No dia que seguiu-se ao ato heroico de Sirius, eu me mantive quieta e taciturna, apesar dele não parecer nem um pouco sisudo, como era de se esperar.

Ele também não disse nenhuma palavra, pela fraqueza ou pela ausência do que dizer, então o dia foi-se exatamente como havia vindo: em silêncio.

— Não ganho nem um abraço? — perguntou ele num humor que não era conspícuo às circunstâncias.

— Pensei que me odiasse — contrapus.

— Eu também, mas sinto falta do calor humano — justificou.

— Que pena, eu não sou humana — lembrei. — Sou um monstro.

E então o silêncio aterrador invadiu a cela novamente.