Depois de sentir o que eu senti não tinha como simplesmente eu sarpar e ir embora. Faz parte de mim.

No início, havia algum tipo de remorso, uma dúvida sobre o que eu fazia.

Mas não durou muito tempo minha inconstância, eram tantos seres execráveis, eu não podia ignorar.

Não há como conseguir dormir em paz, sabendo que lá fora um monstro atraia diversas pessoas com a promessa de um bom emprego, para no fim acabarem sendo torturados e sodomizados, enquanto um número inimaginável de bastardos covardes assistiam e pagavam para ver seus desejos sórdidos de violência serem realizados.

Então eu pego a Punição, e vou atrás deles. Faço pagar na mesma moeda, chamo meus irmãos e  deixo-os assistir.

Não comemoramos as mortes, todas elas são consequências dos atos desses pecadores. Eles são somente cascas preenchidas com o lodo da vilania, meu trabalho é extirpar o mal onde quer que ele esteja.

Eu escolho um e corto seu peito de ponta a ponta, com ajuda da Punição abro os ossos. Sinto o coração dele pulsando em mim mãos, nefasto, e então esmago-o. O sangue negro e denso que esvaí das artérias tenta me corromper, mas a Rede nos guia e nos protege.