Quando soou a sirene de intervalo na quarta, Cíntia estava separando os cards que tinha encontrado, organizando todas as evoluções e deixando de lado os repetidos.

Wendell entrou na sala junto com a onda de outros alunos que se espremiam pela porta. Quando chegou ao lado da amiga, bagunçou a tiara de flores que ela usava.

‒ Se quiser emprestado é só pedir, tá?

‒ Quero a pulseira também...

‒ Só para treinadores!

‒ Caso não saiba, sou um. E esses cards? Não sabia que colecionava...

‒ E não coleciono, encontrei na praça.

‒ Não brinca... tem uns super raros! Temos que ir lá hoje, vai que eu tenho essa sorte também, né? Né? – Disse cutucando as costelas de Cíntia.

‒ Se parar com isso, ok. Mas duvido que encontre.

* * *

Na hora marcada, eles não eram os únicos a andar com o celular, parecia que o número de jogadores tinha dobrado. Combinaram de voltar para o chafariz em 10 minutos para ver quem capturou mais e se distanciaram. Em uma viela, Cíntia avistou uma silhueta semelhante a um soldado, de aspecto plúmbeo. Devia ter acreditado no arrepio que sentiu ao ver que ainda havia outra pessoa no fim da rua.