Believe in your Dreams escrita por J S Dumont, Isabela Maria


Capítulo 21
Capitulo 21 - Acredite nos seus sonhos


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!! Voltamos com mais um cap. para vocês, queremos agradecer os comentários do cap. anterior, e logo iremos responder todos, voltamos agora ai estamos se organizando para responder os comentários atrasados, mas talvez hoje eu já comece a responder o do cap. anterior e o penultimo, mas não vão deixando de comentar viu, é muito importante o comentário de vocês para nós, esperamos que goste do cap. e pedimos que comentem, recomendem e favoritem, bgs e boa leitura!



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21.

Acredite nos seus sonhos

Isabella Swan

— Oi... Mike! – falei, e então ele sorriu também, se aproximou de mim e logo me puxou para um abraço apertado, no mesmo momento a minha cabeça até mesmo girou porque eu não imaginava que iria reencontrá-lo, ainda mais dessa forma tão repentina, embora eu tivesse ficado feliz, eu não sabia muito se conseguiria explicar o meu sumiço a ele, pelo menos eu sabia que seria uma longa história. – Você nem imagina o quanto eu estava preocupado... – ele falou, assim que me soltou, e então trocamos sorrisos novamente. – Charlie falou que você simplesmente sumiu, eu até imaginei que você tinha fugido porque não o suportou mais, afinal, ele realmente é muito insuportável, mas, eu imaginava que você iria me procurar, para te ajudar, não sei... Comecei a pensar que poderia ter acontecido algo com você!

— Sinceramente, é uma longa história Mike, aconteceram tantas coisas... – eu respondi, soltando um suspiro.

— Você teria um tempo para tomar um café comigo para me contar toda a história? – ele perguntou, eu suspirei e no mesmo momento olhei á hora no relógio de pulso, até daria se fosse uma conversa rápida, então logo concordei e seguimos em direção ao café.

Assim que chegamos ao estabelecimento e escolhemos uma mesa, Mike começou a me contar que agora está dando aula de musica perto da onde nós nos encontramos, já eu contei a ele que estou trabalhando na casa de modas da dona Esme, e ele logo pareceu ficar muito feliz por mim, então, em seguida entramos no assunto do meu sumiço, eu já ia começar a contar toda a história a ele, quando, algo chamou minha atenção, era uma mesa que não estava tão distante da minha, havia dois homens ali, que no mesmo momento reconheci, já que consegui ver seus rostos por estarem olhando diretamente para mim, um estava com um olhar indecifrável e o outro estava com um olhar de raiva, pelo menos dava para ver claramente em seu semblante.

Era Edward e Riley, logo Riley aparentando ainda muita raiva se afastou, e saiu ás pressas do estabelecimento, não demorou muito para Edward ir embora também. Tive a impressão de que eles acabaram de ter uma discussão, provavelmente Edward deve ter permitido Riley de se aproximar e tirar satisfações, sendo que ele nem tem direitos de fazer isso.

Eu olhei para Mike e vi que ele percebeu que eu estava prestando muita atenção nos dois.

— Você conhece eles por acaso? – ele perguntou.

— Sim, um é filho da minha chefe, dona Esme, e o outro é um conhecido da família deles, um completo mauricinho idiota! – disse, revirando os olhos. Mas eu não queria me aprofundar no assunto do Riley, pois eu sabia que não iria dar tempo, teria que ficar para outra conversa.

— Ele está te importunando? – Mike perguntou, preocupado. Logo sorri para ele.

— Não precisa se preocupar, não é nada que eu não consiga resolver...

Logo em seguida, tratei de começar a contar toda a história de Charlie ter me vendido para Alec para ele, no final Mike ficou revoltado, mas prometeu que não iria contar para Charlie que havia me visto e ia fingir que não sabe de nada, afinal, se Charlie percebesse que Mike sabe demais, provavelmente ele ia juntar os pontos e saber que ele e eu nos vemos, com certeza a essa altura do campeonato Charlie já deve estar sabendo que fugi da casa de Alec e se descobrisse onde eu estou. Do jeito que ele não presta, Alec seria a primeira pessoa que ele iria contar.

— Eu sabia que Charlie não prestava, mas eu não sabia que chegava a esse ponto! Vender você... Como se fosse um objeto! – Mike falou, num tom de revolta.

— É, mas também Alec não fica para trás, se ele prestasse sinceramente ele não compraria uma mulher, como se ela fosse algo que pudesse ser comprado... Sei lá, ele me dá muito medo, até hoje fico assustada pensando na possibilidade dele me encontrar!

— Calma... Vai ficar tudo bem... – ele disse, sorrindo e colocando a mão em cima da minha e a segurou, eu sorri para ele também. – Não acredito que ele voltará a ir atrás de você, pois você logo terá dinheiro, entrará na mídia, seria muita exposição e perigoso para ele te procurar, pois ele sabe que o que ele fez foi ilegal, ele te obrigou a ficar na casa dele, e se você quiser pode denunciá-lo!

— Sim, isso eu não pensei, além do mais ele também deve fazer um monte de coisas erradas, tinha uma arma na casa dele, sei lá, acho que ele mexe com trafico ou algo do tipo! – falei, não gostava nem de me lembrar dos dias que passei presa a casa daquele infeliz. – Só que, na casa de moda garantem que logo eu vou aparecer em capas de revista e serei uma modelo conhecida, o que deve render um dinheiro, mas, eu não sei se tudo será tão rápido assim, eu quero evitar que Alec descubra onde estou o mais rápido possível, então...

— Fica sossegada Bella, eu já disse, não contarei nada para Charlie! – Mike logo me interrompeu.

— E falando nele... Como ele está? – perguntei, embora eu estivesse com raiva dele, era impossível não querer saber como ele está, era algo que acabava sendo mais forte do que eu.

— Bom, por incrível que pareça está bebendo menos, e arrumou outro trabalho! –ele falou. – Acho que é até por isso que ele não bebe tanto... – acrescentou, enquanto coçava a cabeça.

Então soltei um suspiro. Esperando que pelo menos dessa vez ele consiga segurar o serviço.

***

Tive que me despedir de Mike, ele me passou o numero dele e pediu para eu ligar para gente manter o contato, com certeza eu estava pensando em fazer isso, ele era o único amigo que eu poderia manter do meu passado, e era uma forma também de eu continuar sabendo como estão as coisas na minha antiga vida.

Logo quando cheguei á casa de modas, eu já fui cercada por Esme, ela me levou a sala de desfiles e começou a me treinar, durante a aula eu logo percebi o quanto ela era perfeccionista, exigia tanto de mim que às vezes eu ficava até com medo de não conseguir corresponder as suas expectativas. Porém, eu tentava sempre obedecê-la e fazer tudo da forma que ela me mandava, até mesmo repetir cada detalhe quantas vezes fossem necessárias.

Enquanto treinava na sala de desfiles, eu acabei me lembrando de Edward e Riley, e de como me incomodou ter visto eles no café, comecei a me perguntar se eu realmente era a causa daquela saída repentina deles, só sei que a única impressão que tive fora que Edward o impediu de se aproximar de mim, e eu não me sentiria bem se não o agradecesse, afinal, eu imagino o quanto essa obsessão de Riley por mim deve estar dando dor de cabeça a Edward. Fora só eu pensar nele que acabei o avistando, ele apareceu na sala de desfiles carregando alguns papeis consigo, ele se aproximou, interrompendo uma conversa que eu estava tendo com Esme.

— Com licença, Esme, você precisa assinar esses papeis... – ele disse, entregando os papeis e a caneta para ela. Notei que os olhos dele parou em mim, ele me encarou com um olhar sério, deixando automaticamente eu envergonhada. Sinceramente o problema de Riley comigo já estava me incomodando extremamente.

— Querida, eu acho que em breve você poderá desfilar... – Esme falou, devolvendo os papeis para Edward, fora então que eu olhei para Esme.

— Tem certeza? – perguntei, meio insegura, afinal, aquilo ainda era tão novo.

— Não me diga que está com medo? – ela perguntou.

— Um pouco... – eu confessei.

— Você nunca pode demonstrar insegurança, ouviu? – ela falou, e sem saber o que dizer eu apenas concordei com a cabeça. Porém, aquele pedido de Esme não conseguiu diminuir o meu medo, afinal, não era só porque ela dizia que eu não deveria ter medo, que era possível que a insegurança dentro de mim sumisse como num passe de mágicas.

Escutei Edward pedir licença, ele parecia tão incomodado com alguma coisa que aquilo me preocupou, tanto que no momento que ele se virou para se afastar, fora impossível eu não mentir para Esme, para dar uma escapulida para ir atrás dele. Inventei a ela que iria ao banheiro, depois sai da sala de desfiles e segui as pressas pelo corredor até alcançá-lo pelo meio do caminho

— Edward! - eu o chamei pelo nome e automaticamente ele parou, e se virou na minha direção.

— Você não está treinando com Esme? – ele perguntou.

— Sim, mas menti dizendo que ia ao banheiro, é que, eu preciso falar com você... – eu falei um pouco envergonhada para entrar nesse assunto, mas se eu não fizesse isso ficaria com aquilo na cabeça pelo resto do dia. – Eu vi você e Riley na cafeteria, e quero agradecer, pois sei que você segurou o Riley para não fazer escândalo, então muito obrigada...

Ele ficou calado por alguns segundos antes de me responder.

— Não foi nada, mas, bom, desculpe se eu parecer intrometido, mas fiquei curioso, aquele homem que estava com você na cafeteria é seu namorado? – ele perguntou.

— Não, é um amigo de infância, foi uma coincidência eu encontrá-lo, pois você sabe que fugi do meu passado... – eu disse, suspirando. - Ele conseguiu um trabalho próximo da rua onde nos encontramos, foi tudo muito por acaso, e então aproveitei para conversar com ele, para saber como estão às coisas por lá!É idiota, não é? Eu querer saber sobre o homem que praticamente me vendeu para um desconhecido! – falei, me lembrando da vontade que tive de saber como estava Charlie, era algo mais forte do que eu.

— Você sente falta dele? – Edward perguntou para mim.

— Do homem que me criou? – perguntei e ele concordou com a cabeça, tentei pensar sobre aquela pergunta, mas eu sabia que precisava respondê-la depressa, já que Esme estava me esperando. - Difícil, ele só sabia me fazer de empregada e criticar tudo o que eu fazia... – acabei então concluindo, dando de ombros. – Mas eu queria saber se ele está bem, afinal, ele sempre viveu uma vida decadente... – eu disse, porém nem eu mesma tinha certeza se era por isso.

— E ele está? – ele perguntou, parecia curioso.

— Bom, segundo Mike, ele ainda bebe, mas por incrível que pareça, menos... Conseguiu outro bico para fazer, espero que esse ele segure! – respondi. – Bom, é então, eu vou voltar para lá, antes que Esme me procure e veja que eu menti para ela! – eu disse, já ficando preocupada, acredito que já tenha passado um tempo considerável desde que inventei a Esme que eu iria ao banheiro.

— É claro, é, se puder a gente almoça juntos, e nós conversarmos melhor... – ele me convidou, fora impossível não sorrir, confesso que gostava bastante de conversar com Edward, ele além de estar me ajudando, ele era sempre um tanto compreensível, eu já havia notado o quanto eu me sentia a vontade ao lado dele.

— É, pode ser! – eu disse, virando de costas e voltando para a sala de desfiles.

***

Nas próximas horas eu continuei treinando com Esme, que parecia realmente estar com a intenção de apressar as coisas o máximo possível, ela queria que eu aprendesse rápido, talvez fosse devido á proximidade do desfile que eu iria participar.

Assim que ela me deixou sozinha por algum tempo, pedindo para que eu continuasse treinando da forma que ela havia me ensinado, enquanto desfilava em cima da passarela eu cheguei a ver o idiota do Riley passando próximo a porta de entrada da sala de desfiles, o vendo andando pela casa de modas me intrigou. Porém, antes que eu pudesse pensar mais no assunto, algumas modelos da casa entraram de repente na sala, acredito que elas estavam apenas esperando Esme sair para me provocar, imediatamente eu já parei o que eu estava fazendo, pois eu já imaginava quais eram as intenções delas

— O que foi? Ficou tímida novata? Saiba que para essa profissão tem que gostar de se aparecer... – comentou Rosalie, cruzando os braços e parando bem ao lado da passarela, junto com outras duas modelos, que eu já havia visto antes, inclusive uma já tinha feito questão de me provocar.

Nervosa eu já fui descendo da passarela, e parei em frente a elas, encarando-as com um olhar raivoso.

— Ah com certeza ela gosta... – disse a outra, que já havia me irritado anteriormente, uma modelo negra que costuma andar muito com Rosalie. – Ela só está querendo se fazer de santinha para nós, não acha que para ela ter assinado um contrato desses ela não deve ter usado algum outro tipo de artimanha? – ela perguntou num tom bem provocador.

As encarei com os lábios entreabertos.

— Você por acaso está me chamando de prostituta? – perguntei, sentindo uma enorme raiva, mas um pouco eu ia partir para cima daquela esnobe.

Ela sorriu, já ia responder, quando, Edward de repente apareceu, só então comecei a me dar conta de que ele deveria estar perto da hora do almoço.

— Esta tudo bem por aqui? – ele perguntou. Notei que pegou as outras modelos de surpresa.

— Esta sim Edward, nós estávamos apenas conversando com a nova modelo da casa Esme, estávamos comentando como  ela é sortuda, já que para uma aprendiz um contrato como esse que ela acabou de assinar é uma coisa muito rara de se acontecer, claro a não ser que ela tenha usado outros métodos para conseguir algo do tipo. – disse Ashley, na cara dura, parecendo em não se preocupar em falar isso bem na frente dele, o que me irritou e me deixou ao mesmo tempo envergonhada.

— O que está insinuando com isso? – ele perguntou, olhando para mim, com certeza ele deveria ter notado o quanto eu havia me irritado com aquilo tudo.

— Nada Edward, estamos apenas querendo dizer que se Isabella conseguiu um contrato dessa proporção com certeza foi porque a direção achou atributos nela que não encontrou em nenhuma de nós, provavelmente o trabalho extra que ela realizou agradou. – Ashley insistiu.

— O que vocês estão querendo dizer? Que a casa Esme compactua com esse tipo de coisas? – ele perguntou, parecia ter ficado irritado, o que achei bom.

— Não... – ela disse, agora deveria ter notado a besteira que havia falado.

— Se Esme ouvir você falando isso com certeza ela irá te demitir Ashley, tome muito cuidado com que você fala, pois esse lugar repudia esse tipo de coisas, nunca foi pedido que modelos realize esses tipos de trabalhos extras, se Isabella Swan está aqui, é porque Esme acha que ela tem que estar, Esme gostou dela e ponto final, eu sei que mexe um pouco com ego de vocês, mas é melhor controlar a língua, uma porque o que vocês falam ofendem Isabella, e segundo porque vocês estão manchando a integridade do local em que vocês trabalham... – ele advertiu, fazendo-a perder toda aquela pose de durona, ela apenas olhou para baixo e eu sorri disfarçadamente, havia gostado da forma que Edward havia me defendido.

— Desculpa! – ela pediu.

— Certo, só não quero mais ouvir vocês insinuando algo desse tipo novamente... – ele disse, depois olhou para mim.

— É vem Isabella, Esme está lhe chamando! – ele disse, me puxando pelo braço, assim que nos afastamos dali, comecei a me preocupar, afinal, o que será que Esme queria agora?

— O que será que ela quer? – perguntei, assim que chegamos ao corredor.

— Na verdade fora uma desculpa para tirá-la dali, o que quero mesmo é te chamar para almoçar, vamos? – ele perguntou, me fazendo ter a certeza que a hora do almoço havia finalmente chegado.

— Sim, é claro! – eu concordei.

***

Era bom poder sair da casa de modas por um tempo, embora eu estivesse gostando muito do que eu fazia, ás vezes as cobranças de Esme me deixava bem nervosa, eu sabia o quanto tudo aquilo era complicado para uma modelo iniciante, ainda mais sabendo da expectativa que ela estava colocando em cima de mim. Seria bom se eu tivesse conseguido fazer amizade com alguma modelo da casa, assim ela poderia me ajudar nos treinos, mas hoje eu vi que a maioria me odiava, e aquilo claro, só deixava o ambiente ainda mais pesado.

Edward me levou para o restaurante da qual já havíamos ido anteriormente, percebi que sentamos a mesa que havíamos sentado da outra vez, depois de fazermos o pedido, acabei entrando no assunto das modelos, a raiva que elas sentiam por mim já estava me incomodando.

— Sabe, eu não queria arrumar inimigas... Mas elas me odiaram desde o primeiro dia! – eu desabafei.

— É normal, como disse, tem muita competição no mundo da moda, muitas não tiveram a oportunidade de serem estrela de uma coleção, se você não sabe, as suas fotos tiradas, estampará outdoors, capas de revistas, colunas de modas, programas de TV e o principal o desfile para a apresentação da coleção que será feito em Paris, você ira disputar o titulo de melhor modelo do evento e a casa Esme disputará o titulo de melhor roupa, que obviamente o modelo principal será usado por você. – ele explicou o que me deixou ainda mais preocupada.

— Não acha que é muita coisa para uma modelo iniciante? Eu não sei se conseguirei algo tão grande, ainda mais não tendo experiência... –eu disse, insegura e com razão, seria bom começar fazendo desfiles menores, o que Esme estava colocando para cima de mim eram coisas para modelos experientes, coisas de grandes proporções.

— Se Esme acredita, por que você não pode acreditar? – ele perguntou.

— Não sei, eu acho que sou exigente demais comigo mesma... – eu disse, dando de ombros. Afinal, eu não queria desapontar Esme, não queria fazer feio em algo tão importante para ela, ela estava acreditando muito em mim, mas eu precisava estar ciente que eram muitas coisas para aprender em pouco tempo.

— Fora difícil de encontrar uma modelo que Esme acreditasse que combina com a linha de roupas dela, quando Esme coloca algo na cabeça, ninguém tira, então, pode ter certeza que ela fará de tudo para que você esteja preparada o suficiente para o grande dia... – ele falou, eu sabia que precisava confiar em Esme, mas ainda era impossível relaxar em meio a tudo que estava acontecendo em tão pouco tempo.

— Espero mesmo! E me diga uma coisa, por que eu vi o seu amigo idiota andando pela casa de modas? Não me diga que ele veio aqui me procurar... – perguntei, me lembrando de ter visto aquele imbecil passando próximo a sala de desfiles, era uma surpresa vê-lo por ali, e já estava com medo do por que ele estava na casa de modas.

— É... Bom... – Edward gaguejou e na hora eu já me dei conta de que estava certa, Riley estava na casa de modas para me infernizar. – Ele está trabalhando aqui agora... –ele acrescentou, no mesmo momento o meu coração disparou acelerado.

— O que? – falei, discordando com a cabeça, totalmente indignada. Só faltava essa para piorar ainda mais as coisas. – Não, isso não é possível, por que?

— Bom, ele simplesmente quis, pediu e Esme aceitou, a família de Riley, é amiga da nossa família, então, minha mãe nunca negaria um pedido desses...

Passei a mão no cabelo, extremamente nervosa com aquela noticia. Já imaginando o inferno que seria o meu trabalho, se já não bastasse as cobranças da Esme, as modelos me odiando, agora Riley estava ali, para ficar no meu pé, e arrumar confusão, talvez me faria até ser demitida.

— Ele vai me infernizar, com certeza vai ficar no meu pé até dizer chega, isso se ele não fizer eu ser demitida! – falei preocupada, no mesmo momento Edward suspirou e colocou a mão dele por cima da minha.

— Isso não vai acontecer, não se preocupe, eu farei o possível para mantê-lo longe de você! – ele me prometeu, no mesmo momento fiquei meio surpresa, Edward estava mesmo sendo muito bom e compreensivo, eu confesso que aquilo me deixou meio surpresa, pois eu não estava acostumada com tanta bondade. Mas tenho que admitir que é muito fácil de se acostumar com ele, ele é um homem muito bom.

— Por que? Por que você é tão bom comigo? – perguntei, numa voz baixa, ainda digerindo todas as coisas boas que Edward havia feito para mim nesses últimos dias.

Notei que ele ficou algum tempo calado, parecia pensar antes de conseguir me responder.

— Bom... Bom... – ele gaguejou. – Na verdade, eu, é, eu fiquei comovido com sua história, e você já sofreu muito... Eu não acho justo você perder o emprego, por causa do capricho de Riley, então, o que eu puder te ajudar, eu ajudarei...

Ele falou. E realmente aquilo fez o maior sentido do mundo, Edward deveria ser um homem muito bom e altruísta, ficou com pena de tudo que passei, e agora, ele estava se sentindo na obrigação de me ajudar, homens como ele era muito raro, era bom conhecer alguém que fazia tudo aquilo sem segundas intenções, pois o pouco que eu conhecia dos homens, tirando Mike, não me passaram boas experiências, todos queriam algo mais e as intenções eram sempre as piores, me viam apenas como pedaço de carne e queriam me usar como troféu, apenas para se aparecerem.

— Obrigada... – eu agradeci sorrindo para ele, e então ele sorriu para mim também.

***

Assim que acabou o almoço, Edward e eu voltamos para casa de modas, Edward seguiu para a sua sala e eu fui para sala de desfiles, fiquei algum tempo treinando, mas na duvida se era mesmo para continuar o treino ou se Esme iria me colocar para fazer outra coisa.

Enquanto pensava se seria melhor procurá-la, vi Terris entrando na sala de desfile de repente, aparentava nervosismo e muita preocupação.

— Isabella querida, eu vou ter que te preparar... – ele disse, pegando pelo meu braço, naquele momento eu fiquei extremamente nervosa, sem entender o seria aquilo “dele me preparar”.

—Me preparar? Como assim? – falei, enquanto era puxada em direção ao corredor.

— Você irá desfilar hoje, é um evento fechado apenas para alguns clientes, uma modelo faltou e precisamos colocar outra no lugar!- ele explicou.

— Mas tem que ser eu? – falei entrando em pânico. – Eu comecei agora, eu tive poucas aulas, eu... Eu... Não acho que esteja preparada!

— Minha filha, eu também acho que seja algo precipitado, mas, foi uma exigência da Esme, ela quer fazer um teste... –ele disse, comovido com certeza com minha expressão de pavor no rosto.

— Eu não sei se dá, eu não sei se posso, eu... – eu comecei, mas fui interrompida por Edward que se aproximou de nós ás pressas.

— Terris, eu posso falar alguns minutos com Isabella a sós? – olhei para Edward e vi que Terris olhava para ele. – Em alguns minutos eu a levo para você!

— Sim claro Edward, eu estarei esperando, só não se alonguem muito tempo na conversa, porque já estou com um tempo curto para prepará-la!

— Claro, pode ficar sossegado! – ele falou.

Fiquei observando Terris se afastar, depois olhei para Edward, ele me puxou pelo braço e me levou novamente para sala de desfile, colocou as duas mãos em meu rosto, assim que percebeu que eu estava num ataque de pânico.

Meu coração disparava muito e minha perna tremia, eu estava tão nervosa que mais um pouco eu jogava tudo para o ar, e desistia de tudo.

— Edward eu não posso, eu acho que está tudo errado, eu não sirvo para ser modelo... –falei com os olhos marejando, pois eu sabia que uma modelo não deveria ficar tão assustada num desfile. Logo as mãos dele desceram para o meu ombro.

— Como não? Você é perfeita para isso, é fotogênica e ainda na passarela fica magnífica, só precisa confiar mais em você, eu sei que Esme está te cobrando muito, tudo está acontecendo muito rápido, mas, eu sei, sei que você pode, que você pode subir lá, e mostrar que nasceu para isso, é na passarela que você tem que estar, acredite no seu sonho, Bella, acredite que você está muito perto de realizá-lo!

Olhei para Edward por alguns segundos, e vi o quanto confiante ele estava, ele realmente parecia acreditar mais em mim do que eu mesma acreditava. Eu estava com medo, isso estava mais do que claro, mas, olhar dentro dos olhos dele, me trouxe no mesmo momento um pouco mais de tranqüilidade.

— Você vai estar lá? – perguntei, sem desgrudar os meus olhos dos dele, Edward então segurou a minha mão, ao mesmo tempo em que sorria de leve para mim.

— É claro, eu não perderia isso por nada! Você vai subir na passarela e mostrar a todos o quanto maravilhosa você é? – ele perguntou, alargando seu sorriso.

—Vou fazer o possível! – falei.

— Não, possível é pouco, você vai subir e fazer! – ele disse, me fazendo rir, mesmo sem motivo.

— Está bem, eu vou fazer! – disse e então ele assentiu com a cabeça. – Obrigada! – eu disse, dando um beijo no rosto dele. Não sei o que faria se ele não tivesse esse momento aqui, para me tranquilizar.

— Vem, eu prometi que te entregaria em segurança para Terris e é isso que vou fazer... – ele falou, e então começou a me conduzir até a sala de Terris.

Respirei fundo, para me acalmar, decidida a dar o meu melhor, a fazer até mesmo o impossível, não apenas para não desapontar Esme, mas naquele momento eu percebi também que a ultima coisa que eu queria era desapontar Edward, que estava demonstrando a cada dia, acreditar muito em mim.

Continua...


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