Capitulo 16 – Cabeça Erguida.

— Como vai a tradução? – perguntou Naruto chegando na sala secreta.

— Muita informação num fluxo constante – respondeu Sasuke com seu rinengan ativado – acho que ainda vai levar uns dois dias para decodificar toda a informação.

— Não podemos extrair nada útil antes de terminar? – perguntou Naruto preocupado.

— Você já tentou ler um texto escrito em várias línguas misturadas? – respondeu Sasuke – até traduzir cada uma você não vai entender nada.

Naruto observava as varias paginas aparecendo em telas e sendo traduzidas pouco a pouco, o rinengan do Sasuke era indispensável para isso, mas como ele tinha limite de uso a tradução demorava mais para ser completada, no tempo em que ele desativava o doujutsu ia treinar o Boruto, além disso ele também treinava sua filha e a amiga de academia dela, ao pensar nisso Naruto dava umas risadinhas já que Sasuke parecia um jounin responsável por um time.

— O que acha? Posso devolver seu titulo de ninja da folha – dizia Naruto – você volta a viver com a Sakura-chan e a Sarada-chan, faz o teste pra se tornar jounin e até poderia treinar um time.

— Independente de ter meus crimes perdoados eu sou uma existência que não será aceita – dizia Sasuke sem encara-lo diretamente – você e eu somos basicamente os ninjas mais fortes deste mundo, mas eu sou temido enquanto você não, sabe porquê?

Naruto não precisava responder, Sasuke uma vez já foi um criminoso e até lutou contra o Naruto que se tornou um símbolo de esperança, sendo tão poderoso era obvio que ele continuava sendo temido pelos outros, havia o medo que ele podia se revoltar a qualquer minuto e fazer outra era de terror como Uchiha Madara fez, Sasuke sabia que ele tinha que ficar fora da vista de todos para que estas pessoas pudessem dormir em paz.

— Logo vai ser hora da sua pausa não é? Vamos assistir a prova do exame chuunin – sugeriu Naruto – eu queria estar lá pessoalmente, mas não é bom o Hokage influenciar a partida, então só posso olhar de longe.

— É uma droga ser você – disse Sasuke.

— Não quero ouvir isso de você – respondeu Naruto dando um soquinho no ombro dele – vamos, quem sabe o time 7 já esteja participando.

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— Você vai ficar bem? Podemos voltar e te ajudar a derrotar esse cara – sugeria Wasabi enquanto pulavam pelos prédios.

— É melhor não, se os amigos dele vierem pra cá podemos ser pegas pelos dois lados – dizia Sumire – se eu não puder derrota-lo vou mantê-lo longe da bandeira, enquanto isso vocês conquistam a bandeira deles.

Essa tática tinha seus prós e contras, se Sumire fosse derrotada a bandeira seria roubada e o seu time perdia, por outro lado se ela derrotasse Yurui o outro time ficaria numa enorme desvantagem, era uma aposta de tudo ou nada e ambos os lados sabiam disso, ainda assim Sumire concluiu que se Yurui veio sozinho atacar uma área defendida por um time inteiro era porque tinha confiança, se ele era forte o bastante pra derrotar um time inteiro o melhor a fazer era mantê-lo longe dos seus companheiros.

— Você parece habilidosa, mas acha que essas tarjas vão me atrapalhar? – perguntou Yurui – eu planejo ser o herói da nuvem como meu pai, passar por isso é moleza pra mim.

— Se você não quiser perder um pé é melhor ter cuidado – avisou ela.

Yurui sacou as duas espadas curtas em suas costas e avançou pra atacar Sumire, a garota sacou duas kunais e ambos começaram a trocar golpes, em um determinado momento as kunais da Sumire estavam destruída, isso porque as espadas estavam revestidas de raiton aumentando o poder de corte delas, Yurui lutava habilmente evitando pisar nas tarjas explosivas, e Sumire via que mesmo com essa vantagem não conseguia iguala-lo.

— “Acho que só tem um jeito de pega-lo com um único movimento” – pensou ela decidida a se arriscar.

Sumire avançou direto pra ele em posição de ataque, Yurui achou essa investida muito estranha pois a deixava totalmente exposta, tentando ver qual era sua intenção ele atacou com uma estocada de sua lâmina curta, o que ele não esperava é que a lâmina atravessasse ela completamente, depois do susto de pensar que a matou ele viu que o corpo dela se transformou em água e explodiu.

A explosão de água não tinha o intuito de causar dano, mas a surpresa o fez incapaz de perceber a verdadeira Sumire que estava escondida no prédio ao lado, ela saltou de onde estava e num ataque veloz deu uma voadora em Yurui, o ataque o acertou e o jogou pra longe da bandeira.

— Esse tempo todo eu estava lutando com um mizu bunshin? – perguntou-se.

— Tática padrão de batalha, usar artifícios pra confirmar a habilidade do seu oponente – respondeu ela.

— Ora ora, parece que eu estava subestimando você – dizia Yurui se levantando e pondo um chiclete na boca – me desculpe, a partir de agora eu vou lutar pra valer.

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— Fuuton! Junkaze no Jutsu (Escudo de Vento) – disse a gennin da nuvem com longo cabelo loiro.

De sua manga esquerda saiu uma rajada de vento concentrado, graças a ele o ataque disparado por Namida foi repelido perfeitamente, as duas gennins da folha recuaram quando o gennin mais gordinho avançou com ataques de taijutsu, ele atacava com socos numa grande velocidade e ainda por cima com descargas elétricas aumentando a potência do ataque.

— Vamos ter que abrir caminho até a bandeira – dizia Wasabi assim que recuou com Namida.

— Se a Sumire estivesse aqui seria mais fácil – dizia Namida chateada – podíamos distrai-los e aí ela pegava a bandeira.

— Temos que fazer o que pudermos sem ela, quando ela vencer o adversário vem nos ajudar – respondeu Wasabi – e se pudermos fazer isso sem ela então vamos merecer o título de chuunin.

Até agora as duas sentiam que não estavam fazendo o suficiente pelo time, que todo esse tempo era a Sumire que fazia tudo por elas, por isso para compensar elas queriam conquistar essa bandeira por conta própria, seria o jeito de dizer que amadureceram e que não precisavam mais que Sumire se esforçasse em triplo pelo time.

— Vocês devem estar pensando que podem ganhar tempo até sua amiga chegar – dizia o gennin da nuvem chamado Toroi – mas isso é só perda de tempo, ela não pode ganhar do Yurui.

— E mesmo se pudesse nós derrotaríamos vocês antes disso – dizia a gennin chamada Tarui.

— A Sumire não vai perder pra ele! – gritava Namida de onde estava escondida.

Quando ela se levantou do abrigo uma onda de vento veio em sua direção, Wasabi a puxou de volta e assim o vento passou por cima de sua cabeça, a garota suspirou aliviada por ter escapado de um belo golpe.

— Tem como você ser mais descuidada? – reclamou Wasabi – temos que fazer nossa parte direito, senão vamos decepcionar a Sumire!

— d-de-desculpe... – respondeu a outra desanimada.

— Ah não fique assim, você vai ser a peça-chave da minha estratégia (não que eu tenha outra) – avisou Wasabi – vamos lá, vamos pegar aquela bandeira num único movimento.

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— Suiton! Suireiha (Onda do Espírito da Água) – disse Sumire juntando as mãos e apontando os dedos para Yurui.

Criando uma certa quantidade d’água Sumire disparou uma esfera densa em veloz, Yurui começou a desviar delas fazendo cambalhotas, quando ele aproximou-se de uma das tarjas explosivas percebeu que a intenção do jutsu era leva-lo até elas, seria difícil desviar dos próximos ataques tendo cuidando sobre onde pisa.

— Já que você mostrou sua arma eu mostrarei a minha – respondeu Yurui mascando seu chiclete e depois soprando.

Ele inflou a bola de goma em sua boca até um tamanho que não seria nada normal, ficando maior que ele a bola de goma recebeu o ataque seguinte e se curvou toda, em seguida ela devolveu o jutsu d’água com o dobro da velocidade para Sumire, a garota mal teve tempo de sair da frente, o jutsu foi mandado de volta e passou por ela batendo-se no prédio atrás e abrindo um buraco na parede.

— Você é uma especialista em suiton não é? – perguntava Yurui – que pena para você, o meu hijutsu é bem forte contra suiton.

— “Que tipo de jutsu é esse? Ele usa chiclete?” – perguntou-se ela ficando em guarda – “se for como uma borracha meu suiton não pode mesmo fazer algo contra isso”

Sumire atirou a kunai que estava segurando e a viu bater na enorme bola de chiclete, o que aconteceu depois foi uma explosão de fumaça colorida que a deixou totalmente sem perspectiva do que viria a seguir, e quando a fumaça se dissipou uma dúzia de bolas iguais se espalhavam em todas as direções no caminho pra ela.

— E então? O que vai ser? Se ficar no caminho delas será pega – avisava Yurui – e se recuar eu pegarei a bandeira, você escolhe.

A barreira de bolas infladas aproximava-se lentamente de Sumire, só tinha ela entre a bandeira e o adversário, se ela saísse daquela posição o oponente poderia caminhar tranquilamente até a bandeira e captura-la.

— Droga, fui eu que sugeri lutar sozinha contra ele! – reclamava ela – desse jeito estou pondo o time pra baixo!

Sumire sabia que se perdesse levaria seu time todo com ela, mas contanto que ela mantivesse a bandeira segura ela poderia garantir que as outras duas passassem, por isso Sumire fez os selos do jutsu e usou o Suijiheki (parede de água) na esperança de bloquear todas as bolas de chiclete, o jutsu do Yurui bateu na muralha d’água e assim todas as bolas explodiram violentamente, além disso o chakra do Yurui nas bolas reagiu com as tarjas explosivas, aumentando ainda mais as explosões em cadeia, praticamente todo o andar superior do prédio desabou com as explosões.

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— Vamos lá Namida! – gritou Wasabi ativando seu jutsu Nekokaburi (capa de gato)

— Ok Wasabi-chan! – gritou Namida juntando toda a sua coragem e mudando pra uma expressão assustadora – Hijutsu! Shōryū no Mai (Dança do Dragão Ascendente)

Ela saltou bem alto com um pergaminho em sua mão, ao abri-lo Namida começou a girar o corpo como um pião e liberando o conteúdo do pergaminho: varias kunais explosivas que caíram do céu como uma chuva de metal.

— Essa garota é doida! – disse Toroi nervoso por ver um jutsu tão destrutivo.

Sua companheira Tarui usou novamente o jutsu que criava uma rajada de vento, e como da outra vez repeliu as kunais explosivas, mas dessa vez quando duas ou mais delas se chocaram ativaram as tarjas causando uma onda de explosões, uma explosão ativava a outra e ia causando uma sequência, logo todas elas explodiram forçando os dois gennins da nuvem a procurar abrigo afastando-se.

— Era isso o que eu queria! – disse Wasabi concentrando o máximo de chakra nos pés.

Apoiada numa parede Wasabi usou seu jutsu que lhe dava poderes felinos, com o máximo de chakra nos pés ela saltou impulsionando-se pela parede em linha reta direto pra bandeira, o objetivo das explosões foi meramente distrair os dois oponentes, seu alvo que era a bandeira estaria em seu alcance em apenas dois segundos.

— E vamos nessa!! – gritou ela esticando a mão para pegar a bandeira.

Wasabi conseguiu agarrar a bandeira e deu uma cambalhota no ar pra mudar de ângulo, ao bater os pés na outra parede ela parou seu avanço, os dois gennins da nuvem não conseguiam acreditar que ela tinha pego a bandeira, foi uma jogada completamente arriscada onde um contra-ataque a teria derrotado sem resistência.

— Na 4º disputa da 2º avaliação, o time 11 da nuvem foi o vencedor – dizia uma voz sendo propagada por sistema de comunicação.

— O que!!?? Mas fomos nós que pegamos a bandeira!! – gritou Wasabi balançando a bandeira pra todos verem.

— Deixe-me explicar o resultado – disse um chuunin da folha aparecendo repentinamente – é verdade que vocês pegaram a bandeira, mas o gennin da nuvem Yurui pegou a bandeira do seu time 3 segundos antes, o que caracteriza a vitória do time da nuvem.

— Como assim? O que aconteceu com a Sumire? – perguntou Namida que pulou até ali.

— Sobre isso... é melhor vocês irem até a base de comando – disse o chuunin apontando numa determinada direção.

Elas não entenderam nada mas ficaram preocupadas, seguindo a orientação Namida e Wasabi foram correndo até onde estavam os jounins responsáveis, ao chegarem lá viram que a responsável pelo teste já as esperava, Namida viu sua mestra Tenten e rezou para que nada ruim tivesse acontecido.

— Mestra, onde está a Sumire? – perguntou ela aflita.

— Sua companheira foi para o hospital, ela acabou fazendo uma loucura – respondeu Tenten – eu vou dispensa-las das formalidades, procurem a recepcionista no hospital.

Elas queriam gritar e pedir por respostas, mas se Sumire foi pro hospital o único lugar onde obteriam respostas seria lá, sem perder tempo as duas correram a toda velocidade pro hospital, na verdade como o incidente aconteceu praticamente ao mesmo tempo elas chegaram quando Sumire estava sendo internada e examinada pelos médicos, quem as recebeu foi a secretaria do Hokage que veio a mando dele ajudar na situação.

— Sua amiga vai ficar bem, apesar de um andar inteiro quase ter caído em sua cabeça – dizia Shizune – até onde podemos ver ela só teve escoriações, nenhum osso quebrado ou dano interno, a pancada na cabeça foi o que a desmaiou.

— Um andar inteiro? Como assim!? – perguntou Wasabi.

Shizune olhou pro lado onde estava o atual Raikage dando um cascudo no seu gennin, mesmo que fosse uma competição ele exagerou no poder do jutsu e causou uma grande destruição, sendo repreendido pelo Raikage que antes disso pedira desculpas ao Hokage, vendo o responsável Wasabi com ódio foi até ele e o agarrou pelo colete.

— O que foi agora? – perguntou Yurui.

— O que diabos você fez com a Sumire!? – gritou Wasabi.

— Eu não fiz nada, ela que recusou a sair da frente – respondeu Yurui – qualquer pessoa sensata teria saído da frente, mas ela protegeu a bandeira até o fim.

Diante dessa resposta ela entendeu a situação, para garantir a vitória do time Sumire foi até as ultimas consequências, e elas duas falharam em pegar a bandeira a tempo, foram apenas 3 segundos de diferença, 3 segundos que determinaram a vitória e a derrota, como encara-la depois disso quando falharam em vencer?

— A Sakura está cuidando dela, então vai ficar boa num instante – avisava Shizune – vocês deveriam descansar e voltar mais tarde, eu mandarei avisa-las quando Sumire acordar.

As duas queriam ficar, mas seu sensei apareceu e disse que a presença delas só atrapalharia, prometendo dar informações constantes Udon botou as duas pra fora, mas na verdade ambas esperariam na praça em frente ao hospital, não sairiam até saber que Sumire estava bem.

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— Droga representante, você foi a mais irresponsável! – reclamou Boruto de braços cruzados.

— Se você tá tomando bronca do Boruto sobre irresponsabilidade é porque a coisa tá feia – dizia Shikadai.

— hehehe desculpe por isso – dizia Sumire constrangida.

Já era bem tarde da noite quando Sumire recebeu permissão de visitas, ela acordoou no fim da tarde e logo teve a visita de suas amigas de time, em seguida veio o repouso e mais tarde as visitas de colegas de turma, todos que estavam participando da prova no inicio do dia vieram vê-la.

— Apenas escoriações, hematomas e arranhões, você é muito sortuda – dizia Sarada – minha mãe disse que você vai receber alta amanhã a tarde.

— Quer dizer que um prédio inteiro caiu na sua cabeça e só acontece isso? – perguntou Chochou nervosa por não ter permissão pra comer lá dentro.

— Um prédio inteiro? Quem disse isso? – perguntou Sumire – é verdade que os escombros caíram encima de mim, mas foi só o telhado.

Todos olharam pro Iwabe que ficou pálido, as informações que ele ouviu já tinham sido de segunda mão, e ele sem entender direito acabou exagerando mais ainda, quando os outros souberam por ele a história é que um prédio tinha desabado com a Sumire dentro.

— O importante é que você vai ficar bem, apenas um dia internada – dizia Sarada – se der sorte até vai poder assistir as finais.

— Sim, estou torcendo por isso – disse ela – e todos vocês passaram?

— Apesar de ser um saco nós conseguimos – disse Shikadai se referindo ao seu time.

— Nós... foi por muito pouco – dizia Metal Lee apertando os punhos – aquele gennin da areia é muito forte.

— Nós também conseguimos, embora foi por muito pouco – comentou Mitsuki olhando pro Boruto.

— Foi só pra criar suspense ok? Eu tinha tudo sob controle – dizia Boruto meio vermelho.

— Para nós também foi por pouco – dizia Sumire um pouco triste.

— Olha, se eu pegar o gennin que te botou aqui eu acabo com ele! – dizia Boruto batendo o punho no peito.

— Olha só, se achando demais pra quem quer derrotar alguém que venceu a representante – dizia Sarada olhando torto pra ele – acho melhor você aprender uns 10 jutsus novos pra compensar.

— Isso é impossível! – disse ele lembrando que só tem dois dias até as finais.

— Ok pessoal, tá na hora de caírem fora – dizia Wasabi chegando com uma sacolinha em mãos – ela vai ter alta amanhã, então vocês podem vir busca-la.

— Obrigada pela visita – dizia Namida com outra sacola.

— Tudo bem pessoal, assim que ela tiver alta vão nos avisar – dizia Sarada já empurrando alguns pra fora – vamos vir busca-la e comemorar a alta, cuide-se representante.

— Eles continuam me chamando de representante... – dizia Sumire vendo todos saírem.

— Você sempre será a nossa representante – disse Namida – eu trouxe uma muda de roupas de sua casa, e também um travesseiro e uma toalha.

— O hospital me dá essas coisas sabia? – disse Sumire rindo.

— E eu trouxe uma comida decente – disse Wasabi mostrando a marmita que comprou.

— Isso é ótimo mas o hospital não autoriza pacientes a comerem comida de fora até receberem alta – avisou Sumire.

— Droga... – praguejou Wasabi pondo a marmita numa mesinha.

As duas companheiras de time pegaram banquinhos e sentaram perto da cama, elas examinavam Sumire que estavam com alguns curativos e ataduras pelo corpo, mas o que as incomodava mesmo era o olho roxo de quando os escombros caíram sobre ela, uma marca no rosto era uma vergonha pra uma mulher, mas felizmente uma pomada foi aplicada e a roxidão deveria desaparecer até o amanhecer.

— Desculpe, se tivéssemos sido um pouco mais rápidas... – dizia Namida triste.

— Por que estão se culpando? Se eu tivesse resistido três segundos mais vocês teriam vencido – dizia Sumire – não foi culpa de nenhuma de nós, os adversários só eram mais fortes do que esperávamos, só isso.

— Você sempre nos perdoa por nossas falhas – dizia Wasabi frustrada.

— Essa derrota seria minha falha em segurar o inimigo não foi? Afinal vocês pegaram a bandeira – respondeu Sumire.

— Da próxima vez... da próxima vez vamos fazer melhor! – disse Namida surpreendendo as outras duas – temos um ano pra ficar ainda mais fortes, não vamos falhar na próxima!

— É assim que se fala, eu também vou me esforçar mais – disse Sumire – principalmente porque não quero fazer algo tão idiota de novo.

Depois que ela acordou e soube da derrota seu desejo era se acabar em lagrimas, mas Sumire não acreditava que chorar iria mudar alguma coisa, além disso ela sabia que precisava animar suas companheiras, mesmo falhando no exame chuunin ela poderia melhorar e tentar de novo, o importante foi ter dado tudo de si sem arrependimentos.

— Mas sabe, não ache que eu não vi sua cara quando o Boruto falou aquilo – provocou Wasabi – você ficou toda animadinha quando ele disse que ia vingar você.

— d-dod-o-do qu-que você está falando? – dizia Sumire nervosa – eu não fiz nenhuma cara em particular.

— Ah mas eu vi também, seus olhos brilharam – dizia Namida – conhecendo o Boruto eu tenho certeza que ele vai fazer isso mesmo.

Sumire ficou toda desesperada com as provocações, e as outras só riam dela, depois de se divertirem Namida entregou um CD para Sumire, era o CD com a gravação das lutas de hoje exibidas para o público, Wasabi sugeriu que Sumire assistisse hoje para passar o tempo, Sumire agradeceu e aí foi a vez delas se retirarem.

Seu corpo ainda estava dolorido mas não havia mais problemas pra ela, em algum tempo uma enfermeira veio trazer um mingau nutritivo pra ela, enquanto comia ela pediu para a enfermeira ligar a televisão e botar o CD no aparelho, assim ela pôde assistir as partidas.

Ela foi assistindo todas as lutas nas ordens em que elas saíam, sua luta foi a penúltima e ela viu o enorme esforço que suas amigas empregaram pra vencer, realmente foi uma questão de 3 segundos que decidiu o vencedor daquela disputa, seja por Sumire ter falhado em proteger a bandeira ou pelas duas falharem em capturar a bandeira, nenhum lado é culpado.

Em seguida ela viu a luta do time 7 da atual geração, enquanto assistia ela via a estratégia adotada por eles e comparou com a sua fazendo questão de observar pontos positivos e negativos, mas observando o Boruto defendendo a bandeira ela meio que ficava emocionada, principalmente ao vê-lo usar o kage bunshin tão bem, ela estava determinada a pedir para lhe ensinar este jutsu quando melhorasse.

Ela ficou tensa quando viu o Boruto caído no chão e os gennins da nevoa quase alcançando a bandeira, mesmo sabendo o resultado era como ver pela primeira vez, então Boruto usou um suiton poderoso seguido de um raiton, foi quando ela suspirou aliviada ao ver que Boruto conseguiu defender a bandeira, mas algo naquela situação lhe chamou a atenção, algo que ela sabia que não estava certo e por isso reviu a cena prestando atenção.

— O Boruto-kun ainda estava aprendendo a manipulação de suiton – dizia ela séria – ele não deveria ser capaz de aprender um jutsu tão poderoso em um único dia.

Mas não importava como visse ele usou um poderoso suiton, poderia se pensar que a grande genialidade e talento dele tornou isso possível, mas Sumire que o vinha treinando no uso do suiton entendia a capacidade dele, em geral ele levava dois dias para dominar um passo do treinamento, mas aprender um jutsu dessa magnitude levaria no mínimo duas semanas, mesmo para um gênio seria impossível aprender nos últimos 3 dias.

— Boruto-kun... como você fez isso? – perguntou-se.

Continua.