Como acabar com o amor da sua vida escrita por Ana Carolina Marquês


Capítulo 6
I Melhores Amigos I




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Ash


Uma das coisas que eu sempre anoto no meu diário é: Homens são como animais, mas sem a parte fofa e inteligente.

Obviamente eu não escrevo isso pensando em todos os homens da terra, toda vez que leio essa frase só um nome aparece em minha mente: Trevor. Mas hoje ele passou de todos os limites e agora sinto o meu rosto esquentar a cada passo que dou e claro, Cristal está logo atrás de mim sem calar a boca.

O resumo de tudo é: Trevor bateu em Noah mais uma vez. As brigas pelos corredores são mais normais do que deveriam e a direção quase nunca se pronuncia sobre e na maioria das vezes acaba passando a mão na cabeça dos que "rendem" mais pra escola ou traduzindo: o que os pais pagam melhor e trazem mais troféus babacas. Eu não sei qual foi o motivo da briga dessa vez, mas sei que foi Noah quem deu o primeiro soco e que Prince segurou o amigo pra que ele parasse de ser um troglodita.

­— Cora, você realmente tá traindo o Prince com aquela...coisinha?

Cristal me puxa pelo braço e quase derrubo um dos livros que seguro. Algumas pessoas param no corredor esperando mais um showzinho pra animar a semana. Tento abrir meu sorriso mais amigável e tiro suas mãos de mim. Chego mais perto dando um abraço apertado e o cheiro da sua loção de morango me faz querer vomitar. Falo em tom baixo para que só ela consiga me ouvir.

— Nunca mais diga isso, eu nunca me rebaixaria ao nível de trair alguém.

Solto ela e começo a andar mais rápido e dessa vez sei que Cristal não vem atrás de mim. Paro quando estou perto do corredor e sem me virar pra trás falo alto o bastante para que todos me escutem.

— Aliás o nome dele é Noah.

Continuo andando no automático e minhas pernas já não são tão rápidas. Coloco a mochila no chão e tiro o embrulho todo amassado lá de dentro, sei que dei meu máximo e também sei que devo ser a pessoa com a pior coordenação motora no mundo. Me levanto e limpo as mãos suadas pela calça, viro o corredor e já consigo ver a plaquinha na porta onde fica a enfermaria. Alguns alunos mais novos estão sentados no banco de madeira ao lado de fora e não parecem tão amigáveis com sangue escorrendo pelo nariz enquanto seguram um saco de gelo na cabeça. Passo rápido por eles e bato a campainha que fica em cima do balcão, logo atrás tem um computador e uma pilha de papéis. O engraçado é que eu vivia na enfermaria pois como capitã do time meu dever era sempre vir aqui quando alguém sofria uma lesão, mas acho que eles trocam tudo de lugar todos os dias.

Rebecca, a ajudante, vem toda saltitante me atender. Ela é uma garota legal e extremamente bonita, além de ser autentica. Sempre que venho aqui —e isso é três vezes na semana— ela está com uma cor de cabelo nova, a dessa vez é roxo com as pontas laranjas. Suas sardas foram realçadas com a maquiagem e usa um delineado verde que deixa seus olhos ainda maiores e mais dourados.

— Bom dia, Ash. — ela dá uma piscadinha pra mim e ergue a cestinha enfeitada que segura — precisa de uma camisinha? Absorvente?

— Não hoje, Becky. Vim ver um...amigo.

Rebecca é a típica fifi, ela adora uma fofoca, mas nunca espalha isso com a escola é algo mais pessoal dela. Ela dá uma piscadinha pra mim e pega duas fichas que estão jogadas na mesa.

— Qual o nome? Noah ou Charles?

— Noah.

O seu sorriso só se alarga mais e aquele olhar dela... Becky é uma peça mesmo. Ela abre a porta bang bang—sempre achei esse nome engraçado— e eu entro. Logo depois da recepção da enfermaria passamos por uma ala pequena onde ficam duas macas e alguns armários cheios de remédios é ali que fico quando quero matar alguma aula e finjo estar com dor de cabeça. Do lado fica uma sala maior onde quatro camas ficam lado a lado separadas por cortininhas azuis que dão certa privacidade. Rebecca me da uma cutucada quando estamos nessa sala.

— Ele é realmente bonito e eu nunca pensei que sentiria atração por alguém com o nariz sangrando.

Dou um risada e ela pisca pra mim mais uma vez apontando com a caneta pra segunda cama que está fechada pela cortina. Respiro fundo mais uma vez sentindo minhas mãos suarem e o presente escorregar. O que eu deveria dizer? "Olá, cara! Vi que levou um belo soco no nariz espero que esteja bem." Eu realmente não sei o que estou fazendo aqui e deveria dar meia volta e ir embora, o Noah nem deve estar querendo ver alguém e...

— Você vai entrar ou ficar igual uma maníaca me encarando de fora?

Ah, é. O lance de luzes e sombras, meu deus eu sou uma tapada. Abro a cortininha e entro, o espaço aqui é pequeno e Noah mantem os olhos fechados e um saco de gelo—bem parecido com um saco de ervilha— pressionando o nariz. Resolvo sentar na beirada da cama é isso ou minha bunda fica de fora desse quadrado minúsculo. Coço a garganta e agora o presente parece ser feito de lava, eu deveria sentar em cima dele e fingir que nunca existiu?

— Então... dói muito?

Noah abre um sorriso, é a primeira vez que reparo que suas unhas estão pintadas de preto e ele usa um brinco de argola maior que os que tenho em casa.

— Não muito, mas não é como se eu gostasse de levar um soco todos os dias.

— Pensei que o Batman estivesse acostumado com isso.

Ele abre os olhos e me encara, sinto meu rosto pegar fogo. Noah se senta e tira o gelo do nariz que está completamente vermelho e um pouco inchado.

— O meu segredo é que nunca deixo eles me socarem, foi um descuido dessa vez pra não acabar com os disfarces, você sabe como é. Imagina eles descobrirem o rico gostoso que sou?

Começo a rir e meus olhos ficam cheios de lágrimas, ele está bem no final das contas.

— Então, trouxe algo pra você.

Entrego o embrulho e ele pega com curiosidade, fica girando o CD e reparando no embrulho. Fica com um sorriso sem mostrar os dentes e eu quero socar a cara dele. Qual é, abre logo esse presente.

— Obrigada, Barbie.

Quero falar mais alguma coisa, mas não sei o que deveria ser dito e algumas vezes o silencio faz um trabalho melhor que palavras atrapalhadas. Mas quando penso em algo engraçado e bom para falar o sinal toca me fazendo dar um pulo. Levanto depressa limpando as mãos na blusa e sorrio.

— Tenho que ir, sabe não são todas as pessoas que têm um nariz quebrado para faltar a prova de álgebra.

— Descobriu meu plano — ele diz e pisca pra mim.

Dou um beijo em sua testa, rápido e desajeitado. E quando estou saindo paro um pouco e me viro.

— Não faça mais isso, essa coisa com o Trevor e tal... precisa parar.

Noah suspira, posso imaginar que ele passa as mãos pelo cabelo e sorri daquele jeito triste que só ele faz direito.

— Eu sei, mas... algumas coisas são complicadas demais.

Assinto e saio de lá. Becky me dá uma piscadinha quando passo por ela e coloco meu melhor sorriso no rosto. Hora de encarar a vida real.

 

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Noah


Fico chutando algumas pedrinhas enquanto espero Jack aparecer, estou parado na porta da sua casa a alguns minutos. Faz três meses que não nos vemos por causa do seu intercambio e nunca senti tanta falta do meu melhor amigo.

Volto a encarar a tela do celular, desde que recebi outro e-mail não consigo me concentrar em mais nada.

15:37, 29 de Junho de 2016

De: anonimo@mail.com

Para: noahaniquilador@mail.com

Assunto: STONE

Aproveite.

Abraços e beijos, T.

O e-mail dessa vez tinha apenas uma foto. Era Ashley sentada em um balanço a noite, seu vestido branco estava rasgado e coberto de sujeira, fiquei dando zoom tentando descobrir o que era. Sangue ou algo vermelho e lama, ela mantinha a cabeça abaixada com os cabelos secos e sujos também, os joelhos estavam ralados e tinha perdido seus sapatos. Quando penso em olhar a foto mais uma vez a porta abre e Jack sai. Sua pele marrom está brilhante por causa de alguma maquiagem nova parecida com glitter cinza e o cabelo está cortado no estilo militar, os olhos claros estão destacados com lápis de olho e ele realmente está sarado.

— Você foi pro exercito e não me contou?

Jack me abraça e me puxa pra cima, nós dois giramos e ele me da alguns beijos na bochecha. Quando paramos ele segura meu rosto com as duas mãos, seus anéis são gelados em contato com meu rosto.

— Só se for pro exército militante, cara. Senti sua falta.

Tento falar alguma coisa, mas só o puxo pra mais perto e lhe dou mais um abraço. Nem imaginava o quanto sentia falta desse perfume francês que ele usa.

— Então, vamos? — consigo dizer quando nos afastamos de vez.

Estamos indo em direção ao PULP, uma lanchonete/sorveteria temática dos anos oitenta, enquanto andamos pela rua vou escutando todas as aventuras mais sexuais do que eu gostaria, de Jack na Nova Zelândia. Mas estou no automático, não consigo prestar atenção em tudo do modo certo, no fim das contas eu também sou um péssimo melhor amigo.

— ... você é um idiota.

Olho para trás e só então percebo que Jack está parado a alguns metros de mim com os braços entrelaçados em cima do peito, ele revira os olhos e bate o pé impaciente. Puxo o cabelo para trás e ergo a cabeça fechando os olhos.

— Vai me dizer o que tá rolando ou só vai ficar chutando essas merdas de pedrinhas fingindo que tá me escutando?

Eis aqui um exemplo de melhor amigo: ele sabe como você está só pelo modo que você anda e chuta pedras.

Ando até estar ao seu lado e puxo seu braço algumas vezes até que ele deixe eu segurar em seu cotovelo e andamos como se fossemos dançar no baile. Dou um sorriso, senti falta disso.

— Ashley Cora, conhece?

Jack para e me encara com as sobrancelhas arqueadas, ele faz um floreio com a mão e abre a boca diversas vezes antes de finalmente falar alguma coisa, rindo.

— O que aquela vadia fez com você? Eu sabia que não deveria ter viajado, aquela escola só tem cobras esperando para dar o bote e...

— Jack, calma. Você vai.... gostar dela.

Ele ergue ainda mais a sobrancelha e os dois piercings parecem afundar em sua pele. Fico ali encarando aqueles olhos enormes me julgando silenciosamente.

— Você tá achando que eu sou o inimigo do Batman pra ficar me mandando charada, cara?

— Podemos entrar primeiro? — aponto para a lanchonete do outro lado da rua — é uma loooonga história.

Ele assente e sorrindo pega no meu braço mais uma vez e seguimos cantando uma música pop qualquer. O PULP tem uma decoração igual a de todos os filmes adolescente que você vê por aí: piso xadrez, preto e branco, uma máquina de música antiga onde você pode gastar suas moedas escolhendo entre pop e country, um balcão separando a cozinha do resto do lugar e cadeiras vermelhas e brancas. O cheiro é o mais gostoso daqui: cheiro de comida.

— Pode começar.

Jack diz assim que sentamos no nosso lugar de sempre: uma mesa aos fundos do lugar. Era uma estratégia nossa, podíamos ver todos que entravam, mas quase nunca viam a gente. Quando vou pegar o celular pra mostrar os e-mails, a garçonete vem. É uma colega de classe nossa e puta merda como eu a acho bonita. Fico encarando ela chegar, Julliete tem olhos grandes e pretos assim como seu cabelo liso que ela cortou recentemente na altura dos ombros, usa o mesmo all-star mostarde de sempre e um vestido rosa com avental branco. Jack faz um barulho estranho com a boca e percebo que pareço um maníaco, então pego o celular o mais rápido possível.

— Olá, que saudade de vocês aqui. O que vão comer hoje?

Jack ainda está rindo ao meu lado e tenho certeza que minhas bochechas estão extremamente vermelhas, limpo a garganta e peço o de sempre: hambúgueres, batata-frita e milk-shakes.

— Trago o mais rápido possível.

Julliete dá uma piscadela e vai atender mais algumas mesas antes de sumir dentro da cozinha. Sinto quando meu amigo se inclina na mesa e ele abre um sorriso enorme.

— Desembucha logo, cara.

Começo a contar tudo: desde o motivo pelo qual decidi ajudar no baile, os e-mails e o flagrante de Cristal e Prince. Digo também como Ashley é diferente do que pensávamos e que quero ajudá-la. Quanto termino Jack está com um brilho no olhar, ele sorri mostrando todos os dentes e se reclina na cadeira. Mexe nos anéis e mexe o piercing no septo, estou ficando cada vez mais ansioso, não consigo deixar meus pés quietos e adoraria tomar um remédio agora.

— Cara, temos que bolar um plano.

Diz por fim e eu fico o encarando, será que ele pensa que isso não foi minha primeira opção? Se bem que agora que tenho um ajudante... e Jack é ótimo em vinganças. Ele bate palmas animado e começa a tagarelar.

— Ashley só vai acreditar na gente se ver com os próprios olhos, porque senão vai parecer que você tá afim dela e Prince vai arrebentar a nossa cara. Mas primeiro temos que descobrir quem tá enviando esses e-mails bizarros, tenho certeza que é a Cristalina.

Começo a rir, ele sempre se recusa a falar o nome correto de Cristal e por um tempo eu achei que o nome dela fosse vadia cristalina, mas no fundo sei que é um pouco de ciúmes por causa do Trevor. Julliete vem com duas bandejas, ela coloca o milk-shake de morango na minha frente e o de chocolate na frente de Jack, depois as batatas-fritas com os molhos e por fim os hamburgueres enormes. Ela dá um sorrisinho e sai, meu amigo ataca as batatas e solta uns gemidos enquanto enfia varias na boca com todos os molhos disponíveis, não posso culpá-lo.

— Cara, eu tava com mais saudade disso do que de você.

Mostro a língua e jogo uma batata nele e começo a comer. Ele me conta que beijou uma garota e que achou estranho a textura do gloss dela e que realmente preferia bocas mais másculas. Fico sabendo da suas aventuras pelado no lago e da sua paixão de verão que era mais um caso dele se apaixonando por um hetero.

— Sinceramente, eu devo ter uma maldição, a maioria dos caras que eu gosto são heteros.

— Bem feito, quem mandou não se apaixonar por mim?

Dou uma piscada e termino meu hamburguer, abro o botão da calça e me encosto na cadeira. Comer e fazer isso deve ser uma das melhores sensações.

— Noah, você deveria me superar, sei que nosso beijo foi incrível, mas você não faz meu tipo.

Coloco uma mão no peito, fingindo ser atingido por uma espada e sorrio.

— Desculpa não ser um babaca hetero.

— Você é só é bissexual, continua sendo um babaca.

Reviro os olhos e mostro o dedo do meio.

— Alias, com quem você vai pro baile?

— Desde quando vou ao baile?

Jack ri e aponta discretamente para Julliete. Começo a negar, mas ele é mais rápido e quando vejo ela já está toda sorridente ao nosso lado com a caderneta nas mãos. Quero afundar o máximo que posso na cadeira.

— O que mais vão querer? Estamos com um novo pudim incrível.

— Eu não vou querer nada, mas meu amigo aqui quer uma acompanhante para o baile.

Eu juro que vou mata-lo, aqui mesmo com essa taça cheia de sorvete e... percebo que Julliete está me olhando. Ela segura o bloquinho com muita força, posso perceber isso pelos nós de seus dedos que estão brancos e suas bochechas estão extremamente vermelhas, provavelmente iguais as minhas. Tento endireitar a postura, mas lembro que estou com o botão aberto.

— É... quer dizer, você tem um par para o baile?

Que ótimo! Só basta eu levar um fora aqui e nunca mais poder vir ao PULP sem sentir vergonha da minha mísera existência.

— Terei se você me convidar.

Ela responde sorrindo e até parece calma, mas sua voz sai um pouco estridente e o canto da sua boca treme um pouco.

— Então... você quer ir ao baile comigo?

— Seria um prazer.

É isso, tenho um par, mas não faço a mínima ideia do que fazer a seguir. Sorte que estamos em uma lanchonete e logo ela é chamada por algum cliente. Julliete rabisca alguma coisa no papel e coloco em cima da mesa.

— Combinamos os detalhes depois, preciso ir.

Apenas assinto e ela já está no outra mesa. Assim que a vejo entrar na cozinha dou um chute forte em Jack por baixo da mesa.

— Dá próxima vez que fizer isso eu mato você.

— Não vale sujar suas mãos, sabemos que sou mais forte. Agora vamos sair daqui e ir jogar no Flippers.

Jack se levanta e coloca o dinheiro junto com a comanda em baixo de um dos molhos. Ajeito minha calça e sigo ele pra fora. O céu está incrível, em um misto de laranja e rosa e o vento é refrescante contra minha pele. Vamos em direção ao Flippers e já me sinto ficar alguns dólares mais pobre. Jack é bem melhor que eu no fliperama.

 

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— Acabei de ter uma ideia, mas vou precisar do seu carro.

Sinto minha garganta seca e bebo o último gole de café da minha quinta xícara. Minha voz deve estar rouca, mas não consigo dormir.

— Cara, são três horas da madrugada.

Escuto os barulhos de Jack se mexendo na cama e o clique do abajur.

— Desculpa, mas não consegui esperar até amanhã, você sabe que se fizesse isso minha ansiedade me comeria vivo.

— Eu sei e vou te ajudar, só tome um pouco de água e vá dormir. Não terá serventia nenhuma morto.

Sorrio, deixando meu corpo relaxar um pouco. A cama está lotada de papéis amassados e cheios de números.

— Te mando os detalhes por mensagem. Você é o melhor amigo do mundo.

— Eu sei, agora vá dormir.

Desligo e mando uma mensagem com o endereço aonde pretendo ir, meu coração acelera ainda mais com a ansiedade e o medo. Tomo mais um comprimido para dormir e fecho os olhos, colocando uma das músicas que Ashley gravou pra mim.

 

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Notas finais do capítulo

que vocês acharam desse capítulo? ele foi totalmente modificado desde a primeira versão. Temos dois personagens novos e eu quero saber o que vocês acharam deles.



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