A verdade sobre Eles escrita por Jhulliaty


Capítulo 2
Capítulo 1- Penas de anjo


Notas iniciais do capítulo

E existe algo em você



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Os humanos se orgulham de poder ver o mundo de cima, com suas maquinas voadoras e seu poder atômico, ameaçando tudo ao seu redor

São tão pequenos.

Daqui de cima, onde ninguém nos vê, eles se mexem como formigas trabalhando, sem motivo ou razão, somente continuam.

É como se fossem algo, como se a vida de cada um valesse.

Que patéticos.

E mesmo assim, aquela Anjo continua a procurar uma única humana, patética.

Longe de tudo, na parte mais afastada do mundo, uma nova estrela brilhante apareceu, seu nome era Erdia Yang.

E como se tivesse nascido para a Morte, ela não chorou em seu começo de vida.

A pequena era tímida e diminuta, não gostava de aparecer, algo como vergonha dela mesma, mas sua beleza parecia ter sido abençoada pelos Deuses. Os longos cabelos loiro claro, inicialmente, meio cacheados, foram ficando lisos como água, a pele branca se mesclava com rosa em seu pequeno rosto, parecida com as penas de anjo, e seus olhos azuis... eram o mar, longo, profundo e chuvoso.

Contanto, seus pais não moravam nas melhores condições. A casa que habitavam mal dava para três pessoas, apertada e pequena, e não tinham muito dinheiro, além do emprego de ambos que era um trabalho provisório, ambos fracos e cansados, não geravam tanta renda quanto dois adultos e uma criança precisam. Sua mãe, ajudante de padeiro, e seu pai, pedreiro, faziam o possível para a menina que sempre andava de vestidos velhos, tivesse algum destino melhor que o deles.

Os olhos cansados deles provavam isso, e o tempo para eles com a filha, sempre fora escasso.

Para todos são, os humanos sempre reclamam disso, já é um fato.

Quando Erdia completou seus 18 anos, ela teve sua oportunidade, o tão sonhado dia que os pais lutaram tanto: Iria para a Ásia, Rússia, especificamente. Uma carta havia chegado para a garota, aprovando em uma Faculdade famosa do local, junto de uma bolsa que pagaria sua estadia e sua viagem até lá.

O plano era relativamente simples, iria trabalhar e estudar ao mesmo tempo, juntaria dinheiro para viver e mandaria um pouco para casa, enquanto se formava, e depois, voltaria. Era uma boa oportunidade para o futuro de todos, o curso de medicina geraria um emprego que daria dinheiro no futuro, porém, para isso acontecer, Erdia deveria deixar de lado a família para ir, a mãe que tanto amara, e o pai que tanto admirara.

            Ela não desejava, mas o fez.

Os Deuses costumam dizer que se você pedir, de joelhos, se rezar para eles, os seus desejos serão realizados.

Mas isso não passa de mentiras.

Deuses, Anjos, Demônios, eles não ligam para os humanos.

Eles não se importam com a merda que os humanos fazem todo dia, contanto que a Terra esteja inteira, a vida humana é insignificante perante aos seus olhos maiores.

Erdia se viu saindo de um enorme transe quando ouviu a euforia de duas garotas do assento ao lado.

— Sabrina, Sabrina, ei, sai desse celular, menina — A outra riu animada com a gritaria da amiga— Você viu o que estão falando?

— Aquele Anjo caído? Eu vi! — a garota desviou seus olhos para a suposta amiga, enquanto dava pequenos gritinhos — Dizem que ele está parado em uma enorme avenida, tá atrapalhando tudo! E ninguém consegue chegar perto! Que sinistro!

A conversa das duas adolescentes chamou atenção de Erdia, a qual sempre gostara da beleza angelical e das histórias, mas... pensava que isso era impossível, acima disso, que não existiam e os boatos de aparições de Anjos eram falsos, que tudo era enganação, afinal, quem não criava boatos estranhos para ficar famoso?

— Dizem que ela é a coisa mais pura existente, e ela está na Rússia! Ei, vamos ver ela, assim que chegarmos lá, deixamos as malas no hotel para ir vê-la!

            — Será que ela não é perigosa? Ela parecia ser imponente naquela foto, com aquela estranha aura ao seu redor. E você viu? Quem tenta chegar perto dela desmaia, até parece que não quer ser incomodada!

            — Ah, que nada, parece que ela já está ali há uns dias, o que você acha que ela está fazendo? Ou esperando, talvez?!

            Por algum motivo, a mente de Erdia respondeu: Seu amado.

            Mas era impossível, né?

            A garota estava em uma viagem direta, sem paradas, havia conseguido, por algum milagre, ir de avião de sua Terra natal, a Terra dos Dragões Asiáticos, Hong Kong, para lá, Rússia, onde “Os jogos jogam você”.

            Que peculiar um anjo justo ali, para onde ela ia.

            Mas... entre tantas ruas, qual seria a daquele Anjo?

A curiosidade humana sempre será um pecado. Que dessa vez, poderia salvar a vida de todos.

Ou condenar todos com um simples suspiro.

            Quando o avião finalmente pousou depois de sua longa viagem, não foi difícil saber onde o anjo estaria, a multidão corria para ele, certamente, a curiosidade humana agindo, fazendo todos irem para um único lugar...

            Tolos, todos.  

            Apesar da insegurança, do medo, de achar melhor ir direto para a Faculdade e ignorar tudo aquilo, Erdia também se viu ansiosa para seguir aquela enorme multidão e ir para onde todos iam, ver aquilo que estavam falando, e ao menos, tentar compreender o que era aquilo.

            A garota agarrou a bolsa de viagem e a colocou nas costas, sua mente se perguntando por que ela ia fazer aquilo, sendo que podia fazer o certo, enquanto seus pés se moviam junto da multidão para fora do Aeroporto, para dentro da rua, e em seu rosto, aparecia um sorriso vitorioso e travesso.

            Ela precisaria estar na faculdade só amanhã mesmo, podia passear um pouco.

            Ali, naquele lugar que ela sequer entendia a língua, as ruas eram estranhas, largas demais comparadas de onde ela havia vindo, e eram... vazias, apesar da mini multidão que se aproximava de algum lugar que a garota ainda não sabia onde era, era tudo... grande demais para tão pouca gente.

            Sentia-se uma pequena borboleta.

            Os prédios ao seu redor eram altos, largos e a maioria limpo e brancos, porém cobertos de neve, como se estivessem em um eterno manto límpido de assombrações, além disso, a grande vegetação, árvores ao redor de toda cidade, não ajudava muito, pareciam seres tramando algo maior para pegar todos desprevenidos.

            A garota sorriu da própria imaginação, enquanto puxava o cachecol para a boca. Estava frio, frio ao excesso na verdade, era final de Verão ainda, por que tanto gelo?  

            Erdia se encolheu e puxou as duas jaquetas para ainda mais perto do corpo, apertando a jaqueta na barriga com sua mão direita, infelizmente isso só fez o vento gelado entrar e ela tremer os dentes.

            Se não estava nevando, logo iria, com certeza, logo iria nevar, esperava não estar exagerando sobre seu pensamento também.

            Ela se perguntou por um momento se aquele Anjo que todos falavam não estaria com frio, mas logo se repreendeu: “Anjos não sentem frio, eles, na verdade, nem devem realmente existir! Deve ser alguma pessoa fantasiada ou algo assim”.

            Mesmo assim, a garota apressou o passo, estava curiosa, mesmo com toda a sua mente falando que era mentira.

Ela puxou a bolsa para mais perto do corpo, e começou a passar, pouco a pouco, as pessoas que andavam lentamente para a mesma curiosidade que ela.

            Quando chegou ao local, alguns bons metros depois do Aeroporto, mal dava para ver o que supostamente era um anjo, e ela não mais sabia onde estava, seu pouco conhecimento sobre russo e só ter seguido as pessoas não a ajudaria nesse momento.

Um longo suspiro se prolongou por alguns segundos quando se tocou do fato de estar realmente perdida.

 Mas ... pessoas, muitas, cercavam algo, Erdia sorriu ao constatar que havia chegado ao local certo e sem ninguém ter mexido na sua bolsa, apesar de tudo.

Parecia quase um festival com a quantidade de gente que se agrupara em uma roda, como se vissem alguém dançar, estavam em todas as partes também, penduradas em prédios, árvores e janelas, nos ombros de amigos e em cima de postes, tudo para assistir aquele “show”.

Erdia se viu assustada quando notou o murmúrio cuidadoso ao seu redor, como se eles temessem aquilo à sua frente.

            A suposta Anjo estava, de fato, no meio de uma avenida, que supostamente, era muito movimentada anteriormente, mas agora era um vazio de carros e um acúmulo de pessoas e objetos que impediam a passagem.

Além do fato da coisa estar literalmente parada, sem aparentar dar nenhum movimento em todo o tempo que estivera ali, seu corpo estava coberto por uma fraca neve, e havia um círculo intocado ao seu redor, exatamente uma linha ao redor dela diferenciando o chão cimentado do chão com neve e gelo.

Parecia uma estátua no meio da cidade.  

            Erdia resolveu arriscar, não tinha muito o que perder, na verdade, não tinha nada o que perder, eram somente roupas em suas últimas condições. Ela deixou a bolsa grande de viagem atrás de uma árvore um pouco mais afastada do local, e se enfiou no meio da multidão, indo algumas vezes, tanto abaixada, como em outras, se espremendo entre duas pessoas totalmente — ou não, mas o cheiro era forte — alcoolizadas.

            Quando achou um espaço para parar, quase pisando no gelo intacto, que ela presumiu que seria o ponto onde supostamente as pessoas desmaiavam pela conversa que ouvira anteriormente, ela analisou:

            Era... linda.

            Não dava para ver o rosto daquele ser, mas... era linda.

            Definitivamente era uma mulher, ou ao menos parecia, pelos seios fartos e pelo jeito de sentar, suas mãos estavam jogadas uma para cada lado do corpo, toda a parte de baixo apoiada no chão, o tronco do corpo reto, mas a cabeça abaixada, um capuz completamente branco cobria os cabelos e o rosto da mulher, mal a boca se via , enquanto uma capa cobria o que se suspeitava serem asas, nas pernas ela usava uma calça cinza, e da sua coxa até o joelho, era uma “calça” de ferro, escamas de ferro, não dava para ver direito, mas nos seus pés pareciam botas do mesmo material, ou algo semelhante.

Conforme os sussurros sobre penas no chão e na sombra da capa aumentavam, vinda de turistas, Erdia direcionou seu olhar para tentar ver melhor na luz fraca de uma manhã nublada: Até se viam penas, como se a asa estivesse com a ponta dobrada, apoiada no chão.

            Ou talvez fossem apenas penas de algum pássaro qualquer, afinal, as “asas” eram marrons, não parecia algo de um ser puro e belo.  

            “Que os Anjos a abençoem”

            Do fundo de sua mente, a garota ouvia aquelas palavras sendo ditas com beleza, calma e gentileza.

            Mas pessoas não ouvem vozes na sua mente, a menos que seja a sua.

            Erdia ao se virar para ver quem havia falado aquilo, acabou por esbarrar em um homem alto e forte, nitidamente bêbado que rapidamente a olhou e se estressou, xingando e falando coisas que um humano “ normal” não falaria só por um esbarrão.

            “Que os Anjos a abençoem”

            Fez pedido de desculpas esfarrapado e meio falso para o homem, que agora gritava coisas que ela não entendia e nem se importava.

            Só queria saber quem havia falado aquilo, que pareceu tão fundo em sua mente, talvez ela mesma? Não fazia sentido.  

            “Que os Anjos a abençoem”

            O homem, não aceitando as desculpas, começou a se alterar, levantar os braços, nervoso e meio bêbado.

            Tentando se safar do louco que se alterara de forma extravagante por culpa de um esbarrão, começou a se afastar para o lado, voltando pela multidão para a sua bolsa e sair dali o mais rápido possível.

            Os humanos são curiosos e perfeitos sádicos, assistindo o espetáculo de uma garota pobre sendo espancada por um “ cidadão de bem”.

            “Que os Anjos a abençoem”

            Como se não fosse o suficiente, o homem em seu estado de fúria começou a bater no peito e chacoalhar o que havia em sua outra mão: Uma garrafa de vidro com quase nenhum líquido.

            Os humanos ali, ao menos os da frente do círculo se afastavam, empurrando todos para trás, poderia ser que estavam presenciando um novo banho de sangue e alguma diversão, talvez os mais sensatos estivessem se afastando pelas suas próprias vidas.

            — Ei, mantenha a calma, por favor! — A voz da garota não parecia alcançar o homem...

            “Como se ele fosse entender sua língua, Erdia”.

“Que os Anjos a abençoem”.

O louco segurou Erdia pelos ombros, a mesma tentou o empurrar para trás,, mas sem sucesso foi jogada dentro do círculo de neve acumulada que estava aquele “Anjo”, quase a fazendo bater no ser parado, algumas pessoas caíram no chão por culpa dos movimentos dos dois.

 Erdia se engatinhou para longe ao ver aquilo bem a sua frente, inerte, imóvel, mal dava para saber se estava realmente vivo, Anjo.

 As pessoas estavam inquietas, muitas gritavam, tanto de animação quanto em preparo para o sangue.

“Que os Anjos a abençoem”.

“Erdia, não é? Chegue mais perto”.

O homem começou a se aproximar, dando o primeiro passo para perto dela, estava vermelho, nervoso e estressado, armado com uma garrafa de vidro na mão, pronto para o ataque, talvez, quebrar na cabeça da garota que mal conhecida, ou quebrar ele mesmo a cabeça dela, mas havia uma certeza em tudo: Estava mais alterado que o necessário por culpa do álcool ou qualquer outra coisa que tenha consumido, Erdia não queria descobrir.

No segundo passo dentro do círculo, deixando suas pegadas de botas bem fundas e tocando aquele solo que estava parado até poucos segundos atrás, fazendo neve subir junto com o nervosismo da garota, o homem se jogou um pouco para trás, criando força para bater com tudo na menina, e assim a matar.

Mas ele caiu.

Simplesmente caiu, metade do corpo dentro do círculo, metade fora, quase que precisamente.

A garrafa rolou para Erdia enquanto ela se desencolhia, mesmo tendo feito isso sem notar.

 “Erdia, certo? Por que o medo? Você está onde não podem entrar”

 A garota deu um pulo para trás ao ouvir a voz de novo, chegando perto de esbarrar no homem caído.

Aquela definitivamente não era sua voz.

— Vo... — Ela só podia estar louca — Está falando comigo? — Ela se levantou e limpou a neve em sua calça, que agora estava molhada — Isso não é nenhuma pegadinha, né?

Erdia fechou a mão em punho e apertou com força, não... não era, não com as pessoas tão em choque e surpresas pela garota ter respondido o nada.

Ela se dirigiu até a Anjo e abaixou.

— Então por que eu posso entrar? Ei, — Ela levou a mão até a daquele ser — você está fingin—

Estava gelada.

Tão gelada que não parecia pele, e sim pedra, porcelana na neve.

— Anjo...? — Ela tirou sua mão daquele ser e começou a esfrega-las, fazendo ambas ficarem quentes, para então segurar a palma da outra — Anjo, ei,— Ela esfregava a própria mão na da Anjo  — Você está viva? Ei, por favor, responda, Anjo! — O desespero bateu direto na garota, a plateia começava a se agitar também, novamente — Da sinal de vida, por favor, isso está estranho! Ei!

 A Anjo fechou a mão na da garota e a puxou, algo extremamente leve e fraco, mas que fez Erdia se aproximar um pouco mais.

A menina apertou as mãos ao redor da daquele Anjo.

— Anjo, você está vivo? Por que ninguém veio lhe ajudar?! Por que aquele homem desmaiou? Qual seu nome? Você tem um? O que faz aqui? Por que...

As perguntas continuavam metralhando palavras e palavras perto daquele ser que ninguém se aproximara.

— Erdia... — As palavras saíram grossas e baixas demais para até mesmo a garota ouvir — Por que você lembra tanto ela?

Por algum motivo desconhecido, Erdia não queria ou conseguia se mexer, e pela primeira vez, a menina viu a Anjo realmente se mexer.

Ela levantou a cabeça para olhar diretamente para aquela à sua frente.

Eram olhos marrons, lindos, belos e estacionais, cheios de uma vida brotando de baixo para cima, a menina ficou vermelha com seu próprio pensamento.

— Ela... Quem? — Perguntou.

A Anjo se aproximava, lentamente e suas palavras saíram como um pecado:

— Eu me entrego a você, Guerreira da Luz.

A surpresa de Erdia não podia ser descrita em plenas palavras, talvez, nem mesmo em atos, já que não conseguia se mexer, mesmo com o espanto.

A Anjo a beijou.

Um beijo aconchegante, macio e... passional.

Dava para ouvir, ao longe, como se pertencesse a outro mundo, o inspirar da multidão.

O Anjo ali presente a dias, agora beijava uma humana, um beijo que nenhuma das duas parecia realmente querer se afastar.

            Um absurdo para os seres naquele lugar.

            Mas para Erdia, aquilo havia trazido paz, uma paz, calma e amor que ela nunca presenciara antes, quase como um abraço de uma pessoa amada, mas... ainda melhor.

            Quando ambas finalmente se afastaram, depois de longos segundos, um vento quente em meio a tanto frio passou por elas e pelos humanos ali presentes.

            A Anjo soltou o ar, antes preso no seu pulmão, agora dando vida para o resto do corpo.

            Erdia se afastou, e vermelha do pescoço até as orelhas, colocou a mão na frente da boca, a surpresa atingindo seus olhos.

            Muitas... coisas acontecendo nos últimos segundos.

            A Anjo abriu e fechou a mão algumas vezes, piscou os olhos e usou a mão de suporte para ficar em pé.

            De cima, ela olhou para Erdia.

            — Kalaziel.

            — Ahm? — Ela não havia assimilado a palavra, estava atordoada, e ficaria assim por um tempo.

            — Eu me chamo Kalaziel, Erdia — A Anjo estendeu a mão para a garota, que aceitou com certo receio, e quando foi puxada, a força era muita para as pernas bambas da menina. Ela literalmente havia se segurado nos braços da Anjo para não cair — Perdoe-me a surpresa, mas — Ela aproximou o rosto no da garota — Eu estive te procurando por um longo tempo, Erdia.

            — O que? — Aquilo não fazia sentido! — Mas por quê? E para quê? Espera, o que você quer?

            Kalaziel olhou para os humanos ali presentes, todos boquiabertos, espantados, nervosos, e até mesmo, alguns desmaiados, e não por culpa dela com sua barreira, talvez se não fosse o medo de chegar perto, eles teriam ido bater nela.

            — Venha, conversamos no caminho.

            A Anjo estendeu sua mão para a menina segurar e a acompanhar, para sua surpresa, teve receio.

            — Para onde? Eu nem sei quem você é! Ou o quê!

            Kalaziel sorriu, riria se lembrasse de como faz isso.

            — Você veio de viagem, para o Hotel que a espera, a levarei para lá.

            Mesmo que Erdia não tivesse um Hotel, ou lugar para ficar, a garota acenou, não tinha dinheiro o suficiente para pagar um hotel, e iria dormir no chão se não fosse a Anjo.

            No fundo, Kalaziel sabia que isso doía nela tanto quanto a garrafada que iria levar na cabeça.


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Notas finais do capítulo

Que me chama atenção.



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