Não foi um episódio isolado.

Antes era irregular, mas a presença dele se tornou constante.

Não o julgou. Permanecia em silêncio escrevendo, enquanto seu patrão se afundava nos negócios.

Era um pacto silencioso quebrado por Sasuke certo dia:

— O que acha?

Foi desperta do alabastro que admirava, mas assim que viu o desenho retratado, seus olhos arregalaram.

— Está incrível – elogiou incrédula, comparando o desenho e a paisagem. – Sempre imaginei que darei uma bela pintura, mas a tela é pesada para trazer – admitiu com um sorriso terno enquanto admirava os desenhos anteriores, sendo notável a evolução do primeiro, muito antigo, para o último.

No dia seguinte, Sakura foi surpreendida pela tela de pintura.

— Agora você pode pintar – comentou concentrado no próprio trabalho e Sakura não resistiu em sorrir ao realizar seu desejo de pintar aquele lago.

Foi assim durante alguns dias até Sasuke também ser introduzido no ato de pintar.

Do silêncio, eles mudaram para o trabalho em equipe, e Sasuke se sentia confortável naquele lugar, sentado ao lado dela, conversando sobre tudo.

Ela sempre ria ou confortava-o como uma boa amiga e aquelas primeiras horas da manhã eram como um bálsamo antes de cada um partir para os seus afazeres...