Sirena Amor dos mares - Snamione escrita por Anna Veloso


Capítulo 5
Capítulo 5




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Hermione estava em um misto de emoções indescritíveis. Agora sabia porque chamavam ali de Triangulo das Bermudas.

Havia todo tipo de barcos, navios e outras coisas afundadas ali, mas o que mais lhe impressionava era as criaturas marinhas que nadavam ao seu redor. Muitos anos antes Avanna havia lhe contado que o mar era como a caixa de pandora, mas que ainda não foi aberta para o mundo.

Havia muitas criaturas ocultas ali, e muitas delas eram mortais e sanguinárias, outras já eram entidades poderosas e não nomináveis.

Apesar de não poder tocas em nenhuma criatura sua mente de sabe-tudo a impulsionava para nadar perto delas.

“ É tudo tão incrível” disse para Avanna com um sorriso gigantesco, o que deixava seus dentes afiados a mostra.

“Espere até ver Submersa” Avanna disse se referindo a cidade sirena que pertencia.

Hermione não soube quanto tempo nadou, mas não se importou com mais nada ao ver o lar das sirenas.

Em uma rachadura profunda havia um reino feito nas pedras. Submersa, uma cidade rica e prospera que continha milênios da história sirena e da família de Zafeu.   

Ao se aproximar a jovem viu que havia sirenas nadando com peixes e outros seres marinhos. Ali apesar de ser no mais profundo do mar não havia escuridão, pois era tudo iluminado por métodos sirenos e por peixes raros que eram como estrelas para o céu.

A jovem se sentia do mesmo jeito de quando viu a escola de bruxaria pela primeira vez. Era algo indescritível e magico. Era como voltar a pureza que a guerra bruxa havia quebrado dentro de si.

Hermione amava ser bruxa, amava seus amigos, sua casa na escola e tinha orgulho por cada conquista. Mas ser uma sirena também era parte dela.

Enquanto Hermione se deslumbrava, Avanna rogava a Calipso para seu pai estar de excelente humor naquele dia.

— Lorde Zafeu sua filha lady Avanna chegou. – O servo sireno disse para o rei.

Zafeu assentiu e saiu de seu escritório para a sala do trono.

Tudo ali era suntuoso, com pedras raras do mar e relíquias antiguíssimas. O trono era feito da casca de uma criatura marinha extinta, fazendo-o variar entre preto e vermelho.

O rei daquela cidade de sirenos era não só poderoso, como antigo, por isso era muito respeitado. Zafeu era um sireno alto e musculoso, sua calda negra e seus olhos verdes como safiras chamavam atenção, assim como a cicatriz em seu rosto.

Avanna se curvou na presença do pai quando entrou na sala do trono.

— Onde está a menina?

— Do lado de fora, meu rei. Eu gostaria...

— Mande- a entrar, agora!

Avanna mordeu na língua, para tentar se acalmar. A comunicação sirena lembrava o que se chama telepatia, mas não era tão invasiva, porém se um rei berra em sua cabeça a situação se tornava dolorosa.

Avanna deu o sinal e os soldados abriram a porta deixando a jovem Granger frente a frente com seu avô materno.

Zafeu avaliou a menina de cima abaixo, e talvez por um milésimo de segundo ficou encantando com quanto Hermione lembrava sua filha Martha. Mas logo isso passou e tudo que ele sentia era dor em recordar a traição daquela sirena que ele um dia havia criado.

Pai e filha se machucaram muito, mas se amavam cada qual ao seu modo.

Hermione se curvou impressionada com quão forte o rei era. Mas o olhar dele para ela a deixou incomodada, lembrava o olhar dos sonserinos em seu primeiro ano na escola.

— Lorde essa é Hermione Granger, sua neta. – Avanna disse firme.

— Soube que venceu uma guerra no mundo bruxo. – Zafeu disse.

Hermione reparou que a voz dele era rouca, o que a tornava ainda mais fria e dura.

— Sim senhor. – Respondeu baixo.

— Sua mãe nos trai e sai por aí fazendo híbridos. Nem uma sirena completa você é, mas pelo menos é capaz de vencer um bruxo das trevas.

Avanna queria muito usar seu poder sireno no pai e manda-lo calar a boca. Zafeu havia ficado muito ferido – apesar de não admitir- quando sua filha favorita o abandonou por um mortal. E estava claramente descontando todos aqueles anos em Hermione, que era não só inocente, mas alguém que desconhecia o temperamento do lorde sireno.

— Papai, por favor...

— Calada Avanna eu e Hermione estamos conversando, não é mesmo minha jovem?

Mione assentiu olhando para a tia que estava preocupada.

— Soube que encontrou seu companheiro e decidiu por aceita-lo fazendo uma ligação para salvar sua vida. Qual é o nome dele mesmo?

— Snape, Severus Snape.

— Quando mandei Anna achei que ela seria mais capaz ao te ensinar nossos costumes e responsabilidades, mas pelo que vejo essa infeliz simplesmente te iludiu com um novo mundo. Você mesmo sendo só meio sirena deveria nos honrar e se casar com um de nós. – Zafeu se levantou e se aproximou rapidamente de Hermione - Mais parecida com a mãe impossível. Uma vergonha ao nosso legado.

Hermione se lembrava das orientações de Avanna, mas o tom do rei sireno a fez esquecer de qualquer coisa.

— Você não tem o direito de falar assim! Rei ou não, é pai de minha tia e não pode falar com ela desse jeito. Além disso, eu faço minhas escolhas e mais ninguém. Você Zafeu não pode me exigir nada, por nunca foi nada para mim.

Os olhos do lorde arderam em fúria. Na mesma hora Avanna se pôs entre ele e sua sobrinha.

— Pai se acalme, você me mandou até Hermione para ensina-la e lhe dar uma oportunidade como membro de nossa família. Permitiu que ela mantivesse o lado sireno após saber de Snape, porque agir assim agora? Você está agindo errado a trata-la assim, meu senhor.

Zafeu encarou as duas, ele notou que Anna havia se apegado profundamente a menina.

— Se alguém além do bruxo Snape souber a pedra negra fara seu trabalho. – disse olhando Hermione. – Agora vão!

— A lembrança de Martha dói tanto assim, que te faz agir como um velho louco? – Avanna disse chorosa, não queria que Hermione se lembrasse do avô daquela forma.

— Olha como fala Anna.

— Eu sempre fiz tudo por você papai depois que Martha foi expulsa, tudo! Mas isso, aqui e agora, não irei aceitar. Pois a minha sobrinha não fez nada e não merece seu desdém.

Zafeu não encarou a filha. Era verdade, a saudade de Martha era uma ferida que nunca fechava, a decisão que tomou anos antes o assombrava. Mas ele era o rei, infelizmente tinha responsabilidades, e tinha que tomar decisões, não importando o quão cruel fossem.

— Meu senhor, por favor. Deixe que por pelo menos um minuto ela veja que o senhor é.

Zafeu que estava de costas se virou e viu que Anna estava realmente triste, pois chorava lágrimas de sangue.

Anna deve que assumir todas as responsabilidades depois que Zafeu expulsou Martha, e sendo uma sirena jovem na época, se machucou bastante até se tornar digna de herdar o trono.

— No fim nem eu posso controlar os laços de um sireno, sua mãe escolheu o amor em vez de seu povo menina, e isso matou parte de mim. – Ele deu um sorriso triste. – Pelo menos, ao ver você eu tenho a certeza que ela foi feliz. Você tem uma bela mente e uma língua bem afiada...daria uma boa princesa.

O lorde não disse mais nada, simplesmente se retirou deixando Hermione com a certeza que Zafeu amava Martha.

***

— Se contar para alguém que eu chorei, juro que te enterro viva no deserto. – Avanna disse quando elas saíram da agua indo para o hotel.

— Não sei, mamãe ia adorar saber sobre isso. – A jovem provocou rindo.

— Cuidado Granger que eu sei transformar pessoas em sapo, imagine-se beijando o Sev verde no lago, antes de me provocar.

Hermione gargalhou.

— Obrigada.

— Pelo que menina?

— Por me defender, por cuidar de mim, por salvar, o meu professor. Por ter aparecido na minha vida…essas coisas melosas que você não gosta.

— De nada, sei que sou maravilhosa. Mas uma perguntinha flor de lótus, SEU professor?

Mione ficou vermelha e tratou de apressar o passo, as vezes a tia era mais indiscreta que Gina.

Severo abaixou o livro ao ouvir a porta, a jovem grifinoria entrou no quarto com o rosto meio vermelho.

Mas o que realmente chamou a atenção do homem foi o corpo exposto pela falta de roupa, a jovem estava somente de maiô.

— Professor, o senhor não saiu do quarto?

— Sai sim senhorita, mas aqui não faz muito meu tipo. Disse isso para sua tia, mas...

— Desculpa por ela, ainda não sei porque ela “solicitou” que viesse.

— Porque vocês dois tem um jantar hoje, no restaurante do hotel. – Avanna disse parada na porta com um sorriso de tia casamenteira.

Os dois encararam ela sem acreditar.

— Mas Avanna...temos que voltar para Hogwarts e

— Calada mocinha, o fim de semana não acabou e tecnicamente você está cuidado de sua mãe doente. E o Snape pode muito bem levar vocês segunda para a Mogwat.

— O nome da escola é...

— Tanto faz Granger. Ah, antes que eu esqueça os pombinhos vão compartilhar o quarto, eu estou no da frente. Tchauzinho. – Disse fechando a porta.

— Ei tia calma aí, você disse que íamos ficar...

Avanna abriu a porta de novo.

— Mionezita você esqueceu de colocar o roupão... de novo.

 Hermione passou por todos os tons de vermelho antes de sair correndo para longe de Sev, que não resistiu e riu com Anna.


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