Pansy caminhava em direção ao local em que tinha marcado com Hermione de forma decidida — até porque o mínimo de indecisão que tivesse a faria voltar e desistir. Suas mãos e lábios tremiam, a sonserina não conseguia pensar claramente em nada. Pansy torcia para que, quando chegasse, não se enrolasse com as palavras.

Ao ver Hermione ali, parada, desencostando da parede, tudo o que Pansy quis foi sarpar. Sarpar daquele lugar, sarpar daquele sentimento que angustiava.

— Hum… Hermione, eu… — Pansy respira fundo. — Eu sinto que isso que temos não dará certo. Eu… eu nunca acho que você tem a mesma entrega que eu, e-

— Espere. — Hermione interrompe. — Em público, eu não tenho, porque eu não sei se você quer que os outros saibam. E quando não estamos em público, eu me entrego tanto quanto você. — a grifinória não consegue se impedir de sorrir levemente ao dizer essa última parte.

— Certo. — Pansy diz, parecendo estar processando o que a outra acabou de dizer. Quando parece entender, bufa e senta no chão escorregando pela parede. — Estar apaixonada é uma merda.

Hermione ri e segura a mão da sonserina.

— Sim, é. Mas podemos ajudar a deixar isso melhor, certo?

Pansy sorri.

— Certo.