Fastio escrita por Ariane Munhoz
Notas iniciais do capítulo
Arrefecido:
1.que se tornou frio; que teve a sua temperatura minorada.
2.que perdeu o ânimo; desalentado.
O espírito que manipula Hao parece arrefecido quando vê Oh-Oni diante de mim.
— Q-quem é você?! – brada em alta voz.
O Oh-Oni avança contra ele, imprensando-o no chão com tanta força que lanço a ele um olhar severo.
“Desculpe, mamãe.”
Torno a olhar para o espírito e com um movimento do meu rosário, expulso-o do corpo de Hao. Ele desmaia.
— Sou seu pior pesadelo.
Não existe uma batalha justa entre um espírito e uma itako, sobretudo se a itako em questão sou eu. Vovó Kino me ensinou muito bem.
Oh-Oni encara o espírito aprisionado.
“Posso brincar com ele, mamãe?”— questiona, o olhar infantil e homicida ao mesmo tempo. Eu apenas sorrio para ele.
— Quando se cansar, devore-o. – Abro a passagem para o inferno – a mesma pela qual trouxe Oh-Oni – e ele agarra o espírito com uma das mãos. Ele ainda está gritando quando a fenda se fecha.
— Você sabe mesmo ser cruel.
Atrás de mim, Ren é uma aparição séria.
— Yoh?
— Bem. Na minha casa. Vamos, um jatinho nos aguarda.
Aceno com a cabeça e olho para Hao.
— Traga ele.
Ren não me questiona, apenas obedece. Ele prefere a morte a fazer isso. Ele sabe quem eu sou.
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Mais uma vez, falando sobre itakos, nenhum espírito que não seja mais poderoso do que a itako tem poder para ir contra ela. É como colocar um neutralizador de magia para enfrentar um mago: você torna ele inútil.
Anna não é uma das pessoas mais boazinhas deste mundo. Embora não seja uma vilã, muito do gênio dela foi manipulado por Yoh. Mas eu acredito que, quando alguém se envolve com alguém que ela ama, o castigo não é pequeno. E esse homem escolheu atacar os dois homens da vida dela.
Essa arte que eu peguei da internet veio direto do Zero-chan. É a Anna adulta, retratada de uma forma melhor do que ela apareceu no mangá. Eu gosto mais dessa imagem do que a riponga que Anna foi retratada em sua primeira aparição.
No próximo capítulo, devo postar uma imagem de Ren ou Hao, vai depender de como vai finalizar ele e de qual vai ser a palavra chave também.
A ideia que eu quis dar nesse capítulo, é que o tal espírito não tinha a mínima chance.
Agora falando um pouco da Anna em si, nenhum dos amigos do Yoh é louco de questionar ele, porque todas as vezes em que isso aconteceu, eles foram presenteados com a famosa esquerda. O Ren, que não foi exceção, aprendeu isso do jeito mais difícil. Por isso quando ela mandou ele carregar o Hao, ele nem questionou.
Falando sobre Kino, a personagem que Anna citou, ela é Kino Asakura, a avó do Yoh e do Hao, e a itako mais conhecida de todas. Eu acredito que atualmente Anna seja mais famosa do que ela. Kino ficou cega durante a Primeira Guerra Mundial. Ela era uma mulher, acredito eu, de uma família sem nome. Yohmei se apaixona por ela e os dois se casam. É retratado que desde essa época, ela é uma grande itako. Quem conta esta história para Yoh é o próprio Matamune, mas ela nunca foi muito explorada.
Kino tem a mesma personalidade terrível da Anna, então isso explica porque ela é tão durona também. Curiosamente, Anna é a única itako dentre as alunas de Kino (ela tem uma escola de itakos) que não é cega. Parece meio que um pré-requisito, mas, novamente, Anna é sempre uma exceção.
Acho que sobre o capítulo, não tem muito mais o que dizer.
Comentem, me digam o que estão achando e se gostaram desse desfecho. Estamos chegando à reta final! Confesso que sentirei falta de escrever todos os dias sobre esses dois.
Beijos!