A Pena da Cura escrita por ShiroiChou


Capítulo 5
Capítulo 5 - A Vila Toriosho


Notas iniciais do capítulo

Cheguei bem rapidinho, aquela frase do tigre não deu muito certo kkkkkk.
Boa leitura!



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— Anda Happy, o Laxus vai fazer picadinho da gente — Lucy corria pelo quarto enquanto se trocava.

— Vai fazer picadinho de Lucy, porque eu posso voar. Tchau — saiu voando pela janela.

— SEU TRAÍRA! — gritou, saindo do quarto puxando sua mala e segurando sua bolsa de qualquer jeito.

— Oe, para onde vai com tanta pressa? — Laxus perguntou, vendo a loira parar ofegante ao seu lado, na frente da pousada.

— Eu corri — respirou. — Porque não queria virar churrasquinho — se sentou no chão, estava esgotada.

— Ei, não vou fazer nada contra você!

— Nada mesmo? — perguntou receosa.

— Claro que não, tenho tanta cara de mal assim? — estava abismado.

— Cara de mal, pose de mal... Se eu te visse no escuro eu morria do coração — Happy apareceu soltando suas piadinhas, enquanto comia espetinho de peixe.

— HAPPY SEU MALDITO, A CULPA É SUA — a loira acusou.

— Porque minha culpa?

— Você me acordou do nada falando que o Laxus ia me matar se eu não descesse rápido.

— Eu ia jogar água em você, mas não achei nenhum copo... Então essa foi a maneira mais engraçada que achei para te acordar — riu descaradamente.

— Ora seu — pulou na direção dele.

— Epa, vamos nos acalmar — Laxus a segurou.

— Você me paga — ameaçou, voltando a se sentar.

— Luxy gorda — mostrou a língua.

— EI! — seu grito assustou os dois. — Francamente... Não vou fazer ninguém aqui de churrasquinho, então apenas parem de ter medo de mim, ok?

— Aye...

— Sim... Desculpa, não queríamos te magoar...

— Não precisam se preocupar com isso — sorriu. — Enfim, nosso trem sai daqui meia hora... Que tal comprarmos algo para comer no caminho?

— Boa ideia!

— Eu quero comprar um peixe!

— Você acabou de comer peixe...

— Mas eu quero outro!

Laxus apenas observou a pequena discussão dos dois. Não tinha ficado magoado por saber que temiam ele, longe disso, sabia que causava isso nas pessoas.

Por anos manteve sua pose de mal, era uma ótima barreira contra decepções, mas com esse pequeno episódio ele passou a refletir melhor sobre si mesmo.

Não queria que Lucy tivesse medo dele e sim que o amasse, assim como ele a amava. E foi ai que tomou uma decisão: mudaria seu jeito de ser e se abriria mais para o mundo, impedindo que mais pessoas se afastassem de si. Principalmente a maga celestial.

—- // --

— Então a Erza amarrou o Natsu no carrinho do parque... — Lucy pausou para rir. — Dai ela se sentou com ele e deu cinco viagens na montanha russa... Ai minha barriga — riu sem parar.

Todos tinham pego o trem para a Vila Toriosho, era lá que estava a próxima parte que precisavam.

No meio da viagem, Happy teve a brilhante ideia de contar coisas engraçadas que aconteceram com sua equipe. Lucy logo começou a tagarelar junto, fazendo Laxus rir com cada história.

— A Erza é maluca — Laxus riu, menos que os outros dois, mas riu. — Queria ter visto isso de perto.

— A Erza parece um demônio, isso sim... Não conta pra ela que eu disse isso — Happy pediu com medo.

— O que acontece no trem, fica no trem — Lucy fez um “zíper” na boca.

— Senhores passageiros, acabamos de chegar a Vila Toriosho!

— Não estou com uma boa sensação — a loira se abraçou.

— Essa vila é macabra — Happy se encolheu, olhando pela janela.

A vila parecia ser completamente deserta, tanto que os três foram os únicos a descerem do trem. Todas as portas estavam fechadas, e nenhuma pessoa andava pela estação.

Andaram pelas ruas sem nenhum rumo, não sabiam para onde ir. Pensaram até em voltar para a estação, não estavam com um bom pressentimento, era como se algo ruim envolvesse o ar da cidade.

— Não podemos voltar para a pousada? Aquela senhora era menos assustadora — o gatinho tremia.

— Devemos procurar uma nova pousada por aqui isso sim, mas não parece que tem... — Lucy observou.

— E realmente não tem, minha jovem — uma pessoa de capa apareceu.

— Quem é você? — Laxus se pôs na frente de Lucy.

— Eu moro nessa pequena vila amaldiçoada, me chamo Tamandra, sou a prefeita daqui — respondeu, revelando seu rosto logo em seguida.

Ela era uma senhora baixinha, tinha o cabelo longo e castanho, preso em uma rabo de cavalo. Aparentava ser uma pessoa simpática, mesmo assim desconfiaram.

— Prefeita?

— Sim... Aqui era uma cidade grande e bonita, mas com a maldição... Ela se reduziu à uma pequena vila...

— Então... A senhora sabe onde podemos ficar? — Lucy perguntou apenas meio receosa.

— Bem... Se não se importarem, vocês podem ficar na minha casa — sorriu. — Sei que não é muito normal alguém chegar oferecendo a casa assim, mas aqui fora é muito perigoso, não podemos ficar aqui em horas exatas.

— Como assim?

— Bem, em toda hora exata coisas estranhas acontecem... Pode cair raios do céu, o chão pega fogo, chover até alagar... Coisas assim — olhou tristemente para o céu.

— Acho que não temos alternativa... Aceitamos sua proposta.

— Perfeito, então se apressem, é quase três horas — começou a guiar até uma construção grande, realmente parecia uma prefeitura.

Quando chegaram no corredor de quartos, no andar de cima, um grande barulho pôde ser ouvido do lado de fora. Através de uma janela, no fim do corredor, conseguiram ver uma chuva de raios caindo sobre as casas e o chão da vila.

— Tem certeza que estamos seguros? — Happy olhava tudo muito assustado.

— Sim, todas as casas aqui são muito bem equipadas. Qualquer anormalidade que acontecer não vai nos machucar — abriu a porta de um quarto. — Bem... Suponho que sejam um casal não?

— Não — Lucy ficou vermelha. — Somos apenas amigos, estamos em uma missão...

— Ah, são magos... Desculpe pelo meu engano, vocês ficam tão bonitos juntos que me confundi — sorriu.

— A senhora é das minhas, gostei! Eles se gooooooooxtam — o gatinho riu sapecamente.

— HAPPY!

— Então não sou a única que pensa assim — sorriu para Happy. — Vocês dois deveriam pensar um pouco mais no que o pequeno diz. Nunca se sabe, né? — abriu outro quarto. — Podem ir se acomodando. Daqui a pouco desçam para tomar um chá comigo.

— Ela não parece ser malvada — a loira observou.

— Apenas mantenha a guarda — Laxus entrou em um dos quartos, fechando a porta logo em seguida.

— Credo, o que deu nele?

— Talvez eles esteja com dor de barriga — Happy olhava para o nada.

— É... Talvez... — olhou para a porta de novo, mas como nada aconteceu, pegou o gatinho e entrou no outro quarto, ainda pensando no loiro.


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Notas finais do capítulo

Não vai demorar muito para sair o próximo o/
Até lá!