda havia um bosque com árvores de

Cedro e a direita um grande jardim. Quatro fontes borbulhavam na campina, cada uma

Jorrando água de tubos em sátiros de pedra. Mais a frente, o gramado descia de encontro

Às pedras da praia. As ondas de um lago batiam contra as pedras

. Tochas e uma fogueira estavam acesas como um lual, tapetes de palha e bancos feitos de tronco de arvore perto de uma mesa japonesa (aquelas mesas baixinhas) cheia de comida.

“Ira onde nós estamos?”

 -Quem é você?- perguntou uma garota com cabelos castanhos e olhos amendoados.

“Estamos na ilha de Ogígia”